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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE GOIÁS

FACULDADE FAC- LIONS


CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO
EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA

DOUGLAS ARAÚJO FALCÃO

IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE


MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

Goiânia
2008
DOUGLAS ARAÚJO FALCAO

IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE


MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

Projeto de conclusão de curso apresentado à banca


da Faculdade Lions, como Trabalho de Conclusão
de Curso, requisito parcial para a obtenção de título
de Bacharel em Publicidade e Propaganda.

Orientadora: Prof (a). Esp. Maria das Graças Pires

Goiânia
2008
TERMO DE APROVAÇÃO

IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE


MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

DOUGLAS ARAÚJO FALCAO

Esta monografia foi apresentada no dia 04 do mês de novembro como requisito para
a obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social - Habilitação em
Publicidade e Propaganda, tendo sido aprovada pela Banca Examinadora composta
pelos professores:

Prof (a). Esp. Maria das Graças Pires


Orientadora– Faculdade Lions

Prof. Esp. Mest. Ênio dos Santos Moreno


Examinador – Faculdade Lions

Prof (a). Esp. Blenda Repezza Rinaqui


Examinadora – Faculdade Lions
A Deus por conceder sabedoria e força nos momentos
difíceis. A minha família que acreditou e apoiou na busca
por meus sonhos e ideais. A Professora Maria das
Graças Pires amiga e orientadora pelo apoio e dedicação
incondicional. Aos meus amigos e colegas pelo apoio.
O coração do entendido adquire o conhecimento, e o
ouvido dos sábios busca a sabedoria. Pv. 18:15.
RESUMO

Falcão, Douglas Araújo. Importância da Revista e Fotografia de Moda com


Qualidade em Goiânia. Goiânia: 2008. Dissertação (bacharelado de Publicidade e
Propaganda) Comunicação Social, Faculdade Lions.

Após percorrer a linha evolutiva da história da moda, fotografia e revista, podemos


identificar as várias formas de se obter uma revista de moda mais próxima do
modelo ideal sugerido. Pode-se perceber ao longo do desenvolvimento deste
trabalho, foi analisado que revista de moda é bem mais do que apenas foto e texto,
sendo o conjunto de técnicas do design aplicadas que vão da simples escolha do
papel, tipografia, organização de texto para diagramação e fotos. Analisa-se também
as revistas e fotografia de moda em Goiânia, finalizando com a sugestão da melhor
aplicação da diagramação para as revistas.

Palavras chave: Moda, Revista, Fotografia, Design, Tipografia, Diagramação


ABSTRACT

Falcão, Douglas Araújo. Importance of the Journal of Fashion Photography and


with quality in Goiania. Goiania: 2008. Dissertation (Bachelor of Publicity and
Propaganda) Media, School Lions.

Go after the line of the evolutionary history of fashion, photography and magazine,
we can identify the various ways of getting a magazine of fashion closer to the ideal
model suggested. You can see over the development of this work, which was
reviewed journal of fashion is much more than just photo and text, the whole of the
design techniques applied ranging from simple choice of paper, printing, organization
of text for editing and photos. It also examines the picture of fashion magazines and
in Goiania, ending with the suggestion of better implementation of the layout for
magazines.

Key words: Fashion, Magazine, Photography, Design, Typography, Layout


SUMÁRIO
Agradecimentos............................................................................................IV
Didicatória......................................................................................................V
RESUMO......................................................................................................VI
ABSTRACT..................................................................................................VII
SUMÁRIO.......................................................................................................8
Lista de Figuras............................................................................................10
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................11
2. PROBLEMA.............................................................................................12
3. HITÓTESE...............................................................................................13
4. OBJETIVOS.............................................................................................14
4.1 Objetivo Geral........................................................................................14
4.2 Objetivos Específicos.............................................................................14
5. JUSTIFICATIVA.......................................................................................15
6. METODOLOGIA......................................................................................16
6.1 Área de Estudo......................................................................................16
7. CRONOGRAMA......................................................................................17
8. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO..................................................18
8.1 História da Moda....................................................................................18
8.2 A moda no Brasil....................................................................................30
8.3 História da Fotografia.............................................................................32
8.3.1 Fotografia Publicitária.........................................................................32
8.3.2 Fotografia de Moda.............................................................................33
8.3.3 Produção de Fotografia de Moda. .....................................................35
8.3.4 Principais Fotógrafos de Moda...........................................................36
8.4 História do Designer..............................................................................37
8.5 Surgimento da Revista de Moda...........................................................38
8.6 Tipografia...............................................................................................40
8.6.1 Medidas Tipográficas.........................................................................43
8.6.2 O design na Tipografia.......................................................................43
8.7 Diagramação.........................................................................................44
8.8 Editorial.................................................................................................46
8.9 Produção Gráfica..................................................................................47
8.9.1 Papel para impressão........................................................................48
8.9.2 Acompanhamento e Controle de Produção........................................49
8.9.3 Posicionamento das Páginas da Revista............................................50
8.9.4 Desenvolvimento da Capa..................................................................51
8.9.5 Estrutura Interna da Revista...............................................................53
8.9.6 Recursos Gráficos..............................................................................55
8.9.7 Recursos Fotomecânicos...................................................................57
8.9.8 Cromo e Foto na Produção Gráfica da Revista..................................57
8.9.9 Preparação da Foto Para Impressão ................................................58
8.9.10 Fotolito..............................................................................................59
8.10 Analise de Revistas e Fotografias Atuais de Moda de Goiânia...........60
8.11 Soluções Para o Design e Fotografia de Moda de Goiânia.................61
8.12 Diagramação e Foto de Moda de Qualidade – Sugestão Para
Aplicação nas Revistas Goianas.................................................................62

9. CONCLUSÃO..........................................................................................64
10.BIBLIOGRAFIA.......................................................................................65
11. ANEXO..................................................................................................67
Lista de Figuras

Figura 1: Propaganda Iguatemi Shopping............................................................33


Figura 2: Propaganda Ita Jeans...........................................................................34
Figura 3: Produção Fotográfica............................................................................35
Figura 4: Campanha Publicitária Daslu................................................................36
Figura 5: São Paulo Fashion Week......................................................................37
Figura 6: Evolução da Revista Vogue..................................................................39
Figura 7: Diagramação da Revista Daslu.............................................................45
Figura 8: Página de Editorial da Revista Zelo......................................................47
Figura 9: Tabela de Divisão do Papel Formato A0...............................................48
Figura 10: Tabela para Acompanhamento e Controle de Produção de
Páginas.................................................................................................................49
Figura 11: Segunda Tabela para Acompanhamento e Controle de Produção de
Páginas.................................................................................................................50
Figura 12: Tabela para Acompanhar Posicionamento de Páginas......................51
Figura 13: Capa da Revista Vogue Homem.........................................................52
Figura 14: Estrutura de Página da Revista Elle....................................................54
Figura 15: Foto Publicitária Vivara........................................................................55
Figura 16: Exemplo de Recursos Gráficos – Boxes.............................................56
Figura 17: Fotolito para Revistas..........................................................................59
Figura 18: Diagramação de Página de Revista Goiana.......................................60
Figura 19: Propaganda de Revista Goiana..........................................................61
Figura 20: Sugestão para Diagramação de Página de Revista...........................62
Figura 21: Sugestão para Fotografia de Moda para Revista................................63
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1. INTRODUÇÃO

Corpo e moda são autônomos, porém observa-se que a roupa tanto desenha
o corpo como o corpo a roupa, podendo dizer que entre os dois existe um sistema
de expressão que são regidas pela qualidade da estética da imagem publicitária de
moda. Na construção dessa imagem ambos ganham uma configuração estética.
No conceito estético da imagem publicitária de moda percebe-se então que
sua qualidade depende de um conjunto de recursos materiais e técnicos como:
escolha da (o) modelo fotográfico, figurino, estilo, adereços, cenário e o fotografo de
moda ou designer fotográfico de moda.
Este trabalho tem o intuito de mostrar esta simbiose entre o corpo e a roupa,
mostrando a importância da revista e fotografia de moda de qualidade e sua história.
A intenção após essa análise é aprofundar no assunto sobre revista e fotografia de
moda em Goiânia e sua importância para o aumento do seu consumo.
Assim, a moda não compreende o simples ato de escolher o que vestir ou a
roupa propriamente dita, mas tem em sua essência a cultura de um povo, das
relações socioeconômicas, podendo-se inclusive afirmar que ela é a segunda pele
humana, que expressa traços da personalidade do indivíduo.
O trabalho focaliza a importância da revista e fotografia de moda de
qualidade em Goiânia, e como desenvolver uma revista dentro dos padrões
necessários para atingir a qualidade estética, utilizando-se principalmente da
imagem.
Esta pesquisa, portanto, será um norte para os anunciantes goianienses de
moda que, em sua maioria, desconhecem o funcionamento e rotina dos processos
de desenvolvimento de uma Comunicação Publicitária de Moda de qualidade.
12

2. PROBLEMA

Percebe-se que o mercado confeccionista de moda goiana se desenvolveu ao


longo dos anos, onde passou a se utilizarem da revista e fotografia como meio de
comunicação publicitária para divulgação de seus modelos, marcas e grifes. Está
revista é desenvolvida em padrão de qualidade aceitável se comparado com revistas
especializadas nesse seguimento? Quais maneiras de se desenvolver essa revista e
fotografia com qualidade?
13

3. HIPÓTESE

Uma revista e fotografia publicitária de moda, desenvolvida com padrão


aceitável de qualidade pode trazer identidade à moda de Goiânia, fazendo este
mercado crescer e conseqüentemente expandir o seu potencial confeccionista.
14

4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Verificar e mostrar como desenvolver uma revista publicitária de moda dentro


dos padrões necessários para atingir a qualidade estética, utilizando-se
principalmente dos conceitos e técnicas de designer, imagens e textos de forma
profissional.

4.2 Objetivos Específicos

• Orientar na construção de uma revista de qualidade.


• Apresentar os conceitos técnicos de designer e fotografia de moda.
• Construir uma revista que seja referencial em Goiânia.
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5. JUSTIFICATIVA

O tema A importância da revista e fotografia de moda de qualidade em


Goiânia, escolhido para finalização e conclusão do curso de Comunicação Social –
Habilitação Publicidade e Propaganda, foi devido a necessidade de ressaltar a
relevância da fotografia revista publicitária de moda, como veículo de comunicação
em Goiânia, destacando a construção de uma revista com o padrão de qualidade
estético.

Tendo em vista que segundo Sant’Anna (2006), a revista tem como principais
aspectos positivos quanto veículo de comunicação: adequação, circulação local,
seletividade e credibilidade
16

6. METODOLOGIA

Busca em literaturas especializadas, bem como revistas, guias de moda,


catálogos, textos complementares de artigos publicados via Internet, banco de
imagens cedido por fotógrafos de moda e na Internet.
Após a finalização da monografia, buscar patrocínio para publicação da
revista junto aos anunciantes de moda.

.
6.1 Área de Estudo

A monografia consiste em uma produção de uma revista publicitária de moda


goiana, que seja um ponto de referência para anunciantes de moda em Goiânia
como em outros estados.
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7. CRONOGRAMA

Nesta tabela, apresenta-se o cronograma do projeto.

1º e 2º SEMESTRE DE 2008
MÊS ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT
- ATIVIDADES X
1 Elaboração do projeto X
3 Seleção bibliográfica X X X X X X X
2 1ª Avaliação do X
projeto
3 Adequações ao X
projeto
4 2ª Avaliação do X
projeto
5 Redação X X X
6 Desenvolvimento da
Revista de moda X
como parte prática do
trabalho
7 Revisão do texto X X
8 Entrega do trabalho X
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8. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

8.1 História da Moda

A palavra Moda em latim é modus, que significa modo, maneira. A moda é um


sistema, que integra o uso da roupa ao contexto político, social e sociológico e que
também acrescenta à imagem estética de cada individuo.(LOPES, 2007, p. 8)

De acordo com Lopes (2007) na maior parte da história da roupa ela teve,
duas linhas distintas de desenvolvimento em vestimentas, a Feminina e a Masculina.
Essa é uma forma de distinguir o gênero do usuário, ou o desejo de gênero em
alguns casos. Além de distinguir o gênero a moda, também distingui a posição social
do indivíduo e seu papel sociológico na sociedade. Logo os indivíduos de classe
mais elevada tem suas roupas elaboradas com materiais mais finos, delicados e
caros, enquanto os classe mais baixa tem roupas mais simplificada.

Para Lopes (2007), mesmo já existindo moda no Egito Antigo, o conceito que
se conhece surge no final da Idade Média, com o inicio do Renascimento. Quando
com o desenvolvimento dos burgos se transformando em cidades, passam a ganhar
uma grande quantidade de capital e transformam-se em detentores de poder de
compra, começaram a tentativa de imitar as roupas dos nobres. Eles tinham o
dinheiro, mas não possuíam o título logo para compensar isso eles começaram a se
vestir como os nobres, e estes por sua vez percebendo a imitação começaram a
mudar a sua forma de vestir para continuar se distinguindo dos burgueses. Pode-se
dizer que dessa forma surgiu a idéia de tendências da estação, de forma menos
elaborada e menos consciente do que hoje em dia, e por motivos diferentes, mas é
um início da mudança de "coleção". Ainda observa-se que na antiguidade o
vestuário nada mudou por em pelo menos três milênios, sendo assim, essa
mudança de "coleção" feita pêlos nobres para fugir da identificação dos burgueses é
um grande passo para a história da moda.

A moda nasceu dentro de uma cultura urbana, tendo como


função original diferenciar o homem do burgo de seu
19

antecessor, o senhor do castelo. Portanto, na sua base, estão


à condição burguesa e a demarcadora de diferenciação social.
Por isso, carrega desde seu início, o discurso da
transformação, que se faz sempre por meio de sinais de
pertencimento e repúdio. (FERRAZ, 2007,
http://www.fashionbubbles.com/2007/midia-impressa-a-
imagem-texto-da-revista-de-moda/, acessado 01/08/2008
23:59).

Nota-se que até no Renascimento inexistia o conceito de estilista ou mesmo


do costureiro, tal conceito surgi apenas no Século XVIII a primeira pessoa a ser
responsável pelas mudanças "assinadas" das vestimentas da nobreza. Era Rose
Bertin, ela cuidava das Toileties da rainha Maria Antonieta (1755-1793).

Segundo Moutinho (2000), a moda foi democratizada no século XX, quando


ocorrer maior propagação feita pelos meios de comunicação, como jornais, as
revistas, o cinema e a televisão. A era da industrialização foi outro fator relevante
que levou a moda ao alcance de todos, quando passou a se produzir roupas em
série. É nessa fase da História que as pessoas começam a decidir sobre sua
aparência. A Europa foi considerada o centro da moda ocidental o período das
guerras, entretanto com as guerras o hábito de vestir teve uma mudança. Os países
desenvolveram grandemente suas tecnologias, foi quando surgiram as fibras
sintéticas que causaram uma revolução no mundo da moda.

Esse período foi tendencioso à generalização simplificada das roupas, um


exemplo claro foram os uniformes militares, antes da Primeira Guerra Mundial eles
eram rígidos, coloridos e muitas vezes cheios de adornos, porém percebeu-se nos
campos de batalha que tais uniformes eram desconfortáveis, logo começou a se
usar roupas mais maleáveis e de cores que facilitassem a camuflagem como o cáqui
e o verde.

Moutinho (2000), diz que houve também diminuição de roupas para


cerimônias, desde o século XIX, as roupas que davam prestígio ao homem eram
pretas e sóbrias, percebe-se que até na atualidade mesmo os chefes de Estado
vestem ternos de cores menos fechadas em ocasiões oficiais. A simplificação do
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traje feminino de cerimônias também é marcante, vão desaparecendo anáguas,


corpetes e outras armaduras rígidas.

A emancipação feminina no século XX desempenha um papel fundamental na


transformação da moda, tanto feminina como masculina. Houve no ocidente, uma
verdadeira exigência de tal diferenciação pode-se destacar que a mulher asiática
usava calças e os homens da religião islâmica túnicas.

Segundo Moutinho (2000), os primeiros criadores de moda foram pessoas


elegantes, encomendavam aos seus modestos artesãos roupas com desenhos e
tecidos que elas forneciam, tais pessoas determinavam o estilo das roupas,
principalmente nas cortes européias.

Pode-se dizer que a alta-costura começa em Paris em meados do século XIX,


onde os modelos originais eram feitos sob medida por alfaiates e costureiras, que
passam a encomendar os tecidos especiais às maisons de couture (casas de alta
costura), que foi uma novidade da época.

Cada Maison tinha sua clientela particular, formada por mulheres


ricas e/ou elegantes do mundo inteiro. Mas não eram só
mulheres e homens ricos que tinham acesso ás criações, pois o
aparecimento das renomadas maisons coincide com a
inauguração das grandes magazines, onde os “departamentos
de confecção” expunham com certo atraso, modelos copiados de
alta-costura, que são os precursores dos atuais “departamentos
de prêt-à-porter”(pronto para usar). (MOUTINHO, 2000, p.16)

As coleções nesse período não eram preparadas para cada estação do ano, o
que dava mais durabilidade às roupas. Somente após a Segunda Guerra Mundial,
tornam-se periódicas e regulares as apresentações das coleções, onde as de maior
destaque eram as de verão e de inverno.

Devido a influência da Primeira Guerra Mundial entre 1914 e 1918 houve o


recrutamento de mulheres para trabalhar nos mais variados setores, as de classe
baixa foram, exercer ofícios masculinos como operárias em fábricas. Com a
21

diminuição na renda das famílias, houve grande escassez de matérias-primas e


suprimentos, por isso muitas mulheres mudam seu modo de trajar. A partir dai as
mulheres viram-se frente à necessidade de usar roupas menos elaboradas e
ornadas, algumas atividades de tão regulares, obrigam a facção feminina a usar
verdadeiros uniformes, e muitas mulheres passaram a usar calças, porém essa
moda não atingiu a classe média alta.

As roupas dessa época eram de tons neutros ou negras por


reflexo das conseqüências da guerra, pela primeira vez as
revistas de moda consagraram páginas inteiras às roupas de
luto, que eram usadas por longo período. (MOUTINHO, 2000,
p.67-68)

Uma grande evolução na moda ocorreu a partir de 1915, foi o quando as


saias e vestidos que iam até as canelas, os sapatos altos e fechados ficaram
descobertos, e então podia-se ver as meias de algodão pretas, marrons ou cinza,
porém cada vez mais transparentes, ostentando uma costura.

Entre 1915 e 1916, usavam-se casacos amarrados na cintura que cobriam


parte das saias, aumentando os quadris. As mudanças, que de uma certa maneira
tornaram mais aceitáveis as simplificações antes propostas por Paul Poiret, deram-
se com certa naturalidade, apesar de ter havido uma ruptura com o passado. Os
chapéus também se simplificaram, e a imprensa voltada para a moda começou a
apresentar receitas de peças de tricô, como pulôveres, echarpes, espécies de
capuzes e meias. Os trabalhos manufaturados como bordados, tapeçarias, crochês,
etc, se multiplicaram. Havia revistas especializadas e de muito bom gosto. Conta
Laura Rodrigo Octavio (1994): "Quando papai voltou (da Europa, em 1913) nos
trazia uma jóia, muitos vestidos e um primeiro casaco de tricô de seda, do Henri à Ia
Pensée, novidade completa. " Até então não se conhecia a moda de malha.

Coco Chanel, que criava chapéus exóticos antes da Primeira Guerra Mundial,
introduziu na moda o jérsei, um tecido macio, elástico, de malha. Antes reservado
para as roupas de baixo, o jérsei passou a ser base de conjuntos práticos, que não
amassavam, muito usados com cardigãs. O nome de Chanel aparece pela primeira
22

vez em 1915, quando ela desenhou três modelos de tailleurs. (MOUTINHO, 2000,
p.67-68)

Segundo Moutinho (2000), é importante ressaltar que houve uma tentativa, na


Inglaterra, de criar um "Vestido Padrão Nacional" em 1918, que era uma roupa
prática. O fato é que durante a I Guerra Mundial houve a moda ficou latente, por isso
são irrelevantes as informações com relação às vestimentas do período. Ainda em
1918, os criadores de moda compreenderam que tinham que se ajustar a um mundo
novo, onde dois fatores vão determinar as tendências de moda dos anos pós-guerra,
conhecidos na França como Années Folles (Anos loucos 1919 -1929). Muitas
pessoas, antes eram bem estabelecidas, mudaram de faixa social. A classe médias,
que aplicou suas economias em empreendimentos na Rússia dos czares, viu-se, de
repente, arruinada. A alta-costura voltou-se, então, para uma nova clientela: atrizes,
atores, escritores e outros artistas, americanos, que enriqueceram com a II Guerra
Mundial, além de poucos nobres que subsistiram. O novo público freqüentava
boates de moda, onde o jazz fazia sucesso.

Conta Moutinho (2000), A roupa cotidiana feminina, a saia ampla que


dominou os anos da guerra foi substituída, em 1919, pela linha “barril”, que tinha um
efeito tubular. Já em 1920, a moda já estava livre dos espartilhos do século XIX. As
saias eram mais curtas e mostravam as pernas e o colo. Na maquiagem, a
tendência era o batom geralmente um tom avermelhado. A maquiagem era forte nos
olhos, as sobrancelhas eram tiradas e o risco pintado a lápis. A tendência era ter a
pele bem branca. Em 1925 foi à época de Hollywood em alta, e a maioria dos
grandes estilistas da época, como Coco Chanel e Jean Patou, criaram roupas para
grandes estrelas. Era uma década marcada pela prosperidade e liberdade, animada
pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas, as mulheres modernas da
época, que freqüentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de
vestir o espírito da também chamada Era do Jazz.

Nos anos 20 o perfil das roupas era tubular, vestidos eram mais curtos, leves
e elegantes, com braços e costas à mostra. Predominante era a seda como tecido
utilizado para fabricação. Eram modelos que facilitavam os movimentos exigidos
pelo charleston - dança forte, com movimentos para os lados a partir dos joelhos.
23

Nesse período a sociedade, era freqüentadora da ópera, teatro e também


cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e seus astros, como Rodolfo
Valentino e Douglas Fairbanks. Nessa época o cinema já servia de inspiração para
as mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas, como Gloria
Swanson e Mary Pickford. A cantora e dançarina Josephine Baker também
provocava alvoroço em suas apresentações, sempre em trajes ousados.

Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês segundo Moutinho (2000),


em 1927 subiu as saias deixando a mostra as ligas rendadas das mulheres – o que
repercutiu num verdadeiro escândalo aos mais conservadores. Foi à época da
estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares
compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova
moda após a outra, sempre com muito sucesso.

Uma a queda da Bolsa de Valores de Nova York nos anos 30 provocou uma
crise econômica mundial enorme. Pessoas ricas ficaram pobres, banqueiros e
empresários foram à falência e milhões de pessoas perderam seus empregos.
Geralmente épocas de crise não são caracterizadas por ousadia no vestir, entretanto
nesse período foi onde se redescobriram as formas do corpo da mulher através de
uma elegância refinada, porém sem grandes ousadias. A mulher dessa época devia
ser magra, bronzeada e esportiva (MOUTINHO, 2000). A moda nesse período teve
grande influência do cinema como referencial de disseminação dos novos costumes.
Hollywood, através de suas estrelas, como Katharine Hepburn e Marlene Dietrich, e
de estilistas, como Edith Head e Gilbert Adrian, influenciaram milhares de pessoas.

Surgiram também com a popularização da prática novos modelos de roupas


de esportes, como o short, devido o uso da bicicleta. Os estilistas também criaram
pareôs estampados, maiôs e suéteres. Um acessório que se tornou moda nos anos
30 foram os óculos escuros. Eles eram muito usados pelos astros do cinema e da
música.

O corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também


voltaram a ter forma. A mulher então recorreu ao sutiã e a um
tipo de cinta ou espartilho flexível. (MOUTINHO, 2000, p.127).
24

Em 1945 que foi o termino da Segunda Guerra, as maisons que sobrevieram


viram-se sem sua clientela das Américas. Para seduzi-la de novo, era necessário
fazer inovações.

Afirma Moutinho (2000), que a geração nascida após a guerra quando atingiu
a idade adulta, rejeitaram a idéia de que todos deveriam se trajar de acordo com os
princípios da alta-costura parisiense. Os jovens dos anos 60 procuravam roupas
diferentes, e não tinham o menor desejo de vestirem-se como seus pais. O mundo
tinha mudado muito: a emancipação feminina havia avançado, a vida estudantil
exigia roupas práticas e a juventude universitária norte-americana abriu novos
caminhos, adotando trajes exóticos, muitos inspirados nas roupas das classes
menos favorecidas ou de ídolos da música popular e do cinema. Tudo
completamente diferente da época de seus pais.

A indústria da moda passou a prestar atenção nessa nova clientela, que


deveria ser de novo seduzida por roupas de estilo. Nota-se que nos anos 60 surge uma
nova geração de costureiros: os estilistas. O termo "estilista" foi inventado na época
para designar os novos criadores de moda que começaram a se instalar numa região de
Paris chamada Saint-Germain-d Près, onde viviam os estudantes, boémios e os
intelectuais. (MOUTINHO, 2000). Saint-Germ tornou-se um novo centro de moda cheio de
butiques de prêt-à-porter, novas maisons e de filiais das maisons tradicionais.

Depois dos anos 75-80, uma nova geração de estilistas faz uma grande re-
volução na moda, desbancando Paris como centro máximo de criação, embora os
desfiles da alta-costura, que geralmente acontecem na cidade, em janeiro e julho,
tenham ainda uma enorme repercussão. Mas, tornou-se incrível a importância do
"Salão do Prêt-à-Porter". Nomes célebres e apresentações cada vez mais teatralizadas
reúnem, em março e outubro, um vasto público, grande número de jornalistas e estilistas
de todo o mundo. Hoje, criadores das mais diversas nacionalidades encontram-se
nessas grandes ocasiões para espalhar as novidades pelo mundo. (MOUTINHO, 2000,
p. 234 – 238)
25

Nunca a moda esteve tão em evidência como nestas últimas décadas. Nos
grandes centros, as exposições e os museus de moda se multiplicam, e o número de
estilistas vem crescendo assustadoramente. Tornou-se cada vez maior a oferta de
peças dos mais diferentes estilos e tendências e, hoje, cada um pode se vestir
respeitando mais sua personalidade, seus gostos e suas necessidades, aqui fica
marcada a era contemporânea da moda.

Segundo Moutinho (2000), a aparência física passa depender mais do corpo e


isso gera uma verdadeira febre de cuidado quanto ao físico, onde ficou denomidao
como “O culto ao corpo”. As pessoas passam a serem mais cuidaddosas quando ao
asseio, a dietética e até mesmo na prática de exercícios físicos. As revistas femininas
incentivam as mulheres a fazer ginástica diária e a comer alimentos mais leves.

Moutinho (2000), mostra que a explosão da publicidade mudou o habito de consumo de


novos produtos de beleza, e também os novos modelos de lingerie começam a encher os
olhos das mulheres.

“Fotos sugestivas de revistas e propagandas, no cinema e na


televisão, tornam-se avassaladoras, e os profissionais dos
cuidados com o corpo começam a imporem suas
idéias”.(MOUTINHO, 2000, p.21)

Nos anos 70 e 80, percebe-se que houve uma tentativa da reorganização das idéias
lançadas nos anos 60, a maioria dos jovens que era a parcela mais dinâmica da
sociedade, continuava exigindo roupas práticas, mas sem cair no desleixo com a
aparência. Alguns se trajavam com os yuppies, outros não aderiam a roupas de mossa e
buscavam o retro look (moda do passado) que devido a mistura de mal gosto eram
classificadas como kitsh.

Como as mulheres passaram a ocupar posições anteriormente dos masculinas, se


vinham na necessidade de se afirmarem, apenas trabalhar não era suficiente. Tornaram-
se executivas e usavam calças com blazers, procurando dar ao traje uma aparência
masculina, com ar mais sério.
26

O jeans também impera nesse período, combinado principalmente com camisa


cacharel de gola rulê, suéteres e camisas Lacoste para ambos os sexos. A camisa pólo de
várias marcas e em todas as cores passa a dominar o sportswerar masculino, junto com
as camisas esportivas listradas, de corte social e manjas compridas, muitas de seda pura.

Pode-se dizer que nos anos 70 existiam cinco grandes capitais da moda: Paris,
Londres, Milão, Tóquio e Nova Iorque. (MOUTINHO, 2000). Nelas, o movimento de
renovação, tão característico da história da moda, continuou graças ao talento e à
criatividade de profissionais de diferentes nacionalidades como:

• Azzedine Alaïa, nasceu na Tunísia, mudando-se para Paris, onde foi


reconhecido oficialmente como um dos maiores costureiros da cidade, depois
que ganhou os Oscar da moda em 1985. Seus modelos de napa macia, jérsei
e seda apresentavam formas justas e curvilíneas.

• Jean-Paul Gaultier, nascido em Paris em 1952, ainda adolescente foi


convidado para trabalhar como Pierre Cardin. Em 1976, apresentou sua
primeira coleção e, desde então, tornou-se um dos estilistas franceses mais
populares. Suas roupas misturaram fantasia e malandragem com o charme
das estrelas de cinema. O público jovem é fiel às suas criações que às vezes,
obedecem ao rigor clássico e , em outras, são brincalhonas, como os saltos de
sapatos em forma de Torre Eiffel invertida.

• Rei Kawakubo, é a mais importante estilista japonesa a se instalar em Paris.


Nascida em 1942 formou-se em Belas Artes, em Tóquio, e antes de criar sua
famosa companhia - Comme des Garçons – foi estilista free lancer. Ganhou
fama em París, na década de 70 e durante ade 80, com roupas que
procuravam redefinir os padrões do vestuário feminino ocidental e oriental.

• Gianni Vesace (1946 -1997), começou a carreira trabalhando com a mãe qye
era costureira. Em Milão – onde se estabeleceu - adquiriu fama criando
coleções de camurça e couro e roupas-toalete para butiques e confecções.

• Valentino, que usa a famosa marca V, é, sem dúvida, o costureito italiano mais
respeitado do século XX. Nascido em 1933, estudou na Accademia dell’Arte
27

de Milão e na escola da Câmara Sindicale Alta-Costura em Paris, onde


trabalhou durantre dez anos com Jean Dessès e Guy Laroche. Em 1959, abriu
sua maison em Roma, e com sua coleçãoi 1962 ganhou fama internacional,
passando a vestir socialites do mundo todo.

• Giorgio Armani, nascido em 1935, estudou medicina foi vitrinista e lançou-se


como estilista trabalhando para Nino Cerruti, em 1961. Depois estabeleceu-se
como consultor de moda, prestando serviços para diversos costureiros, entre
eles Emanuel Ungaro.

• Yhji Yamamoto, nasceu em 1943, formou-se pela Universidade de Keio e


depois frequentou a Faculdade de Moda Bunka, de tóquio. Durante anos
trabalhou como free lancer. Em 1976, apresentou sua primeira coleção,
quando já tinha se estabelecido sua própria empresa.

• Calvin Klein, nascido a 19 de Novembro de 1942, as novas estrelas do


ready-to-wear americano, apresentaram versões de roupas masculinos para
as mulheres, inspiradas no passado. Klein tinha um estilo mais despojado do
que Lauren, que entre bastante preciso.

• Gabrielle Bonheur Chanel, (Saumur, 19 de agosto de 1883 - Paris, 10 de


janeiro de 1971), mais conhecida como Coco Chanel, foi uma importante
estilista francesa e uma mulher à frente do seu tempo. As suas criações
até hoje ditam e influenciam a moda mundial.

• Ralph Lauren, é nova-iorquino e nasceu em 1939. Trabalhou no comér e


cursou administração de empresas até que em 1967, passou a trabalhar na
Beau Brummel Neckwear, onde criou a divisão Polo, que produzia gravatas
largas feitas à mão.

A década de 80 se caracterizou pela febre dos shoppings, onde se instalaram


lojas, muitas delas dedicadas aos jovens, com roupas esportivas, para surfar e para
andar de skate. Lojas de departamentos também fazem parte da história da moda do
período.
28

O jeans também era destaque nos anos 80, recebiam detalhes diferentes nas
butiques. Misturava-se lycra ao algodão, daí os modelos ficam mais justinhos,
acompanhando, os collants, conhecidos na atualidade como bodies. Os jogings eram
usados em todas ocasiões, assim como outras roupas esportivas de moletom, lycra, jérsei,
de náilon, tac-tel e neoprene. Começa-se a usar leggings e bermudas de ciclistas. A bjuteria
também cresce evidência, assim surgem designers de estilo como Marco Sabino, Rachel
Bernardes, que detecta as tendências internacionais inspirando-se em peças de Chanel,
Gucci e Versace.

Os vestidinhos colantes de couro, as minissaias azuis, coletes que parecem


espartilhos e outras peças de couro vistas de um ângulo inteiramente novo por Frankie
Mackey e Amaury Veras.

Nos anos 90 chega-se à era da indústria têxtil high-tech (de alta tecnologia). A
indumentária ocidental caracteriza-se pelo uso de uma multiplicidade de tendências que
fazem conviver os últimos lançamentos com a moda retro, que resgata modelos das
décadas passadas. A simplificação das roupas e o interesse pela praticidade se
acentuam. A sensualidade é realçada, e as formas aerodinâmicas das roupas esportivas
se impõem.

No fim de 80 e inicio de 90 a alta-costura enfrenta crise quando passa por


uma grande reestruturação financeira. Os maisons são assumidas por grandes
grupos, e muitos auxiliares altamente qualificados são dispensados. As maisons que
continuam sólidas são Yves Saint-Laurent e Pierre Cardin. Criou linhas paralelas de
prêt-à-porter (pronta para usar), de luxo com altos preços.

O prêt-à-porter (pronta para usar) assumiu o leme do barco da moda segundo


(Moutinho, 2000), as inovações tecnológicas facilitaram a produção em massa de boa
qualidade a preços acessíveis.

Apartir de 90 o look americano chama a atenção e ganha maior destaque no


mundo da moda em 90, quando os estilistas de maior destaque são Ralph Lauren e
Calvin Klein.
29

É impossível fazer um inventário completo de tudo que as mulheres vestiram na


década de 90, porém pode se destacar que houve grande variação no comprimento,
forma, cor e nos materiais utilizados para fabricação das roupas. A preocupação maior
foi, sobretudo, na praticidade, leveza e versatilidade e tonalidade. Por questões
ambientalistas houve grandes campanhas contra o uso de peles e couro de animais
onde passaram a serem substituídos por sintéticos.

8.2 A moda no Brasil

As guerras também tiveram reflexo na moda brasileira. Em 1929 o país


enfrentou grande crise econômica, onde 579 fábricas fecharam por que não tinham
para quem vender. O café principal produto de exportação ficou desvalorizado no
comércio internacional.

Getúlio Vargas em 1930 tomou o toma o poder numa revolução. Muda-se o


regime, entretanto a crise econômica e política persistiram por anos, diminuindo
muito os salários e, conseqüentemente, afetando o poder de compra dos brasileiros.

Mesmo com a crise interna no e com a Segunda Guerra Mundial alterando as


formas de vida em todo o mundo, a mulher mostra-se participativa, integrando-se em
programas feministas reivindicando mais direitos.

Segundo Silvana Gontijo (SENAC, 1987), no livro 80 anos de moda no Brasil,


“o cinema também exerceu um papel fundamental no processo de libertação da
mulher. Encantada com os hábitos da vida americana e européia, que lhe chegavam
via Hollywood, a brasileira começa a ser realmente dona de seu destino. Como nos
filmes, ela passa a praticar esportes e a ser vista com freqüência dirigindo seu carro.
A moda dos banhos de praia e piscina começa a formar um novo padrão de beleza:
a pele bronzeada”. A mesma se refere clima tropical do país, a moda de praia seguia
o padrão da moda dos países de climas temperados.

Devido o reflexo da das Guerras no Brasil a moda tornou-se mais comportada e


séria. As saias fica ram seis dedos abaixo do joelho, e não se usava mais a cintura
30

baixa. Para dia, os trajes oficiais eram o tailleur e os vestidos trespassados, com pregas
ou drapés. Para trabalhar, a brasileira costumava vestir saia de cor sóbria e blusa de jérsei,
com gravata do mesmo tecido da saia, acompanhados de carteira, chapéu de feltro e luvas
de pelica.(MOUTINHO, 2000). O conjunto Chanel, com saia aberta em machos e blusa-
casaco listrada sob bolero curto, também era usado como roupa de trabalho.

A moda começa a apresentar mudança no Brasil por volta de 1935, quando


entrou em moda o vestido de verão com estampa de bolas. O sapato podia ser de duas
cores, as bolsas eram pequenas, os chapéus eram boinas de "pelúcia" e as luvas
combinavam com o cinto e a bolsa. Para ocasiões esportivas, as mulheres podiam vestir
roupas de tweed e para recepções formais, roupas de crepe preto. Nos coquetéis eram
usados; vestidos compridos, com grandes decotes, geralmente sem mangas,
acompanhados de luvas longas e arranjos na cabeça.

Segundo Moutinho (2000), antes da Segunda Guerra Mundial, a moda era


ditada por Paris e Londres, mas já se cogitava em criar um estilo adaptado ao clima
brasileiro. Para o dia, as elegantes seguiam à moda de Chanel, com roupas práticas,
como vestidos de malha na altura da barriga da perna, calças compridas (que ainda
eram pouco usadas) e suéteres, acompanhados de bijuterias.

A tendência à moda masculina aparece não só no Brasil, mas no resto do


mundo no final dos anos 30.

Devido a Guerra as comunicações com a Europa estiveram prejudicadas, a moda


ditada pelo exterior chegava com atraso e se submetia aos rigores daquele período.
Recorrendo novamente a Moutinho, “o tailleur aqui também tinha corte militar, e era
usado com chapéus de abas maiores, que escondiam parte do rosto. Turbantes e xales
também entraram em moda. Os fios sintéticos, como o náilon, pesquisados e fabricados
nos Estados Unidos durante a guerra, passam a serem empregados na fabricação de
tecidos”. (MOUTINHO, 2000, p.134-135)

No Rio em 1943, na praia carioca de Copacabana, é marcado pelo aparecimento


das roupas de banho em duas peças. Chega 1945. As formas da mulher passam a
31

serem valorizadas, cintura bem fina, se mostravam as pernas, os modelos tomara-


que-caia realçava o busto e os ombros expostos.

As mulheres da alta sociedade ainda compravam roupas em Paris, mas no Rio


já havia excelentes lojas de moda onde se adquiriam produtos brasileiros, mas também
muita coisa vinda da França.

Nessa época, o General Eurico Gaspar Dutra, que presidia o Brasil, mandou
fechar os cassinos, onde homens e mulheres desfilavam sua elegância.

Através do rock and roll e da indumentária, os jovens brasileiros mostravam


sua adesão a novos valores e estavam muito mais ligados ao despojamento
americano do que à sofisticação parisiense, sua preocupação era com a aparência,
e a indústria da beleza se desenvolvia como nunca.

8.3 História da fotografia

Defini-se fotografia, o processo de arte de fixar numa chapa sensível, por


meio da luz, a imagem dos objetos colocados diante de uma câmara escura dotada
de um dispositivo óptico segundo Aurélio (1971), compreende-se ainda como cópia
fidedigna ou imagem inalterável produzida pela ação direta da luz.

Recorrendo a Busselle (1979), Joseph Nicíphore Niepce em 1826 conseguiu


tirar a primeira fotografia depois de 10 anos de experiências.

8.3.1 Fotografia Publicitária

Segundo Newton (2007), entende-se por fotografia publicitária aquela que é


produzida para ser propagada por meio de comercial, independente do tipo de mídia
32

que pode ser impressa (revistas, jornais, outdoors, etc), como audiovisual, televisão
ou cinema. Nesse tipo de fotografia é construída através do esboço do diretor de
arte da agência de publicidade. A fotografia publicitária não tem compromisso com a
verdade, não registra os fatos, não retém lembrança.

A fotografia publicitária é a mais comercial entre todas. Feita


sob encomenda pelo cliente - empresa ou agência de
publicidade -, visa vender um produto ou serviço, não mais.
(NEWTON, 2007, p. 36)

Figura 1: Propaganda Iguatemi Shopping

O profissional em fotografia publicitária em geralmente executa diversos


trabalhos, alguns com grande complexidade, vai desde uma foto simples de
embalagem, ou mesmo fotos de motos em estúdios grandes. A foto vai depender do
tipo de anuncio pode ser: de pessoas, paisagens, edifícios e comércio. Só depende
do cliente. Além de um bom olhar fotográfico, é imprescindível, o conhecimento técnico e
saber solucionar os problemas que possam surgir.

8.3.2 Fotografia de moda

No que se refere à revista a de moda propriamente, segundo Buitoni (1990), a


fotografia junto ao desenvolvimento das técnicas de impressão fazem da revista
uma mídia cada vez mais visual, pode-se destacar também que ao contrário da
33

imprensa em geral à credibilidade da foto teve uma nova conduta, onde nos
periódicos buscam documentar a realidade, já as de moda são percebidas como
informativas, persuasivas e sugestivas.

A imagem vira texto, com séries de fotos construindo


verdadeiras “frases visuais”. (BUITONI, 1990, p, 19)

Figura 2: Propaganda Ita Jeans

Percebe-se por fotografia de moda, aquela que tem como elemento de


composição desde principalmente peças de vestuário, porém não menos importante,
mas que vale a pena citar: lingeries, maiôs, biquínis, óculos, sapato, tênis, jóias,
entre outros acessórios. Tais elementos no corpo da modelo, sendo fotografado, é
moda. Entretanto segundo Newton (2007) existe uma complexidade para fotografia
de moda, pois elas podem ser de: desfiles, revistas segmentadas ou não, catálogos,
anúncios publicitários impressos, editoriais e até mesmo para lançamento de grifes
ou novas tendências.

Embora o fotógrafo de moda fique do lado de fora da


passarela, para se destacar, precisa desfilar muita qualidade e
conhecimento. (NEWTON, 2007, p, 43)

Segundo Newton (2007), a fotografia de moda envolve produção, que em


contrapartida depende de outros profissionais, por sua vez o fotógrafo deve ter seus
conhecimento ampliados e não deter-se apenas em saber usar a câmera. É
importante dizer que muitas vezes, o fotografo de moda precisa entender da
produção de moda, as vezes o mesmo terá que orientar no tipo de maquiagem,
34

roupas se achar necessário.


8.3.3 Produção de fotografia

É tudo o que se refere à composição da fotografia. Desde objetos de cena,


passando por locações e vestimentas, até a montagem de cenários. Pode ser
realizada pelo próprio fotógrafo ou por intermédio de produtores contratados para a
tarefa. Existem profissionais no mercado para cada função específica. Produtores de
casting (especializados em encontrar modelos ou animais), produtores de moda, de
locação, etc.

Esses profissionais devem ser competentes, em contra partida, geralmente


custa caro à contratação desses. Por isso, em muitos trabalhos o próprio fotógrafo
ou seu assistente fazem a produção necessária. Não seria o ideal, tendo em vista
que o fotografo pode sair do foto que é a fotografia de qualidade.

Figura 3: Produção Fotográfica


Segundo Newton (2007), os produtores devem ser ágeis e absorver bem as
informações passadas pelo fotógrafo, buscando sempre a objetividade. Tendo em
vista que na publicidade todo serviço solicitado tem um prazo curto de execução.

8.3.4 Principais fotógrafos de moda


35

Geralmente os fotógrafos de moda em são conhecidos pela sensibilidade em


capturar e exprimir as sensações de cada foto comenta Newton (2007).

Josep Ruaix Duran, desde 1980 passou a colaborar com as mais importantes
revistas nacionais e internacionais de moda. Ganhador de vários prêmios de
fotografia como da Editora Abril e Multimoda, concedido ao melhor fotógrafo de
moda do país. O mesmo teve destaque também na publicidade e na moda em Nova
Iorque entre 1989 e 1994. (http://site.pirelli.14bits.com.br/autores/5 17/08/2008
01:35)

Figura 4: Campanha Publicitária Daslu

Bob Wolfenson, um dos retratistas mais conceituados do país, iniciou sua


carreira no princípio dos anos 1970, na Editora Abril, e montou seu estúdio próprio
em 1978. Mudou-se para Nova York em 1982, onde trabalhou como assistente do
fotógrafo Bill King, retornando ao Brasil após um ano para abrir novo estúdio. Com
um nome já reconhecido, começou a trabalhar para revistas de moda brasileiras e a
partir daí se especializou em fotografar personalidades. Hoje colabora com as
grandes revistas e agências de propaganda e moda.
(http://www.cosacnaify.com.br/loja/biografia.asp?IDAutor=345 17/09/2008 02:43).
36

Figura 5: São Paulo Fashion Week

8.4 História do Designer

Segundo Hollis (2001), as origens do design gráfico tem suas origens na pré-
história com as primeiras pinturas em cavernas. Em meados do século XIX, o design
gráfico passou a ser reconhecido como profissional.

Até o final do século XIX, as artes gráficas eram produzidas em branco e


preto na maioria das vezes.

Recorrendo novamente a Hollis (2001), a Primeira Guerra Mundial


estabeleceu a importância do design visual, onde os diagramas e as ilustrações
ajudaram a ilustrar a instruir de modo comportamental com a intenção de exortar os
cidadãos na participação no esforço de guerra.

Com o aparecimento do design gráfico, houve uma revolução na imprensa


escrita, que mudou a maneira dos impressos e também nasceram novos meios de
comunicação como a revista.

Novas formas são desenvolvidas em resposta à pressões


comerciais e mudanças tecnológicas, ao mesmo tempo que o
design gráfico continua a se alimentar de suas próprias
tradições. (HOLLIS, 2001, p.4)
37

8.5 Surgimento da Revista de Moda

O surgimento da primeira revista foi na Alemanha, em 1663, com o nome


Erbauliche Monaths-Unterredungen (Edificantes Discussões Mensais). O fato que
permitiu o surgimento da revista na Alemanha, foi desenvolvimento 200 anos antes
da impressão com tipos móveis por Johannes Gutenberg, técnica usada sem
grandes alterações até o século 20 para imprimir jornais, livros e revistas. Além da
Erbauliche alemã, outros títulos apareceram ainda no século 17, como a francesa Le
Mercure (1672) e a inglesa The Athenian Gazette (1690).

As revistas nessa época, faziam abordagem de assuntos específicos e


pareciam mais coletâneas de textos com caráter puramente didático. É nesse
período também surge à primeira revista feita no Brasil: As Variedades ou Ensaios
de Literatura, criada em 1812, em Salvador, parecia mais com um livro, abordando
temas eruditos. Em 1839, nasceria a Revista do Instituto Histórico e Geographico
Brazileiro, a revista mais antiga ainda em circulação no nosso país.

Com o aprimoramento das técnicas de impressão no século 20, o


barateamento do papel e a ampliação do uso da publicidade como forma de bancar
os custos de produção, as revistas explodiram no mundo todo, com títulos cada vez
mais segmentados, destinados a públicos com interesses bem mais específicos.

É importante ressaltar que a primeira revista feminina sob a responsabilidade


do jornalista inglês John Duton surgiu em 1693, a Ladie’s Mercury. Nota-se grande
evolução da Vogue desde quando foi criada, na década de 20 até a atualidade.

1920 1955 2008

Figura 6: Evolução da Revista Vogue


38

Com o progresso da indústria gráfica, as revistas começaram a


aprimorar o aspecto visual. Vieram as gravuras, as ilustrações,
e finalmente a fotografia. (BUITONI, 1994, p.17).

A revista pioneira em moda foi a revista americana Vogue, teve sua fundação
em 1892 por Arthur Turnure, um editor aristocrata. O público alvo dela era a elite
rica da cidade de Nova York do final do século XIX. Até hoje se mantém a reputação
da revista como “bíblia” da moda.

Segundo Hollis (2001), a partir da década de 50 na França, o uso da


fotografia se intensifica o que dava qualidade para a revista. A foto servia como
simbologia e não meramente registro documental.

Recorrendo novamente a Hollis (2001), a revista era feita em números,


alternados, os fotógrafos de moda trabalhavam exaustivamente para produzir fotos
de qualidade de seus modelos, com efeito bidimensional para a página. As fotos
eram tiradas branco e preto para enfatizar o contorno das formas e também facilitar
os retoques.

Pode-se ressaltar que já existia a preocupação com a qualidade da revista e a


fotografia, para Hollis (2001), a edição de revistas variava no que se refere ao
design, a partir da década de 50 que as revistas de moda como a Vogue, atingem
elevados padrões de qualidade.

Destaca-se também a relevância do formato da revista, não só pela estética,


mas também pela praticidade da utilização e transporte da mesma pelo leitor. Os
formatos dela podem ser: formato magazine 20cm x 26,5cm, formato americano
17cm x 26cm, formato 31,5cm x 2,5cm, formato francês 12cm x 19cm, formato
italiano, 16,5cm x 12cm.

8.6 Tipografia
39

Segundo Collaro (1987), compreende-se por tipografia o estudo e a arte de


compor e imprimir com tipos, nota-se que o homem sempre buscou o
aperfeiçoamento da comunicação através da escrita, pode-se destacar também que
a palavra escrita jamais será substituída, mesmo com todo desenvolvimento
tecnológico que se tem na atualidade. O autor afirma que a classificação da tipologia
é feita da seguinte forma:

- Romana antiga: Criada pelos franceses, no século XVIII, inspirada na escrita


monumental romana como das famílias Caslon e Garamond, proporciona ao leitor
um inconsciente descanso visual, alcançando o maior grau de visibilidade de todas
as famílias.

GARAMOND - Claude
Garamond, francês, 1532.

- Romana moderna: Criada pelos italianos no século XVIII, apresenta uma


evolução dos romanos clássicos, apresenta serifas finas e onduladas como na
família Bodoni. Esteticamente agradáveis, trouxeram sensível melhora na
legibilidade das letras.

BODONI - Giambattista
Bodoni, italiano, século XVIII.

- Egípcia ou Serifa Grossa: Criada com o advento da revolução industrial, no


século XVIII, tem como característica estrutural uma certa uniformidade nas hastes e
serifas retangulares. As famílias Memphis, Stymie pertencem a esta mesma
categoria.
40

MEMPHIS - Rudolf Wolf,


alemão, 1929.

- Lapidária ou Sem Serifa:Criada na Alemanha no século XIX, possui


caracteres com poucas variações em suas hastes, cujos arremates não possuem
serifas. Indicada para a confecção de hastes e embalagens, mas desaconselhável
para textos longos.

HELVÉTICA - Max Miedinger,


Suíço, 1957

- Cursiva ou Manuscrita: São as letras que não se encaixam em nenhuma das


famílias já vistas. Elas têm hastes e serifas livres, o que as tornam as mais ilegíveis
de todas, limitando seu uso a destaques, com número limitado de toques.

MISTRAL - Roger Excoffon,


francês, 1952.

Percebe-se que a tipologia está presente nos meios de comunicação,


principalmente os impressos, com principal função de emitir a mensagem do
anunciado, isso implica em que os editores, publicitários e comunicadores em geral
aprimorem seus conhecimentos resultando em trabalhos de excelência e qualidade.

Para Collaro,
41

“Trabalhar a tipografia significa muito mais do que simplesmente escolher


letras em mostruários. Para essa tarefa, é necessária uma profunda
reflexão cultural, social e até ambiental, que influenciaram na opção da
escolha.” (COLLARO, 1987, p. 17).

Recorrendo ainda a Collaro (1987), o mesmo afirma que, a tipografia quando


bem utilizado garante a qualidade e sucesso em uma peça impressa, como exemplo
da revista. Onde a escolha correta da tipografia é o fator preponderante no aspecto
visual do trabalho. Outro fator que vale ser citado é que mesmo com a evolução, é a
simplificação, buscando maior legibilidade.

“Na estrutura e na forma das letras está o caminho para a harmonia e a


legibilidade entre o texto e o produto a ser veiculado, pois os grupos que
formam as letras não são muitos e as variações são dadas de acordo com
a necessidade do cliente voltado para seu público-alvo.” (COLLARO, 1987,
p. 20).

Afirma Hurlburt (2002), que é o principal elemento da página impressa e que o


a cada dia seu peso aumenta ainda mais em a relevância e prioridade da tipologia
no mundo do designer. “Palavras são comunicação”. (HURLBURT, 2002, p. 98).

Segundo Hurlburt (2002), os elementos tipográficos podem ser divididos em:


linha de base, linha central, ascendente, descendente, letra caixa alta, letra caixa-
baixa, altura de ”x”, cabeça ou ápice, serifa, barriga ou pança, haste ou fuste,
montante ou trave, base ou pé, barra e bojo.

8.6.1 Medidas Tipográficas

Segundo Collaro (1987), esse termo refere-se ao estudo das medidas


utilizadas para determinar os tamanhos dos caracteres usados pela tipografia, tão
método foi desenvolvido para padronização das medidas. No Brasil são utilizados
dois sistemas básicos de medidas: o Didot e o anglo-americano.

“Ao operar qualquer sistema de composição de texto, o diagramador deve


ter esse conhecimento, que é de fundamental relevância para realizar um
42

trabalho, uma que essas medidas são suas ferramentas.” (COLLARO,


1987, p. 12).

Independente da graduação da tipografia ser no sistema Didot ou no sistema


anglo-americano, o instrumento utilizado para medida de texto é o tipômetro, que é
utilizado para determinar larguras de colunas de texto, alturas, medir o número de
linhas de determinado tamanho de letra que caiba em certo espaço.

8.6.2 O design na tipografia

O design na tipografia é quem cria os tipos e formatos dos tipos ou fontes,


como é mais conhecido na atualidade. Segundo Hollis (2001), umas das funções do
design gráfico é identificar que significa dizer o que é ou de onde veio tal coisa,
como por exemplo, o letreiro de hotel, ou as chamadas da capa da revista. O design
precisa saber usar os tipos/fontes de forma que não prejudique a comunicação.

O maior de todos os objetivos do designer é o bom senso. Ele


precisa comunicar algo a alguém, e tem que chamar a atenção.
Sem prejuízo à visão. O nosso olho capta a letra de cima para
baixo, então é bom Ter em mente que ao se trabalhar com
tipos desconstruídos, tenha a parte superior conservada
intacta, e com serifa, que facilita a leitura. (ROCHA, Disponível
www.unb.br/fac/ncint/pg/galeria/tipografia.htm acessado em
10/08/2008 22:25)

8.7 Diagramação

Segundo Aurélio (2001), a definição para diagramação é determinar a


disposição, os espaços a serem ocupados pelo texto, ilustrações, etc, de livros,
revistas, etc.
43

Na preparação para diagramação de páginas deve-se destacar que a


organização e verificação de textos devem ser organizadas é extremamente
importante, onde devem ser definidas quais letras devem ser destacas dentro de
suas variações, se forem itálicas ou negrito, entre outras observações importantes
ao diagramador, que sem sombra de dúvida dará maior dinamismo em termos de
produção.

Figura 7: Página diagramada da revista Daslu

Recorrendo a Williams (2005), alguns passos são abordados na construção


de uma página: contraste, repetição, alinhamento e proximidade. Estabelecer
critérios, para elaboração e desenvolvimento, seguindo uma ordem estética. Pode-
se comunicar sem legibilidade, com textura de letras.

Williams (2005), as páginas são criadas com palavras, frases e imagens de


maneira organizada, o conceito de proximidade diz que itens relacionados entre si
devem ser agrupados e aproximados uns dos outros, formando assim um conjunto
coeso e interligado, dando ao leitor pista visual imediata da organização do
44

conteúdo da página. O não sobrecarregamento dos textos e imagem permite a


facilidade da leitura.

“O conceito de proximidade não significa que tudo precise estar próximo;


significa que os elementos logicamente conectados, com algum tipo de
ligação, também deveriam estar visualmente conectados”. (WILLIAMS,
2005, p. 21).

Em segundo lugar temos também o conceito de alinhamento onde sua


finalidade é de unificar e organizar, segundo Williams (2005), os textos não devem
ser dispostos de qualquer maneira, sem ter uma conexão visual com algo da página.
Deve-se ter consciência estética do posicionamento dos elementos para harmonizá-
los na página.

Williams (2005), ainda afirma que no conceito de repetição é unificar é


despertar interesse visual, pois se a página for interessante além de tornar a leitura
mais prazerosa, poderá ser lida mais vezes. Por isso devem-se observar os
elementos que possivelmente dará mais destaque chamando a atenção do leitor,
além de criar personalidade.

“A repetição (...), vai além da simples consistência: é um esforço


consciente para unificar todos os elementos do design”.
(WILLIAMS, 2005, p. 49).

Em sua afirmação, o autor diz que, no conceito de contraste, existem dois


propósitos com objetivos unificados, o de criar interesse sobre a página e auxiliar na
organização das informações, onde o foco é fazer com que o leitor seja capaz de
compreender instantaneamente a disposição das informações dentro da
estruturação e seu fluxo lógico de um item para outro.

8.8 Editorial

Segundo Pena (2003), Os editoriais são textos da revista, que geralmente


expressam a opinião corporativa, da direção ou equipe de redação, sem a
45

obrigatoriedade de ser imparcial ou objetiva. Percebe-se que, grandes revistas


reservam um espaço predeterminado para os editoriais em duas ou mais colunas
logo nas primeiras páginas internas. Para marcar claramente que aquele texto é
opinativo os quadros chamados também de boxes dos editoriais, são normalmente
demarcados com uma borda ou tipologia diferente, e não informativo.

Figura 8: Página de editorial da revista Zelo

A opinião de um veículo, entretanto, não é expressa


exclusivamente nos editoriais, mas também na forma como
organiza os assuntos publicados, pela qualidade e quantidade
que atribui a cada um. (PENA, 2005, p.25)

O editorialista é o profissional encarregado de redigir os editoriais. Na


chamada "grande imprensa", os editoriais são apócrifos — isto é, nunca são
assinados por ninguém em particular.

8.9 Produção Gráfica

Segundo (BAER, 2005), a produção gráfica tem a competência de avaliar e


cobrar, a pontualidade e os custos de fornecedores terceiros para contratar serviços
46

e materiais necessários na preparação de artes-finais convencionais ou eletrônicas,


assim como a realização de quaisquer processos de pré-impressão, impressão e
pós-impressão.

A contratação dos serviços e materiais não inclui a negociação com


ilustradores, fotógrafos e outros especialistas, esse trabalho será solicitado e
supervisionado diretamente pelo diretor de arte.

8.9.1 Papel para impressão

A seleção do papel é muito importante para execução de trabalhos impressos,


pelas propriedades de suas diferentes classes, que influem decisivamente no custo
e na apresentação final da revista. Sua escolha deve ser feita criteriosamente, pois
do papel que depende a boa qualidade do trabalho.

Para Collaro, “para impressão de revistas, é do papel que depende em


grande parte o bom aspecto final”. (COLLARO, 1987, p. 87).

Recorrendo a Collaro (1987), a natureza de um impresso, o tipo de


impressão, de letra e de papel deve estar perfeitamente em sincronia para que o
trabalho seja funcional e agrade ao receptor do veículo impresso. Deve-se ressaltar
que as cores devem ser limpas e uniformes, tendo superfície perfeita, a boa
aparência o peso e a gramatura do papel, são importantíssimas na execução do
trabalho impresso.
47

Divisão do formato A0

Figura 9: Tabela de divisão do Papel formato A0


A escolha correta do papel é de suma importância para o projeto gráfico,
ressaltando que a escolha adequada personaliza e da qualidade, gera também uma
comunicação eficaz sensibilizando a visão e também o olfato pelo odor próprio do
papel, da tinta ou até mesmo da aplicação de essências. Em casos específicos, o
papel tem característica de influenciar na qualidade de impressão, gerando efeitos
visuais.

8.9.2 Acompanhamento e Controle da Produção

Segundo Collaro (1987), o processo de produção da revista exige da equipe


de produção coordenação cronométrica, devido à data certa de ser distribuída. A
elaboração deve estar sincronizada para absorver um volume que varia de 64 a 128
páginas. A equipe geralmente é composta por diagramadores, ilustradores, arte-
finalistas e pessoal de coordenação.
48

Figura 10: Tabela para acompanhamento e controle de produção de página

Os prazos a serem cumpridos fazem com que a equipe que


produzirá a revista seja a mais homogênea possível.
(COLLARO, 1987, p. 92)

Collaro (1987), diz que para acompanhar a produção de maneira eficiente


devem ser montados gráficos que permitam registrar todos os passos de evolução
da revista, página por página, desde a entrada da sua arte, para ser diagramada, até
a sua saída para produção. Paralelo ao gráfico, também sugere-se montar uma fixa
com os mesmos dados, especificando o período de trabalho, todas as passagens
dentro do departamento (redação, composição, diagramação, revisão e arte-
finalização). É importante ressaltar que na ficha deve conter as páginas em
seqüência numérica.
49

Figura 11: Segunda tabela para acompanhamento e controle de produção de página

8.9.3 Posicionamento das Páginas da Revista

Segundo Collaro (1987), os cadernos são montados em múltiplos de quatro,


as páginas que estiverem relacionadas na primeira, quarta, sexta e oitava coluna
serão impressas de um lado da folha inteira do papel, e as páginas relacionas
primeira, terceira, quinta e sétima serão impressas do outro lado da folha.

Collaro (1987), afirma que, os projetistas gráficos em sua maioria, estão


presos às formas tradicionais de apresentação das colunas, por isso acabam
limitando sua criatividade. Para evitar tal tradicionalismo pode-se variar a largura das
colunas de texto.
50

Figura 12: Tabela para acompanhar posicionamento das páginas

Um dos segredos que envolvem o bom ou mau aspecto da


página está sem dúvida nenhuma, na elaboração do diagrama.
(COLLARO, 1987, p.94)

Segundo Collaro (1987), o diagrama mais simples e o mais utilizado pra


revistas é o de três colunas, esse proporciona um visual trivial mais eficiente, devido
à largura que comporta, geralmente duas vezes a tipologia adotada, o
enquadramento do texto é quase que perfeito em termos de legibilidade.

8.9.4 Desenvolvimento da capa

Segundo Collaro (1987), o motivo da capa deve condensar o conteúdo mais


importante, que fará o enfoque da revista. Ressalta-se que a foto principal irá
compor a capa, onde também destacará a manchete.
51

Nessa construção, segundo Buitoni (1994), as fotos de moda e beleza são


sugestivas e também indutivas, onde a imagem e o texto ficam não só
sincronizados, mas também equilibrados, que pode-se dizer que a imagem vira texto
ou vice e versa.

O texto imagético, a imagem textual: um casamento que deu


certo nas revistas, principalmente nas femininas. (BUITONI,
1994, p.19)

As
cha
mad
as
sobr
e
mat
érias
de menor importância podem fazer parte como auxilio ao apelo da capa. Segundo
Collaro (1987), na atualidade, é que os editores, além da preocupação normal com a
imagem que fará parte da composição da capa, dêem uma importância muito grande
à tipologia das chamadas e manchetes.

Ao projetar uma capa cuja tipologia não tem de ser vazada, fica
fácil manter o equilíbrio, pois os elementos ficam visíveis
porque o fundo é simples. (COLLARO, 1987, p.98)

Deve-se equacionar o uso do número de chamadas que deve comportar uma


capa de revista é difícil. Collaro (1987), algumas capas usam fotos simples e um
grande número de chamadas, outras usam chamadas sangradas, que induzem o
leitor a ler, sem prejudicar a legibilidade e dando maior claridade à foto principal.
Vale ressaltar a variação das dos tipos na tipologia e nas cores que compõem os
títulos das chamadas, estes detalhes que tornam as revistas bem mais atraentes.
52

A importância das cores, aliada à influência da legibilidade dos


caracteres (...), conduzem ao bom ou mau contraste da capa,
por conseqüência a valorização da tipologia das chamadas.
(COLLARO, 1987, p.99).

Na finalização da revista, seja especifica ou de variedades, o ideal para a


capa é a predominância de um titulo dominante, o mesmo deve estar relacionado
com a fotografia da capa, as chamadas menores devem obedecer a uma hierarquia
tipológica, além de utilizar bem as áreas mais favoráveis à aplicação dos títulos
menores.

Segundo Collaro (1987), a organização estética da capa da revista aumenta o


consumo da revista por ser atrativa, essa atração está baseada em dois estágios
distintos: o primeiro é o olhar onde a logo, imagem e chamadas devem servir como
“isca” para atrair o leitor, o segundo é o fundo, que tem vital importância, deve estar
aliado ao impacto da cor.

8.9.5 Estrutura Interna da Revista

Para a primeira página, Collaro (1987), afirma que ela é composta em sua
maioria pelo sumário, o editorial, o expediente é algum comentário sobre a capa. A
capa também pode ser utilizada para venda de publicidade, fazendo a junção à
primeira página à segunda capa. Percebe-se que as páginas de editoriais
geralmente tem em seu visual uma diagramação dinâmica e ousada, onde foge
inteiramente ao estilo das demais páginas em todos os sentidos estéticos.
53

Figura 14: Estrutura interna de página da revista Elle

A diagramação das páginas internas, Collaro (1987), discorre que os leitores


estão acostumados com o estilo tradicional da revista, logo as mudanças devem
acontecer de maneira que não afetem negativamente no publico alvo, por outro lado
isso não quer dizer que não se pode dinamizar o processo de desenhar uma página,
pois além de importante as mudanças fazem parte da dinâmica de criação.

O estilo criado e a colunagem das páginas ficam à critério de


quem projeta, levando sempre em conta as viabilidades
técnicas ligadas à peridiocidade do veículo e à legibilidade.
(COLLARO, 1987, p.101).

Sugere-se segundo Collaro (1987), que as colunas tenham variações de


largura, evitando assim que o formato fique sempre o mesmo e para proporcionar
uma leitura dinâmica, porém deve-se usar bom senso evitando excessos que podem
cansar o leitor.

As páginas centrais requerem atenção especial, devido à posição estratégica


em que se encontram e que muitas vezes é de página dupla, que proporciona visual
amplo de duas páginas em usa só. Segundo Collaro (2000), tal espaço é tão
importante que é vendido para publicidade, ou alguma matéria de especial qualidade
deve aparecer no contexto da página.
54

Ao folhear a uma revista o leitor acaba automaticamente


abrindo ao centro, devido mecânica de manuseio. (COLLARO,
1987, p.103).

Figura 15: Foto publicitária Vivara

Recorrendo novamente a Collaro (1987), a estética é o primordial em uma


revista, deve-se ressaltar que a legibilidade da página está ligada à tipologia no que
diz respeito à forma da letra, à variação da largura das colunas, que possibilitam a
utilização racional do branco e dinamizam a leitura através do jogo de formas.

O branco por sua vez proporcionado compensa a perda de


espaço pela beleza da página. (COLLARO, 1987, p.104).

8.9.6 Recursos Gráficos

Segundo Collaro (1987), os recursos gráficos é tudo usado no processo da


produção gráfica que vai desde a escolha do papel até a revista impressa. Dentro
desses, o uso dos filetes para separação de colunas é uma prática normal da
paginação de revistas e resulta num efeito interessante, quando usado com critério.
A boa apresentação visual da revista se desenvolve na medida em que, antes de ler,
passa-se a observar detalhes estratégicos que compõem a página.
55

Os textos que personalizam e identificam as páginas de uma revista com a


própria revista, recebem o nome de títulos concorrentes. Esses textos são
colocados no rodapé ou na cabeça da página, geralmente trazem no seu conteúdo a
data e o nome da revista.

Segundo Collaro (1987), a tipologia usada difere da utilizada no texto, a


numeração das páginas pode fazer parte dos títulos concorrentes, porém deve
obedecer, o mesmo critério em relação à tipologia.

Os boxes, também conhecidos como cercaduras, é um recurso utilizado para


destacar determinada matéria, contornando-a com filetes que envolvem a matéria
nas laterais, o uso em exageros deste recurso pode resultar em ilegibilidade e
confusão, pela poluição visual provocada.

Figura 16: Exemplo de recursos gráficos – boxes.

8.9.7 Recursos Fotomecânicos

Segundo Baer (1995), os recursos fotomecânicos são utilizados para dar


destaque a certas matérias, na mesma intensidade dos boxes, provocando um
choque visual maior que os mesmos, quando utilizados esses recursos dão maior
56

realce à página. Pode também ser chamado de retícula de ponto duro, que tem a
finalidade de destacar a matéria sem deixar a página monótona.

Este recurso incide também no tamanho da coluna, que pode ser reduzida,
para que a pagina ganhe uma melhor configuração estética. Ressalta-se também a
importância da porcentagem de fundo de página, destacando que quanto maior a
porcentagem, o texto se tornará mais ilegível.

Para as páginas preto e branco Barbosa (2004), aconselha utilizar o texto em


positivo, com aplicação de 40% de porcentagem de pontos; a partir dessa
porcentagem recomenda-se a inversão do texto para negativo. Quando o fundo
permitir pode-se utilizar o fundo de texto vazado, principalmente se for fotografia.

A análise do fundo em termo de porcentagem é fator


preponderante para o sucesso visual da página. (COLLARO,
1987, p.105).

8.9.8 Cromo e foto na produção gráfica da revista

O cromo (cor) e as fotos são extremamente relevantes para a valorização da


revista. Para melhor analise e aplicabilidade é necessário levar em conta o aspecto
jornalístico e o técnico. No aspecto jornalístico, o cormo deve reunir elementos
suficientes para sintetizar o texto, com o principal objetivo de provar interesse no
leitor pelo texto.

Segundo Collaro (1987), na produção gráfica tanto o cromo como a foto


devem ser analisados com relevância na focalização. Para tal analise detalhada
sugere-se que os cromos sejam ampliados para o tamanho natural, lembrando que
os cromos editoriais são produzidos em 35 mm, se usado para uma ampliação muito
grande pode comprometer a qualidade da página impressa. É importante ressaltar
que além do cromo de 35 mm, eles podem ser produzidos nos formatos 6 x 6 cm, 6
x 7 cm ou 8 x 12 cm, na produção gráfica da página vale destacar que quanto maior
57

for o cromo, menor será a granulação na ampliação, o que resultará será foto de alta
qualidade, depois da página impressa.

Para garantir a impressão de qualidade da foto, é realizado pelo diagramador


a prismagem das fotos, que consiste em desenhar a silhueta das imagens, no
tamanho ideal para a página, dando assim ênfase a um detalhe da foto que seja
relevante para o anúncio.

8.9.9 Preparação da foto para impressão

Os arquivos são selecionados, se forem físicos e analógicos são convertidos


em digitais e tratados. Segundo Barbosa (2004), quando se refere à qualidade da
reprodução de imagens quatro termos são utilizados: densidade, tonalidade,
contraste e resolução. É importante citar também outros termos utilizados, que se
interligam aos citados anteriormente que são: brilho e saturação.

Devido à importância de tais termos para o processo de produção gráfica, na


preparação da foto para impressão, é relevante a explicação de cada um, pois essa
compreensão ajuda em muito na reprodução de qualidade.

Densidade: a densidade descreve a medida de escuridão duma superfície e é


medida por um aparelho a que se chama densitômetro.

Tonalidade: capacidade do scanner e do software em gravar os diferentes tons das


cores. As tonalidades de uma cor são os diferentes tons, desde as sombras (tons
mais escuros) até aos brilhos (tons mais claros), passando pelos meios tons.

Contraste: o contraste é simplesmente a diferença entre duas tonalidades de cor.


Entre o brilho e a sombra.

Resolução: a resolução de uma imagem é o seu indicativo de definição e detalhe. A


imagem enquanto no écran é formada por um conjunto padronizado de pontos, com
58

cor e luz, a que denominamos pixel. Quando impressa passa a ser composta por
pontos.

8.9.10 Fotolito

De todas as etapas o fotolito é a intermediária entre a arte-final e a impressão.


O fotolito é um filme fotográfico transparente, utilizado para a gravação das matrizes
para impressão, essa gravação é por processo óptico a laser. Pode se destacar que
é utilizado nos principais processos de impressão: tipografia, serigrafia, off-set,
flexografia.

Figura 17: Fotolito para revistas

Segundo Barbosa (2004), as imagens coloridas, chamada de policromia, é


divida em quatro cores básicas: ciano, magenta, amarelo e o preto, assim gera
quatro fotolitos por imagem, uma cara cor. Para as imagens em preto e branco ou
textos simples, é necessário gravar apenas um fotolito.

O fotolito é utilizado para gravar as chapas, que são sensíveis a luz, para
reprodução em série. As cores são separadas nos fotolitos, mas o filme é sempre
em tons de cinza. Ele pode ser positivo e negativo. Onde o primeiro reproduz a
imagem da arte-final tal como ela é. Já o negativo, as informações claro-escuro
aparecem invertidas.
59

8.10 Análise de revistas e fotografias atuais de moda de Goiânia

Atualmente existem três revistas de moda em Goiânia: Vitrinne de Moda, Vest


Moda e Zelo. Foi observado que esteticamente a revista de moda, na maioria das
vezes não alcança os padrões de qualidade por falta da aplicação das técnicas
citadas nesse trabalho.

Em alguns momentos a diagramação é pesada, confusa, usando grande


volume de textos com tipos e cores inadequadas para os anúncios de moda, que
muitas vezes além de dificultar a leitura e percepção do leitor.

Figura 18: Diagramação de página de revista goiana

Ocorre também que na produção das fotografias de moda, alguns


anunciantes não contratam fotógrafos profissionais, assim as fotos ficam sem
qualidade, onde o objetivo final que é o anuncio não ter o padrão de beleza estética.
60

P
or
ulti
mo,
às
vez
es
tam
bém ocorre de mesmo sendo feito todo um planejamento, uma diagramação bem
feita, fotografia de qualidade, escolha do melhor papel, a gráfica não dar um
acabamento excelente o que também compromete em muita essa qualidade.

8.11 Soluções para o design e fotografia de moda

Neste trabalho foi proposto soluções para melhorar a qualidade estética das
revistas de moda existentes em, não afirmando que não exista melhora nesse
veiculo de comunicação de moda, muito pelo contrário o Sindicato das Indústrias do
Vestuário do Estado de Goiás – SINVEST-GO, apoiado pela Federação da Indústria
do Estado de Goiás – FIEG, em relação ao aprimoramento tem feito em sua revista
a Vest Moda.

Nesta etapa do trabalho seguir-se-ão exemplos de páginas diagramadas e


fotografias de moda dentro de padrões aceitáveis. A aplicabilidade das técnicas
pode criar uma identidade nas revistas de moda goianiense, agregando valor às
grifes locais que são nelas anunciadas.

8.12 Diagramação e foto de moda com qualidade – sugestões para


aplicações nas revistas goianas
61

Como foi apresentado anteriormente as revistas e fotografia de moda de


Goiânia podem melhorar, e foi feito sugestões de como podem acontecer essas
melhorias. Aqui se reforça essa necessidade.

As páginas quando preparadas para diagramação, deve-se ter atenção


quanto à organização, variações de tamanho, tipo de fonte, cor e tamanho da coluna
dos textos. Os itens citados ajudam na construção de uma página com maior
legibilidade.

Figura 20: Sugestão para diagramação de página de revista

Na fotografia, devido sua complexidade como foi citado, o ideal é que as


mesmas sejam feitas por profissionais, pois os anúncios publicitários impressos,
além de editoriais e até mesmo o lançamento de novas tendências ficam mais
valorizados.
62

Figura 21: Sugestão para fotografia de moda em revista

Por último, mas não menos importante, na hora da escolha da gráfica não
pode ser levado em consideração apenas o preço, mas também a qualidade, não
deixando de ver as provas teste de impressão. Como foi dito anteriormente, mesmo
escolhendo o melhor papel, sem a impressão de qualidade o trabalho pode ficar
comprometido.
63

9. CONCLUSÃO

O mercado de moda é por essência capitalista, pode-se dizer que é o


consumo pelo consumo, em todo momento nota-se que a beleza estética é
extremamente relevante no momento da decisão de compra. A revista como veículo
de comunicação no contexto da moda tem como finalidade não apenas fazer a
propaganda, mas induzir o leitor ao consumo.

O pólo confeccionista de Goiânia utiliza-se das revistas para divulgarem suas


marcas. Por isso a revista de moda deve ser desenvolvida com padrão estético de
qualidade. Este trabalho sugere uma forma de conseguir. É a aplicação das técnicas
de design e diagramação, além da produção fotográfica de qualidade, esse conjunto
valoriza em muito a propaganda da marca.
64

10. BIBLIOGRAFIA

Livros

BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. 6 ed. Rio de Janeiro: SENAC, 1995.

BARBOSA, Conceição. Manual prático de produção gráfica. São João do. Estoril
(Portugal): Principia, 2004.

BUITONI, Dulcília Schroeder. Imprensa Feminina. 3 ed. São Paulo: Ática,1994.

CASTILHO, Kátia. Moda e Linguagem. 1 ed. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2004.

COLLARO, Antônio Celso. Projeto Gráfico: Teoria e Prática da Diagramação. 1 ed.


São Paulo: Summus, 1987.

HOLLIS, Richard. Design Gráfico: Uma História Concisa. 1 ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.

HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. São Paulo: Nobel, 2002.

LIMA, Daniela da Costa Brito Pereira e FARIA, Juliana Guimarães. Guia para
Apresentações de Trabalhos Monográficos e Acadêmicos. 2 ed. Goiânia: Vieira,
2005.

MARRA, Cláudio. Nas Sombras de um Sonho: História e Linguagens da


Fotografia de Moda. 1 ed. São Paulo: SENAC, 2008.

MOUTINHO, Maria Rita. A Moda no Século XX. 1 ed. Rio de Janeiro: Senac,2000.

NEWTON, César e MARCO, Piovan. Making Of. 1 ed. São Paulo: Futura, 2007.

PENA, Felipe. 1000 Perguntas sobre Jornalismo. Rio de Janeiro: Editora Rio,
2005.

SANT’ANNA, Armando. Propaganda Teoria – Técnica e Prática. 7 ed. São Paulo:


Pioneira, 2006 .

WILLIANS, Robin. Design para quem não é designer: noções básicas do


planejamento visual. 2 ed. São Paulo: Callis, 2005.

Sites
65

ABRIL, in: MUNDO ESTRANHO. Como surgiram as revistas? Diponível


em:<http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_286399.shtml>. Acesso: 01
de outubro de 2008
Duran, Josep Ruaix in: Biografia. Disponível em:
<http://www.jrduran.com.br/news/arquivo/2007_11.php>. Acessado em: 29 de
setembro de 2008.

FERRAZ, Queila in: 2007, Mídia Impressa - a Imagem Texto da Revista de Moda /
Parte 1: Disponível:<http://www.fashionbubbles.com/2007/midia-impressa-a-
imagem-texto-da-revista-de-moda/>.Acessado em: 08 de agosto de 2008.

ROCHA, Fabrício in: Tipografia. Disponível em:


<www.unb.br/fac/ncint/pg/galeria/tipografia.htm>. Acessado em: 10 de agosto de
2008.

WOLFENSON, Bob in: Biografia. Disponível em: <www.bobwolfenson.com.br>.


Acessado em: 29 de setembro de 2008.

Publicações

LOPES, Ana Carolina de Souza. Marketing de Moda: reinventando o mercado de


moda de Brasília. Brasília, 2007.
66

11. ANEXOS
67

A importância da Fotografia na Moda Goiana

Maristela Novaes
Graduada em Arquitetura e Urbanismo/UCG
Especialista em Moda
Docente no Curso de Design de Moda
FAV/UFG

Moda é comportamento. Moda é comunicação. Moda é imagem. A moda


comunica, mas ao mesmo tempo, ela precisa ser divulgada e o é, por texto e por
imagem. A moda é altamente dependente da fotografia como meio de comunicação,
portanto, vejo uma importância fundamental da fotografia na divulgação da moda
goiana. Já foi o tempo em que fotografia de moda tinha como objetivo a exibição de
mulheres usando vestidos. Esta exigência elementar, já não responde às
necessidades do complexo sistema da moda. Na revista, no catálogo do produto, na
televisão, no Out-door, enfim, em todas as mídias ela deve ser tratada com
qualidade, pois comunica o produto, o conceito do produto e da marca e desta forma
requer arte, talento, técnica e capacidade de venda.
68

Surgimento da Revista Vest Moda

Walcely Lopes
Consultora de Moda
Revista Vest

1º) A revista Vest Moda surgiu em 2007, fruto de um projeto que se fundamentou
pela busca da qualidade da impressão gráfica, do editorial e da fotografia.

2º) A maior dificuldade foi convencer o anunciante em fazer os anúncios fotográficos


com profissionais para eliminar ao máximo as fotos caseiras. Outra grande
dificuldade foi fazer uma revista em dois idiomas, pois os textos obviamente ficariam
duplicados e a diagramação deveria encaixar com leveza a fotografia, o olho e o
texto de cada página tornando interessante tanto ao leitor que optasse pelo
português, quanto ao leitor que, desse preferência ao espanhol.

3º) A qualidade da fotografia é importantíssima para uma revista de moda.


A fotografia é o primeiro e grande contato visual com a revista; antes dela ser lida
ela é folheada; cria-se uma comunicação visual com as cores, luzes, ângulos
executando uma comunicação em que se associa a qualidade da marca do
anúncio com a qualidade do que a fotografia apresenta. Além disso, a idéia é de que
a moda venda beleza, poder, conceito e as fotos podem associar essas idéias.

4º) É difícil admitir, mas a imagem do comercial ainda vende mais do que a
conceitual; mas tenho visto maravilhas onde fotógrafos conseguem com muita
criatividade fazer um mix entre os dois estilos e obter resultados positivos que
consegue satisfazer o cliente. O leitor e consequentemente o produtor da revista.
69

EVOLUÇÃO DA REVISTA VOGUE 1920 - 2008

1920 1930 1940

1950 1960 1970

1980 1990 2000 2008


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REVISTA E FOTOGRAFIA DE MODA DA DASLU


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74
75
76

ATUAIS REVISTAS E FOTOGRAFIA DE MODA DE GOIÂNIA


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78

PROPOSTA DE REVISTA E FOTOGRAFIA DE MODA PARA GOIÂNIA


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