A convecção é o fluxo de calor causado por um movimento macroscópico,
transportando porções da substância envolvida de uma região que se encontra mais quente para outra menos quente. (IF, s/d) Quando há uma região de matéria que aquece as moléculas, estas expandem-se tornando-a menos densos que o meio envolvente que recebeu menor quantidade de calor. Sendo menos denso, este ascenderá (o que se denomina de transferência de calor por convecção). (IF, s/d) Em 1929, Arthur Holmes debruçou-se numa das várias hipóteses de Wegener para a deriva continental de que o manto está sobre o efeito de convecção térmica (UCMP, entrada Plaque Tectonics: History of an idea, s/d). Esta é baseada no facto de que quando uma substância é aquecida a sua densidade diminui e ascende até que é arrefecida e submerge de novo aproximadamente como água numa panela quando aquecida até ferver. A água quente, tal como o magma, ascende e movimenta- Ilustração 1 - Mecanismo das correntes de convecção se transversalmente até arrefecer, momento esse em que descende para o fundo da panela onde reaquece e torna a ascender. Este ciclo repete-se, formando aquilo que se denomina por células convectivas ou correntes de convecção. Enquanto isto pode ser observado facilmente numa panela com água a ferver, a ocorrência desta teoria no interior da Terra já era menos facilmente credível (UCMP, entrada Plaque Tectonics: history of an idea, s/d; USGS, 1999). Contudo, estes aquecimentos e arrefecimentos resultam numa corrente que pode ser suficiente para deslocar continentes (UCMP, entrada Plaque tectonics: History of an idea, s/d; USGS, 1999). Arthur Holmes sugeriu que esta convecção térmica seria como uma faixa condutora e que a pressão ascendente poderia fender um continente e forçar este a deslocar-se em direcções opostas. (UCMP, entrada Plaque Tectonics: history of an idea, s/d) Toda esta teoria não poderia ocorrer sem existir uma fonte de calor. No interior da Terra existem duas fontes de calor primárias: a desintegração radioactiva e o calor residual. A explicação de como e porquê da ocorrência destas fontes de calor estarem concentradas em certas regiões onde formam células convectivas, ainda não está explicada (USGS, 1999). Actualmente, os cientistas estão a favor de uma teoria onde as forças associadas à subducção são mais importantes do que a expansão oceânica. O Professor Seiya Uyeda (da Universidade de Tokai, no Japão), um especialista na matéria, concluiu que a subducção tem um papel mais fundamental do que a expansão oceânica na tectónica de placas e a dar forma às estruturas da Terra. (USGS, 1999) Sabe-se que há forças no interior da Terra que transportam as placas mas ainda não conhecemos os seus detalhes. Como estas forças estão tão profundas, nenhum mecanismo as pode testar directamente. (USGS, 1999)
Sítiografia consultada:
→ Instituto de Física (Universidade Federação do Rio Janeiro), s/d