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Assuntos tratados

1º Horário
 Bibliografia
 Inquérito Policial (conceito, natureza jurídica, características, investigações extra-
policiais)

2º Horário
 Continuação IP (valor probatório, vícios, incomunicabilidade, indiciamento, inicio)

Bibliografia

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo e execução penal. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2005. 990p.

TAVORA, Nestor. Curso de Direito Processual Penal. Ed. Jus Podiun. – encontrado apenas no
site da editora

1º HORÁRIO

INQUÉRITO POLICIAL

1. Introdução

O direito processual penal vem estudar a persecução penal, ou seja, perseguição do crime. A
persecução penal se divide em uma fase preliminar, investigatória e outra processual.

Papel da policia no Brasil está no art. 144, CF. Esse papel vem bifurcado. Num primeiro momento
temos a Polícia Administrativa (ou Ostensiva) que tem um papel de prevenção. Seria aquela
policia que teoricamente inibiria o crime pela sua ostentação na rua. O principal exemplo de
Polícia Administrativa é a Policia Militar, Policia Rodoviária e Policia Ferroviária. Contudo, uma vez
ocorrida a infração penal constatamos outro braço da policia que e a Policia Judiciária
vulgarmente conhecida como Policia Civil, que tem como espécies policia civil estadual e polícia
civil federal. Apenas, com a CF/88 passou-se a exigir para o cargo de delegado ser delegado de
carreira, sendo que para tanto deveria ser bacharel em direito. Policia civil esta que tem uma
dupla missão constitucional: 1º - funcionar como auxiliar do poder judiciário; 2º - confeccionar o
inquérito policial.

2. Conceito de inquérito policial

O prof. Aury Lopes Júnior conceitua o inquérito policial como procedimento administrativo
preliminar presidido pela autoridade policial que objetiva apurar a autoria e a materialidade
(própria existência da infração), tendo por finalidade contribuir na formação da opinião delitiva
(opnio delicti) do titular da ação penal. O IP se presta, ainda, a permitir que o magistrado tome
medidas cautelares no transcorrer da persecução penal.

3. Natureza jurídica

Qual a essência do instituo, ou seja, qual o enquadramento do instituto dentro do ordenamento,


qual a sua classificação? O IP possui natureza jurídica de mero procedimento administrativo

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preliminar. Como mero procedimento administrativo preliminar ele será regido pelas regras do ato
administrativo em geral.

4. Características do IP

1ª) O IP é inquisitivo. Logo, não há nem contraditório e nem ampla defesa. Não tendo
contraditório, logo, não há lide e, por conseguinte, não há partes. No IP se tem uma autoridade
investigante e um investigado (indiciado).

É possível a existência de inquéritos não policiais que comportam contraditório e ampla defesa ex
antigo inquérito judicial disciplinado na revogada lei de falência. Esta posição está se fragilizando
em razão do entendimento do STF de que não é necessário a presença de advogado em
procedimento administrativo.

2ª) O IP é discricionário. Os administrativistas tradicionalmente revelam que a discricionariedade


nada mais é do que margem de conveniência e de oportunidade. É liberdade dentro da lei,
liberdade regrada. No campo processual, o IP é discricionário porque o delegado conduz as
investigações da forma que lhe é mais eficiente. Constatamos essa discricionariedade na
possibilidade do delegado indeferir o requerimento da vitima ou indiciado. Sendo “requerimento”, o
Delegado não é obrigado a cumprir diligências do indiciado ou da vítima

Obs.1.: A única diligência que não pode ser indeferida é o corpo de delito.

Obs.2.: Por analogia, em caso de indeferimento, a vitima ou o suspeito podem apresentar recurso
administrativo endereçado ao Chefe de Polícia.

Obs.3.: O MP e o juiz requisitam, estando assim o delegado obrigado a cumprir. Essa ordem não
revela um vinculo hierárquico, pois isso não há. A obrigatoriedade decorre de lei e não de vinculo
hierárquico, pois este não há.

3ª) O IP é sigiloso: quem vela por essa sigilosidade é o Delegado. Segundo o senso comum essa
sigilosação visa à eficiência das investigações. Tecnicamente, a sigilosidade é a proteção do
investigado, preservar a imagem daquele presumidamente inocente. Assim, terceiros
interessados estariam afastados inclusive a imprensa. Logo, a publicidade dos atos é afastada.
Contudo, temos pessoas que não se submetem ao sigilo policial:
- MP;
- Juiz;
- Advogado e o defensor público: possui apenas direito de consulta aos autos do IP - Art. 7, XIV,
EOAB.

Obs.1.: Ferramenta cabível para garantir vista dos autos do IP é o Mandado de Segurança. Para o
STJ é também cabível o Habeas Corpus sendo possível vislumbrar pela negativa do acesso aos
autos um risco direto ou indireto à liberdade de locomoção do sujeito. O professor critica esse
entendimento do STJ.

Obs.2.: Para o STJ o judiciário pode decretar, em prol do interesse público, o sigilo absoluto do IP
obstando assim o acesso do advogado e do defensor.

4ª) O IP deve ser escrito: todos os atos produzidos oralmente serão, assim, reduzidos a termo.

Obs.: se for possível os atos do inquérito podem ser documentados por outros meios inclusive
com captação áudio-visual.

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5ª) O IP indisponível: o delegado nunca poderá arquivar o IP. Assim, uma vez instaurado o IP, o
delegado estará obrigado a concluí-lo e remetê-lo ao juiz. O delegado poderá não instaurar se o
fato for atípico (tipicidade formal). Ex: incesto no Brasil não é crime. Tb poderá não instaurar nas
hipóteses de extinção da punibilidade.

6ª) O IP é um procedimento dispensável. Não há vinculo causa-efeito, ou seja, não preciso


necessariamente do IP para que o processo penal comece. Obs.: isso caiu na AGU 2007.

Se o IP é dispensável quer dizer que temos coleta de provas de outras formas que seriam as
investigações extra-policiais: Pode ser realizada pelos seguintes órgãos:

- CPI: investigações parlamentares (vide Lei nº. 10.001/03) Este inquérito será analisado
preferencialmente quando comparado com o IP.
- IPM: presidida por um oficial da corporação
- Inquéritos presididos pelo procurador geral de justiça ou procurador geral da republica contra
membros do MP. A previsão de investigação do MP é implícita e não explícita. Policia civil não
investiga membros MP.
- CD e SF em caso de crimes cometidos em suas dependências: vide Súmula 397, STF
- As autoridades que gozam de foro privilegiado não serão indiciadas pela Policia Civil, pois
esta atribuição é de um desembargador ou de um ministro do tribunal onde esta autoridade
desfruta do foro privilegiado. Ex: quem indicia o governador é um ministro do STJ
- MP: art.129, CR/88 - O STJ através da Súmula 234 sempre se mostrou favorável às
investigações ministeriais. O STF, contudo, recentemente, em dois acórdãos da lavra de
Nelson Jobim considerou inconstitucionais as investigações do MP sob o argumento de que a
presidência da investigação policial é do delegado (art. 144, CF). Ora! O prof critica, pois por
obvio a presidência das investigações policiais é do delegado de policia, a questão seria
quanto as investigações extra-policiais. Resta observar que nas hipóteses do ECA, o STF
entende que o MP poderia presidir investigação para responsabilizar o adolescente infrator.
Também poderia nos casos de ação civil pública. A nossa doutrina, contudo, majoritariamente
é favorável à investigação criminal pelos órgãos ministeriais em decorrência de uma
autorização implícita extraída do art.129, VI e VIII da CR/88 (o prof critica, pois a maioria da
doutrina penalista é composta por membros do MP).

2º HORÁRIO

5. Atribuição

Delegado não possui competência e sim atribuição. Atribuição é o poder conferido em lei à
autoridade.

Temos, no Brasil, dois critérios de atribuição:

1º critério: critério territorial. Para saber qual delegado presidirá o IP deveremos saber onde houve
a consumação do delito. Terá atribuição para presidir o IP, o delegado que milita na circunscrição
onde o crime se consumou. Obs.: Circunscrição é a delimitação territorial onde determinado
delegado pode atuar.

2º critério: é o critério material. Aqui temos a bifurcação da policia civil em policia civil estadual e
policia civil federal.

Policia federal é o policia civil da união e terá atribuição de investigar os crimes federais (art. 108 e
109, CF).

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Obs.: Atuação da PF na apuração de infrações estaduais: a lei 10.446/02 autoriza,
excepcionalmente, a atuação da PF na apuração de infrações estaduais que tenham repercussão
interestadual ou internacional e exijam repressão uniforme. Essa atuação da PF não prejudica a
atuação das policias dos estados. Então, seria um caso de legitimidade concorrente.

6. Valor probatório do IP:

Em regra, os elementos colhidos no inquérito não podem lastrear sentença condenatória, pois não
foram colhidos em contraditório ou ampla defesa, logo o inquérito teria valor probatório relativo, se
prestando apenas a lastrear a inicial acusatória (Ferando Capez).

A reforma também incide aqui. Daí as exceções (onde agora se autoriza que elementos do IP
tenha status de prova): art. 155, CPP

1- provas irrepetíveis: prova irrepetível é aquela que não pode ser feita, pois irá perecer. Essa
pericia terá status de prova quando no processo ela se submeta ao contraditório. Esse
contraditório é chamado de contraditório diferido ou postergado ou retardado. Ex: pericia nos
vestígios do crime.

2 - provas cautelares. Ex.: a cautelaridade é para arregimentar o elemento probatório. Ex:


interceptação telefônica, busca e apreensão, seqüestro, arresto, hipoteca.

3- incidente cautelar de produção antecipada de prova – tramita perante um juiz com a presença
das futuras partes sob o manto do contraditório e da ampla defesa e os elementos nele colhidos já
têm o status de prova podendo validamente ser utilizados na fase processual. Ex: pessoa muito
idosa, gravemente doente, com viagem marcada, etc.

“Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares,
não repetíveis e antecipadas.

Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as


restrições estabelecidas na lei civil.”

6. Vícios do IP

No IP é atécnico falar em nulidade, pois nulidade é instituto específico para caracterizar sanção
processual e IP ocorre na fase pré-processual. Sendo assim, o professor prefere a expressão
vícios do IP.

Segundo o STF os vícios do inquérito não transcendem ao processo, pois o inquérito é


meramente dispensável e não tem o condão de macular o processo deflagrado com base no
mesmo. O STJ e doutrina majoritária também entendem dessa forma.

7. Incomunicabilidade

A incomunicabilidade vinha disciplina no art. 21, CPP autorizando ao juiz a decretação pelo prazo
de 3 dias sem prejuízo do acesso do advogado e defensor. Tal artigo não foi recepcionado pela
CF/88 já que não admitimos incomunicabilidade nem mesmo no Estado de defesa. A lei 10.792/03
que instituiu o RDD (regime disciplinar diferenciado) nos arts. 52 e ss da LEP também não trouxe
a previsão da incomunicabilidade.

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8. Indiciamento

Indiciamento é a comunicação ao suspeito de que ele passa a ser o foco da infração, saindo-se de
um mero juízo de possibilidade para um juízo de probabilidade. O indivíduo passa do status de
possível autor da infração para autor da infração.

Momento do indiciamento: para Aury Lopes Jr. deve-se indiciar logo após ouvi-lo, no entanto, se
houver prisão cautelar, logo após o recolhimento ao cárcere. Quem esta preso na fase do
inquérito esta necessariamente indiciado.

Desindiciamento é a retratação do indiciamento. Pode ser feito pelo delegado.

O professor ainda revela a existência de um desindiciamento coacto que seria aquele advindo de
um HC procedente para trancar IP.

Observações:
- Indiciado “menor”: que seria aquele entre 18 e 21 anos. O art.15 do CPP que indicava que as
pessoas entre 18 e 21 anos deveriam estar acompanhadas por curador encontra-se
tacitamente revogado pelo art.5º do CC/02
- Para o inimputável a figura do curador continua existindo.

9. Procedimento

a) Início: portaria

Conceito de portaria: é a peça escrita confeccionada por determinação do delegado que contém o
fato a ser apurado, os envolvidos, eventuais testemunhas, diligencias a serem realizadas e que no
seu desfecho determina a instauração do inquérito.

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