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Os Cavaleiros Templários
duzentos anos depois já existiam mais de cinco mil comendadorias (postos ou castelos)
espalhados pela Europa e Oriente, conseguindo conciliar duas atividades até então tidas
como incompatíveis: a vida militar e a vida religiosa. As doações não só dos próprios
membros como também de peregrinos gratos pelos excelentes serviços, e os bens
tomados dos inimigos, quando combateram bravamente nas Cruzadas, propiciou que,
em pouco tempo, fosse acumulada uma enorme riqueza, a qual serviu, mais de uma vez
para pagar o resgate de cristãos que haviam sido capturados ou seqüestrados pelos
muçulmanos.A honestidade dos cavaleiros era inconteste, de tal forma que nobres
confiavam a eles os seus haveres, viajando apenas com um documento comprobatório do
valor guardado. Tal documento permitia a obtenção do mesmo valor, em qualquer
comendadoria, tendo dado origem às letras de câmbio atuais. Sua devoção espiritual pura
e sincera levou-os a deixarem de lado os absurdos combates pela fé e reuniram em suas
práticas as principais religiões monoteístas da época: cristianismo, judaísmo e
islamismo, tanto assim que suas capelas tinham cúpulas redondas (templo judaico),
paredes em forma de superfície lateral de um prisma octogonal (mesquitas árabes) e
naves (igreja cristã). No entanto, dois fatores contribuíram para a queda da Ordem dos
Templários:
1º) Tudo o que chega um pouco antes da hora é olhado com desconfiança.
2º) A grande fortuna acumulada passou a ser cobiçada não só pelos reis como também
pela Igreja Católica Apostólica Romana.
Assim sendo, coordenada pelo papa Clemente V e o rei da França, Filipe IV, O
Belo, foi deflagrada uma grande operação militar em 13 de outubro de 1307. Os
principais dirigentes Templários na França foram presos sob a acusação de praticarem
cerimônias secretas que incluíam a adoração do diabo, blasfêmias contra Jesus Cristo,
rituais orgíacos e prática de sodomia com os aspirantes. O rei Filipe IV devia, na época,
enorme soma aos Templários, por conta das constantes guerras que empreendia contra
seus vizinhos e, além da cobiça, tinha um outro bom motivo para querer a destruição da
Ordem. Algo semelhante ao que ocorreria a Hitler com relação aos capitalistas judeus-
alemães, que haviam financiado boa parte da máquina de guerra nazista. Raciocínio
simples adotado nas duas épocas da história: já que não tinham como pagar as dívidas,
optaram por eliminar os credores.
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sed Nomini Tuo da Gloriam", ou seja: "Não para nós, Senhor, não para
nós, mas para a Glória do Teu Nome".
Quanto à tortura empregada de 1307 a 1314, é bom ressaltar que se tratava
de uma modalidade na qual a “Igreja Romana” estava se “especializando” para,
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• plantas
• animais
• alimentos em geral.