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As comissões cientificas do Vaticano

Publicado no blogue:
http://cognitioetveritas.com/

Como já repararam pelo título venho aqui falar das comissões cientificas que o
Vaticano forma para estudar as famosas curas milagrosas tão necessárias para
a beatificação de um santo. O que acontece é algo do género: alguém
importante para a Igreja morre. Pouco tempo depois de morto aparece o relato
de uma senhora que tinha cancro terminal e ficou curada após rezar a tal
morto, ou uma criança com diabetes torna-se saudável da noite para o dia ou
um paraplégico começa a fazer alpinismo. Essas pessoas reclamam que foram
curadas devido a uma intervenção divina realizada por Deus ou por um dos
seus Santos. Então a Igreja para estudar a veracidade destas “reclamações
milagrosas” forma uma comissão cientifica para verificar se o que aconteceu
tem explicação racional dentro dos nossos conhecimentos actuais. Quando se
dá encontrarem um caso inexplicável declaram oficialmente ter acontecido um
milagre e o morto em questão é beatificado.

O Papa João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá foram alguns dos mortos
milagrosos mais recentes. Os 3 pastorinhos ainda geram controvérsia mas
parece que Lúcia lá terá o seu lugar no vasto parlamento celestial presidido por
São Pedro – não mencionemos que alguns desses santos contam-se entre
algumas das pessoas mais deploráveis que se possam conhecer como
determinados psicopatas assassinos um deles conhecido como São Cirilo de
Alexandria e outros tantos esquizofrénicos-.

Para facilitar iremos dividir este texto em etapas e questionar cada uma delas.

1 – um paciente apresenta uma doença incurável. Esse paciente pode ser


religioso ou não. Pode acreditar num Deus ou em vários deuses. Pode
acreditar que Deus é do sexo masculino, ou que é feminino ou que nem sequer
tem sexo. Pode nem acreditar de todo em Deus. Se acreditar em Deus pode
acreditar que Deus ajuda quem necessita e como tal que Deus o tem
capacidade de o curar. Assim se acreditar em Santos pode acreditar que o
Santo o pode curar. Regra geral o seu Santo favorito tem maior probabilidade
de o curar. Aqui coloca-se uma questão: esses santos tão bons e puros de
alma descriminam seres humanos pelas suas crenças? Se acreditas em mim
vou tratar-te se não acreditas em mim ficas a sofrer!!! Santos católicos não
curam monges budistas. E como o leitor sabe, esta filosofia de vida celestial
tem tudo a ver com o infinito amor de Deus que ama a todos os seres da
mesma forma mas que decide, à primeira vista, curar só alguns poucos que lhe
dão mais tempo. E porque é que doentes ateus ficam curados de doenças
incuráveis sem rezarem ou ligarem à religião ou reclamarem milagres enquanto
outros mais devotados a Deus e aos seus Santos não conseguem a tão
esperada cura? Eu poderia continuar com algumas questões interessantes que
culminariam em acusações públicas de descriminação ao nosso melhor amigo
imaginário. Mas profetizo já alguma resposta religiosa do género: os caminhos
do Senhor são insondáveis (aqui está mais uma resposta excelente que
pretende eliminar o pensamento critico e manter as pessoas numa fé cega –
mas isto é assunto para outro texto que não este).

2 – A comissão cientifica é formada para analisar as afirmações de pretensões


de cura para confirmar a existência de milagre. Nesta comissão são pedidos
todo o tipo de exames médicos que confirmem o estado patológico do paciente.
É pedida confirmação cientifica de que não existe cura para aquela maleita em
especial. E depois é pedida uma confirmação de que a sua cura não tem
explicação cientifica. No final temos que um paciente com doença incurável de
um momento para o outro ficou saudável e a classe cientifica não tem
explicação para o fenómeno.

Há casos que são reais. Existem casos de cura aos quais não se consegue dar
explicação. Mas ao não se saber dar explicação não significa que não exista
uma explicação cientifica. Significa que ainda não temos o conhecimento para
a fornecer. Se decidirmos usar Deus como explicação então reduzimos um ser
omnipotente à ignorância humana. Onde a ignorância impera Deus explica e
intervêm. As hipóteses de efeito placebo ou remissão espontânea continuam
presentes, especialmente em casos, que não conseguimos explicar. Existem
provas de que os condicionamentos psicológicos podem provocar alterações
na evolução dos sintomas dos pacientes. E o que é a crença numa cura
espiritual se não um condicionamento psicológico? O efeito placebo ajuda a
explicar muitos dos efeitos clínicos observados em pacientes que recorrem a
medicinas alternativas e aos charlatães pelas quais elas são dominadas. Então
porque não são válidas estas explicações para curas milagrosas?

Estas comissões ainda têm um problema maior para resolver. Uma coisa é
demonstrar que um paciente com doença incurável tornou-se saudável e não
temos explicação para o sucedido. Outra coisa é provar que foi um Santo ou
Deus a realizar essa cura. Primeiro temos de provar que Deus existe. Boa sorte
para isso. Depois temos de provar que foi Deus realmente a curar essa pessoa.
Ou então que foi obra de um futuro Santo (uma pessoa morta portanto).
Pensemos em hipóteses tão idiotas como as que a Igreja coloca: quem nos diz
que essa pessoa não é uma adoradora do Diabo e que foi tratada por Ele e
aconselhada a dizer que tinha sido um determinado Santo da Igreja? Assim a
Igreja santificava pessoas que não tinham feito absolutamente nada. Ficava
cheia de Santos falsos. Poderá isto ser uma partida celestial de um ser
diabólico? Mas para isto tínhamos de provar que o Diabo existe e que tinha
sido O responsável pela cura de determinado paciente. Creio que enquanto
estas comissões não conseguirem provar a existência de Deus ou de vida
depois da morte, ou da existência de santos e da acção destas entidades
imaginárias no mundo real deviam mudar o seu nome para “Comissões de
Ficção Religiosa Com Falta de Criatividade”.

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