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ESCOLA POLITÉCNICA
DEPTº DE ENGENHARIA AMBIENTAL - DEA
MESTRADO PROFISSIONAL EM
GERENCIAMENTO E TECNOLOGIAS
AMBIENTAIS NO PROCESSO PRODUTIVO
SALVADOR
2004
MARIA HELENA DEL GRANDE
Salvador
2004
D3527r Del Grande, Maria Helena
Racionalização do uso de água na indústria de celulose: o caso
Bahia Pulp./ Maria Helena Del Grande. --- Salvador-Ba, 2004.
156p. il.; color.
Orientador: Prof. Dr. Emerson Andrade Sales
Dissertação (Mestrado em Gerenciamento e Tecnologias
Ambientais no Processo Produtivo) - Universidade Federal da
Bahia. Escola Politécnica, 2004.
1.Água – Racionalização 2. Água – Reutilização 3. Indústria de
Celulose – Aspecto ambiental – Bahia. I. Universidade Federal da
Bahia. Escola Politécnica. II. Sales, Emerson Andrade III. Bahia
Pulp. I.Titulo
CDD 333.91
A
Ao colega Alberto Ferreira Lima, pelo apoio e valiosa contribuição com sugestões e
recomendações.
A todos os colegas da Bahia Pulp que contribuíram com informações, dados e suporte técnico,
em especial a Antonio Francisco Anunciação, Eduardo César Tonelli, Élvio Paulo Brasil, José
Figueiredo Rocha, Paulo Homero Figueiredo, Rafael Olímpio F. Araújo e Shirlei de Araújo
Cerqueira.
O presente trabalho apresenta, discute e avalia alternativas para o reuso da água na indústria
de celulose, com destaque para o estudo de caso de uma indústria de celulose solúvel com
tecnologia de branqueamento TCF, Bahia Pulp S/A. São apresentados conceitos que apóiam a
gestão ambiental na indústria, tais como sistema de gestão ambiental baseado na norma ISO
14001, produção mais limpa e produção limpa, e oportunidades de melhoria na gestão
ambiental, como tecnologias limpas, fechamento de circuitos e redução de efluentes na fonte.
A metodologia utilizada no estudo de caso envolveu o levantamento físico do sistema de
efluentes orgânicos, a elaboração do balanço de águas, reuniões e entrevistas com operadores
de produção e estudo de oportunidades.
Uma proposta de implementação dessas oportunidades, baseada no levantamento de dados
realizado em 2003, é apresentada, discutida e avaliada. Da análise de resultados, conclui-se
que a aplicação dos conceitos citados acima e a metodologia utilizada propiciaram a
identificação de soluções com custos inferiores a R$200.000,00 e retorno sobre o
investimento menor que um ano (ambos estimados), a implantação de um sistema de
monitoramento contínuo qualitativo e quantitativo dos principais contribuintes ao efluente
final e o aumento da conscientização ambiental, os quais contribuirão para a melhoria da
gestão ambiental da Bahia Pulp S/A.
This thesis presents, discusses and evaluates alternatives for water reuse in the pulp industry,
emphasizing a case study of a dissolving pulp mill that uses TCF bleaching technology, Bahia
Pulp S/A. It presents different concepts that sustain the environmental management in
industry such as environmental management system based on the ISO 14001 standards,
cleaner production and clean production, and suggestions for improving the environmental
management such as clean technologies, water systems closure and effluents reduction in the
source.
The methodology applied to the case study included a physical survey of the organic effluents
system, development of a water balance, meetings and interviews with production operators
and a study of water savings.
A proposal to implement these opportunities, based on a data survey realized in 2003, is
presented, discussed and evaluated. From the results analysis it is concluded that the
application of the concepts above mentioned and the assumed methodology led to the
identification of technical solutions with costs lower than US$70.000 and return over
investment lower than one year (both estimated), the implementation of a continuous
qualitative and quantitative monitoring system of the major contributors to the final effluent,
and the increase on the environmental consciousness, which will contribute for improving the
environmental management in Bahia Pulp S/A.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................. 11
2 OBJETIVOS.................................................................................................................................................. 14
3 ESTADO DA ARTE ..................................................................................................................................... 15
3.1 O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE CELULOSE........................................................................... 15
3.1.1 A Matéria-Prima Madeira.............................................................................................................. 15
3.1.2 Tecnologia e Química do Processo Kraft ...................................................................................... 17
3.1.3 Branqueamento.............................................................................................................................. 20
3.1.4 Redução da Poluição no Branqueamento ...................................................................................... 25
3.1.5 Redução da Poluição em outras Fontes Poluidoras ....................................................................... 26
3.2 O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DA BAHIA PULP ....................................................................... 27
3.2.1 A Indústria Bahia Pulp .................................................................................................................. 27
3.2.2 Manuseio de Madeira .................................................................................................................... 31
3.2.3 Cozimento...................................................................................................................................... 34
3.2.4 Lavagem e Depuração Não Branqueada........................................................................................ 37
3.2.5 Deslignificação com Oxigênio ...................................................................................................... 42
3.2.6 Branqueamento.............................................................................................................................. 45
3.2.7 Depuração Branqueada.................................................................................................................. 48
3.2.8 Secagem, Linha de Fardos e Linha de Bobinas ............................................................................. 52
3.2.9 Evaporação .................................................................................................................................... 56
3.2.10 Recuperação e Utilidades .............................................................................................................. 59
3.2.11 Caustificação e Forno de Cal......................................................................................................... 62
3.2.12 Preparo de Produtos Químicos ...................................................................................................... 66
3.2.13 Captação e Tratamento de Água Bruta .......................................................................................... 71
3.2.14 Tratamento de Efluentes ................................................................................................................ 73
3.3 GESTÃO AMBIENTAL....................................................................................................................... 76
3.3.1 Sistema de Gestão Ambiental: ISO 14001 .................................................................................... 77
3.3.2 Produção Mais Limpa.................................................................................................................... 78
3.3.3 Produção Limpa............................................................................................................................. 78
3.4 TECNOLOGIAS LIMPAS ADOTADAS NA BAHIA PULP.............................................................. 79
3.5 FECHAMENTO DE CIRCUITOS NA INDÚSTRIA DE CELULOSE............................................... 82
3.6 REDUÇÃO NA GERAÇÃO DE EFLUENTES ................................................................................... 85
3.7 DISPOSIÇÃO DE EFLUENTES NO SOLO........................................................................................ 86
4 METODOLOGIA.......................................................................................................................................... 88
4.1 LEVANTAMENTO FÍSICO DO SISTEMA DE EFLUENTES ORGÂNICOS .................................. 89
4.2 BALANÇO DE ÁGUAS....................................................................................................................... 90
4.3 ANÁLISES QUÍMICAS E FÍSICO-QUÍMICAS ................................................................................. 91
4.4 ESTUDO DE OPORTUNIDADES....................................................................................................... 92
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................................................... 93
5.1 LEVANTAMENTO FÍSICO DO SISTEMA DE EFLUENTES ORGÂNICOS .................................. 93
5.2 BALANÇO DE ÁGUAS....................................................................................................................... 94
5.2.1 Evaporação .................................................................................................................................... 95
5.2.2 Pátio de Madeira............................................................................................................................ 97
5.2.3 Branqueamento............................................................................................................................ 102
5.2.4 Secagem....................................................................................................................................... 108
5.2.5 Água de Selagem ......................................................................................................................... 109
5.3 MELHORIAS NO SISTEMA DE ÁGUAS E EFLUENTES ............................................................. 112
6 CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS .......................................................................................................... 115
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 117
GLOSSÁRIO ...................................................................................................................................................... 121
APÊNDICE A – Balanço de Águas – Volumétrico (m3/h) ................................................................................. 127
APÊNDICE B – Balanço de Águas – Específico (m3/tsa) .................................................................................. 131
ANEXO A – Plano de Qualidade das Águas....................................................................................................... 135
ANEXO B – Levantamento de Melhorias no Sistema de Águas e Efluentes...................................................... 139
ANEXO C – Telas de Monitoramento das Águas e Efluentes ............................................................................ 153
11
1 INTRODUÇÃO
A lei 9.433/97, sobre a gestão dos recursos hídricos no Brasil, está embasada em
princípios de âmbito mundial, os quais consideram: a bacia hidrográfica a unidade de
planejamento e gestão dos recursos hídricos; igual acesso ao uso deste recurso por todos os
setores usuários de água; a água como um bem finito e vulnerável; e a gestão dos recursos
hídricos descentralizada e participativa.
A cobrança pelo uso da água nas bacias hidrográficas já está ocorrendo em alguns
estados, e será introduzida em todas as bacias hidrográficas do país. Diante desse fato, várias
indústrias passaram a investir em programas de racionalização e reuso da água, além de
reavaliarem a captação de recursos hídricos.
12
A Bahia Pulp1 era originalmente uma fábrica de celulose para papel, que utilizava
o sisal como matéria-prima, tendo sido desativada e suas operações paralisadas em 1985.
Após um projeto de reforma, reiniciou suas atividades em janeiro de 1996, para produzir
celulose solúvel a partir de madeira de eucalipto, destinada principalmente ao mercado
externo. Alternativamente, a Bahia Pulp pode produzir celulose para papel, ajustando-se
condições de processo.
Os requisitos principais para a celulose solúvel são a alta pureza e o alto conteúdo
de celulose uniforme com grau de polimerização constante, significando, em outras palavras,
ter um baixo conteúdo de hemiceluloses, lignina, cinzas e extrativos (PETER e LIMA, 1996).
1
Bahia Pulp S/A é a nova razão social da Klabin Bacell S/A, adquirida pelo grupo asiático RGM International
em 2003.
13
A água que abastece a Bahia Pulp é captada do aqüífero de São Sebastião a partir
de oito poços. O volume específico de água consumida atualmente é de 54 m3/tsa, equivalente
a 668 m3/h, e encontra-se acima da faixa de 30 a 50 m3/tsa de água consumida pela indústria
de celulose na União Européia, conforme divulgado pela literatura do setor. A nível mundial,
as melhores tecnologias podem levar a um consumo específico muito próximo de 20 m3/tsa.
2 OBJETIVOS
3 ESTADO DA ARTE
vários efeitos negativos: Mn, Fe, Cu, Co e Zn afetam o branqueamento com perda de
viscosidade e reversão de alvura; Ca, Al, Si, Ba, Mg, Mn provocam incrustações na caldeira
de recuperação, nos evaporadores e lavadores; K, Cl, Cr causam corrosão e entupimentos na
caldeira de recuperação; P e N, como nutrientes, prejudicam o tratamento de efluentes; Cd,
Cu, Ni, As, Hg, Zn, Cr causam toxicidade (COLODETTE e outros, 2002).
O eucalipto foi trazido da Austrália para o Brasil no início do século XX, para
suprir as necessidades de lenha do transporte ferroviário da época. Somente quatro das cerca
de 600 espécies de eucalipto se desenvolveram bem no Brasil: grandis, saligna, urophylla,
viminalis. Entre os híbridos, o urograndis se adequou muito bem à fabricação de celulose
(INSTITUTO..., 1988).
Para a produção de celulose é desejável uma madeira sem extrativos. A casca, por
conter alto teor de extrativos, é removida. Por isso, a primeira operação em uma fábrica de
celulose é o descascamento da madeira ( INSTITUTO..., 1988).
18
Os nós dos cavacos também devem ser separados, pois são a parte mais dura da
madeira, rica em lignina (COLODETTE e outros, 2002).
A reação de calcinação é:
3.1.3 Branqueamento
Reagentes
Água Gases p/ lavador
Vapor
Efluente p/ Efluente p/
Recuperação ETE
Efluente
O dióxido de cloro, por sua vez, teve seu uso generalizado para polpas celulósicas
com alvura elevada e boas propriedades mecânicas. É capaz de reagir seletivamente com a
lignina e extrativos, causando pouco ou nenhum dano aos carboidratos, através de um
processo econômico, mantendo a estabilidade da alvura, e causando menor impacto sobre o
meio ambiente. Embora ainda ocorra a formação de organoclorados, estes são em quantidade
consideravelmente menor do que quando se utiliza o cloro molecular.
O ozônio é um agente oxidante limpo, pois não gera resíduos, apenas oxigênio e
água. Sua principal finalidade é favorecer a deslignificação. Sua desvantagem é a
possibilidade de ocorrência de degradação da polpa, quando usado em altas dosagens.
Ao final do branqueamento, parte dos íons terá sido removida pelas sucessivas
lavagens, mas parte ainda permanecerá no interior das fibras ou como precipitado. Então o
dióxido de enxofre (SO2) é utilizado, na proporção de 1%, para baixar o pH entre 2,5 e 3,5, e
promover uma eficiente redução do teor de cinzas, metais e agente branqueador residual
(INSTITUTO..., 1988).
25
O reuso dos efluentes é outra forma de reduzir a carga poluidora, e pode ser
realizado através da recirculação dos filtrados. A recirculação traz como efeitos desfavoráveis
a elevação da temperatura média nos estágios do branqueamento, riscos de maior corrosão da
instalação e aumento do teor de matéria orgânica nos filtrados recirculados, com maior
consumo de produtos químicos para manter o mesmo grau de branqueamento (INSTITUTO...,
1988).
A lavagem das toras, que tem por objetivo remover areia e terra, gera efluente
com sólidos em suspensão, DBO e DQO. Reutiliza-se esse efluente na própria lavagem, após
passar por caixa de areia ou desarenadores, ou é encaminhado para a Estação de Tratamento
de Efluentes (COLODETTE e outros, 2002) .
Cal 30 t/d
Eliminox3 3 kg/d
2
EDTA é a abreviatura de Ácido Etilenodiamino Tetracético (sequestrante de íons).
3
Eliminox é o nome comercial de um produto seqüestrador de oxigênio utilizado na água de alimentação de
caldeira.
4
Triact 1800 é o nome comercial de um produto composto de três aminas, utilizado para corrigir o pH do
condensado de processo que retorna para o tanque de água de alimentação de caldeira.
5
Produzido na própria unidade.
6
Produzido na própria unidade.
7
Quando solicitado pelo cliente.
29
A área do manuseio de madeira recebe e processa toda a madeira sem casca que
chega da floresta. Esta área compreende as seções do pátio de estocagem de madeira,
preparação de cavacos, estocagem de cavacos e transporte de cavacos para os digestores.
3.2.3 Cozimento
- obter elevado grau de deslignificação final (baixo Número Kappa), contribuindo para um
menor consumo de produtos químicos no branqueamento, e, assim, reduzindo a carga de
efluentes;
- aquecimento e cozimento;
final da fase do cozimento, que ocorre quando ele ultrapassar um valor pré-estabelecido na
receita tecnológica.
Parte do licor preto extraído do digestor é resfriado, gerando água quente, sendo
filtrado para reter fibras, e conduzido para a evaporação, onde é concentrado e, em seguida,
utilizado como combustível na caldeira de recuperação (RELATÓRIO..., 2000).
A lavagem e depuração não branqueada têm por objetivo obter uma polpa com o
mínimo de impurezas possível, removendo os nós e palitos da mesma. Este processo realiza-
se pela combinação de uma série de etapas, assim resumidas (RELATÓRIO..., 2000):
38
Lavagem
- Separação de nós
depuração com circuito de água fechado, em que o único despejo são os rejeitos. Cabe aqui
salientar que os processos de cozimento e de depuração adotados permitem mínima perda de
fibras.
Este processo promove uma redução substancial da carga de DBO5, DQO e cor
que chega ao branqueamento, bem como no consumo de produtos químicos, portanto uma
redução do impacto ambiental e redução de custos.
3.2.6 Branqueamento
Figura 7 – Branqueamento
Fonte: RELATÓRIO..., 2000
47
O efluente de processo é:
A carga de sólidos que acompanha esses efluentes, para uma vazão de efluentes
de 250 m³/h, corresponde a:
Os chuveiros de alta pressão das telas e filtros e os de baixa pressão dos filtros são
alimentados com água quente, entre 70 e 75oC.
A folha seca, na saída dos cilindros secadores, é direcionada para uma cortadeira,
onde é cortada em folhas de formato padronizado, que são empilhadas em um transportador
móvel na saída da cortadeira.
Alternativamente, a folha seca pode ser direcionada para uma enroladeira, onde
são produzidos rolos jumbos. Esses rolos são cortados em bobinas, podendo ser ou não
embalados em uma linha de produção específica para este fim.
Linha de Fardos
- Mesa giradora
- Balança de fardos
- Prensa de fardos
- Encapadeira
- Amarradeiras
- Dobradeira
- Tombador de fardos
- Empilhador
- Unitizadora
54
Linha de Bobinas
- Enroladeira;
- Ponte rolante;
- Monovia;
- Cavalete de estocagem;
- Desenroladeira;
- Rebobinadeira;
- Transportadores;
- Balança de bobinas;
- Empilhador de bobinas.
55
A carga de DBO5 desses efluentes após a prensa desaguadora, para uma vazão de
efluentes de 54 m³/h, corresponde a:
3.2.9 Evaporação
O licor preto fraco é concentrado desde 19% até 72% de concentração de sólidos.
A água de resfriamento dos condensadores de superfície é recirculada através da torre de
resfriamento. Os gases não condensáveis (TRS) da evaporação são coletados antes de serem
queimados no incinerador. Os condensados contaminados da evaporação e os condensados
provenientes do sistema de coleta de gases são encaminhados ao sistema de destilação
“stripping” (depuração de condensados) para eliminação de álcool e TRS.
Como esta área processa licor preto, poderá contribuir com a carga de DBO5 no
efluente final, decorrente de vazamentos. Por se tratarem de perdas bastante diluídas, sua
recuperação provocaria um desbalanceamento na evaporação devido à introdução de grandes
volumes de água.
Assim, a DBO5 global dos efluentes da evaporação foi avaliada com base em
levantamentos da operação de fábricas similares e, para uma vazão de efluentes de 28,0 m³/h,
em média correspondem a:
Caldeira de Recuperação
A caldeira de recuperação para a queima dos sólidos do licor preto é do tipo baixo
nível de odor, circulação natural, dois balões e fornalha. Os gases de combustão passam por
um precipitador eletrostático de elevada eficiência, para captação do material particulado
arrastado.
- Carbono 32,3%
- Hidrogênio 3,2%
- Enxofre 4,2%
Total 100,0%
Caldeira de Força
GÁS
NATURAL
TURBO
GERADOR
CHAMINÉ
VENTILADOR CALDEIRA DE
FORÇA
VAPOR
ENERGIA ELÉTRICA
VAPOR DA CALDEIRA
DE RECUPERAÇÃO
Turbogerador
Compressores
Os principais equipamentos e sistemas que são resfriados com água fresca são:
- Compressores;
Caustificação
de cal, caustificadores e filtro pressurizado de licor branco e lama de cal, de acordo com o
fluxograma simplificado apresentado na Figura 11.
64
Forno de Cal
Geração de Oxigênio
Esse sistema opera em ciclos repetidos, constituídos por dois estágios básicos:
adsorção e regeneração. Durante o estágio de adsorção, o ar é alimentado com alta pressão a uma
das torres de adsorção, até que o adsorvente (zeolito) esteja parcialmente carregado com
impurezas (principalmente nitrogênio e CO2). Então a segunda torre de adsorção é alimentada
com ar, e ocorre a regeneração da primeira torre.
Geração de Ozônio
Estes insumos são adquiridos de terceiros. Para cada produto estão previstos tanques
de estocagem com sistemas de descarga e dosagem para os diversos pontos de aplicação no
processo.
POÇOS CAPACIDADE
Dos poços, a água bruta, de caráter ácido, é bombeada para um tanque de chegada,
onde é neutralizada com soda, e transferida por gravidade para o reservatório de água industrial,
com capacidade de 1.200 m³.
15
12
Manuseio de madeira
22
33 Cozimento
1
0,8
Manuseio de madeira
1,5
2,3 Cozimento
14
Manuseio de madeira
35 15 20 Cozimento
Lavagem e Depuração Não branqueada
8
96 Deslignificação
Branqueamento
Depuração e Secagem
Preparo de Produtos Químicos
28 Evaporação
7 Recuperação e Utilidades
250 Caustificação e Forno de Cal
54
Manuseio de madeira
2,4 1 1 1,4 Cozimento
Lavagem e Depuração Não branqueada
0,5
6,6 Deslignificação
Branqueamento
Depuração e Secagem
Preparo de Produtos Químicos
1,9 Evaporação
3.896 kg/d
0,31 g/l
0,13 g/l
2,1 g/l
pH 3a5
Fonte: RELATÓRIO..., 2000
Os efluentes totais gerados pelas diversas áreas produtoras são reunidos e passam por
uma neutralização em um tanque construído para esse fim e por uma grade, para retenção de
possíveis materiais sólidos graúdos, como pedaços de madeira ou restos de embalagens.
A neutralização é feita por meio da adição soda cáustica e ácido sulfúrico. Após a
correção de pH, os efluentes passam por um medidor de vazão tipo calha Parshall.
- Princípio 5 – Análise Crítica e Melhoria, que estabelece a análise crítica do sistema e sua
melhoria contínua (DONAIRE, 1999).
Assim, a Produção Limpa é um conceito que, uma vez integrado aos mecanismos
complementares de Comando & Controle, Auto-regulação e Instrumentos Econômicos, fomenta
o desenvolvimento de métodos e tecnologias eco-eficientes, dando como retorno ganhos
ambientais, econômicos e sociais.
As tecnologias de processo adotadas pela Bahia Pulp em seu projeto de reforma, que
permitiram ganhos ambientais, foram:
A polpação estendida promove uma maior deslignificação da polpa, isto é, uma maior
remoção de lignina, ainda no cozimento, antes da etapa de branqueamento. Assim, ocorre uma
conseqüente redução no consumo de químicos e na quantidade de estágios de lavagem,
significando um menor consumo de água.
polpa que alimenta o tanque das máquinas secadoras e na lavagem do último estágio do
branqueamento.
Uma tecnologia que não foi adotada no projeto de reforma da Bahia Pulp foi o uso de
prensas lavadoras no lugar dos filtros de tambor à vácuo existentes, devido exclusivamente ao
custo de aquisição e montagem, a qual propiciaria menor consumo de água na lavagem e no
branqueamento.
82
O conceito de circuito fechado recai sobre o maior ou menor grau de reuso ou reciclo
praticado, e, no caso de processo Kraft especificamente, sobre o reuso ou reciclo dos efluentes
dos estágios do branqueamento após a deslignificação com oxigênio (REEVE e SILVA, 2000).
foram muitas e os custos bem maiores que o esperado, levando ao encerramento das operações de
recuperação em 1985 (REEVE e SILVA, 2000).
Embora a Bahia Pulp tenha optado por tecnologias de processo modernas, disponíveis
durante a fase de projeto, cujo nível de poluição era reduzido em relação às fábricas em operação,
o fechamento de circuitos esbarrou na necessidade de purga de parte dos sólidos suspensos e
dissolvidos gerados nos estágios de branqueamento, sem a qual aumentaria o consumo de
reagentes, podendo ainda afetar negativamente a qualidade e propriedades da celulose produzida.
Sólidos Suspensos
Os sólidos suspensos são formados por partículas finas oriundas de material fibroso e
materiais estranhos ao processo. O seu acúmulo pode reduzir a drenagem nos filtros e na máquina
de secagem, aumentar a sujeira, causar entupimentos e reduzir a vida útil de telas e de feltros na
máquina de secagem, aumentar as incrustações e depósitos, causar o entupimento de chuveiros de
alta pressão, e aumentar a necessidade de aditivos químicos.
Sólidos Dissolvidos:
Temperatura:
No caso de reuso e reciclo, que podem ser internos ou externos ao processo, dá-se
preferência pelas alternativas de reuso e reciclo internos, o mais próximo possível do processo
que o gerou.
- contabilização dos custos de tratamento dos efluentes gerados e sua apropriação nas áreas
geradoras.
indústrias por várias décadas. A indústria de celulose tem considerando a disposição no solo
como uma alternativa no gerenciamento de seus efluentes (REZENDE, MATOS e SILVA, 2000).
4 METODOLOGIA
- Pátio de Madeira;
- Linha de Fibras;
- Secagem;
Foram usados, como base para o início do trabalho, o balanço de águas existente,
elaborado na ocasião do projeto de reforma da fábrica, em 1995, e os fluxogramas de processo
existentes. O levantamento de dados foi dividido conforme áreas de processo: Secagem, Linha de
Fibras, Pátio de Madeira e Recuperação e Utilidades.
Antes do início das medições propriamente ditas, o medidor de vazão ultrassônico foi
validado, através da verificação e comparação de sua leitura com valores lidos a partir de
instrumentos confiáveis, como placa de orifício e medidor magnético de vazão, “on line”, em 4
pontos diferentes. Essa etapa serviu também como treinamento de pessoal para realização das
medições.
Nos pontos cujas condições físicas não permitiram o uso do medidor ultrassônico
portátil, seja por diâmetro da linha menor que o mínimo permitido pelo instrumento, ou por falha
91
na detecção do sinal ultrassônico, foram realizadas medições com cubagem, isto é, medindo-se o
tempo necessário para encher um recipiente de volume conhecido. Foram utilizados volumes e
cronômetros aferidos, cedidos pelo Laboratório de Qualidade Industrial da Bahia Pulp.
Nos pontos em que nenhum dos recursos descritos anteriormente pôde ser aplicado,
foram estimados valores, baseados na experiência e observação dos operadores.
Foi analisado o Plano de Qualidade das Águas, mostrado no Anexo A, que faz parte
do Sistema de Qualidade e Meio Ambiente da Bahia Pulp, documento nº IO.LQP.007 revisão 2, e
concluiu-se ser suficiente para os estudos preliminares.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
8
A característica do efluente do Pátio de Madeira é de ácido fraco, porém devido ao seu encaminhamento físico foi
associado aos efluentes do Cozimento, Lavagem e Depuração Não Branqueada, de caráter alcalino.
94
Para o cálculo das vazões médias foi considerado o período de 1° de abril de 2003 a
1° de julho de 2003, durante o qual também foram realizadas as medições locais com o medidor
ultrassônico e as medições locais através de cubagem. Esse período foi considerado válido para
fins do estabelecimento do balanço, devido à sua representatividade em termos de produção, que
no período considerado foi de 299,5 tsa/dia, enquanto a produção diária média no ano de 2003 foi
de 291,8 tsa/dia.
5.2.1 Evaporação
Água no L.P.Forte
Água Selagem
Condensado
Água no 0,0 Evaporação 11,9
L.P.Fraco Água Quente
12,5 113,0
140,0 1207,9
1,2
1207,9 6,6 Vapor
Legenda:
X cálculo por balanço (entrada = saída)
Y cálculo da vazão média pelo PI (de 01/4 a 01/7/03)
Z medição local (cubagem, ultrassônico, amostragem)
T estimado
- Filtro de lama de cal: a lama de cal é lavada com água quente, para remoção da soda nela
contida, e posterior descarte; a especificação de pH para a lama é de 2,0 a 12,5;
atualmente, a lama descartada tem apresentado pH sempre muito próximo do limite
máximo, caracterizando uma lama com alto teor de soda; o reuso do condensado
contaminado (com soda ou licor) promoveria o aumento do conteúdo de soda e
consequente aumento de pH, não mostrando-se portanto uma alternativa viável;
- Pátio de Madeira: consome em média 55 m3/h de água industrial e 15 m3/h de água quente
para lavagem de toras; o reuso desse condensado na lavagem de toras, geraria emissões de
odor, e possível risco de segurança aos operadores da área, devido ao conteúdo de H2S
presente no condensado contaminado, não sendo também uma alternativa viável.
97
Legenda:
X cálculo por balanço (entrada = saída)
Z medição local (cubagem, ultrassônico, amostragem)
T estimado
Procurou-se então identificar uma água oriunda de outro processo, com qualidade
adequada ao uso no Pátio de Madeira, porém de qualidade inferior à utilizada atualmente (água
industrial), com conseqüente redução na captação de água e na geração de efluentes.
194,2 Água
de Selagem 96,6 Fábrica 36,8
97,6 Osmose
Legenda:
X cálculo por balanço (entrada = saída)
Y cálculo da vazão média pelo PI (de 01/4 a 01/7/03)
Z medição local (cubagem, ultrassônico, amostragem)
T estimado
á.industrial, á.resfriamento
á.quente
efluente
á.contida no vapor
194,2 Água
de Selagem 96,6 Fábrica 36,8
97,6 Osmose
Legenda:
X cálculo por balanço (entrada = saída)
Y cálculo da vazão média pelo PI (de 01/4 a 01/7/03)
Z medição local (cubagem, ultrassônico, amostragem)
á.industrial, á.resfriamento
á.quente
194,2 Água
de Selagem
Legenda:
X cálculo por balanço (entrada = saída)
Y cálculo da vazão média pelo PI (de 01/4 a 01/7/03)
Z medição local (cubagem, ultrassônico, amostragem)
T estimado
á.industrial, á.resfriamento
á.quente
efluente
á.contida no vapor
compatibilidade desse e outros materiais utilizados no Pátio de Madeira com a água branca. A
análise final poderá considerar a substituição futura de parte dos materiais das instalações e
equipamentos do Pátio de Madeira ou a neutralização dessa água branca com condensado, cujo
caráter é básico e parte dele também é descartada para o Sistema de Efluentes Orgânicos.
5.2.3 Branqueamento
Filtrado p/ lavagem
Solução MgSO4 em contra-corrente
0,2 Branqueamento
Água Morna 0,0 149,1 Filtrado do estágio
151,7 ácido (efluente)
Água de Selagem 0 123,1
4,3
2,2
Solução SO2 116,3
3,8 132,0
Água Branca
103,3 Água na polpa
Vapor de processo
381,8 22,5 404,2
Água na polpa
Legenda:
X cálculo por balanço (entrada = saída)
Y cálculo da vazão média pelo PI (de 01/4 a 01/7/03)
Z medição local (cubagem, ultrassônico, amostragem)
T estimado
- água morna para chuveiros do filtro lavador do estágio ácido (151,7 m3/h), que é o estágio
“aberto” do Branqueamento, com descarte do filtrado para o Sistema de Efluentes
Orgânicos, para fins de purga dos íons metálicos;
- água branca para chuveiros do filtro lavador do estágio com peróxido de hidrogênio
(116,3 m3/h);
- filtrado do estágio ácido (123 m3/h), que contém íons metálicos, e por isso inibe seu
reaproveitamento, sendo descartado no Sistema de Efluentes Orgânicos;
- água incorporada à polpa (132 m3/h), na entrada das torres de armazenamento de polpa
branqueada.
Essa alternativa foi testada em 1997, com o objetivo de reduzir o volume de efluentes
da fábrica, reutilizando-se a água branca, que em condições normais é descartada para o Sistema
de Efluentes Orgânicos através do transbordo da Torre de Água Branca, no filtro do estágio ácido
do Branqueamento, que é um estágio “aberto”, isto é, que descarta o filtrado para o Sistema de
Efluentes Orgânicos.
A conclusão do teste foi que “o uso da água branca tem impacto sobre a eficiência do
Branqueamento, devido à transferência de carga orgânica e inorgânica. Para a produção de
celulose com alto grau de alvura é recomendado o uso de água fresca. Em sendo utilizada água
branca, as concentrações de orgânicos, SiO2 e metais de transição deverão ser constantemente
monitoradas. No caso de contaminação da água branca com Ferro, haverá redução na eficiência
do estágio com peróxido e o controle de processo ficará muito prejudicado”, conforme relatório
interno da Bahia Pulp “Short Note: Analysis of Ozone Stage Performance using White Water on
the A-Stage Washer” (1997).
- diminuição da alvura após o estágio com ozônio, conforme observa-se na Figura 24.
Na Figura 25, são mostrados valores médios da temperatura e alvura da polpa, cujas
tendências são coerentes com o esperado e observado na Figura 24, e também valores médios das
vazões de água industrial e de efluentes orgânicos. A vazão de água industrial diminuiu,
conforme esperado, mas a vazão de efluente orgânico aumentou, diferente do esperado e
106
inconsistente com a redução no consumo de água industrial. Em relação à variação nas vazões,
pode ter ocorrido algum distúrbio operacional em outra área, não detectado e/ou não relatado na
ocasião. Uma análise correta da variação nas vazões dependerá de medições da vazão do efluente
local, o que será possível após a implantação dos sistemas de medição de vazão e pH e/ou
condutividade dos efluentes setoriais prevista para Setembro de 2004.
52,
50,
48,
46, 72,
16-Jun-03 00:00:00 4,00 Day(s) 20-Jun-03 00:00:00
POLPA TORRE ESTAGIO A Alvura polpa Sd.est.ozonio
48
47
46 76 560 420
16-Jun-03 00:00:00 4,00 Day(s) 20-Jun-03 00:00:00
TEMP POLPA EST. A
ALVURA POLPA SAIDA O3
VAZAO EFL ORGANICO
VAZAO AGUA INDUSTRIAL
5.2.4 Secagem
A Secagem gera em torno de 100 m3/h (valor estimado) de água branca em excesso,
não reutilizada no processo, que transborda de maneira intermitente da Torre de Água Branca
para o Sistema de Efluentes Orgânicos. Esse valor foi estimado, a partir da percepção das pessoas
que operam e controlam o processo da área.
Água branca p/
Solução SO2 estágio P
Vapor
Água Quente
1,2 Secagem 116,3 Umidade da
26,3 11,4 celulose
80,6 1,1
16,6 100,0
Água Industrial
132,0 32,50
Excedente de água
Água de Selagem branca
256,7 4,6 261,3
Água morna
Água na polpa
Legenda:
X cálculo por balanço (entrada = saída)
Y cálculo da vazão média pelo PI (de 01/4 a 01/7/03)
Z medição local (cubagem, ultrassônico, amostragem)
T estimado
- água industrial (80,6 m3/h) para abastecimento do tanque de água fresca da Secagem;
- água incorporada à polpa (132 m3/h), na entrada das torres de armazenamento de polpa
branqueada.
- água branca para chuveiros do filtro 3450 (116,3 m3/h), que é o estágio com peróxido de
hidrogênio do Branqueamento;
- água perdida na forma de vapor (11,4 m3/h) nos cilindros secadores para que a celulose
final tenha a umidade especificada;
- excedente de água branca (100 m3/h) que transborda da Torre de Água Branca (valor
estimado);
O consumo total de água no circuito de água de selagem é de 194,2 m3/h, sendo que
97,6 m3/h são desmineralizados na planta de osmose reversa, para uso nas turbo-bombas e na
Caldeira de Recuperação.
A outra parte da água desse circuito, 96,6 m3/h, é consumida como água de selagem
nos selos mecânicos das bombas, para refrigeração e limpeza das partes rotativas e estacionárias
do selo. A maioria das bombas da Bahia Pulp são de fabricação antiga, pois foram reaproveitadas
da fábrica original, e usam selos mecânicos. Os tipos de selo dependem do produto e da
aplicação. Os mais utilizados na Bahia Pulp são os selos de dupla vedação, nos quais a água de
110
refrigeração não se mistura com o produto bombeado, sendo descartada para a canaleta de
efluente, e os selos simples de fole, nos quais a água é incorporada ao processo.
Situação Atual
194,2 Água
de Selagem 96,6 Fábrica 36,8
97,6 Osmose
Legenda:
X cálculo por balanço (entrada = saída)
Y cálculo da vazão média pelo PI (de 01/4 a 01/7/03)
Z medição local (cubagem, ultrassônico, amostragem)
á.industrial, á.resfriamento
efluente
157,4 Água
de Selagem 59,8 Fábrica 36,8
97,6 Osmose
Legenda:
X cálculo por balanço (entrada = saída)
Y cálculo da vazão média pelo PI (de 01/4 a 01/7/03)
Z medição local (cubagem, ultrassônico, amostragem)
á.industrial, á.resfriamento
efluente
- bomba e tubulação até a linha principal de distribuição de água de selagem existente, após
o ponto de consumo pela planta de Osmose Reversa.
112
36,8 m3/h x 24h x (R$ 0,31/ m3 + R$ 0,24/ m3) x 355 dias = R$ 172.445,00 / ano
Itens de Manutenção
Itens de Procedimento
Itens de Melhoria
- Redução no consumo de água industrial para refrigeração dos trocadores de calor das
unidades hidráulicas da linha de fardos, monitorando a temperatura de saída da água
industrial;
- Reuso da água de refrigeração do rolo nº 30 e unidade hidráulica das prensas como água
fresca, devido à sua baixa temperatura (aproximadamente 32 °C);
6 CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
O balanço de águas construído gerou uma visão detalhada dos consumos e perdas de
água e geração de efluentes nos processos e operações da fábrica, constituindo-se em um
conjunto de dados e informações imprescindível para a identificação de várias oportunidades de
racionalização do uso da água, dentre as quais destacam-se:
♦ Lavagem das toras de madeira com o excedente de água branca da Secagem (ROI = 7
meses; economia de 70 m3/h);
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119
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Horizonte. Anais… [S.I.:s.n.], 2001, p.257-266.
9
Klabin Bacell é a razão social anterior da Bahia Pulp S/A.
120
GLOSSÁRIO
“Air Dry Ton Bleached” – Unidade em tonelada utilizada para indicar produção de celulose
branqueada
Álcali Total – Concentração do licor branco, NaOH + Na2S + Na2CO3 + ½Na2S (expresso em
g(NaOH)/l ou g(Na2O)/l); usado para medir a eficiência da caustificação (INSTITUTO..., 1988).
Alvura – Propriedade óptica usada para avaliar a qualidade da polpa após o branqueamento, a
qual mede o fator de reflectância difusa no azul, isto é, a quantidade de luz refletida pela
superfície da polpa (INSTITUTO..., 1988).
Celulose seca ao ar – Celulose com 10% de umidade; 1 tsa (ton seca ao ar) equivale a 900 kg de
polpa acrescida de 100 kg.
DCM – Análise que mede a quantidade de resinas, ácidos graxos e outros extrativos na madeira,
solúveis em Dicloro Metano.
122
Dioxina – Família de substâncias químicas altamente tóxicas que contém carbono, hidrogênio e
cloro. A dioxina não é produzida deliberadamente, porém é um subproduto não intencional de
processos industriais, em que se utiliza ou queima gás cloro na presença de materiais orgânicos.
As fontes primeiras de geração de dioxinas são os incineradores de lixo hospitalar e doméstico, e
as fontes adicionais incluem processos industriais, que empregam cloro na fabricação de produtos
como a resina plástica PVC (polivinil cloreto), agrotóxicos e celulose branqueada com cloro.
DQO – “Medida da capacidade de consumo de oxigênio pela matéria orgânica presente na água
ou água residuária; expressa como a quantidade de oxigênio consumido pela oxidação química,
no teste específico. Normalmente, usa-se como oxidante o dicromato de potássio. Não diferencia
a matéria orgânica estável e assim não pode ser necessariamente correlacionada com a demanda
bioquímica de oxigênio” (ACIESP, 1980). Como vantagem sobre a DBO, este método permite
uma medida rápida do teor de material redutor, principalmente orgânico, presente nas águas
(INSTITUTO..., 1988).
“Dregs” – Vocabulário em inglês, que signifca sedimentos, resíduos, depósitos; utilizado para
indicar material inerte não solubilizado no licor verde, de composição genérica R2O3, onde o
elemento R usualmente é Al ou Fe.
ECF – Tecnologia de branqueamento de celulose sem o uso de cloro elementar (Cl2 ou Cl-).
Espuma – Espuma originada a partir da saponificação dos ácidos graxos presentes no licor preto
com a soda cáustica.
“Kraft” – Vocabulário em alemão, que significa forte, utilizado para indicar o processamento
químico da madeira, com reposição de Na2SO4, que resulta em uma celulose de resistência mais
elevada, desenvolvido originalmente na Alemanha, em 1879 (COLODETTE e outros, 2002).
Licor branco – Nome aplicado ao licor obtido pela caustificação do licor verde, para uso no
digestor (INSTITUTO..., 1988).
Licor negro – Nome aplicado ao licor recuperado dos digestores até o ponto de sua queima na
caldeira (INSTITUTO..., 1988).
Licor verde – Nome aplicado ao licor obtido pela dissolução dos reagentes recuperados em água
e licor fraco, preparatório para a caustificação (INSTITUTO..., 1988).
Número Kappa – Medida do teor de lignina residual na polpa, obtida pela quantidade de KMnO4
que reage com a lignina residual após a etapa de cozimento, informando o grau de deslignificação
da polpa analisada (COLODETTE e outros, 2002).
Pentosanas – Método analítico que determina uma das frações das hemiceluloses presentes na
amostra.
“Pitch” – Vocabulário em inglês, que significa substância resinosa preta ou marrom escura,
aderente, obtida da destilação do alcatrão ou terebentina, usada para selar fissuras em barcos;
utilizado para indicar o resultado da reação da resina da madeira (extrativos) com metais
(impurezas), que se acumula em equipamentos, podendo depositar na folha de celulose, formando
manchas e contaminando-a.
Polpação – Processo de cozimento dos cavacos, que resulta em licor e cavacos cozidos.
Reversão – Propriedade óptica usada para medir a estabilidade da alvura da polpa branqueada
(INSTITUTO..., 1988).
124
“Smelt” – Vocabulário em inglês, que significa fundido; utilizado para indicar a camada de
fundido que se forma no fundo da fornalha da caldeira de recuperação, resíduo da reação de
queima do licor preto.
Sólidos dissolvidos – Diferença obtida quando se subtrai os sólidos suspensos dos sólidos totais
(INSTITUTO..., 1988).
Sólidos suspensos – Resíduo que é retido em uma membrana filtrante de porosidade de 1 µm.
(INSTITUTO..., 1988)
Sólidos totais – Resíduo obtido da evaporação de uma amostra a (105 ± 3 ºC) (INSTITUTO...,
1988).
Teor de lignina residual – Propriedade usada para avaliar a intensidade da deslignificação nos
estágios de pré-branqueamento, e indicar a quantidade de reagentes de branqueamento necessária
nos estágios posteriores (INSTITUTO..., 1988); pode ser estimado, multiplicando-se o Número
Kappa pelo fator 0,165 (PIOTTO, 2003).
Teor seco – Quantidade de massa seca do constituinte em 100 g de massa total, expressa em %.
Umidade – Quantidade de água em 100 g de massa total, encontrada através do cálculo (100 –
Teor Seco), expressa em %.
Viscosidade – Análise que mede a viscosidade de uma solução de pasta celulósica dissolvida em
um solvente; permite conhecer o grau de degradação da fibra de celulose sofrida durante as
125
y Turbogerador y
86,2
44,0 Caldeira de 52,0 Vapor
75,8 Recuperação 86,2
Reservatório 0,7 78,3
Vapor
de Água 11,9 2,2
Fresca 0,0 t
668,4
350,0 Água Gelada 350,0
(make-up) 169,4
Bacia de Água
1853,4
152,5
Lavagem e 149,1
4,3 Depuração 0,5 Resíduos
20,1 4,3
149,1 20,1
103,3
103,3
0,2 Branqueamento
3,8
0,0 149,1
151,7 perdas (transbordos)
0 123,1
4,3
2,2
116,3
132,0
3,4 Diluição
SO2
Água Quente
y Turbogerador y
6,9
3,5 Caldeira de 4,2 Vapor
6,1 Recuperação 6,9
Reservatório 0,1 6,3
Vapor
de Água 1,0 0,2
Fresca 0,0 t
53,7
28,0 Água Gelada 28,0
(make-up) 13,6
Bacia de Água
148,3
12,2
Lavagem e 11,9
0,3 Depuração 0,0 Resíduos
1,6 0,3
11,9 1,6
8,3
8,3
0,0 Branqueamento
0,3
0,0 11,9
12,1 perdas (transbordos)
0 9,8
0,3
0,2
9,3
10,6
0,3 Diluição
SO2
0,1 Secagem 9,3
2,1 0,9 Vapor
6,4 0,1
1,3 8,0 Umidade
celulose
2,60
pH - 7–8
pH - 7–8
1 por turno
Tanque de Condutividade µS/cm ≤ 0,5
Água
Água Monitorada
Desmineralizada Ferro Total ppm Fe ≤ 0,03
Desmineralizada
1 por dia
Sílica ppm SiO2 ≤ 0,02
pH - 8,5 – 9,0
1 por turno
Condutividade µS/cm ≤ 20
Alcalinidade ppm
≤ 10
Total CaCO3
Dureza Cálcio ppm Ca ≤ 0,1
Tanque de Água Dureza
Água de
de
ppm Mg ≤ 0,1
Magnésio 1 por dia (1)
Alimentação das Monitorada
Alimentação das
Caldeiras Ferro Total ppm Fe ≤ 0,03
Caldeiras
Sílica ppm SiO2 ≤ 0,02
pH - 9,4 – 10
1 por turno
Condutividade µS/cm ≤ 200
Alcalinidade
Total ppm
≤ 100
Alcalinidade CaCO3
Água da OH
Tubulão Inferior 1 por dia
descarga Dureza Cálcio ppm Ca ≤ 0,05 Monitorada
das Caldeiras (1)
contínua Dureza
ppm Mg ≤ 0,05
Magnésio
Ferro Total ppm Fe ≤ 0,03
Eliminox ppm 0,8 – 1,2
Sílica ppm SiO2 ≤ 8,0
1 por dia
Fosfato ppm PO4 5 - 15
Água de Condutividade µS/cm ≤200 1 por dia
Tq. 702M7665 Monitorada
refrigeração pH - 9,5 – 10,5 (07 X 15)
Participantes: Adilson Pereira da Encarnação, Caio Vinícius B. Santos, Itamar de Lima Souza,
Rafael Olimpio F. Araújo, Orlando C. R. da Silva.
GERAL
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
1 Efluente inorgânico (bomba Manutenção e regularização do Avaliação de Feito
B0809) é jogado no orgânico sistema do efluente inorgânico. Investimento Relatório e
aumentando os custos do Levantament
orgânico. os das
condições do
Efluente
2 Hoje a água de selagem utiliza-se Usar água de selagem setorial, Avaliação de Necessário
água fresca, e depois é jogado no usando o produto de cada área Investimento avaliar junto
efluente. especifica. (condensado/ água com a
branca) manutenção
a
possibilidade
deste uso
3 Hoje a água de selagem utiliza-se Usar água de selagem setorial. Avaliação de Verificar
água fresca, e depois é jogado no (circular água de selagem por Investimento qual o
efluente. (ou incorporado ao um circuito fechado). projeto de
sistema). utilização da
água de
selagem é
viável
4 Águas pluviais são jogadas no Manutenção no sistema do Avaliação de Feito
orgânico pela bomba B0809, efluente inorgânico Investimento Relatório e
pagando os custos desta água. Levantament
Águas pluviais são descontadas no os das
calculo da vazão do inorgânico. condições do
Efluente
5 Não existe medição setorial nas Instalação de vertedouros Necessário
áreas. padronizados e com marcação aguardar o
de vazão através de pintura nos projeto de
vertedouros. medição setorial
6 Boil-out da secagem lança para o Utilizar o tanque reserva da Verificar a
efluente orgânico uma carga alta água gelada da utilidades para necessidade com
de soda, que acaba provocando absorve esta carga e depois a coordenação da
variações no pH do orgânico soltá-la lentamente no sistema Secagem
orgânico. juntamente com
a Recuperação
142
LINHA DE FIBRAS
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
1 Filtro de água quente para secagem Reparar válvula que está dando OK
está dando passagem e o descarte passagem e direcionar o
está direcionado para o inorgânico. descarte para o efluente
orgânico.
2 Bombas de água quente liberando Reajustar gaxeta das bombas. PENDENTE
grande quantidade de água pela Nota 13641/1642
gaxeta. 201B1904/1905. de 19/12/03
3 Bombas de água morna liberando Reajustar gaxeta das bombas. PENDENTE
grande quantidade de água pela Nota
gaxeta. 201B1901/1903. 13599/13640 de
19/12/03
4 Água de selagem para os Monitoramento contínuo da PENDENTE
equipamentos da linha de fibras. vazão de água de selagem (pode Precisa de estudo
ser feito junto com o junto a
monitoramento da lubrificação- manutenção p/
mecânica); viabilizar.
5 Sistema de recuperação de água de Reaproveitar água de selagem PENDENTE
selagem está direcionado para para limpeza na área e Precisa de estudo
canaleta. refrigeração dos trocadores de p/ viabilização
calor 201AC1506 e 201CI1585 junto à
(e trocadores dos amostradores) coordenação de
ou para reutilização na própria produção e
selagem de baixa do processo. qualidade.
(Utilizar água somente nos
estágios de polpa marron).
6 Água de selagem das bombas de Avaliar possibilidade de fechar Em andamento Fechado
recirculação abertas.(201BXX05). ou reduzir água de selagem das água de
Com bombas paradas. bombas. selagem
7 Água de selagem das bombas de Instalar coletor direcionando PENDENTE
filtrado da deslignificação não tem para o existente. Depende do
coletor para recuperação. estudo de
viabilização do
uso da água de
retorno da
selagem
8 Não existe coletor para Instalar coletor direcionando PENDENTE
recuperação de água de selagem do para o existente. Depende do
branqueamento e ozônio. estudo de
viabilização do
uso da água de
retorno da
selagem
(Investimento)
9 Efluentes das canaletas estão sem Instalar medidor de vazão para PENDENTE
controle. canaletas, com identificação de Precisa avaliar
vazão (normal/anormal). melhor local para
instalação
(Investimento)
143
LINHA DE FIBRAS
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
10 Testar utilização de água branca no Já existe sistema pronto para PENDENTE
1º chuveiro de lavagem do filtro teste, avaliar possibilidade de Depende de
271M3427 em produção standard. utilização da torre ‘Q’ como um estudo
segundo estágio ácido para envolvendo a
remoção dos metais operação e
provenientes da água branca. qualidade.
PÁTIO DE MADEIRA
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
1 Utilização de água de serviço para Testar utilização de água branca PENDENTE
lubrificação do transportador nestes pontos Precisa de
102M0305 e mesa dosadora de estudo
toras principalmente
da manutenção
devido acides da
água.
(Investimento)
2 Utilização de água quente na Testar utilização de água branca PENDENTE
estação de lavagem de toras. nestes pontos Idem item 1
3 Utilização de água de serviço nas Reavaliar sistema de PENDENTE
sucções das Bombas (102B0346 / recirculação da água para Precisa de estudo
0347) de água da bacia de reduzir contaminação da bacia entre operação e
decantação. que acarreta obstrução nas manutenção para
sucções das bombas. viabilizar
(Reinstalação da peneira reinstalação do
estática) equipamento
(Investimento)
4 Utilização de água fresca e quente Instalar sistema de controle. PENDENTE
sem controle. Precisa avaliar
melhor local para
instalação do
instrumento
(Investimento)
145
SECAGEM
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
1 Água fresca para refrigeração - O Instalar sistema de recirculação PENDENTE
sistema atual utiliza cerca de de água utilizada para Precisa de estudo
80m³/h de água fresca vindo da refrigeração das unidades entre operação e
utilidades e após o uso a hidráulicas. Com o sistema de manutenção para
temperatura sai com recirculação essa água passaria instalação
aproximadamente 32ºC. a ter um tempo de permanência (Investimento)
maior diminuindo o consumo e
envio para torre de resfriamento.
2 Redução de consumo da água Foi reduzida toda a água para Concluída
fresca para refrigeração os trocadores de calor das fazendo
unidades hidráulicas da linha acompanhament
de fardos. Está em teste a o
possibilidade de menor
consumo.
3 Canal de vácuo - No projeto Reativar sistema de Cobrar do
original o sistema de selagem das recirculação de água de planejamento
bombas de vácuo 291B4597 e selagem do canal de vácuo. para atualizar
291B4598. Existe um sistema de Obs. Redução de pressão da instalação
recirculação recirculando a água selagem da bomba de vácuo. conforme
com controle de temperatura projeto original
evitando consumo de água fresca desenho Nº
com vazão de aproximadamente BVSFA1091-
37,63m³/h. 370-00
Nota 13634
SECAGEM
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
7 Refrigeração do tambor da Relocar água utilizada para Foi reduzido e
enroladeira - refrigeração do tambor da fazendo
enroladeira. Atualmente vai acompanhament
para canaleta, colocar para o
dentro do pulper 291M4536.
Obs: Evitar aumento de efluente
e a água entra no processo.
8 Contaminação do condensado Eliminar by-pass de condensado Nota 13801
proveniente da água fresca. para aquecimento do óleo na aguardando
unidade hidráulica do Breaker
Stack.
9 Água de selagem das bombas e Instalar dispositivo de coleta PENDENTE
agitadores. para recuperar água e transferir Precisa de estudo
para o tanque de selagem dos entre operação e
separadores 291-M-4546. manutenção para
Obs. A altura do 291M4546 é instalação.
igual a 1,20 metros, o coletor a
ser instalado tem que estar
superior ao nível do tanque.
(descendo por gravidade).
Todas as bombas e agitadores
estão sendo reguladas as vazões
de água de selagem em conjunto
com a manutenção.
10 Tanque de rejeito da depuração Aumentar a capacidade da PENDENTE
com transbordo para a canaleta. bomba de envio para o taster – Precisa de estudo
Devido problema no taster ou 272B4078 / ou manter operação entre operação e
volume alto para controle de constante no taster. manutenção para
contaminantes. instalação.
11 Bombas de envio de condensado Substituição das gaxetas e Notas 14869,
para utilidades com vazamento inspeção diária. 14880, 14881,
pela gaxeta 291-B-4577/78/79/80/ 14882, 14883.
81.
147
CAUSTIFICAÇÃO
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
1 Vários equipamentos parados com Monitoramento continuo da Sendo feito teste
água de selagem aberta. 721B5202 vazão de água de selagem (pode – Necessário
/ 721B52223 / 721B5224 / entre ser feito junto com o melhor
outras. monitoramento da lubrificação- acompanhamento
mecânica); juntamente com
a manutenção
2 Na área do sistema de dregs, existe Manutenção no sistema de dregs Em andamento –
constante desvio de água de (limpeza, modificação dos Aguardando
resfriamento para canaleta, chuveiros), e modificações nas disponibilidade
aumentando a necessidade de linhas do sistema de de liberação do
make-up da torre de resfriamento e resfriamento. equipamento
redução da utilização do
condensado da evaporação.
3 Água de selagem é coletada em Utilizar condensado da Avaliação de
tubulação e descartada no efluente evaporação para realizar a Investimentos /
orgânico. selagem das bombas da área e Verificar outras
eliminar tubulação de envio idéias em relação
para o orgânico. ao efluente
4 É utilizada água fresca para a Criar sistema de recirculação Avaliação de
bomba de vácuo do sistema de para a bomba de vácuo, Investimentos /
dregs. reduzindo assim o consumo de fazer SP para
água fresca. O controle teria fechar o circuito
indicadores de temperatura.
5 É utilizada água fresca na bomba Verificar possibilidade de Avaliação de
721B5201. utilização de água quente na Investimentos /
bomba fazer SP
148
FORNO DE CAL
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
1 Selagem da coifa utiliza água Utilizar condensado da Verificar junto
fresca para limpeza da calha. evaporação no lugar da água com a
fresca. manutenção a
possibilidade de
uso
2 Parte dos mancais de apoio do Viabilizar estudo para utilizar Verificar junto
forno são refrigerados com água condensado da evaporação com a
fresca. manutenção a
possibilidade de
uso
3 É utilizada água fresca para a Criar sistema de recirculação Avaliação de
bomba de vácuo do filtro de lama. para a bomba de vácuo, Investimentos /
reduzindo assim o consumo de fazer SP para
água fresca. O controle teria fechar o circuito
indicadores de temperatura. e estudo
juntamente com
a manutenção
149
CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
1 É utilizada água morna no lavador Usar condensado da Não é viável Eliminar este
de gases do tanque de mistura, evaporação para o lavador de utilizar item
lançando para a canaleta. gases do tanque de mistura e condensado –
direcioná-lo para o tanque de geração de TRS
dissolução.
2 É utilizada água fresca no lavador Usar condensado no lavador de Não é viável Eliminar este
de gases do GNC de baixa gases no GNC de baixa. utilizar item
condensado –
geração de TRS
3 É utilizado licor branco fraco nos Colocar condensado no Aguardar
chuveiros e que acaba entupindo os chuveiro do tanque de resultado da
chuveiros. dissolução. limpeza do tq. De
licor branco fraco.
4 Costado do tanque de dissolução Recuperar costado do tanque Item para a parada
está danificado, jogando a água do de dissolução geral
chuveiro para a canaleta.
EVAPORAÇÃO
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
1 Hoje se utiliza duas bombas do Colocar bomba com maior Verificar situação
tanque de condensador de capacidade no tanque de em conjunto com a
superfície e mesmo assim o tanque condensado do condensador manutenção
fica com nível alto, necessitando de superfície.
abrir by pass para o efluente.
2 Hoje a selagem é feita com água Verificar possibilidade de Acompanhar os
fresca e é jogada no efluente. retornar com condensado para testes e quais
selagem das bombas projetos serão
aprovados para a
água de selagem
3 O condensado do 06º efeito fica Alinhar o condensado do 6º Serviço Concluído OK
alinhado direto para o efluente. efeito direto para o tanque de
condensado de processo.
UTILIDADES
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
1 Phmetro da água industrial joga a Relocar phmetro da água Em estudo Verificar
água no efluente. industrial para eliminar este junto com a
desperdício. instrumentaç
ão a
viabilidade
2 Vazamento na gaxeta da bomba da Manutenção na bomba Nota =
água industrial. 802B2324 802B2324
3 Água dos resfriadores de amostra Direcionar os resfriadores de Existe SP e PS
da caldeira de força está indo para amostra da caldeira de força para este item
o efluente orgânico. para a área dos coletores e
direcionar a água para o
tanque de água morna.
4 Selagem das bombas da água Utilizar auto-selagem nas Nota – verificar
gelada utiliza-se água fresca bombas para evitar efluente. junto com a
manutenção
5 Vapor do tanque de descarga Direcionar fluxo de vapor do Projeto -
continua da caldeira de força vai tanque da descarga continua Acumulador de
para a atmosfera. para o desaerador. Vapor
6 Água dos resfriadores de amostra Direcionar os resfriadores de Igual ao item 3
da caldeira recuperação é jogada noamostra da caldeira de
efluente. recuperação para a área dos
coletores e direcionar a água
para o tanque de água morna.
7 Hoje se joga muito vapor fora pela Utilizar água desmi (antes de Projeto –
blow–out dos coletores. ir para o tanque de Acumulador de
alimentação) para condensar o vapor
vapor das blow-out dos
coletores. Irá gerar mais
energia e economizar água.
8 Válvulas manuais e pneumáticas Realizar manutenção no Parada geral
do sistema de sistema de
dessuperaquecimento dos coletores dessuperaquecimento do
estão dando passagem e com sistema de coletores de vapor.
dificuldade de controle da
temperatura do vapor. Jogando
muita água nas linhas de vapor e
sendo necessário deixar os drenos
dos coletores abertos para evitar
água no licor preto forte. Gerando
efluente.
9 A água de selagem das bombas de Direcionar a água de selagem Existe PS –
alimentação das caldeiras estão das bombas de alimentação Verificar junto
indo para o efluente. (utiliza-se das caldeiras para o tanque com a manutenção
água desmi) intermediário da osmose
10 Jogamos o rejeito da osmose para o Utilizar o rejeito do 02º passo Concluído Serviço
tanque de água morna e utilizamos para o 01º passo. Deixando de concluído
água fresca. utilizar 10m³/h de água fresca. conforme
sugestão.
152
UTILIDADES
Item Situação Atual Sugestão Status Serviço
11 Jogamos os condensados dos Reutilizar os condensados dos Projeto –
purgadores das linhas de vapor e purgadores das linhas de vapor Acumulador de
do TG-02 para a canaleta; do TG-02 dos coletores para o vapor
tanque de condensado
VARIAVEIS DE MONITORAMENTO:
UTILIDADES
- Tanque de água morna (705LC6734.PV);
- Tanque de água industrial (802LI2301.PV);
- Torre de Resfriamento (700LC7008.PV)
CAUSTIFICAÇÃO / FORNO
- Poço de coleta (721LI5318.PV);
- Bomba do Tq. Ácido Sulfâmico (721B5214.PV); qdo ligada indica lavagem dos eco-filtros (solicitação
posterior de Zóia)
EFLUENTE
- Bomba do efluente inorgânico (811B0809.PV)
- Vazão de efluente orgânico (811FI0811.PV)
- Temperatura do efluente orgânico (811TI0821.PV)
CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO
- Poço de coleta (702LI7723.PV);
EVAPORAÇÃO
- Poço de coleta;
- Tanque de condensado de processo (701LI7520.PV)
- Tanque de condensado contaminado (814LC8702.PV)
LINHA DE FIBRAS
- Tanque de água morna (201LC1901.PV)
- Tanque de água quente (201LC1903.PV)
- Poço de Coleta (202LI2160 // 202AI2106.PV)
- Tanque de filtrado -M3420 (271LC3403.PV)
SECAGEM
- Torre de água branca (291LC4410.PV);
- Água quente para o silo (291TC4710.MV);
- Tanque de Retorno (272LC4428.PV);
- Temperatura da calha (291TI4710.PV);
- Transbordo do Tq. Selagem das pernas barométricas
OUTRAS MELHORIAS:
- Tela no PI (monitoramento de dados atuais e históricos – modelo tela de performance da fábrica – definir
condições de alerta para cada variável);
- Criar tela de grupo no SDCD (monitoramento das condições das áreas);
ANEXO C – Telas de Monitoramento das Águas e Efluentes
155
MONITORAMENTO DE EFLUENTES
PRINCIPAIS CONTRIBUINTES
EFLUENTE FINAL
ORGÂNICO INORGÂNICO
Utilidades
110, 705LC6734.PV
55,392
80, %
60, 802LI2301.PV
101,33
40, %
700LC7008.PV
ALERTA 10,
85,816
16-Mar-04 17:01:36 24,00 Hour(s) 17-Mar-04 17:01:36
RETORNA %
TANQUE DE AGUA MORNA
DESC.DE AGUA P/ FABRICA
NIVEL BACIA AGUA
Efluentes
11,00 58,0 850, 811FI0811.PV
584,4
8,00 56,7 700, m3/h
6,40 55,8 600, 811TI0821.PV
57,7
4,80 54,9 500, oC
811AC0810.PV
3,00 53,5 350,
7,04
16-Mar-04 17:01:36 24,00 Hour(s) 17-Mar-04 17:01:36
pH
VAZAO EFL ORGANICO
TEMP EFL ORGANICO
PH EFLUENTE ORGAN TQ NEUTR
156
PARÂMETROS DE MONITORAMENTO
UTILIDADES
ALERTA Nível do Tq. Água Industrial =100 > 100% e < 108% ou
600,
550,
500,
450,
400,