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Quero voltar ao princípio de tudo

Pastor Alcenir Oliveira


24 de agosto de 2008
João 3:1-12

Mudanças

Mudança é uma palavra que deixa qualquer pessoa desconfortável quando


pronunciada, porque todos nós já passamos por algum tipo de mudança que transformou
nossa vida numa bagunça, nem que tenha sido por curto tempo. Ninguém gosta de
mudança porque tira a gente do nosso conforto. Às vezes nós resistimos mudanças
pequenas que vão nos dar mais conforto porque vai atrapalhar a nossa rotina, aquilo que
nós estamos fazendo, e para melhorar aquele ambiente temos que parar um pouco, e isto
vai atrasar nossas tarefas.
Quando se trata então de mudar a maneira de fazer as coisas, aí o bicho
pega. Às vezes quando tenho que cozinhar, minha mulher chega quando tudo já está a
meio caminho andado. Ela então dá uma olhada e sai de perto porque não vai gostar da
maneira que estou fazendo, pois eu certamente não estou fazendo como ela gosta de
fazer. E isto é um exemplo simples. Imagina quando temos que fazer mudanças radicais.
A igreja Ray-Thomas, onde fomos membros por um certo tempo, tem um grupo
americano e um brasileiro de 150 a 200 pessoas que vão à igreja no domingo. Quando a
igreja coreana começou a se instalar com 600 pessoas que vão à igreja regularmente aos
domingos, foi como se tivessem colocado os EUA dentro de Cuba. E até hoje, depois de
quase um ano, vemos nas pessoas um certo desconforto com a mudança que aconteceu.

Jesus Cristo prega mudanças assustadoras

Quer ver um exemplo de mudança que Jesus pregou? Amai aos vossos inimigos.
Amar os amigos é coisa que todo mundo faz. Quer fazer diferença? Ame os seus
inimigos.
Eu já passei por muitas igrejas e pessoas que se dizem transformadas. Entretanto,
não só não amam os inimigos, não são capazes de amar os próprios irmãos da igreja,
aqueles que compartilham a mesma fé, que adoram juntos, que louvam juntos.
Um certo pastor dizia que alguns grupinhos de crentes se reúnem depois do culto
para comer juntos. E sabem qual é o cardápio? Buffalo Hot Wings de irmãos, irmão ao
molho pardo, irmão à milaneza.
Jesus Cristo começou o seu ministério pregando a maior de todas as mudanças: o
arrepedimento. Arrependei-vos, pois é chegado do Reino dos Céus. O povo sofrido, tanto
a classe que poderiamos chamar de povão quanto a classe média alta e os líderes
regligiosos foram afetados pela pregação de tão grande mudança.
O povo esperava um Messias que mudasse a situação política e econômica. Ao
contrário, chega um profeta fazendo milagres, pregando arrependimento e transformação
pessoal. O povão, que não tinha nada a perder e ganhava com os milagres e a compaixão
de Jesus, o acompanhava. Os políticos e religiosos ficaram perturbados com aquela coisa
nova.
A Igreja no início era conhecida como a religião chamada “O Caminho”, pela
assimilação da declaração de Jesus “Eu sou o Caminho e a Verdade e a Vida”. Os mestres
começaram a temer que esse movimento viesse desestabilizar a sociedade e a religião.
Assim, eles procuravam uma solução, visto que seria mudança muito perturbadora. É
nesse momento que Nicodemos entra em cena.

O Que Nicodemos Tinha em Mente

Os sinais feitos por Jesus e as mudanças pregadas perturbaram o Sinédrio, o


tribunal Judeu, e queriam punir Jesus, mas esse membro do Sinédrio os repreendeu por
tentar prender Jesus sem nem ao menos ouví-lo ou conhecê-lo. O próprio fato de ser visto
junto Jesus conversando pegava mal. Por isso preferiu encontrá-lo à noite.
Não há nenhum registro sobre as verdadeiras intenções de Nicodemos e se ele
veio realmente a fazer parte do grupo de seguidores de Jesus mais tarde. Alguns
argumentam que o registro de João pode ter sido após algum contato com o próprio
Nicodemos, e que ele teria se tornado cristão, mesmo porque Nicodemos aparece nas
providências do sepultamento de Jesus.
Pelo diálogo dele com Jesus, ficamos em dúvidas. Em princípio ele nos passa uma
idéia que era um homem inconformado com as injustiças sociais, com a rigidez na
aplicação das regras e normas religiosas, bem como com a hipocrisia reinante e, portanto,
se achava ansioso por mudanças tão significativas quanto as que Jesus pregava.
Entretanto, Nicodemos era um homem amarrado, comprometido com o sistema.
Muitas vezes nós somos assim. Estamos amarrados e tão comprometidos com os
sistemas sociais que ficamos engessados e resistentes às mudanças pelas quais
deveriamos passar ou aceitar.
Se Jesus viesse de surpresa fazer uma passei pela terra e pregar algumas
mudanças novas adicionais, certamente alguns de nós crentes dedicados e comprometidos
fossemos surpreendidos em comportamentos semelhantes ao de Nicodemos.
Notamos que a expressão de Nicodemos é de reconhecimento da autoridade de
Jesus: quem faz o que o Mestre faz só pode ser um enviado de Deus.
O segundo ponto importante é que ele se incomoda quando Jesus Cristo diz que
era necessário “Nascer de Novo”. Então parece que Nicodemos se vê sem saída e
pergunta como pode alguém velho nascer de novo?

Nicodemos Sabia o que era nascer de Novo


Nascer de novo, segundo Barclay, era um ato conhecido dos judeus. Quando
gentios eram recebidos por conversão ao judaísmo, os prosélitos, eles entendiam que
aquela pessoa tinha nascido de novo. Esse entendimento era tão forte que se dizia que o
prosélito poderia agora até casar com sua própria mãe, ou suas irmãs, pois não tinham
mais qualquer relação de parentesco.
Esse sentido de renascimento é empregado na Bíblia em inúmeras passagens.
Certamente Jesus propôs este princípio por saber que era do conhecimento dele e também
por saber que Nicodemos estava atolado até a cabeça no sistema judáico. Assim, para
acontecer uma mudança naquela vida teria que ser uma mudança muito radical. A
resistência à mudança seria bombástica; é tanto que ele levantou o argumento que lemos:
como isso pode acontecer?
Tanto os Judeus quanto gregos sabia o que isto quer dizer. Já nos referimos aos
Judeus. Quanto aos gregos, as chamadas religiões de mistérios, que são baseadas em
estórias de deuses que morrem e renascem, os iniciantes passam por um ritual e depois
são considerados renascidos.
No velho testamento, quando estudamos a lei, os estatutos dos Judeus, vemos que
o princípio do sacrifício é de que quando a pessoa peca tem que morrer porque o
pagamento do pecado é a morte. Nesse caso, Deus estabeleceu que, para que a remissão
do pecado acontecesse, era necessário que a vida de um animal fosse tirada em lugar da
vítima. Esse ato era conhecido como “vida substituta” (em inglês: life replacement).

Jesus Prega uma nova ordem espiritual, econômica, social e política


Para os que participavam do sistema era uma afronta, um risco, uma subversão a
pregação de Jesus. Certamente, se fosse nos dias de hoje, achariam que ele era um
terrorista em potencial, estaria sendo vigiado pela CIA, pela KGB, pelo MOSSAD, pelo
Serviço Secreto Palestino, e talvez até a Polícia Federal Brasileira tivesse lá um espião
para em caso de risco para o Brasil propor alguma solução.
Para os excluídos, ele pregava esperança de passarem a pertencer a um Reino, o
Reino dos Céus.
É muita mudança. Uns resistem à mudança porque vão perder tudo que tem e
outros querem a mudança porque não têm nada.
A proposta de Jesus Cristo é de mudança do interior das pessoas. Uma mudança
em que a religião estabelecida não era mais capaz de propor. Os sacrifícios agora não
passavam de prática rotineira para uma religião social, ou seja, para mostrar para os
semelhantes que são religiosos. Na prática, entretanto, eram como sepulcros caiados
como diz a Bíblia. Sacríficios para santificação, para remissão de pecados, agora são
alvos de mercadores que trazem os objetos de sacrifícios para vender no templo para
explorar os fiéis.
Jesus Cristo vem para derrubar esta ordem falsa. Jesus Cristo vem para expulsar
essa quadrilha de dentro do templo. Jesus Cristo vem para acabar com o ritual e
intermediação feita por sacerdotes corruptos e menos santos do que aqueles que os
procuravam para efetuar os sacrifícios. Jesus veio para derrubar a parede que barrava a
entrada dos crentes fiéis à presença de Deus.
É muita mudança. Mas não é mais importante. A mais importante é que ele veio
estabelecer o verdadeiro Novo Nascimento.

O cidadão do novo Reino precisa Nascer de Novo


O nascimento é um milagre. Quando nós temos certeza vamos ser pais,
começamos a caminhar pelo processo do milagre da vida. Nada pode ser comparado a
isto. Somos no início dois e depois alguém mais surge de nós. E mais tarde eles passam a
compartilhar conosco a vida como adultos. Isto é uma experiência sem igual para nós que
temos filhos adultos. As mudanças na vida de pais são muito grandes. No mundo árabe os
filhos mudam o nome dos pais – o pai passa a ser chamado por Abu ou Om. No meu
caso Abu-Thiago e Abu-Pedro. E a mãe passa a ser Om-Thiago e Om-Pedro.
Nascer de novo significa mudança radical. Será que estamos dispostos a
mudanças tão radicais? Esse grupo que se reúne hoje, no primeiro culto daquela que se
chamará Igreja Presbiteriana Brasileira em Atlanta, como marco do início de um
caminhar juntos se declarou disposto a enfrentar mudança radical.
A palavra que significa Nascer de novo no grego “anôthen” é explicado por
Barclay como sendo uma mudança tão radical que é realmente como um novo
nascimento – é algo que acontece com a alma, só pode ser descrito como passar pelo
processo de nascimento todo outra vez. Entretanto, não pode ser comparado com nada
humano pois vem da graça e do poder de Deus.
Esse princípio do nascer de novo tem como finalidade quatro alvos diferentes: o
Reino dos Céus, o tornar-se Filhos de Deus, a Vida Eterna, e o Renascimento.

Reino do Céus
O que significa isto? Na oração do “pai nosso”, Jesus define muito bem: “Venha
o teu Reino e seja feita a tua vontade na terra e no céu”. Aqui há uma definição
completa: o Reino dos Céus é uma sociedade onde a vontade de Deus é feita
completamente, tanto na terra como no céu. Assim, para viver no Reino dos Céus temos
que estar voluntariamente, incondicionalmente, submissos à completa vontade de Deus.
Isto requer a mudança radical da transformação que só pode acontecer espiritualmente, só
no renascer.

Filhos de Deus
No verso 1:12 João diz que aos que Contudo, aos que o receberam, aos que
creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus. Para que isto seja
verdade é necessário submissão total, obediência incondicional, que acontece numa
relação de amor. Aqueles que têm os meus mandamentos e os guarda são os que
me amam (John 14:21). Pela lógica humana, não podemos amar
alguém e nos comportar de forma que o desagrade ou maltrata. Ser
Filho de Deus ou estar no Reino quer dizer o mesmo. Para tornar-se
cidadão do Reino é necessário tornar-se filho de Deus, e só tornamos
filhos de Deus ao renascermos, e nossa atitude ser transformada para
aquela de quem aceita e deseja fazer a vontade de Deus.

Vida Eterna
Vida eterna não apenas no sentido da extensão da vida na condição humana que
vivemos, mas da qualidade de vida. Vida eterna, segundo o comentarista Barclay, é o tipo
de vida que Deus vive, é a vida de Deus, e ter vida eterna é tomar posse desse tipo de
vida. Isso só é possível se dedicarmos a ele o amor devido, a obediência, reverência,
devoção que vão nos levar a um verdadeiro relacionamento com Ele. Isso só é possível
com a transformação através no renascimento em Jesus Cristo, sem o que somos
completamente incapazes de alcançar esses alvos.

Renascimento
Para ser cidadãos do Reino de Deus, tornar-se filhos de Deus e receber vida
eterna, é preciso passar pelo novo nascimento ou renascimento.
O renascimento é referido em muitos lugares no novo testamento: I Pedro 1:3 –
fala de nascermos de novo pela grande misericórida de Deus; I Pedro 1:23 – fala de
nascer de novo não de semente perecível, mas imperecível; Thiago 1:18 – fala de Deus
nos dando nascimento pela palavra da verdade; Tito 3:5 – fala da água do novo
nascimento.
Em alguns casos a idéia é de morte seguida de ressurreição ou re-criação.
Romanos 6:1-11 – Paulo fala de morrer com Cristo e ressucitar com uma nova vida; I
Cor. 3:1-2 – Paulo fala dos recém convertidos como crianças em Cristo; 2 Cor. 5:17 –
Paulo fala que se alguém está em Cristo é como se tivesse sido criado de novo; Galatas
6:15 – Paulo diz que em Cristo há uma nova criação; Efésios 4:22 – o novo eu é criado
por Deus em retidão; Hebrews 5:12-14 – o crente iniciante é uma criança.
Paulo dá o maior testemunho concreto de transformação pelo novo nascimento
quando diz “agora já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; a vida que agora
vivo, vivo a pela fé no filho de Deus que se encarnou e se entregou por mim”.
Somente quando a graça de Deus entra em nós e toma posse de nós, e nos
promove em nós uma mudança radical é que conseguiremos dar a Deus a reverência, a
devoção e a adoração que ele merece.
Somente pelo novo nascimento em Jesus Cristo isso acontence. Quando Cristo
entra em nossas vidas e nossos corações é que as mudanças acontecem.
Quando isto acontece nós somos nascidos da água e do espírito. A água é símbolo
de purificação. Quando Jesus Cristo toma posse de nossas vidas, e nós o amamos de todo
o nosso coração, os pecados do passado são perdoados e esquecidos.
O Espírito é o símbolo de poder. Só pelo perdão de pecados passados, estariamos
perdidos pelos pecados posteriores. Mas o poder do Espírito vem sobre nós para nos
capacitar para o que por nós mesmos é impossível.
O conceito de água e espírito quer dizer purificação e poder em Cristo que apaga
o passado e dá vitória no futuro.
O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do espírito é espírito. Enquanto
carne, humanos, somos frustrados ao querer aproximar de Deus. O nascido do Espírito é
poder e vida que está além do poder e vida humanos.
Quando o Espírito toma posse, a vida humana derrotada se torna vida vitoriosa em
Deus.

Mudança
A grande mudança, o renascer, o tornar-se nova criatura, o ser adotado como filho
ou filha de Deus, só acontece quando nós amamos o Mestre e o deixamos entrar em
nossas vidas. Assim, somos perdoados pelo passado pecaminoso e sofrido; somos
capacitados pelo Espírito para o futuro; aceitamos a vontade de Deus e: (1) Nos tornamos
Cidadãos do Reino dos Céus; (2) Nos tornamos filhos de Deus; (3) Recebemos vida
eterna.
Essa transformação pelo nascer de novo cria em nós uma nova atitude. Agora é
nosso desejo estar na casa do Senhor. É nosso desejo adorar, louvar, engrandecer o nome
de Deus por nos fazer passar por um novo nascimento de onde surgimos agora como
filhos de Deus em Jesus Cristo.
Agora somos seguidores de Jesus de Cristo e nosso desejo é ser uma grande
família.
Paulo, aquele pastorzão das cartas, fica irritado quando alguns começam a dizer
eu sou seguidor de Paulo, outros começam a dizer nós seguimos Apolo. Ele pega o
megafone e grita para todo mundo ouvir: esteja Paulo ou Apolo no comando, não
interessa, nós seguimos a Cristo. Ei! Não caiu a ficha ainda? Nós somos todos servos,
cada um com o seu dom, atuando com diferentes funções. Cristo é quem está no
comando.
Assim, nós retornamos ao pricípio de tudo, ao princípio que Deus idealizou: uma
humanidade santa, incorruptível, os verdadeiros Cidadãos do Reino dos Céus!

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