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MOÇÃO

Excelentíssima Senhora Ministra da Educação

Com conhecimento a:
Exmo. Senhor Presidente da República
Exmo. Senhor Primeiro-Ministro
Exmos. Senhores Deputados da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência
Direcções dos Sindicatos de Professores
Exma. Senhora Directora Regional de Educação
Exmo. Senhor Presidente do Conselho Geral Transitório
Exmo. Senhor Presidente do Conselho Executivo
Exmo. Senhor Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação

Os professores da Escola Secundária de Montemor-o-Velho reuniram em 21/01/2009


para reflectir sobre o processo de avaliação docente. Analisaram as alterações
introduzidas pelo Dec. Regulamentar nº 1-A/2009 de 5 de Janeiro que, segundo a
óptica do ministério, visam simplificar o processo.
Em resultado desta reflexão, e
Considerando que:
1- estas medidas são transitórias e conjunturais, prevendo-se a implementação
do modelo tal como está definido no Dec. Regulamentar nº 2/2008, no próximo
período avaliativo;
2- a regulamentação agora publicada, ao consignar a não obrigatoriedade de os
Professores serem avaliados na componente científico-pedagógica, não só não
promove como compromete a qualidade do ensino;
3- as alterações respeitam apenas as condições de aplicação, mantendo-se os
princípios orientadores que estão na base da contestação dos docentes, sem
esquecer que a existência de quotas impede a possibilidade de a maioria ver
reconhecidos os seus efectivos méritos;
4- o Ministério pretende responsabilizar e pressionar os órgãos de gestão para
a aplicação deste processo;
5- a finalidade principal do Ministério, neste processo, é a seriação dos
docentes numa carreira assente em critérios economicistas, relegando para segundo
plano a melhoria da qualidade do ensino;
6- a aceitação deste modelo de avaliação determina, de imediato, a
funcionalidade e operacionalidade do ECD e correlativa divisão da carreira,
alcançada de forma discricionária e injusta, que a esmagadora maioria dos docentes
contesta.
E considerando ainda que:
O Ministério da Educação tem recorrido a todos os meios ao seu alcance para
pressionar e desmobilizar os docentes, nomeadamente:
1- a aprovação de um processo de avaliação simplificado sem a participação
consensual da classe docente;
2- a utilização indevida dos endereços de e-mail dos docentes com o intuito de
os pressionar para a adesão à política educativa defendida pelo ministério;
3- a tentativa de pressão sobre os órgãos de gestão através do Dec.
Regulamentar nº 1-B/2009 de 5 de Janeiro de 2009, publicado no mesmo dia do que
estabelece o regime transitório da avaliação docente (Dec. Regulamentar 1-A/2009
de 5 de Janeiro);
4- o anúncio do aumento do número de vagas para professores no próximo
concurso, medida aliciadora e divisionista;
5- a tentativa de dividir os docentes, dispensando de avaliação os docentes que
reúnam condições de reforma até 2011;
6- a ameaça de procedimentos disciplinares para os que recusem aceitar este
processo de avaliação.
Os docentes reunidos nesta assembleia por considerarem que:
• pertencem a uma classe com responsabilidades sociais e particulares
acrescidas;
• foi posto em causa o mérito e a dignidade profissional da classe, num
desrespeito pelos princípios básicos de Igualdade e de Justiça que devem presidir
à actuação da Administração, conduzindo à desqualificação da escola pública;
• lhes assiste o dever, como profissionais, de defender e contribuir para a
dignificação da carreira e da escola pública da qual são parte integrante.
Tomaram a decisão de suspender o processo de avaliação docente, nos termos em que
se encontra definido nos Dec. Lei n.º 2/2008 e Dec. Regulamentar n.º 1-A/2009.
Apelam à revisão do Estatuto, à unificação da carreira, bem como à substituição do
actual modelo de avaliação por outro exequível, transparente e motivador do
trabalho docente, que resulte numa efectiva melhoria da qualidade do ensino
público e corresponda a uma verdadeira dignificação da classe.
Este documento foi aprovado pelos professores signatários.
Montemor-o-Velho, 21 de Janeiro de 2009

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