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“É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II – de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja
civil ou natural.”
O art. 183 exclui a incidência dessas normas “se o crime é de roubo ou extorsão, ou,
em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa”, bem assim “ao
estranho que participa do crime”. A Lei nº 10.741/2003 acrescentou, ao art. 183, o inciso
III, para excluir também as hipóteses de crime “praticado contra pessoa com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos”.
mediante violência e dano qualificado pela violência ou grave ameaça, não são alcançados
pela imunidade.
A norma refere-se ao prejuízo causado e não ao sujeito passivo; daí que é necessário
que os crimes praticados tenham resultado em prejuízo exclusivamente para as vítimas
mencionadas na norma. Se o prejuízo alcança também outra pessoa – como no furto de
coisa pertencente a duas pessoas distintas, uma o pai do agente outra um terceiro, por
exemplo – não se reconhece a imunidade.
Ascendentes do agente são seus pais, avós, bisavós, descendentes os filhos, netos,
bisnetos etc.
O estranho que concorre para o crime, como co-autor ou partícipe, não será
alcançado pela imunidade, respondendo por ele.
cometido em prejuízo:
I – do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II – de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III – de tio ou sobrinho com quem o agente coabite.”
Não se aplica essa imunidade nos casos de crimes de roubo ou extorsão ou qualquer
outro cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, nem tampouco ao estranho que
participa do crime. Também não se aplica aos crimes cometidos contra pessoas com 60
anos ou mais.
Também aqui a lei refere-se ao prejuízo causado; daí que se há uma outra pessoa
prejudicada pela conduta típica, não tem incidência a imunidade processual.