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1º Horário
ADC e ADI por omissão
2º Horário
ADI Interventiva e ADPF
1º HORÁRIO
Conceito
É uma espécie de controle concentrado no STF que visa declarar a constitucionalidade de leis ou
atos normativos que estão em consonância com a CRFB.
Obs.: Finalidade: as leis já nascem com presunção de legalidade, mas ela é relativa. O controle
difuso declara inconstitucionalidade no caso concreto.
Objeto
O que for objeto de ADI será objeto de ADC, exceto ato normativo estadual. Cabe ADC contra
emenda, lei, decreto autônomo.
Legitimados
Até a E.C. 45/2004 a ADC só tinha 4 Legitimados (presidente da República, PGR, Presidente da
câmara e do senado).
Procedimento
Requisitos da Inicial
Obs.: em regra não precisa de advogado, mas dois legitimados do art. 103 (partido político e
confederação sindical) precisarão.
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Do indeferimento, pelo relator, do pedido de ADC cabe agravo para o pleno.
Obs.: Na ADC a autoridade que fez a lei não acompanha o procedimento. O AGU não participa
por desnecessidade.
Em seguida o relator deve lançar o relatório para julgamento. Se entender que não é o caso ainda,
ele pode solicitar informações adicionais (ouvir peritos, especialistas, opinião de tribunais pátrios)
e depois lançar relatório e pedir dia para julgamento.
Há possibilidade de concessão de medida cautelar em ADC (Lei 9.868/99). Ela é concedida pelo
pleno, por maioria absoluta.
A medida cautelar na ADC tem prazo de 180 dias (art. 21, P.U., da Lei 9.868/99).
A cautelar não perde eficácia automaticamente, depende do STF. (Vide ADC nº. 4).
Obs.: salvo embargos de declaração, não cabe recurso em ADC. Não cabe ação rescisória nem
intervenção de terceiros, mas cabe amicus curiae, que pode participar no iter de todo o
procedimento.
Conceito
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Objeto
Art. 208 § 2. Só cabe ADI por omissão em relação à omissão normativa (primária ou secundária),
não cabe contra ato concreto.
Legitimados
Espécies
ADI por omissão total: falta lei ou ato normativo para viabilizar o direito previsto na CRFB.
ADI por omissão parcial: a lei ou ato normativo existe, mas é insuficiente. Possui duas
subespécies:
– Propriamente dita: existe lei, mas ela é insuficiente. (art. 7; IV da CRFB: fala que o salário
mínimo de R$ 415,00 deve atender às necessidades básicas do indivíduo, mas isso não é
suficiente para ele viver).
– Relativa: existe lei, ela é adequada, mas não atinge todos que deveria atingir. A questão
aqui é quantitativa.
Procedimento
ADI por omissão total e por omissão parcial (os manuais não trazem a diferenciação).
– ADI Total:
A autoridade participa para explicar porque não fez a norma. O AGU não participa, pois não tem
lei para ele defender.
Em seguida os autos são enviados ao PGR. Informações adicionais (se tiver) e julgamento.
Efeitos: dar ciência ao poder omisso e recomendar que ele supra a mora, e em se tratando de
órgão da Administração, haverá um prazo de 3 dias para que a mora seja suprida.
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Obs.: o STF em maio de 2007, no julgamento da ADI 3.682, trouxe duas novidades em relação a
sua perspectiva normal. Passou a entender que a inertia deliberandi também é fundamento para
declaração da inconstitucionalidade por omissão. Pela primeira vez ele estabeleceu prazo (18
meses) para o poder legislativo suprir a mora. Contudo o prazo não é obrigatório, mas apenas um
parâmetro para o legislador.
– ADI Parcial
Em seguida os autos são enviados ao PGR. Informações adicionais (se tiver) e julgamento.
ADI: não trabalha com a necessidade de nexo de causalidade para alguns legitimados (ativos
universais).
MI: deve mostrar o interesse de agir.
2º HORÁRIO
ADI INTERVENTIVA
Conceito
Objeto
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Uma conduta normativa ou concreta, porém deve ficar demonstrado um descumprimento
sistêmico de um princípio sensível. Deve ocorrer recorrentemente.
Finalidade
Legitimidade
O PGR indicará o descumprimento de princípio sensível (art. 34; VII) o fundamento jurídico e o
pedido. O relator é sempre o presidente do STF.
Obs.: A ADI interventiva é o único caso de controle concentrado in concreto. O processo será
subjetivo.
Havendo provimento na ADI interventiva, o STF irá comunicar o Presidente da República para que
ele tome as providências necessárias (decretação de intervenção federal).
Decretada intervenção federal, não haverá controle sobre a mesma, com base no art. 36, § 3, da
CRFB.
Conceito
Espécie de controle concentrado no STF que visa evitar ou reparar lesão a preceito fundamental
da CRFB em virtude de ato do poder público ou de controvérsia constitucional em relação a lei ou
ato normativo federal, estadual e municipal (inclusive anteriores a CF de 88).
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Objeto a ADPF
Obs.: segundo o STF não cabe ADPF contra atos de natureza política, embora na ADPF nº. 45 o
ministro Celso de Mello tenha aceitado ADPF contra veto.
Segundo o STF cabe ADPF contra ato normativo já revogado (ADPF 84).
Requisitos
Procedimento e decisão
Não cabe ADPF se houver outro meio eficaz de sanar a lesividade (Lei nº. 9.882/99). Esse
princípio vem sendo revisto pelo STF de forma teleológica (finalística).
ART 5º, § 3º, da Lei nº. 9.882 a liminar em regra é concedida pelo pleno, mas pode ser concedida
pelo relator Art. 5º, § 1º.
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Os efeitos serão os mesmos da ADI, inclusive no que toca às exceções. Aqui também há o efeito
vinculante.
Não cabe recurso, exceto embargos de declaração (mas essa exceção o STF quem criou, não
consta de lei)