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Artigo 4.o
[…]
2—........................................
e) Direito à consideração e ao reconhecimento da sua autoridade pelos alunos, suas famílias e demais membros
da comunidade educativa;
f) Direito à colaboração das famílias e da comunidade educativa no processo de educação dos alunos.
Artigo 5.o
[…]
2—O direito de participação, que pode ser exercido a título individual ou colectivo, nomeadamente através das
organizações profissionais e sindicais do pessoal docente, compreende:
a) O direito a emitir opiniões e recomendações sobre as orientações e o funcionamento do estabelecimento de
ensino e do sistema educativo;
[…]
Considerando que:
1. de acordo com o citado Decreto-Lei, o mesmo não só, não tem sido, um instrumento
efectivo de valorização do trabalho dos professores, como também não tem contribuído
para a dignificação da profissão docente e para a promoção da auto-estima e motivação
dos professores;
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2. de acordo com o citado Decreto-Lei, no seu preâmbulo, e igualmente no Artigo 4.º, n.º2,
alínea e) do Capítulo I, não constituiu, uma nova codificação de direitos e deveres que
consagra, em termos inovadores, os direitos à colaboração, à consideração e ao
reconhecimento da autoridade dos professores pelos alunos, suas famílias e demais
membros da comunidade educativa;
3. de acordo com o citado Decreto-Lei, no Artigo 4.º, n.º 2, alínea f) do Capítulo I, nem
sempre se tem verificado a garantia aos professores do Direito à colaboração das famílias
e da comunidade educativa no processo de educação dos alunos;
4. o actual ECD e o primeiro concurso para professor titular contemplou, entre outras, as
seguintes situações que se me afiguram de legalidade duvidosa:
a. o Ministério da Educação (ME) ter desrespeitado um contrato com todos os
professores no activo, contrato esse que configurava uma carreira, segundo a qual,
todos os docentes licenciados tinham direito a alcançar o antigo 10.º escalão, desde
que cumprissem os requisitos impostos por lei. Assim, as condições impostas pelo
ECD, ainda em vigor, só poderiam ter legitimidade para quem pretendesse ingressar na
carreira após a sua publicação;
b. o ME ter criado um concurso para professores titulares que, de maneira arbitrária,
apenas teve em conta os últimos sete anos da carreira. Durante esses sete anos
ninguém poderia imaginar que os cargos (DT, Coordenador, etc.) atribuídos, iriam ser
decisivos no futuro para progredir na carreira. Assim, foram confrontados com
condições de acesso para as quais nunca foram avisados antecipadamente;
c. o ME ter determinado que as faltas dadas por doença, nojo, etc., nos sete anos
imediatamente anteriores à publicação do ECD, penalizariam a progressão na carreira,
sem que os envolvidos tivessem conhecimento disso antecipadamente. Se as faltas
foram justificadas, foram-no, em última instância, pela tutela e ao abrigo da legislação
em vigor, pelo que não deveriam penalizar os docentes;
d. o ME ter determinado que as faltas dadas, legal e justificadamente ao abrigo do
desconto no período de férias, tenham servido para penalizar a progressão na carreira.
Os docentes que utilizaram essa prerrogativa, fizeram-no de acordo com a lei em vigor
na altura e, sem que tivessem sido avisados em devido tempo das consequências que
poderiam vir a sofrer, foram confrontados com a situação à posteriori;
5. o ME tomou atitudes que, uma vez postas em prática, se revelaram conflituosas e em nada
contribuíram para a dignificação dos professores porque, em vez de assumir os erros,
lançou-os para cima dos docentes; veja-se o caso do Estatuto do Aluno em que “a culpa foi
dos professores que não souberam interpretar a lei”;
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6. na reunião de DT em que fui eleito para o cargo de Coordenador dos Directores de Turma
do 3.º Ciclo, não fui o docente que reuniu maior número de votos e nem sequer estive
presente;
7. de acordo com o citado Decreto-Lei, no Artigo 5.º, n.º 2, alínea a) do Capítulo I, aos
professores é conferido o direito de participação, que pode ser exercido a título individual
ou colectivo, nomeadamente através das organizações profissionais e sindicais do pessoal
docente, e que compreende:
a) O direito a emitir opiniões e recomendações sobre as orientações e o funcionamento do
estabelecimento de ensino e do sistema educativo;
vem muito respeitosamente requerer a Vossa Excelência que, caso seja exequível, tome as
providências necessárias para proceder à anulação da categoria acima referida (de professor
titular) e, consequentemente, a demissão do cargo de Coordenador dos Directores de Turma
do 3.º Ciclo.
Pede deferimento
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