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Ao invés de trabalhar com temas, em forma de aulas isoladas do tipo: Deus, Jesus, Caridade,
Bondade, etc... sugerimos trabalhar com conteúdo integrados, seguindo a própria ordem de
O Livro dos Espíritos, que já contem os conteúdos "afins" totalmente integrados e que oferece
caminho natural para as demais obras de Kardec, podendo avançar com segurança pela
imensa literatura espírita.
A construção do conhecimento não ocorre apenas com uma aula. É necessário um período
de atividades intensas para ocorrer o processo de assimilação e, como consequência, uma
transformação interior (vide teoria de Piaget) e a construção de novas estruturas interiores.
O conteúdo proposto por Kardec é semelhante a uma rede, onde os assuntos se interligam,
integrados num sistema único, global. Cada assunto tratado é parte e todo ao mesmo
tempo, mas nada deve ser considerado independentemente.
No entanto, o conteudo não deve ser analisado "fechado", mas aberto e flexível, sem trair os
objetivos propostos.
O conteúdo deve ser colocado de tal forma que permita ao educando a sua assimilação dentro
de seu ciclo, mas também deve permitir um aprofundamento constante, para possuir uma
qualidade majorante sempre presente, onde os educandos crescem gradualmente. No entanto,
permite o intercâmbio entre os diferentes níveis, pois o conteúdo é o mesmo, tratado de forma
diferente, majorante.
Para isso o conteúdo necessita ser retomado nos ciclos seguintes e, portanto, serem revistos
de forma global e analisados nos novos detalhes e na complexidade de suas relações.
A METODOLOGIA NA PRÁTICA
Apresentamos uma seqüência lógica de ação, não como modelo para uma aula, mas como um
projeto de ação pedagógica:
Jesus, Mestre por excelência, atendia às necessidades imediatas das pessoas que o
procuravam (a cura de um mal físico ou espiritual), depois atendia às necessidades reais do
espírito através das lições imorredouras do seu evangelho.
Todos os grandes educadores e pensadores como Pestalozzi, Froebel, Decroly, Freinet, Dewey, apontam
o interesse
como a base do processo de educação. Claparède nos demonstra que a necessidade interior
é que gera o interesse. O interesse do indivíduo esta intimamente relacionado com uma
necessidade interior, mesmo que seja simplesmente uma curiosidade em conhecer.
Esse interesse varia de acordo com o grupo. Procure conhecer suas crianças e jovens e
trabalhe dentro da realidade que lhes é própria.
Com os maiores aproveite também a necessida interior de conhecer. O impulso para avançar,
conhecer, descobrir existe em todos. O próprio conteúdo da Doutrina é extremamente
interessante para a mente do jovem sempre em busca de novos caminhos. Pode-se também
aproveitar notícias de jornais, assuntos polêmicos, filmes em cartaz, etc.
QUESTIONANDO E DESAFIANDO:
Pode ser perguntas sobre o assunto de forma tal que leve a criança ou o jovem a buscar a
solução ao problema apresentado.
Pode ser apresentado em forma de histórias ou cenas da realidade de vida das próprias
crianças ou jovens, que tenham ligação com o conteúdo em estudo e que apresente um
dilema moral a ser resolvido. Estaremos colocando problemas do cotidiano, da realidade de
vida, para depois demonstrar (levar a criança a concluir) que a Doutrina Espírita tem as
respostas, pode e deve fazer parte de nossa vida, no dia a dia.
2. O DEBATE E O DIÁLOGO:
Permita as colocações das crianças e jovens, o debate e o diálogo onde todos podem
expressar suas opiniões e iniciar a construção coletiva e, ao mesmo tempo, individual, não só
do conhecimento em estudo, mas a construção do ser, em seu aspecto intelectual, afetivo e
volitivo.
Sócrates, na Grécia antiga, utilizava o diálogo como forma de levar o interlocutor a chegar à
própria conclusão. Estimulava o raciocínio, abrindo caminhos na mente do interlocutor para que
ele descobrisse a resposta.
É necessário um período de atividades de interação com o meio físico, social e espiritual para
que o indivíduo possa assimilar o novo conteúdo.
3.2 VIVÊNCIAS: as atividades deverão ser vivenciadas e não apresentadas como "aulas
teóricas". A criança não aprende ouvindo aulas teóricas, mas vivenciando atividades dinâmicas.
A construção do ser depende da vivência integral: segundo Pestalozzi, ela vivencia pelos
sentidos, pelo intelecto e pelo sentimento.
4. O AMBIENTE EVANGELIZADOR
Aqui entra em ação a integração de toda a casa espírita, dos elementos do grupo entre si,
com elementos dos demais grupos. São momentos de profunda interação entre os indivíduos
de mesma idade e de idades diferentes e oportunidade de interagir com os demais membros
da casa espírita, que é uma grandiosa escola de almas.
"Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem", afirmou Jesus. Esse será o
grande desafio a ser vivido por todos.
Toda a Casa Espírita passa a refletir o conteúdo em estudo. Grupos de pais, grupos de
estudos, setores assistenciais, enfim, todos em sintonia com os princípios doutrinários em
estudo naquele período - e com o sentimento de amor e tolerância a ser exercitado.
Isso formará um ambiente vibratório propício ao desabrochar das qualidades interiores do ser,
onde intelecto, sentimento e vontade se harmonizam.
Aqui entra também a "luz" interior do evangelizador consciente de sua tarefa e de sua
responsabilidade.
O conteúdo em estudo poderá chegar a uma síntese através de uma exposição de tudo o que
as crianças realizaram durante este período, onde poderão participar crianças, jovens e
adultos, bem como grupos artísticos com apresentações, dentro do tema central.
Todo esse conteúdo será retomado em outro ciclo em níveis mais elevados, onde a construção
do ser continua em sentido majorante.
Gradualmente, mas num crescendo contínuo, a criança e o jovem passam a pensar, sentir
e viver dentro dos princípios que a Doutrina Espírita nos apresenta, por serem princípios de
carater universal.
A ESCOLA DO ESPÍRITO
A casa espírita - escola da alma, oficina do Espírito - oferecerá sempre novas
oportunidade de estudo e trabalho em níveis cada vez mais amplos. Os diversos
departamentos, trabalhando de forma integrada se transformam em oficinas de
desenvolvimento interior, para os próprio trabalhadores.
Oportunidade do desenvolvimento da razão e do intelecto, ampliando nossa visão da
vida e de nós mesmos.
Oportunidade do desenvolvimento do sentimento na vivência do amor, nas múltiplas
possibilidades de relacionamento.
Oportunidade de crescimento no trabalho e nas realizações de interesse coletivo,
distanciando-nos do egoísmo e do orgulho.
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Isso propiciará ao educando (que somos todos nós - crianças, jovens, adultos)
oportunidades de crescimento e desenvolvimento das potências da alma em seu amplo
aspecto: a construção do conhecimento, a construção das virtudes da alma e a construção de
capacidades de realizações, de trabalho, como ser de pensa, sente e age, à caminho da
perfeição.
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É importante estudar o conteúdo, selecionar o essencial para ser trabalhado com cada
turma e transformar esse conteúdo em atividades assimiláveis, procurando sempre não dar
conceitos prontos, mas buscar o caminho do interesse ou despertar o interesse para a
descoberta, utilizar atividades sensibilizadoras, métodos ativos, que levem a criança a uma
participação ativa, vivências, atividades artísticas e uma integração gradual com as demais
turmas e as atividades da Casa Espírita.
Todo esse conteúdo deve fazer parte integrante de nossas vidas e estar ligado ao
nosso dia a dia, à nossa vivência pessoal - de todos nós, crianças, jovens, evangelizadores,
trabalhadores e pais.
Somente assim estaremos construindo realmente estruturas interiores, profundas, em
nosso ser.
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Ao invés de trabalhar com temas, em forma de aulas isoladas do tipo: Deus, Jesus,
Caridade, Bondade, etc... sugerimos trabalhar com conteúdo integrados, seguindo a própria
ordem de O Livro dos Espíritos, que já contem os conteúdos “afins” totalmente integrados e
que oferece caminho natural para as demais obras de Kardec, podendo avançar com
segurança pela imensa literatura espírita.
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A construção do ser, no aspecto integral, não ocorre apenas com uma aula sobre
determinado tema. É necessário um período de atividades intensas para ocorrer o processo de
assimilação e, como conseqüência, uma transformação interior (acomodação na linguagem de
Piaget) e a construção de novas estruturas interiores.
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O conteúdo proposto por Kardec é semelhante a uma rede, onde os assuntos se
interligam, integrados num sistema único, global. Cada assunto tratado é parte e todo ao
mesmo tempo, mas nada deve ser considerado independentemente.
No entanto, o conteúdo não deve ser analisado “fechado”, mas aberto e flexível, sem
trair os objetivos propostos.
Nesse sentido, o conteúdo deve permitir o diálogo, a confrontação de pontos de vistas,
o intercambio entre o particular e atual com o geral e atemporal.
O conteúdo deve ser colocado de tal forma que permita ao educando a sua assimilação
dentro de seu ciclo, mas também deve permitir um aprofundamento constante, para possuir
uma qualidade majorante sempre presente, onde os educandos crescem gradualmente.
No entanto, permite o intercâmbio entre os diferentes níveis, pois o conteúdo é o
mesmo, tratado de forma diferente, majorante.
Para isso o conteúdo necessita ser retomado nos ciclos seguintes e, portanto, serem
revistos de forma global e analisados nos novos detalhes e na complexidade de suas relações.
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A construção do conhecimento ocorre de forma gradual numa seqüência lógica e
contínua, num processo constante de análise e síntese, oferecendo sempre uma visão global,
cada vez maior, num raio de visão mais amplo, como alguém que esta subindo uma montanha
e ampliando seu raio visual.
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