Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
No incio do sculo 20, Curitiba vivia seu momento de capital literria. Eram os tempos dos poetas simbolistas Ao comentar o frisson que Emiliano Perneta causava na Curitiba do incio do sculo 20, o crtico literrio Andrade Muricy afirmou que o poeta parecia sempre andar com uma banda de msica frente, tamanha a agitao do squito de seguidores que ele arrastava pelas ruas da cidade. O deslumbramento atingiu seu ponto mximo em agosto de 1911, quando Perneta, depois de chegar em uma carruagem, foi coroado literalmente prncipe dos poetas paranaenses diante de uma multido que se espremia no Passeio Pblico.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=795569
Eles foram a representao artstica de uma cidade que se transformava, afirma o historiador Marcelo Sutil.
A Rua XV de Novembro, consolidada como centro da cidade, recebia cafs, livrarias, cinemas e teatros e via nascer, onde antes era um depsito de lixo, a Universidade Federal do Paran (UFPR). A XV era o trajeto obrigatrio de quem queria ver e ser visto e os simbolistas, no melhor estilo dndi, eram especialistas em chamar a ateno dos passantes pelo refinamento dos trajes.
Corre mais que uma vela, mais depressa, Ainda mais depressa do que o vento, Corre como se fosse a treva espessa Do tenebroso vu do esquecimento.
Eu no sei de corrida igual a essa: So anos e parece que um momento; Corre, no cessa de correr, no cessa, Corre mais do que a luz e o pensamento... uma corrida doida essa corrida, Mais furiosa do que a prpria vida, Mais veloz que as notcias infernais... Corre mais fatalmente do que a sorte, Corre para a desgraa e para a morte... Mas que queria que corresse mais!
Sacrifcios humanos! Sangue a rodo, Sangue que as Larvas bibulas absorvem, Do alto monte de Morven Baixando, Tumultuando, Negrejando O horizonte... Lodo!
Sacrifcios humanos!... Rubra fonte De sortilgios e de malefcios!... Do alto monte Que Ossian celebrou, A luz das madrugadas Foge... Edifcio de ossadas Que a Morte acumulou, Monte de sacrifcios Onde a lmpada antiga se esgotou.