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Trabalhando
e estudando
no exterior
Autor: Orlando Lourenzo
Austrália e Nova Zelândia
2 Email: orlando.au@hotmail.com
ÍNDICE
Apresentação__________________________________________________________ 04
Sobre as agências_______________________________________________________ 06
Perguntas e respostas____________________________________________________ 07
Relatos_______________________________________________________________ 08
Fatos e mitos__________________________________________________________ 10
Trabalho______________________________________________________________12
Procurando emprego...Relato_____________________________________________ 13
Cuidado com oportunistas________________________________________________14
Cuidados a serem tomados_______________________________________________ 16
Jeitinho brasileiro______________________________________________________ 16
Brasileiros que não prestam. _____________________________________________ 16
Onde morar? __________________________________________________________17
O que estudar? ________________________________________________________ 17
Garantindo um visto____________________________________________________ 18
Ainda sobre visto_______________________________________________________18
Cultura Australiana e Neozelandesa________________________________________19
Auto manutenção______________________________________________________ 19
Moda________________________________________________________________20
Experiência x Fluência__________________________________________________20
Dirigir_______________________________________________________________20
Achados e perdidos e inocentes ___________________________________________21
Como prevenir________________________________________________________ 22
Quando bate a indecisão do futuro_________________________________________23
“Salvar” dinheiro______________________________________________________ 23
Informações gerais sobre Austrália ________________________________________24
Informações gerais sobre Nova Zelândia____________________________________24
Pontos turísticos que você precisa conhecer:_________________________________25
De modo geral________________________________________________________ 26
Costumes e cultura_____________________________________________________27
Comparando__________________________________________________________27
Tipos de acomodações__________________________________________________27
O que não esquecer ao fazer as malas. _____________________________________ 28
Dicas gerais__________________________________________________________ 29
Como trazer dinheiro para Austrália? ______________________________________30
Inglês_______________________________________________________________ 31
Referencia___________________________________________________________ 37
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Apresentação
_Tai, é isso que eu quero. Quero ir para a Austrália, dar um tempo longe do Brasil, fazer
aquela pessoa morrer de saudades de mim, afinal de contas estarei indo embora, direi
para o meu chefe ir se ferrar, mas é claro que antes, vou tentar fazê-lo que me mande
embora para que eu possa receber o meu fundo de garantia, porque uma grana a mais não
faz mal pra ninguém.
_ Gente, decidi. Vou para a Austrália.
_ O que filha?
_ Isso ai mãe, estou decidida, vou viajar para Austrália.
_ Do que você está falando menina?
_Mãe, estou cansada desse lugar, a vida por aqui é sempre a mesma coisa, eu já estou
cansada dessa mesmice. De casa para o trabalho, do trabalho para a faculdade, da
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faculdade pra casa, beijinhos no fim de semana, não tem homem que preste por aqui, o
meu trabalho já me encheu também, já estou trabalhando naquele escritório há mais de
dois anos e nunca recebi um aumento. Injuriei mãe.
_ Já disse isso para o seu pai?
_ Depois eu conto para o pai...
_ Eu lamento informar-lhe Sr Marcelo, mas o seu nível de inglês não está compatível
com o solicitado na vaga a qual você está concorrendo.
_Mas sou nível intermediário, na verdade quase avançado...
_ Eu li esta informação no seu currículo, mas de acordo com o teste que o senhor acabou
de fazer, o seu nível foi considerado insatisfatório.
Minutos depois...
_Alo, Patrícia?
_Sou eu mesma, é o Marcelo falando?
_Sim meu bem
_Como foi seu teste, amor?
_Meu nível de inglês foi considerado insatisfatório
_Poxa amor, você estudou inglês seis anos.
_Eu também não sei o que aconteceu
_ E agora?
_ Ah Pati, essa foi a terceira entrevista que rodei pelo mesmo motivo, sinto que não tenho
outra alternativa a não ser melhorar meu inglês. Acho que vou estudar fora, todo mundo
diz que em um mês da para aprender tudo.
_Um mês?
_ Em um mês eu vou e aprendo depois e só voltar e arrumar emprego.
_ Mas como e que você vai pagar essa viagem?
_Eu faço um empréstimo, quando eu voltar, vou pagando devagarzinho.
_Você acha que isso vai dar certo?
_Tenho certeza...
_Não agüento mais esse trampo. Tenho vários amigos que foram para o exterior e estão
ganhando uma grana violenta.
_O que você vai fazer?
_Meu, vou arrumar a grana da passagem e vou na cara e na coragem.
_Um amigo da minha irmã fez isso e hoje ele tem um monte de terreno lá na cidade dele.
_ E isso ai... Vou para o exterior ganhar grana e depois eu volto só para administrar.
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_Mas você não fala inglês, fala?
_Falo nada, somente the books on the table.
_Ah amiga, que inveja de você. Mas como e que você vai pra lá?
_Vou vender o carro que o meu pai me deu e vou embora, daí qualquer coisa eu peco
mais dinheiro pra ele.
_ Joana, todas as vagas de empregos dos classificados estão pedindo nível de inglês
fluente e eu sequer consegui aprender a falar uma frase em inglês freqüentando esses
cursinhos. Não terei outra saída, acho que vou passar alguns meses fora.
_Que legal Thiago, mas você já sabe para onde vai?
_Estive lendo sobre a Austrália. E para lá que eu vou.
_Só não esquece de mandar umas fotos de cangurus e coalas.
_ Pode deixar... eu mandarei sim...
_Ai gente, hoje e a minha despedida, vamos beber ate cair. Porque a partir da semana que
vem vou beber lá do outro lado do mundo
_Será que eles gostam de brasileiros lá na Austrália?
_E claro que sim rapaz. Tenho certeza que eles vão gostar de mim. Vou pegar várias
australianas.
_Só não vai engravidar nenhuma mina por lá
_Que nada, só vou zoar.
Certamente existem centenas de situações, mas uma caracteritica que todos que saem do
Brasil e vão para o exterior tem um comum é : Atitude.
Para você que está determinado (a) a ingressar nessa aventura, esse ebook tem por
finalidade de esclarecer duvidas e dar dicas. Infelizmente não tive a oportunidade de ter
lido algo parecido antes. Fico com o coração partido quando converso com recém
chegados que ficam perdidos devido à falta de orientação de seus agentes. Então seguem
informacoes e orientações ao longo desse ebook.
Sobre as agências.
Os casos são inúmeros. Obviamente muitos deles são semelhantes. Para aqueles que vão
para a Austrália ou qualquer outro país estudar inglês, boa parte das agências prometem
aprendizagem da língua em um mês. Outras agências vão além e prometem empregos e
hospedagem. Tudo são mil maravilhas até o momento que o “aluno” ainda não
concretizou a compra do curso.
Essa posição das agências é o retrato perfeito daquilo que eu chamaria de capitalismo
extrativista. Depois que retiram o que querem dos clientes, a face fria e de pouco caso
vem à tona.
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O processo tem uma linha contraria de interesses, de um lado está o cliente, pondo em
jogo seu futuro e sua vida e do outro, um vendedor que não conhece dois estados
diferentes do país onde mora, mas que pinta um mundo colorido lá fora.
Muitos agentes arrumam hospedagem em locais absurdos, totalmente fora de mão. Daí o
aluno tem literalmente que pagar pela ignorância do agente. Então fica a dica: Quando
quiser contratar esse serviço, exija uma casa próxima à escola ou então no centro da
cidade. Os agentes sempre vêm com a conversa que a casa fica a 20 minutos do colégio.
Em 90% dos casos é mentira. A não ser que ele esteja falando 20 minutos de helicóptero.
Aqui na Austrália, o valor da passagem de ônibus varia de acordo com a distancia a ser
percorrida. Quanto mais longe, mais caro.
Peça endereços, faça pesquisa no www.google.com, selecione opção MAP. Você
conseguira ter noção da distância entre sua acomodação e o seu colégio. Se quiser ir mais
além, acesse www.131500.com.au(site oficial do transporte publico em Sydney) e
pesquise o itinerário.
Muitas agências, além de não se preocuparem para onde estão mandando o aluno,
também prometem colocação profissional, mas quando o aluno chega ao destino e pede
ajuda, eles pedem para você ler as entrelinhas do contrato onde está escrito: Nos o
ajudamos, mas não garantimos. Isso significa que eles te ajudarão a escrever seu
currículo, e te indicarão lugares para ir. Às vezes te mandarão fazer entrevistas, mas
nesse caso você não estará la sozinho (a) porque vários outros serão mandados pelo
mesmo agente.
Quando muitos deles falam sobre colocação profissional, eles querem dizer que talvez
serão hábeis de te arrumar alguns “Shifts” que nada mais são que algumas horas de
trabalho. Às vezes, muito raramente, seus “shifts” duram alguns dias.
Em alguns casos, quando você pergunta para certos agentes: Você tem algum trabalho?
Eles respondem que a fase está ruim de serviço e as desculpas serão sempre a mesmas: é
a crise mundial, é o feriado que está chegando, são as aulas que estão acabando.
Somado a isso tudo, ainda existe os problemas de caráter pessoal. Embora você tenha
pago o mesmo valor que os demais para ter esse tipo de suporte, na hora o que conta é a
afinidade que o agente tem com você. Se ele (a) não for com a sua cara, prepare-se para
ouvir desculpas por longo prazo, mas se o inverso acontecer, emprego não será mais
problema.
Como funciona a máfia: O agente promete emprego, você paga a taxa que ele exige daí
ele te arruma alguns dias de serviço e depois te esquece, porque você já não representa
lucros.
Dica: Aproveite os recursos de Orkut, facebook, faça contatos com pessoas que estão fora
do país e peça dicas de como chegar e solucionar as coisas o quanto antes.
Perguntas e respostas
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Se eu quero chegar e começar a trabalhar, do que eu precisarei?
O estudante na Austrália que tem intenção de trabalhar, precisara do Tax file number e
conta em qualquer banco local.
Um pouco de relatos...
Diariamente conheço pessoas de diversas partes do mundo. Isso soa um pouco exagerado,
mas é verdade. Enquanto vivia no Brasil, a media de novas amizades era diretamente
proporcional ao número de estudantes da minha sala de aula somado as pessoas que
porventura viessem a trabalhar comigo.
Quanto cheguei à Nova Zelândia, na primeira semana, eu tive por parte de
desconhecidos, vários convites para viajar, dividir apartamento. Em seis meses na Nova
Zelândia já tinha conhecido mais gente que em toda minha vida no Brasil. E sempre
troquei experiências e ouvi muitas historias.
Ainda no Brasil, eu trabalhava dando suporte de informática para uma terceirizada de
uma grande empresa aeronáutica. Após três anos de trabalho, numa das renovações
contratuais, a empresa teve que enxugar custos e demitiu 60% dos funcionários e eu fui
demitido. No dia seguinte comecei a procurar outro emprego, e foi então que descobri
que minha faculdade em informática somada com três anos de experiência, não me
levaria a lugar nenhum se não soubesse falar inglês.
Ate aquela data, eu nunca havia freqüentado nenhuma escola de inglês, a única vantagem
que eu via em ir nessas escolas era a quantidade de menina bonita que tinham
matriculadas. Aprender que seria bom, eu não conseguia. E foi então, que desiludido com
a minha falta de conhecimento do inglês, decidi viajar.
Cheguei à agência de viagem e disse:
_Oi, eu gostaria de ir para o Canadá...
Uma mulher baixinha com óculos enorme olhou pra mim e disse:
_Esquece porque lá você não vai conseguir entrar, o seu visto será negado.
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_Por quê?
_O seu perfil
Fiquei impressionado com o rumo da conversa. Ela não sabia nada a meu respeito e já
afirmava que eu não tinha o tal perfil.
Sem questionar a respeito, perguntei pra ela o que poderia me sugerir e ela disse:
_ Vai para Nova Zelândia
_Onde?
_Nova Zelândia.
_Onde fica isso?
_Fica aqui oh... Disse ela me mostrando no mapa.
_E quanto fica pra ir pra lá?
_Dai depende do que você quer.
_Eu quero aprender inglês e trabalhar. .
_Dai é melhor você comprar um curso de inglês por lá para que você não tenha
problemas na imigração no momento em que você desembarcar. , nem que for um mês de
curso.
Resumindo a historia, foi isso que eu fiz. E exatamente um mês depois da minha
demissão, eu estava embarcando para o exterior.
Chegando à Nova Zelândia, quase tive um ataque cardíaco quando estava dentro do táxi e
o motorista dirigia na rodovia na contramão. Só depois de ver os outros carros na contra
mão também, que eu descobri que o sentido do transito na Nova Zelândia era inverso ao
do Brasil.
Eu tinha pago um mês de “homestay”, casa de família, e foi pra lá que fomos. Quando
chegamos em frente da casa, por volta das seis da manha, uma mulher beirando os 40
anos veio abrir a porta. Ela começou a falar eu não entendia absolutamente nada, ao
perceber que eu não a tinha entendido, ela agarrou minhas malas e levou-as para o aquele
que seria meu quarto por quase um mês. Fui deitar com uma vontade enorme de fazer
xixi. E eu não tinha a menor idéia de como perguntar onde era o banheiro. Felizmente
consegui dormir 3 horas. Quando acordei eu já estava praticamente goteirando. Sai
correndo pela casa com as pernas juntas, quando desci a escada me deparei com a
mulher. Ate tentei falar, mas ela não me entendeu e foi nesse momento que dei inicio a
minha carreira de mímico. Passei a mão na barriga, fiz cara de dor, fiz o som do xixi
quando cai na água. Foi daí que ela sorrindo apontou o banheiro o qual ficava debaixo da
escada.
Saindo do banheiro, resolvi dar uma volta no bairro para tentar achar uma padaria.
Quisera eu estar numa cidadezinha pequena de Minas gerais, mas não, eu estava em
Auckland, muito, mas muito longe de casa. Andei o bairro inteiro e achei algo parecido
com mercadinho. Nada tinha preço. Peguei um pacote de bolacha recheada e uma latinha
de coca cola. Quando fui pagar a conta quase tive meu segundo ataque cardíaco. A conta
tinha ficado em nove dólares. Paguei com um nó de desespero entalado na garganta.
Olhei para o pacotinho de bolacha e sabia que aquilo não iria matar minha fome por
muito tempo. Voltei pra casa porque estava preocupado de me perder, quando cheguei
tive uma ótima surpresa. Na casa também tinha uma brasileira hospedada. E ela me deu
todas as informações de onde gastar menos, de como economizar... Por mais que tentasse
economizar, na primeira semana gastei mais de mil dólares de um jeito que eu não sei
como.
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Fatos e mitos:
Vivemos num mundo onde todos olham para o próprio umbigo. Não espere ser adorado.
O que existe é aceitação. Felizmente o Brasil é um país pacifico, muitos gringos pensam
que no Brasil apenas sambamos, jogamos futebol e passeamos entre florestas cheia de
anacondas.
Vou aprender inglês em um mês se eu for para a: Austrália, ou Estados Unidos, Canadá,
Inglaterra, Nova Zelândia, Irlanda ou África do Sul?
Mito, mentira absurda. Propaganda. Acho que essas entidades que fazem tais promessas
deveriam devolver o dinheiro do aluno caso o mesmo não aprendesse. Isso deveria ser
tratado pelo Procon e ser passivo de multa pesada. Nos meus três anos de andanças, já
conheci muitas pessoas que venderam casas, apartamentos, carros para pagar um curso de
inglês no exterior. Muitos outros tiveram a ajuda dos país que tiveram que se desdobrar
para manter o filho fora por algum tempo. E vários outros casos em que a pessoa se
sujeita a qualquer coisa para se manter.
Mito. Já foi assim. Se a pessoa não tiver uma qualificação que esteja em falta no país de
destino, ela terá que sobreviver com subempregos.
Essa fica entre fato e mito. Fato porque se a pessoa não falar nada em inglês é possível
trabalhar com alguém que possa ser seu interprete Mito: Se a pessoa não consegue
entender nada, como é que ela recebera instruções das tarefas que ela precisa executar?
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O ambiente escolar faz diferença?
Na minha primeira, segunda e terceira escola diferente, quando cheguei tive a sensação
de estar num recanto brasileiro. E é exatamente ai que mora um dos maiores perigos para
os estudantes internacionais: a comunidade
Você não encontrara alunos que falam inglês em escolas de inglês. Seus amigos de
classe, em sua maioria, provavelmente serão brasileiros e asiáticos.
Sim e não. Sim porque a pessoa que mora num país onde a língua é o inglês, a utilização
do conteúdo que foi aprendido na sala de aula acontece muito rápido. O estudante fica
inserido num contexto onde todas as informações lhe são passadas em inglês, como por
exemplo uma simples ida ao supermercado, um passeio, cinema, museu..etc.
A dificuldade em aprender surge quando passamos o dia nos comunicando na nossa
língua nativa, nesse caso em português. No exterior existem milhares de brasileiros onde
quer que você vá. Na cidade de Queenstown na Nova Zelândia, torno de 30% da
população são brasileiros. Então tome muito cuidado quando você estiver fora e resolver
xingar alguém em português, é bem possível que alguém saiba o que você está falando.
Evitar conversar em português é muito difícil, primeiro porque se trata da nossa língua
mãe e nos conseguimos nos expressar com toda fúria e amor e segundo porque os
brasileiros são as pessoas mais sociáveis desse universo. Dificilmente você vera um
gringo numa rodinha de chineses ou coreanos, mas isso não acontece conosco. O
brasileiro interage em qualquer grupo de pessoas. E qualquer pessoa de qualquer nação
desse mundo é sempre bem vinda ao grupo dos brasileiros. Essa é outra vantagem em ser
brasileiro. Como o Brasil foi colonizado por pessoas de tudo quanto é parte desse mundo,
a mistura de raças foi inevitável.
No caso daqueles que não tenha a qualificação necessária, uma alternativa é escolher na
Austrália, cursos de profissões que estejam na lista de demanda.
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outra pessoa, gira em torno de 150 dólares por semana. É claro que existem os mais
baratos, que não são tão mais baratos e os mais caros que podem ser muito mais caros.
Trabalho
Quando estava no Brasil, sempre segui a velha e tradicional linhagem de boa conduta
profissional, o sonho dos meus pais era ver seus três filhos formados e atuando na área.
Foi o que eu tentei fazer. Preste atenção ao “tentei” porque muitas coisas mudaram e
muitas das coisas que faço hoje não são nada do que meu pai sonhou pra mim. Em 2005
terminei minha faculdade em Tecnologia em Redes de Computadores. Atuei na área por
três anos, fiz vários cursos, consegui certificações tais como MCP (Microsoft Certified
Professional).
Num certo dia, numa dessas renovações de contratos de empresas prestadoras de serviço,
tive meu futuro abreviado na área da informática. Nos meus primeiros dias de
desempregado, tive o desprazer de sair entregando currículos pelo Vale do Paraíba.
Cheguei a ficar com dó daquelas meninas que trabalham em recepção de agências de
empregos. Após determinado tempo nesse serviço, elas tornam-se robotizadas. Embora
você tenha escrito três anos de experiência com letras garrafais, ela pergunta o seu tempo
de experiência. Embora você tenha colocado no seu curriculum o número do seu celular,
do telefone residencial, e-mail, a pessoa ainda pergunta se você tem algum meio de
contato. No final do questionamento, ela apenas diz: Boa sorte, e coloca o seu curriculum
em cima daquela pilha de outros 200.
Bom, daí resolvi sair do Brasil para aprender inglês, mas precisava sobreviver. Para isso
trabalhei e continuo trabalhando. Vou fazer a lista das coisas que já trabalhei nesses
quase três anos fora do Brasil
- Ajudante de construção: mais conhecido no Brasil como servente
- Colheita de Kiwi
- Poda de pé de Kiwi
- Lavador de pratos
- Poda de pé de uva
- Faxineiro
- Limpeza de vidros de prédios estando pendurado por uma corda, conhecido como
abseilling.
- Abrir trincheiras
- Remoção de casca de casco de barcos
- Assistente em Pré-escola
- Remoção de azulejo de piscina com britadeira
- Carregador de moveis
- Garçom
- Jardineiro
- Soldador
- Manutenção em barcos da marinha australiana
- Motorista de festa de despedida de solteira. Somente de gravata borboleta, sem camisa.
12 Email: orlando.au@hotmail.com
Para ajuda-lo (a) estou fazendo videos com situações reais de como executar alguns
servicos no exterior.
Acesse ao www.youtube.com e digite: oly oly trabalhando no exterior. Voce terá a
oportunidade de ver e aprender como funcionam as coisas no exterior.
Procurando emprego...Relato
Dias atrás tive uma experiência desagradável. Tinha acabado de chegar das férias no
Brasil e comecei a procurar emprego. Liguei para alguns lugares, mandei meu curriculum
via e-mail para outras centenas de empresas e coloquei anuncio em alguns sites
especializados em empregos.
Um dos meus anúncios era para trabalho de soldador. Duas horas depois de colocar esse
anuncio num site, recebi uma ligação, veja abaixo a versão em português da conversa,
como conversamos em inglês, eu perguntava dez vezes para ter certeza que eu estava
entendendo bem. Segue o diálogo:
_ Alo, é o Orlando que está falando?
_ Sim, sou eu mesmo.
_ Acabei de ver o seu anuncio, você está procurando emprego?
_ Sim
_ Você é soldador não é?
_Sim
_Você usa aquelas botas de segurança?
_ Sim
_ O seu pé cheira?
_Como?
_ O seu pé tem cheiro?
_ Acho que sim
_Qual o tamanho do seu pé?
_ Quarenta e dois
_ Grande né... Olha só, te pago quinhentos dólares para cheirar seu pé.
_ Como é?
_ Pago 500 para cheirar seu pé
_ Preciso desligar. Bye
Depois que foi cair minha ficha. Eu fui burro, deveria ter deixado o cara cheirar meu pé.
Era só marcar o encontro numa praça publica onde ele não fosse tentar nada além de
cheirar meu pé. O plano seria apenas chegar lá, tirar a bota, e deixá-lo cheirar minhas
frieiras.
Fiquei intrigado com a ligação e tentei descobrir como o meu anuncio foi atrair essa
ligacão. Depois de pesquisar, descobri que havia cometido uma falha Eu tinha escrito:
Tig and Stick Welding (Soldador Tig e Eletrodo Revestido) e esse termo é usado por
alguns garotos de programas.
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Cuidado com os oportunistas
Com o mesmo anuncio que atraiu o cheirador de pé, uma outra pessoa me ligou, mas
dessa vez era para a vaga de soldador mesmo. Ele perguntou sobre minha experiência, me
pediu para ir ate a empresa dele no dia seguinte para fazer um teste.
Topei na hora, e no dia seguinte lá estava eu no endereço que ele havia me dado. Reparei
que ele vendia refrigeradores e aquecedores. Assim que ele apareceu, me conduziu ate a
oficina onde era fabricada toda aquela parafernália de cozinha que são feitas em aço inox.
Ele me deu duas chapas e disse: Solda isso
Peguei as duas chapas da mão dele e comecei a ter o pensamento processando em alta
velocidade. Todo o passo a passo, o roteiro a ser seguido estava imaginado. Pedi para ele
ligar a maquina porque nunca tinha visto uma maquina igual aquela, e pra falar a
verdade, eu só tinha visto duas maquinas de solda na minha vida, uma era aquela que
aprendi no SENAI durante meus três meses de férias no Brasil, e outra era a de uma
serralheria de um amigo que me deixou fazer um estágio para praticar. Quando me vi na
frente das chapas a serem soldadas e da maquina de solda, fiz uma confissão mental
rápida, desse jeito: Deus, o senhor sabe que é sou um impostor, que faz duas semanas que
acabei o curso do Senai, e que passei uns meses numa Serralheria. Mas em minha defesa,
por favor, leva em consideração que é por uma boa causa.
Na minha primeira tentativa de soldar, ao invés juntar as placas, eu consegui abrir vários
buracos nela. Fiquei intrigado por dentro, mas por fora apresentava a minha expressão de
duvida e indignação, olhei pra ele com cara de: “O que está acontecendo com a sua
maquina?” daí ele me perguntou se estava tudo bem com o gás e a voltagem. Foi nesse
momento que lembrei que tinha que ligar o gás antes de começar a soldar. Olhei pra ele, e
pedi pra ele abaixar a voltagem da maquina, enquanto isso aproveitei para abrir o gás...
Sentei, concentrei, comecei a soldar, e dali dois minutos eu havia terminado. Quando
olhei pra minha solda, eu quase que me abracei... Ele aproximou-se e me perguntou o que
eu tinha achado da minha própria solda, respondi sem hesitar que estava linda. Fiquei
surpreso com o resultado, tive ate vontade de tirar uma foto. Ele sorriu e me pediu para
voltar para começar a trabalhar no dia seguinte.
Voltei no outro dia e conheci todos os outros, era um bando de gregos, todos acima dos
50 anos de idade e que passavam o dia falando grego...
No dia seguinte meu chefe veio ate mim e disse: Quero que você aprenda tudo, estou
investindo em você. Embora não soubesse do salário, fiquei super feliz com a proposta.
Passados mais alguns dias, fui questionar a respeito de salário. Foi daí que o pesadelo
começou. Ele veio com uma conversa de que como eu estava aprendendo, e por isso me
pagaria apenas o mínimo. Pura malandragem. Porque embora eu estivesse aprendendo
algumas coisas diferentes, eu também estava dando conta do serviço de solda. É a mesma
coisa se você contratasse um mecânico e o colocasse para aprender a lavar carro e o
pagasse como lavador, mesmo sabendo que ele estava consertando carros e agora estava
também “aprendendo” a lavar carros.
Com o salário que ele me ofereceu, mal daria para pagar o aluguel, comida e transporte,
resolvi começar a procurar outra coisa. Num sábado à tarde vi um anuncio que estavam
precisando de alguém para trabalhar com chapas de metal. Como tinha passado as duas
semanas trabalhando com chapas de inox, resolvi concorrer à vaga. Enviei meu
curriculum e o retorno foi rápido. A pessoa da agência me ligou e me pediu para ir ate ela
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no domingo às duas da tarde. Embora não estivesse muito interessado de inicio, peguei
minha mochila e fui. Chegando lá perguntei sobre salário e carga horária. Quando o
agente de emprego falou sobre os benefícios, quase cai pra trás, era simplesmente o dobro
do que eu estava ganhando. Quando ele me perguntou o meu tempo de experiência com
chapas de metal, o meu lado brasileiro funcionou que foi uma beleza. Respondi pra ele
que minha experiência era de menos de um ano. Teoricamente eu não menti, porque eu
havia trabalhado 10 dias com chapas de metal. Eu poderia ter falado menos de três anos
que ainda assim estaria falando a verdade.
Sai da agência com todos os aparatos para o novo emprego. Cheguei em casa acessei ao
youtube, e passei o resto do domingo assistindo a vídeos de trabalhos com chapas de
metais.
Dica: O youtube é o melhor amigo do caçador de emprego que não tem muita
experiência. Se você assistir a vários vídeos, pelo menos terá a menor noção do que estão
falando e dependo do que for, da para aprender muita coisa, daí, na hora da verdade,
naquele momento que você tem que fazer um teste, você diz que está um pouco
desatualizado ou que onde você trabalha o sistema era diferente. Em 90% dos casos,
quando existe a necessidade da mão de obra, eles vão te dar emprego e ainda vão te
ensinar.
Tenho um amigo que me disse uma vez: Orlandao, porque você não procura na sua área
(suporte em informática)? Respondi pra ele que não estava confiante o suficiente para
tentar. Daí ele olhou pra mim e disse: Você não tem a menor idéia de quantos caras ruins
estão trabalhando na área de suporte.
Fiquei pensando naquilo e daquele dia em diante, deixei de me preocupar em ser bom.
Em muitos casos, o trabalho exige treinamento, mesmo aqueles que possuem anos de
experiência, terão que aprender a nova filosofia. É claro que quem sabe mais, já sai na
frente, mas quem não sabe, precisa correr atrás pra não ficar muito longe.
No dia seguinte fui trabalhar e quando cheguei ao serviço, fiquei apavorado porque me
deram uma apostila enorme de procedimentos com perguntas no final, terminado essa
etapa, fui para outro lugar onde tive aula sobre outros procedimentos e esse foi com
direito a prova no final. Nessa aula estavam presentes umas 15 pessoas, eu era o único
que nem piscava e anotava todas informacoes.
Quando terminei o teste, fui conhecer meu ambiente de trabalho. Eu imaginava que seria
uma oficina, onde certamente teriam varias maquinas para cortar, dobrar, furar... Mas não
foi nada disso que aconteceu. Pediram-me para acompanhar os outros funcionários e
quão surpreso fiquei ao ver que estava caminhando para dentro dos navios da marinha.
Basicamente o serviço era de manutenção em todos os compartimentos. Sempre
acompanhado de alguém, ou seja, oportunidade para aprender.
Como estava com esse novo emprego arrumado, voltei ao antigo para pedir a conta.
Quando cheguei, fui cumprimentar os outros funcionários, peguei minhas coisas as quais
havia deixado por lá na semana anterior e fui conversar com o chefe. Quando abri a porta
do escritório dele, ele me perguntou como eu estava, respondi que estava bem, mas que
estava lá para pedir a conta. Ele olhou pra mim com cara de zangado, e disse: Eu já sabia.
Volte aqui na quinta para receber.
Na quinta feira liguei pra lá e perguntei que horas eu poderia passar para receber. E um
dos chefes disse: É melhor você não vir, porque estamos nervosos, porque o serviço que
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você não fez está com data de entrega vencendo hoje e como não foi feito, terei que pagar
multas por atraso. Por isso, você não vai receber.
O que? Perguntei não acreditando no que estava escutando
_Eu quero receber o meu salário. Se você se atrasou na entrega, o problema não é meu.
_ E se você não me pagar, vou te denunciar. Desliguei o telefone puto e fui ate lá para
tirar satisfação com o safado
Como sabia de toda trama dele, preparei meu mp3 para gravar nossa conversa, e foi isso
que aconteceu. Cheguei lá, e antes de mesmo de um “Como vai você?” perguntei quando
iria receber. Neste momento apareceu o chefe mais velho, o qual tem a cara do mestre
dos magos do desenho da caverna do dragão. Se você não conhece, vai ate o google e
pesquise no modo imagem. Quando o Mestre dos Magos surgiu, ele começou a me
esculachar, dizendo que eu não tinha direitos de receber porque tinha abandonado o
emprego. Por fim acabou que ele disse que não me pagaria e sai prometendo procurar
meus direitos. Depois de conversar com algumas pessoas descobri que meu caso era
perdido. Na ânsia de começar a trabalhar, não me preocupei em cobrar a regularização do
meu vinculo empregatício. E como não tinha nada documentado, ele poderia alegar que
eu estava trabalhando com o pagamento tipo cashhand (dinheiro na mão).
Ele sabia que se eu procurasse meus direitos, eu poderia ser deportado, porque trabalhar
sem pagar taxa é ilegal. O que sobrou pra mim foi uma gravação feita no meu MP3
player e a lição de não trabalhar sem estar tudo previamente documentado.
Em todo e qualquer país, tem gente de boa e de má índole. E aqui na Austrália não é
diferente. Muitos empregadores sugam ao máximo que podem, alguns exigem esforço
extra dos empregados. Em compensação, existem outros que te pagam para ficar de
braços cruzados. Já tive muitos trabalhos que me fizeram acreditar que era pura lavagem
de dinheiro. Certa vez me deixaram aspirando uma tubulação de ar condicionado por
duas semanas. Esse serviço na teoria, não duraria mais que 5 horas, mas eles queriam que
quando eu terminasse, recomeçasse outra vez. No fim das contas fui eu que pedi pra sair
porque não agüentava mais voltar no mesmo lugar para fazer a mesma coisa. Em
contrapartida já trabalhei em lugares onde além de receber o salário mínimo, fui sugado
até a alma.
Jeitinho brasileiro
O brasileiro já tem por característica cultural, dar um jeitinho pra tudo. Mas uma vez que
está fora do Brasil é bom reaver os conceitos. Existem leis e regras em qualquer parte do
mundo. No momento que o passageiro embarca no aeroporto, lhe é dado um questionário
a ser respondido. Nesse formulário é solicitada a declaração de determinados produtos.
Seja honesto, não deixe de declarar o que está levando.
O que eu já ouvi de historia de brasileiro querendo se dar bem nas costas de outros
brasileiros, você caro leitor não acreditaria. Já vi brasileiros prometendo emprego no
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exterior e persuadindo aquele que ainda está no Brasil a pagar por colocacao de trabalho.
Outros que cobram um alto valor de aluguel, porque sabe que o estudante ou o viajante
acabou de chegar e não tem a menor noção de valores.
Para se proteger, pesquise e fique atento até que ponto você pode estar sendo lesado.
Onde morar?
O que estudar?
Alguns que vem para Austrália, passaram anos estudando inglês no Brasil, e muitos
outros nem sequer freqüentaram cursinhos, que foi o meu caso. No primeiro contato que
se tem com os Australianos, a sensação que se tem é de que aqui não se fala inglês. Conta
a lenda, que na época da colonização inglesa para a Austrália, um dos maiores problemas
na grande ilha chamada que era então chamada de South Wales, eram os mosquitos, e
para evitar come-los ao abrir a boca para falar, aprenderam a falar com a boca fechada.
Outra teoria é de que anos atrás, quando a Inglaterra mandou seus bandidos e
marginalizados para a Austrália, para contar segredos uns para os outros, eles não abriam
a boca para falar. Fato é que o Australiano não abre a boca para falar e ainda por cima
fala rápido. Com o tempo acostuma-se, mas não é tão fácil.
Muitos ficam confusos na hora de escolher algum curso, se você já tem um nível de
inglês avançado, sugiro que escolha cursos vocacionais, tais como administração,
turismo, informática. Mas se você acha que seu nível de inglês não está legal, é melhor
começar com um curso de inglês.
Um dos pontos que quero abordar é, caso você tenha a intenção de vir estudar e, de
repente resolver ficar por longo tempo na Austrália, faça cursos que esteja em demanda.
Hoje, dia 10 de janeiro de 2009, cursos como os de Cozinheiro e cabeleireiro, dão
condições para aplicar visto de residência (permanência) ao término do curso. Mesmo
assim os critérios tem sido alterados constantemente. Hoje em dia, além do diploma,
ainda está sendo exigida uma determinada carga horária de experiência.
Quando eu cheguei, também tive vontade de ficar. Acho ate que tinha passado por uma
espécie de lavagem cerebral. Procurei todas as formas existentes e inexistentes na
tentativa de permanecer no país. Como ja estava ha mais de dois anos e meio fora do
Brasil, voltei para passar férias e matar saudade dos meus pais. E percebi que amo o
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Brasil, e embora esteja na Austrália, eu tenho pretensão de voltar definitivo em um ou
dois anos.
Quando voltei para o Brasil depois de dois anos e meio, tive a sensação de ter voltado no
tempo, me senti um peixe fora do aquário. Dei de cara com com toda a roubalheira,
impunidade, corrupção e opressão que todos nos brasileiros conhecemos muito bem.
Garantindo um visto
Na Austrália existem diversos tipos de visto, a escolha ou a opção que lhe é sugerida,
varia de acordo com a sua necessidade. Se você tem a intenção de vir e ficar apenas
poucos meses e não tem intenção de trabalhar, a melhor opção é o visto de turista, mas se
você quer vir para estudar e trabalhar, a sugestão é o visto de estudante. Se você é
profissional e a sua profissão consta na lista de mão de obra escassa na Austrália, para
este caso existe a opção de aplicar para visto de trabalho.
O valor da aplicação de visto varia de acordo com o tipo de visto escolhido.
Se você chegar e começar a ter um relacionamento e vir a morar junto com uma pessoa
australiana, você poderá aplicar visto como parceiro (a) Partner.
Uma outra opção para casais, sejam eles do país que for, é que um pode tornar-se
dependente do outro, neste caso a aplicação de visto fica mais barata.
Muitos já saem de seus países de origem casados, outros se casam na Australia mesmo, o
processo é rápido, igual a cartório no Brasil. Neste caso, o único beneficio (ou não) é que
um deve estudar e o outro não precisa.
Um dos grandes problemas em relação a visto para brasileiros, é que o Brasil não tem
inimigos, mas também não tem nenhum grande amigo. Na Nova Zelândia passei raiva
diversas vezes quando lia que os argentinos, chilenos, uruguaios e europeus podiam
trabalhar legalmente e nós brasileiros tínhamos que driblar a situação, achar brechas no
regulamento sobre vistos. A novidade veio esse ano de 2008 num acordo entre os
governos brasileiros e neozeolandes, a partir do dia 8 de dezembro de 2008, 300
brasileiros serão contemplados pelo “ Working holiday visa” isso é uma permissão de
permanência de um ano na Nova Zelândia, incluso o direito de trabalhar. A aplicação
desse visto exige que a pessoa tenha entre 18 e 30. Como as solicitações para aplicação
de visto sofrem alterações constantes, sugiro que você acesse ao site
www.nzembassy.com, nessa pagina aparecerão os paises que tem acordos com a Nova
Zelândia. A página está em inglês, mas caso queira alterar o idioma, na próxima página,
existe a opção de seleção de outro idiomas .
A aplicação para visto de estudante para a Austrália costuma chegar poucos dias antes do
embarque. Independente do país onde foi feita a aplicação.
Alguns amigos que vieram do Brasil me falaram que pegaram o visto em cima da hora.
Como eu estava na Nova Zelândia, o meu processo foi diferente, de lá para a Austrália
não é obrigatório comprar passagem antes da hora, precisa-se apenas fazer reserva de
voo. O meu visto saiu uma semana depois do inicio do meu curso. A demora depende do
agente que está analisando o caso. Alguns são chatos no processo, outros mais tranqüilos.
A demora, em muitas das aplicações, não é culpa da agência. Mas infelizmente algumas
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agências pisam na bola. Às vezes tenho a sensação que usam o dinheiro do cliente para
solucionar problemas internos e só aplicam o visto em cima da hora. Os donos de
agências precisam entender e aprender que seus clientes querem garantias de que os
papeis foram encaminhados. Querem comprovantes, nota fiscal, nome de quem recebeu,
número do protocolo de entrada, qualquer coisa oficial que de segurança de que pelo
menos o processo já foi encaminhado.
Auto manutenção
Sugiro a todos aqueles que estejam na ânsia de viajar, que antes faça os auto reparos. Vá
ao oftalmologista, dentista, qualquer “ista” porque na Austrália e Nova Zelândia isso
pode ficar bem caro. Lembro que na Nova Zelândia, para extrair um dente estava 400
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dólares, aqui na Austrália já ouvi dizer que não sai por menos de 200. Enquanto que no
Brasil, se rodar bastante e tiver muita coragem, consegue arrancar um dente por 30 reais
ou até menos. Uma coisa é fazer tratamento no Brasil, se explicando em português,
salientando os mínimos detalhes. Outra coisa é fazer tratamento fora do país e ter que
explicar tudo em inglês. Certa vez, em Auckland na Nova Zelândia, sofri um acidente no
local de trabalho. No dia seguinte, depois de ter passado a noite em claro por causa da dor
na costela, resolvi ir ao hospital. Enquanto o doutor estava nas perguntas preliminares eu
fui bem, mas quando ele me perguntou como doía, eu fiquei sem palavras e apenas
gesticulei. Por fim ele disse que aquela minha dor era derivada de excessivo esforço
físico e tinha sofrido um tipo de lesão nas costelas. Aceitei o que ele disse, peguei o
atestado e voltei pra casa um pouco frustrado com o atendimento. Quisera eu que eu
pudesse ter me expressado em português, poderia ter contato toda a historia, as fisgadas
noturnas, a insônia, as dores tipo torcicolo.Como dizer torcicolo em inglês? Deus do céu,
me da ate calafrios...
Moda
Andando pelas ruas de Sydney, em poucos minutos você vera algumas pessoas que
trabalham em escritórios, usando roupa social e calçando havaianas. Às vezes acho que o
maior investimento pessoal que os australianos fazem é nos cabelos. Mas enfim...
Tenho varias amigas que reclamam das calcinhas australianas. Outra me disse que já teve
as calcinhas roubadas enquanto secavam no varal. Uma outra semestralmente pede para a
mãe mandar calcinhas do Brasil via correio. Fica a sugestão para você mulher, que está
vindo, de não se esquecer de trazer calcinha para dois anos. Essa regra, segundo as
viajantes, aplica-se também a Europa.
Outra sugestão fica por conta dos produtos de beleza. Tenho uma amiga que reclama de
pele ressecada, ela é chilena, e me disse que o único produto que soluciona o caso dela é
um creme de cenoura chileno. Sendo assim, ela faz parte daquela turma da encomenda.
Experiência x Fluência
O salário mínimo na Austrália gira em torno de quinze dólares australianos por hora. É
claro que esse valor varia.
Empregos para profissionais qualificados em termos gerais são bem remunerados.
Quando vim para Austrália, sofri de desilusãode quando descobri que meus três anos de
experiência na área de suporte em informática somado com um curso universitário, não
tinham muito valor porque o assunto “suporte help desk”era matéria escolar. Isso
significa que qualquer aluno do colegial está habilitado a fazer a mesma coisa que eu
costumava fazer. Minha vantagem são os três anos de experiência, mas a vantagem deles
é a fluência na comunicação.
Dirigir.
A CNH, carteira nacional de habilitação brasileira é valida por um ano tanto na Austrália
quanto na Nova Zelândia desde que esteja traduzida. Já vi casos do condutor apresentar
CNH brasileira na Nova Zelândia e não ter problemas, mas em via das duvidas, melhor e
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se previnir. Na Austrália, a tradução é feita por aqui mesmo. Outra opção é vir com a
Permissão internacional para dirigir.
Mas antes de aventurar-se a dirigir pelas vias e rodovias, leia as regras de transito do país
de destino.
Fato: o sentido do transito na Austrália e Nova Zelândia é na esquerda, no carro, a
direção fica a direita. Boa parte dos brasileiros quando começam a dirigir na Austrália ou
NZ tem a tendência de dirigir usando o lado esquerdo como referencia espacial. Por
exemplo, entre o canteiro central e a linha que divide a pista, no inicio temos a tendência
de queimar a linha central. Essa não é uma regra, e muitos nem percebem que o faz. A
faixa de pedestre é sempre respeitada e existem em todos os lugares. Não existe
documento do carro, existe apenas um selo que fica colado no carro. Em caso de
problemas, os dados do proprietário serão puxados via sistema.
No Brasil, quando perdemos algum objeto, temos a certeza que jamais o veremos.
Lembro de uma expressão que era: Perdido não é roubado, quem perdeu é relaxado. Mas
aqui na Austrália e Nova Zelândia, a estória é diferente. Quando fui para Perth para
estudar, fui a uma lanhouse e esqueci meu pendrive no computador. Dois dias depois,
depois de procurar feito louco pelo pendrive, fiz aquela famosa reconstituição da cena da
ultima vez que tinha visto o objeto. Voltei no dia seguinte na lanhouse e perguntei se eles
não tinham encontrado um pendrive branco. A menina da recepção pediu para que
esperasse um pouco e após alguns minutos voltou com uma caixa de sapato cheia de
pendrives. Fiquei alucinado. Ela apenas perguntou qual era o meu. Enfiei a mão na caixa,
mexi pra lá, mexi pra cá e não vi o meu. Fiquei um pouco desapontado, apenas agradeci e
voltei pra casa. Embora não tivesse encontrado, a inocência da menina me contagiou.
Naquele instante, na minha cabeça passou algo do tipo: Ei menina, o que você está
fazendo? Guarda isso ai, voce sabia que eu poderia pegar qualquer um deles e dizer que
era o meu? E qualquer idiota pode vir a fazer isso com você? Tome cuidado e não faça
mais isso viu... Eh claro que eu não disse nada, apenas apreciei a inocência dela e disse
adeus.
Em outra ocasião, no ano passado tive a infelicidade de perder meu passaporte. Fui
descobrir isso quando precisei dele por causa de um emprego. Procurei feito doido, fiz
um flash back, mas minhas ultimas lembranças eram muito antigas. Desiludido, fui ao
consulado brasileiro e expliquei minha situação. Explicaram-me que para tirar a segunda
via, eu teria que fornecer os mesmos documentos que foram solicitados no Brasil quando
havia feito pela primeira vez o passaporte. Liguei pra casa, pedi para minha mãe me
mandar tudo via correio. Duas semanas depois, voltei ao consulado com todos os
documentos e dinheiro da taxa a ser paga pela emissão da segunda via. Me deram o prazo
de dez dias para ir buscar o novo passaporte. Passados oito dias, recebi um e-mail do
consulado informando que haviam encontrado e enviado o meu passaporte para lá e que
eu poderia ir ao consulado para resgatá-lo. De inicio fiquei surpreso, quem é que
encontraria um passaporte e se daria ao trabalho de encaminhá-lo ao consulado? Depois
tive oscilações de sentimento entre alegria por terem achado o velho e tristeza por já ter
pago o novo.
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Cheguei ao consulado, mostrei o recibo do pagamento efetuado pelo novo passaporte e
perguntei do velho. Enquanto acessava ao sistema, a recepcionista fez algumas perguntas,
pediu licença e voltou com o meu velhinho nas mãos. Quando perguntei do novo, o qual
supostamente estaria pronto em dois dias, ela me disse que a solicitação ainda não tinha
sido feita. Perguntei a ela se tinha como cancelar e recuperar o dinheiro pago. Ela disse
que teria, mas que daria para reaver o dinheiro somente na semana seguinte por motivos
contábeis. Aceitei a situação na hora, perguntei pra ela quando podia voltar para reaver a
taxa que eu havia pago, e ela me pediu dez dias corridos. Quando voltei, me devolveram
o dinheiro. Essa foi a única vez na minha vida que agradeci por atrasos dos órgãos
públicos brasileiros.
Assim como o caso anterior, em muitas situações somos solicitados a apresentar diversos
tipos de documentos e/ou cartas de empregadores.
Aqui vem uma dica super importante. E acredite, seu pai, sua mãe, seu irmão ou irmã,
irão me agradecer.
Traga:
Se não o original, pelo menos uma copia autenticada do:
RG.
CPF.
Certidão de Nascimento.
Certidão de Casamento.
Reservista.
Certificados e diplomas.
Cartas de referencias de antigos empregadores. Se não tiver isso, vai atrás disso.
Paginas da carteira de trabalho ou contrato que comprove sua experiência profissional.
No caso da CNH é bom trazer a original e deixar a copia autenticada em casa.
Por que falei que seus familiares irão me agradecer? Porque diariamente, alguns pais de
brasileiros que estão fora do país, são solicitados a buscar e enviar documentos. Perceba
como o processo é aborrecedor:
_Alo, mãe?
_ Oi filho, tudo bem por ai?
_ Ta tudo bem, mas estou ligando para pedir um favor. Estou precisando urgente do meu
diploma da universidade e da grade curricular também.
_ Mas como é que vou conseguir pegar isso para você filho?
_Bom mãe, a senhora da um pulo la na faculdade, conversa com a Dona Terezinha da
diretoria, paga a taxa que eles pedirem, retira o meu diploma e grade curricular, passa no
cartório, autentica tudo, logo após, vai ate o correio e me manda via expressa para chegar
o mais rápido possível.
_ Filho, não tenho tempo para fazer isso agora.
_Po mãe. Isso ai é urgente.
_Tá certo filho. É so isso?
_Não, ainda vou pedir para a senhora passar na empresa e pedir para o Seu Tobias te dar
uma carta de referência minha. Isso precisa estar impresso em papel especial da empresa.
_Como vou achar esse tal de Tobias?
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_Sei lá mãe, pergunta na portaria da empresa que eles devem conhecê-lo.
_Oh meu Deus.
_ Tchau mãe
_Tchau filho
Muitas das vezes os documentos que chegam não são exatamente aquilo que você
esperava. Por isso, antes de viajar, providencie tudo o que puder para não ter surpresas.
Caso você venha precisar a apresentar algum dos documentos, basta mandar traduzi-los
na cidade onde estiver no exterior.A tradução tem que ser feita por profissionais
juramentados.
Um fator que atinge em cheio 90% dos estudantes é o não saber o que vai fazer. Dezenas,
as vezes até centenas de planos povoam a mente do aluno no espaço de apenas um dia.
Muitos chegam e querem ficar mas não sabem como, outros chegam sem querer ficar
mas não sabem a hora de voltar pra casa.
A decisão sobre o que é melhor a se fazer varia de acordo com o emocional da pessoa,
estabilidade financeira e os objetivos traçados.
No quisito emocional estão inclusos: saudade, liberdade de expressão, circulo de
amizade, ganho ou perda de peso. Tive um professor que certa vez falou: Vocês
estudantes de outros paises que aqui estão chegando, nunca deixem de prestar atenção na
alimentação de vocês. Neste período de adaptação é natural que vocês comam apenas
“junkie food” (besteiras). Mas vocês precisam ter em mente que precisão ter a cabeça
tranqüila para assimilar informações e o corpo saudável para agüentar trabalhar. Por isso,
cuidem da sua alimentação.
Estabilidade financeira: está relacionado com o padrão de vida. Às vezes demora-se um
pouco para achar emprego. Mas enquanto o emprego não vem a pessoa vai gastando os
“reais” dela. E natural chegar o momento de ansiedade e desespero. Continue correndo
atrás. Basta uma ligação de emprego e tudo se resolve.
Objetivos: se o seu objetivo for aprender inglês, não perca tempo morando com
brasileiros. Conheço muitos que falam a mesma coisa por meses e às vezes anos, dizem
que não evoluiram no inglês porque moravam com brasileiros. Isso é fato. Se o seu
objetivo é “fazer dinheiro”, escolha escolas noturnas, locais de fácil acesso para morar.
Prepare almoço em casa e leve, porque comer fora é muito mais caro. Corra atrás de
emprego todos os dias e aventure-se a fazer coisas que jamais fez . Se o objetivo for
viajar, existem varias opções para se fazer uma turnê em torno da Austrália. E não perca a
oportunidade de quando aqui estiver de ir para a Ásia, uma vez que fica bem perto e os
preços não são tão altos.
“Salvar” dinheiro
O que no Brasil conhecemos por juntar, poupar, fazer pé de meia, tanto na Nova Zelândia
ou Austrália, o termo conhecido é “salvar dinheiro”. Outro termo relacionado é “fazer
dinheiro” que significa ganhar dinheiro trabalhando.
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Informações gerais sobre Austrália
Atualidade: Em 2008, quatro grandes cidades da Austrália foram qualificadas pela revista
“The economist” entre as dez melhores cidades do mundo para se viver: Melbourne
aparece em segunda, Perth em quarta, Adelaide em sétima e Sydney em nona.
Capital – Camberra
População: Em torno de 21 milhões de habitantes
Clima: Oceânico, árido e tropical. Vale a pena ressaltar a diferença entre as principais
cidades australianas. Algumas são mais quentes e úmidas que outras. Se você está
adaptado ao clima quente, melhor ir para o norte do país, como Cairns, por exemplo. Se
você prefere clima mais frio, melhor ir para o sul, Melbourne. Caso queira morar num
local onde às vezes é possível ter as quatro estações num só dia, Sydney é uma boa
opção.
Observação: A temperatura da água do mar em Sydney varia entre gelada e fria durante o
ano. Para quem está acostumado com a água fresca ou morna do litoral brasileiro a
diferença de temperatura é enorme.
Fuso horário: A diferença entre Brasil e Austrália (Sydney), é de treze horas. Quando no
Brasil é uma hora da manha, aqui em Sydney são duas da tarde. Mas se no Brasil for 08h
da noite de sábado, em Sydney serão 07h da manhã de domingo.
Historia: Depois de passar pela Austrália, o capitão Cook navegou em direção a Nova
Zelândia. Inicialmente a colonização foi feita por Ingleses que por infelicidade deles,
encontraram uma nação forte chamada Maori, os nativos. A colonização só foi possível
ser realizada apos vários acordos entre ingleses e maoris. Anos depois, com a descoberta
do ouro no país, a Nova Zelândia fortaleceu-se e declarou sua independência.
24 Email: orlando.au@hotmail.com
Política: A Nova Zelândia possui monarquia constitucional e sistema de governo baseado
no Parlamentarismo.
Capital – Wellington
Fuso horário: A diferença entre Brasil e Nova Zelândia (Auckland), são de oito horas.
Quando no Brasil é uma hora da manha, em Auckland são nove da manha. Mas se no
Brasil for 08h da noite de sábado, em Auckland será 04h da manha de domingo.
Curiosidade: Boa parte do filme Senhor dos Anéis foi filmado em território neozelandês.
Inclusive os figurantes do filme em sua maioria eram locais.
Austrália
Sydney: Opera House, Harbour Bridge, Darling Harbour, museus, praias, e parques
públicos, Blue Montains e claro, a vida noturna que tem muito a oferecer.
Estou morando em Sydney faz dois anos e essa cidade me surpreende todos os dias. Às
vezes acontecem shows e a mídia nem sequer divulga e o mais impressionante é que
sempre lotam.
Perth: Ótimas praias para surfistas, conta a lenda que a área é cheia de tubarões, Lago
Swan, Flemantle, Zoológicos, Museus Marítimos.
Cairns: Onde está localizada a maior barreira de corais do mundo, cidade localizada ao
norte da Austrália, e devido a sua localização geográfica a temperatura varia durante o
ano de quente para muito quente.
Gold Coast: Conhecida como Paraíso do Surf
Nova Zelândia
Às vezes acho que Deus criou a Nova Zelândia para ter onde mandar os anjos tirarem
férias. De norte a sul do país, não tem como cair na monotonia. As variações das
paisagens ocorrem a cada esquina.
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Pelo fato do país ser pequeno, a viagem a carro é interessante. A ilha norte oferece praias,
cidades com lagos térmicos, outras com lagos de cor azul Meu Deus e dezenas de
vulcões. Entre a ilha norte e sul existe o estreito de Cook, 90 km de comprimento. Este
vale a pena atravessar de ferry (Ferry é uma espécie de pequeno navio de passageiros
que, neste caso, também transportam veículos).
A ilha sul encanta por suas diversidades de fauna e flora. Para os que amam aventura, a
ilha sul é o lugar ideal. Ao norte da ilha sul fica o parque da Tasmânia, para aqueles que
gostam de “trecking” é um prato cheio. Logo abaixo Blenheim, cidade famosa onde você
poderá degustar vinho de graça aos domingos. Descendo mais vêm kaikoura, considerado
um dos melhores pontos do globo para se ver baleias. Pouco abaixo fica Christchurch,
muito bonita, é a terceira maior cidade do país. Interessante é que a cidade é plana,
montanhas somente muito longe e não tem prédios altos. Ao sul aparece Dunedin (lê-se
Danidam), Ao centro, está localizado a famosa Queenstown, conhecidíssima por
proporcionar a pratica de dezenas de esporte radicais, dentre eles bunggee jump, ski,
snowboard.
De modo geral
Se você estiver disposto a fazer turismo pela Austrália e ou Nova Zelândia, vale a pena
conferir sites especializados.
Como mochileiro, estudante e desbravador, o que posso lhe dizer é que viajar pela
Austrália ou Nova Zelândia é bem seguro. Tanto em termos de sinalização nas rodovias
quanto à qualidade da malha viária.
Na Austrália e Nova Zelândia, o serviço on-line funciona. Para reservar um quarto ou
alugar um carro, o termo utilizado é “Book”, é claro que já virou verbo na boca dos
brasileiros: “ Eu buco, tu bucas, ele buca... Eu buquei, tu bucaste ele bucou...”
O procedimento é sempre o mesmo, você faz a busca por hotéis ou backpackers
(backpacker é uma espécie de hotel para viajantes.Como se fosse um albergue. Nesses
locais você tem opção de escolher um quarto só para você ou então escolher quartos com
mais pessoas, se não for quarto para casal, provavelmente serão beliches, e é claro, varias
outras pessoas dormindo no mesmo quarto, quanto mais pessoas, mais barato). Feita a
busca, encontrada a melhor opção, você pode fazer reserva on-line. E funciona...
Para alugar carro, o procedimento também é muito fácil. Basta o seu passaporte, carteira
de motorista e as vezes nem pedem cartão de credito. Muitas agências cobram apenas a
diária do veiculo independente da kilometragem. E não é tão caro como no Brasil. Mas
existem também as locadoras que não aceitam carteira de habilitação de outro país. Nesse
caso, ande um pouquinho mais ou pesquise on-line qual agência que aceita.
Para os aventureiros de plantão, existem opções como achar parceiros de viagem. Neste
caso, você procura a carona para o local solicitado e racha a gasolina com a pessoa.
Quando entra nesse tópico, lembre que você estará num país onde essa pratica é normal.
Muitos são os estrangeiros, principalmente europeus que fazem esses esquemas de
viagens na Austrália e Nova Zelândia.
Lembro na minha primeira semana na Nova Zelândia, eu estava na fila para tirar xérox, e
percebi que a menina da minha frente era brasileira. Perguntei pra ela quanto tempo ela já
estava no país, ela respondeu que fazia alguns meses e depois de dois minutos de
conversa, ela me convidou para viajar. Confesso que fiquei surpreso, no momento me
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senti “ o bonitão”, mas como estava procurando emprego, recusei e agradeci pelo convite.
Me achei o “gostosão” do pedaço. Dias depois que fui descobrir que viajar com
desconhecidos e dividir despesas de viagem era pratica normal.
Costumes e cultura
Na minha primeira semana na Nova Zelândia, um dos costumes que mais me chamaram a
atenção foi ver como eles lavam a louca. O processo é o seguinte: primeiro enche-se a pia
com água quente, acrescenta detergente, mergulha os pratos e talheres naquela água e
pronto, só colocar para secar. Nada de enxaguar. Antes de acompanhar o processo, eu não
conseguia entender porque sempre havia bolinhas de sabão nos meus copos com água,
cheguei a culpar a água. Ate que aprendi o esquema.
Tanto na Austrália quanto na Nova Zelândia, o almoço e janta são porções. Exatamente
iguais aos pratos feitos. Sem aquelas famosas paneladas, farturas. Repetir está fora de
questão.
Na Austrália, é costume jogar o papel higiênico no vaso sanitário. No meu primeiro dia
escolar na Austrália, o diretor apresentou o colégio para todos os novos estudantes. Daí
ele parou em frente ao banheiro e disse: Gente, eu não sei quanto ao país de vocês, mas
aqui na Austrália nos jogamos os papeis higiênicos usados dentro do vaso sanitário. Em
relação à água, sintam-se a vontade para bebê-la em qualquer torneira na Austrália. Juro
que fiquei impressionado, 30 por cento sobre o papel na privada e 70 por cento sobre
beber água da torneira. É pratica comum ir a bares e pedir “tap water” água de torneira.
Comparando
Tipos de acomodações
27 Email: orlando.au@hotmail.com
Homestay: Teoricamente é uma casa de família onde você terá contato com a cultura
local. Em muitos casos, o valor pago pela semana já inclui uma ou duas refeições diárias
mais o café da manhã. Já conheci muitas pessoas que tiveram sorte de morar com
australianos ou neozelandeses bacanas. Mas em contrapartida, já conheci vários outros
que não tiveram a mínima atenção da família. Como a maioria das homestays são
credenciadas pelo colégio ou pelos agentes, vale a pena solicitar e-mail de contato de
pessoas que foram para tais casas. Às vezes acontece de falarem que não tem
acomodação disponível e te arrumarem uma em cima da hora. Acho isso golpe sujo
porque eles sabem que você não terá tempo nenhum para argumentar ou escolher.
Backpacker: Algo parecido com albergue onde varias pessoas de diversas partes do
mundo passam alguns dias, em alguns casos ate meses enquanto estão no país. Essa
opção tem seus pros e seus contras. Pros: Oportunidade de conhecer pessoas do mundo
inteiro, não tem vinculo de locação, isso quer dizer que você pode mudar-se para
qualquer outro lugar sem aviso prévio. Contras: Geralmente os quartos são
compartilhados com varias outras pessoas. Quanto mais barato, mais pessoas nos quartos.
A media máxima de camas são em torno de 10 ou 12, no caso beliches. Não tem
privacidade. Banheiros e utensílios domésticos são para uso de todos.
Hostel : Pra mim é mesma coisa que Backpacker. Não consigo ver diferença. Apenas
citei porque existem vários.
Share flat ou share house: São apartamentos ou casas onde mora um determinado número
de pessoas. Geralmente pedem o pagamento de duas semanas em antecedência como
forma de reserva (bond) mais o pagamento semanal. Por exemplo, valor da semana 150,
mais 300 de bond. Esse “bond” você pega de volta quando estiver deixando o lugar. Caso
você tenha a infelicidade de quebrar alguma coisa, o dinheiro que você deu de
“bond” será utilizado para arrumar ou repor o que foi danificado.
Por que existem outras opções, acho interessante não fechar contratos duradouros com
homestays. Se por acaso você pagar um mês e depois decidir ficar mais, é só pagar
novamente.
Algumas escolas dão condições de reembolso caso o aluno não goste da homestay.
Verifique no seu contrato se existe essa cláusula inclusa.
Você pode trazer dois pacotes de maço de cigarros e 2,00 litros de bebidas alcoólicas.
Caso necessite trazer remédios, traga a receita medica junto. (Verifique junto a sua
empresa aérea sobre os casos acima. As regras são alteradas constantemente)
28 Email: orlando.au@hotmail.com
Se você tem pretensão de trabalhar em escritórios, escolha trazer roupas formais. O preto
básico é sucesso em qualquer lugar.
Para vocês mulheres, além do estoque de calcinhas, não esquecer que os seus produtos e
instrumentos pessoais, como pinça, lixa de unha, alicatinho, tesourinha, ou qualquer outra
coisa que seja possível ser usado como arma, deve vir dentro da mala que será
embarcada.
Celular. Caso traga o seu, traga-o desbloqueado. Na Austrália encontra-se chip em
supermercados por 2 dólares.
A corrente elétrica na Austrália é de 240/250 volts. O plugue é de três pinos e é diferente
daquele usado no Brasil, ou seja, caso você traga algum aparato eletrônico, fatalmente
terá que comprar um adaptador.
Não esqueça as havaianas.
Em relação a roupas, verifique o clima do local onde você vai morar. Dependendo do
caso terá que trazer mais roupas quentes, em outros casos, roupas para frio.
Dicas gerais
- Sempre tenha uma reserva financeira, pelo menos para se manter por duas ou três
semanas. Quando eu estava na Nova Zelândia, sofri um acidente de carro no caminho do
serviço. Fiquei com o lado direito imobilizado. Como eu estava sem reserva financeira,
tive que ir trabalhar dois dias depois do acidente. Foi daí que percebi que a minha mão
esquerda era uma estranha pra mim.
Considere também que você receberá o primeiro salario apenas uma semana depois que
você começar a trabalhar. Mas como os pagamentos acontecem nas quintas feiras, se
você começa na segunda feira dessa semana, você receberá apenas na quinta feira da
semana que vem.
- Mantenha copias autenticadas de todos os documentos que possui.
Se vier para estudar, acompanhe sua presença escolar. Em caso de ausência acima de
20% das aulas, o colégio pode reportar o problema para a Imigração, e voce corre o risco
de perder o visto.
- Se vier para ficar meses ou anos, aprenda tudo o que puder. Tenho um amigo, que antes
de sair do Brasil, pagou para outra pessoa pintar seu apartamento.Ele dizia estar
arrependido de não ter pintado o próprio AP, de repente poderia arrumar um trabalho de
pintor. Eu digo isso por que aqui tem muita gente que fez faculdade de administração,
psicologia, informática, direito, engenharia e agora estão carregando entulhos ou então
trabalhando de garçom ou garçonete.
- Segundo um amigo que conheci em Auckland, o segredo do viajante é: não comparar,
aceitar as coisas como elas são e estar sempre com a mente aberta.
- Aprenda o máximo de inglês que conseguir enquanto estiver no Brasil. Certa vez disse
isso para um amigo que estava indo para a Inglaterra, e ele apenas riu e disse que não
teria problemas, pois conhecia algumas pessoas que não falavam inglês e estavam
trabalhando. Quem não fala, com um pouco de empenho, consegue arrumar um emprego,
quem fala arruma mais rápido e dependendo da situação ainda pode escolher.
- Quando você viajar, vários amigos vão te perguntar um milhão de coisas, como você
conseguiu, quais são os esquemas, e depois que você passar horas explicando para uns
cinco amigos, vai perceber que eles não vão fazer o que você falou. Sugiro que você
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monte uma lista igual aquelas enquetes, perguntas e respostas. Assim, quando um amigo
perguntar, você manda pra ele todas as duvidas. Isso parece um pouco rude, mas já perdi
horas procurando informações para amigos e na hora H, nada...
- Traga o que der pra trazer, mas não traga nada de comida. Se pegarem isso pode ser
passível de multa. Uma coisa é levar chocolate, bolacha, outra é levar banana, peixe.
Apenas produtos fabricados são autorizados a entrar no pais. Aqui na Austrália tem um
programa de TV que se chama Borderline, é sobre problemas que acontecem nos
aeroportos internacionais da Austrália. Eu não sei qual a propaganda que fazem da
Austrália na Ásia, porque muitos asiáticos tentam entrar no país com kilos de peixe.
Nesses casos acontece apreensão dos produtos e os passageiros são passivos de multa
pesada.
- Álcool: É proibido ingerir bebidas alcoólicas nas ruas ou em qualquer local publico
(parques, praias, etc.).
_ Cigarros: O preço do cigarro é super alto se for comparar com o Brasil, um maço do
mais barato gira em torno de 10 dólares. Caso você seja fumante, vale a pena trazer os
dois pacotes de cigarros que são autorizados pelo serviço alfandegário.
- Visto: A aplicação para visto de estudante para a Austrália costuma chegar poucos dias
antes do embarque. Independente do país onde for feita a aplicação. Alguns amigos que
vieram do Brasil me falaram que pegaram em cima da hora. Como eu estava na Nova
Zelândia, o processo foi diferente, de lá para a Austrália não é obrigatório comprar
passagem antes da hora, precisa apenas fazer reserva. O meu visto saiu uma semana
depois do inicio do meu curso. A demora depende do agente que está analisando o seu
caso. Alguns são chatos no processo, outros mais tranqüilos. A demora, em muitos dos
casos, não é culpa da agência. Mas infelizmente algumas agências pisam na bola. Às
vezes tenho a sensação que usam o dinheiro do cliente para solucionar problemas
internos e só aplicam o visto em cima da hora. O que donos de agência precisam entender
e aprender, é que nos clientes queremos garantias de que nossos papeis foram
encaminhados. Queremos comprovantes, nota fiscal, nome de quem recebeu, número do
protocolo de entrada, qualquer coisa oficial que nos de segurança de que pelo menos o
processo já está encaminhado.
Existem varias opções. Na época que sai pela primeira vez, o melhor esquema era via
traveller card. Com esse cartão podia-se sacar em qualquer caixa eletrônico onde tivesse a
bandeira do visa ou mastercard, nesse caso depende do tipo do seu cartão. A taxa era
baixa, e em caso de necessidade de novo envio de dinheiro, bastava que alguém
depositasse o dinheiro no número da conta desse cartão no Brasil.
Outra opção são os traveller cheques. Você traz as folhas, as quais geralmente possuem
valores pré-determinados, por exemplo, você vai comprar 1000 dólares, eles podem te
dar 10 cheques de 100. O valor das folhas é negociável. Assim que você chega, você
pode ir trocando folha por folha ou então depositar tudo numa conta bancaria que você
venha a abrir.
E outra opção seria o famoso cartão de crédito.
Dica: Sempre mantenha duas opções. Caso você traga cartão, tenha em mão também
alguma quantia em dinheiro para se virar pelo menos 1 semana. Por quê? Tenho uma
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amiga que teve o cartão de credito rejeitado na Nova Zelândia. Neste caso, ela teve que
usar a conta do traveller card de um amigo que ela tinha acabado de conhecer para que o
pai dela pudesse mandar um dinheiro extra até que o novo cartão de credito chegasse.
Mas depois que abrir conta em banco local, pode ficar tranqüilo, em caso de perda do
cartão, basta apresentar qualquer documento com foto na boca do caixa e inserir a senha
no aparelho para sacar o dinheiro.
Inglês
No inicio de 2008 resolvi que o melhor meio de aprender inglês era aprender como
ensinar inglês. Por esse motivo fiz o TESOL ( Teaching English to Speaker of Other
Language) e TECSOL( Teaching English to Child Speaker of Other Language). As
técnicas de ensino são variadas. Somente então descobri porque eu nunca tive paciência
para freqüentar cursinhos de inglês no Brasil. A culpa não era toda minha, boa parcela
eram das escolas que não tinham preparo para estimular o desejo de aprender no aluno. A
técnica de ler e ficar preenchendo livro ou escrevendo, é quase inexistente na Austrália.
Um dos meus professores disse que se for para ler livros e responder questões dele, é
melhor comprar o livro e estudar em casa por conta própria. Nos cursos de inglês na
Austrália, os alunos são impulsionados a criar situações onde a linguagem aprendida seja
estimulada. Muitos exercícios parecem idiotas, mas ajudam o aluno se sentir a vontade
em determinados contextos.
Dicas: Assista a filmes com e sem legenda. Volte uma cena, abaixe o volume da TV e
tente reproduzir você mesmo as falas de um determinado trecho.
Escute músicas desde lentas ate as mais rápidas. Tente entender as palavras, procure a
letra e tradução das musicas na internet. Escute a música outra vez. Cante, tente sentir a
mensagem. Antigamente eu gostava de muitas músicas internacionais, e hoje em dia,
quando eu as escuto e consigo entendê-las fico perplexo com o significado delas. A
música Last Kiss do Pearl Jam por exemplo. Antigamente eu dançava essa música nos
bailes de formaturas feito doido, somente anos depois que fui entender que na estória da
música, a namorada do cara morre num acidente de carro. A música é triste, mas eu me
divertia as pampas. E como essa, tem muitas outras que me faziam pensar na namorada e
que na verdade estavam falando de um carro verde que quebrou o motor. Ou então
aquela: It s raining man, aleluia... Nessa música eu quase saia do corpo quando ouvia.
Mas agora fico ate sem graça de lembrar dessas coisas.
Inglês pratico – para ter uma idéia de como as(os) nativas (os) expressam seus
sentimentos românticos, acesse ao www.rsvp.com.au, acesso gratuito, entre nos perfis,
leia as descrições. Acho interessante os termos que eles usam, já passei horas lendo
perfis, muitos auto definem-se como parceiros para crimes, baixa manutenção, interesse
por viagens, mente aberta, pés no chão. Quando você estiver se relacionando com uma
pessoa de outro país é interessante aprender como ela está acostumada a ser questionada,
e é evidente que isso nos prepara eventuais perguntas.
Existem palavras que sugerem significados opostos. Push e Eventually por exemplo.
Depois de um tempo certas palavras tornam-se tão naturais que passam a funcionar
erroneamente como verbos em português: googar, dropar, faxear etc
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Enfim, aprender não ocupa espaço, então segue pra você, algumas expressões
australianas para começar a se familiarizar.
aggro - aggressive
amber fluid - beer
ant's pants - height of fashion, or to think highly of yourself
arvo - afternoon
Aussie - Australian
av-a-go-yer-mug - traditional rallying call, particularly at cricket matches
ay - pardon me
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Buckley's - no chance at all
bundy - Bundaberg rum, also time-clock for employees
bung on - put on
burl - have a try: give it a burl
bush - country, away from the city
bushranger - Australia's equivalent of outlaw of American Wild West
bush tucker - native foods, usually in the outback
BYO - bring your own (booze) to a restaurant
dag, daggy - mildly abusive term for socially inept person, nerd, nerdy
damper - bush loaf made from flour and water, cooked in camp oven
deli - delicatessen
didgeridoo - cylindrical wooden Aboriginal músical instrument
digger - Australian soldier
dill - idiot
dinkum, fair dinkum - honest, genuine
dinky-di - the real thing
dob in - to tell on someone
docket - receipt, bill
dole - unemployment payment
don't come the raw prawn - don't try and fool me
dunny - toilet
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full as a boot - drunk
funny farm - mental institution
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middy - 285 ml beer glass
missus - your wife
mobile phone - cellular phone
mozzies - mosquitoes
nappy - diaper
Never-Never - mythical, remote, isolated place in the outback
nick - steal
nick off - go away! get lost!
no hoper - hopeless case
nose - on the nose: something stinks
no worries - she'll be right, that's OK
paddock - field
pavlova - meringue and cream dessert
perve - to gaze with lust
pinch - steal
piss - beer
pissed - drunk
pissed off - annoyed
piss in your pocket - brown-nose
piss-weak - no good, gutless
Pom, Pommie - English person
pokies - poker machines
postie - mail man
prang - motor véicle accident
pub - hotel
pull your head in - mind your own business!
push bike - bicycle
put up or shut up - prove you can do it or keep quiet!
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rego - registration: car registration
rip off, ripped off - you have been cheated
ripper - good, also: little ripper
rip snorter - something that is great
root - have sexual intercourse
rooted - tired
ropable - very angry or bad-tempered
rubber - eraser
rubbish - deride, tease: to rubbish
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true blue - dinkum
tucker - food
two-pot screamer - person with low tolerance for alcohol
two-up - traditional heads/tails gambling game
uni - university
up yourself - have a high opinion of yourself
ute - utility, pick-up truck
vegies - vegetables
verbal diarrhoea - talking non-stop, usually nonsense
Referências:
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Meu blog pessoal: http://australianas.blogspot.com
Duvidas, me mande email : orlando.au@hotmail.com
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