Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
X1OPt
dr. em medicina.
U&&@Q&&
~ v ~ @ ! ~ DA
~ &F&Dgi
~ ~@J5),jffiGyt%vTfi
i
Adquirida pela Camara em leilão
judicial do espolio do Dr. Cesar A.
Mourão Pitta
Veja-se acta de I d'Agosto de 1907.
O GOVERNO CIVIL E R DELEGllÇfi0 00 CONSELHO
dr, em medicina.
AO
,-,
sua terra, em chegando a ser çaicriio ii'csle
disiricto , ío:nonac ii'cm d'ci!cs.
Em ioi-no do ccnflicio qce s. ex." acaba de
levantar conka a ùe1og;i~;Zo do coriseibo de sau-
de pthlica do reino, o;: -mais i;io;;ria~uente-
contra o mesmo eoriruiiio, agrupáo-se uns pou-
cos dz $ctos; cuja a i ~ a l j s s !e:.;iri ás i~liirnus
raias da euidençia s q ü e o sr. PerdigBo, corn o
nom8 de gover;lailor aI,di, p:.eicnric ser neste
dislricto o gwientcidor e cilpiicis p , q i ' ~ l do ari-
trgo rcguilen.
A ç s i s t i ~ o ç , .jIiimanier,!e; 30 C Ç ~ C C ~ ~ CdeU I O
um co!:ilicto .de. s aaeioridade , iei,an!o,do pelo sr.
smovernador v r v i i , que iiiegal e vioie!~iarncntefoi
ingerir-sc no go;ei.no iiu cinja ii:pailiç5~piihlica,
qGe lhe na0 6 si-!!ordintidn, mas no consslho de
sauze pblkic;, do rei-u9 e ~~~eieciial~ic esle ao go-
verno de .S. ?$;i;;eslacie.
s aq" o o,.s,,,do
-7.
-:.' d n q;;.?si;?.
v,ws.atLiirc,
- 1 ,..~:.- o derre;o <jG 2% c* ::?;:c;rci i,~ l i., j i j c r ,
, * > . .
quweg3jo3 0 c e i i i ç ~d i s q::z:.~:~laii;i~,» SC-
çiac;:o cC:PnO-.,
I i i ~ ~'. a o n d eou ccnsellio de sau-
.,--r
>.
miuislra$o $este ~ i s í r i c t o!:~q y~cc:r~;ciG~r&;i!,
ou uin govvrizndoi c c ~ p i l c o gc:zei.í;i.
,. .
de saude do seli mis:;.icio, iiic cquanùa a a!lmi-
nistrador do cuilcciiio ho:irer d'ererccs algum2
das aitribuicfics que !io: cocfcíc (; ai.t.' 219
. .
3, 7 c 9 do codigo narr,~:~islra!iro,
7 $5
cumpre-]fie
sollieitur iiisiri:c~ócç-oSo da respectivc gover-
nador civil-scnáo do coi~sc.ii;o de saiicic pú-
blica do reino, como é cl;presço na portaria de
o- dc jilnlio tiu i8&s, )>
intic 1
1zcisci/zli. ?~ZiFicul~s
Pain scr em t ~ ~ d:i&cti/o,
a O alvari de
suspcns;io até iiáo C i:m c:iuaiil; é u m decreto,
-Um decreto?.. . .. Sim, scnhoi., iim decreto;
porque a fo'on~nulaz-:rperr;b:iva de om diploma 6
que dccicle da c1nssiiiin;ão il'elie.
Nunca houve goreriiador c capii,áo general
qrio dhssc &i suas orders, ainda as mais impe-
riosas, esta formala - JIci por ,he1;1- ! X e n ~lla
mofo de sccrciaria, qi:e nso a c esta for-
mirin (: só pmpria para annunciar, de urn modo
.
solemiie uin acto emanado diiectamcnke do ao-
dei do rei.
Mas c i o snr. eovcrnador civil do Funchal.
como ri20 escrupiiliça em arrogar-sc (lireitos ma-
yestuticus , rambem n5o dispensa as fii~nulns
mais caracreristicas do exercicio (i'esieç direitos.
Até nesta bagatella do S C C Y que ~ ~ lhe está com-
rnettidc, teve s. e:~.' a boa graça de infringir o
a r t . 9 (do dccreto de 18 de ~iovcmbrode 1861,
c usurpar urn forn?iilario qiie lhe não compete!
S e r i isto effeito do I~a!;ito em qiie esii dc i?&-
~ * : - . lù..içBes
r>~: c&l:ieicts; eo sri;!in:i igi~oinncia
das causas mzis trivinrs cio sei! o57c;io? Acccili-
inos qtialcjoer das akcrnatiias, que S. ex." haja
por bem escolher.
Tiaosirando do exime da fh,?na para o da
mÒsta~2ciu d'csie singular docuaienio, perguniC
mos -que qiier com eiie o silr. gore,roador ci-
vil? Quer s~,iq,eizcEer cio exercicio e senci??ze~zlo
do c u y o de dclegado do cmtselho de smcle pa-
blica do. .rei:;~ o snr. dr. Antonio dn Luz pitla;
e para isso, eis ~ c j n io modo porqile raciocina
naqaciie seu lunzi~zosodiplsina. -- Atienção I
(1 0 3rt.O 2% n." Al do codigo adninistra-
:ivo di-me a aucioridadc de suspender de exer-
cicio e vencime~ztotocios os fi~nccion~rios ~ublicos
que est~jnlntclebaizu-da minha inspcc~z,~. Mas de-
baixo da minha inspeeclio esino todosos ~nugis-
trnrlos , fizccionu:los e c o r p adnlilziskratil!os do
meu disiricro, como é expresso rio 11." 15 do
mesmo artigo do codiço. Logo eu tenho a fci,cul-
dade cle susy~ender de cxercicio c uencimcnto 10-
dos os magistrados, £unecionarios e corpos admi-
nistrati\ros d'este districto, cujo chefe sou. D
De vagar snr. governador civil ! A vossa ar-
gumentação não eoll~e,por ser mais ampla q u e
as premissas a conclusao que deduzis. Os cita-
dos artigos do eodigo nao teem o lato selltid~.
que Ihes dics para convenieneia vossa e de vos-
sos odios, e de vossas prcten~õcsao bastão de
yovernndor e capitgo general. Tende paeiencia,
escatae uru pouco.
Quc diz o n." 63 do nearcgado 224
do codigo? Diz que o governador çivii sz~peiin-
teníle enz torfos os rizagisti~udos, ft~;zcioii~~~ios
e
corpos nd?rG;~istrutivos,e em todos os okjectos da
conzpetencin rl'elles.
Mas todos os ~nagislrndos, ft~zccio~ra~ios e
corpos cdmi~tistraticos,segundo a s leis syntaxi-
eas da nossa lingtia, 60todos os magistrados
admi~zistrntivos, todos os funceionarios adrn1izis-
trntioos, e todos os corpos administrativos ; por-
que todas as vezes que um detenlainativo ou qwa-
lificutiuo vier antes ou depois de substan\ivos
correlutos, tanto rim como o outro concorda com
todos elles. Assim como o determinatiro todos
concorda com o primeiro siibstantivo nzuyist~.ados,
e subintendido vai concordar com o segundo e
com O terceiro; do mesmo modo, o qualificati-
vo crdnziizistratiz;os, que concorda com o suiisian-
livo corpos, lambem se subinicilde para concor-
dar com os subsiaiiiiios fu~iccio;zarios e nwyis-
trados. E orna ~ c zfeito o que manda fazer a
'
granimaiica, o sentido do artigo do codigo acla-
ra-se, cireuinsereve-se, e cnlra nos limites do
i rasoavcl , alé do conslitucioiia!.
Coui egeito: o yue seria um governador
1 civil, que, eiil virtude do n."5 d'aquello ar-
1 tigo, tivesse inspecção e superintondeneia- 1."
I
í em todos os magistrados, -2.' em todos os ft~rtc-
;I cio~zariospublicos , -3.Qm todos os corpos ad-
ministrati\~os,-e 4 . 9 ~todos1 os objectos da
competeizciu de cacla uma d'estas classes? Luiz
XIV dizia de si : a o estado sou eu. O governa-
dor ciiil de itzven~ãodo snr. Perdigão, podia di-
zer de si outro tanto: R No incu districto, o es-
tado sou eu. 3 -Não snr. governador civil l O
çodigo nao quer, nào póde querer, ein face da
carta constitucional, que o magistrado encarre-
gado da administração de cada districto do rei-
no seja um Liiiz XIV em miniatura, nem sequer
um governador e capitüo general, nem sequer o
que. v. ex." está seudo actualnxente, para ver-
gonha d'esta terra.
Deseja v. ex." saber o que quer o codigo?
Dê-se ao trabalho de consultar o codigo admi-
nistrativo de 1836 ; abra-o e leia no 5 7." do
arl." 105 o seguiiite :- e Competo ao adminis-
irador gera! (hoje governador civil) a inspecção
geral sobre os empregados uclministratiuos, rnan-
dando uniformar e ayierfei~oaros methodos e mo-
dêlos do expediente, em confermidade das or-
dens do goyerno. Quanto poréíii i.,§ 1epni6$ões
pt~blicusque teein ttm ce!zt,o coiwnzuin no reino,
conz cheres especzcles, só compete ao administra-
doi ( or;a g~~'.m"~d".r "?i11 ekjiar % ~~~~i>i13~7eil/
seus iieveres, e :ia7 parle ao goae?iao dos ubzisos
qzce ooiur. 8
o codiyo udmirzistrativo.
Agora, para sabermos sc o sr. governador
~ i v i lpodia, ou 1260 podia suspender do exercicio
e vencimento o snr. delegado do coizselho de sau-
d e , tudo o qoe falta fazer, é inquirir c averi-
guar se este empregado é, ou não é, funcciona-
rio administrativo: se faz parte da udnzinzstração
propriui?zr~zte clacta; se as suus fuizccões estão
consignadas c descretus no codigo admiizistru-
livo.
P6r a questáo n'esles lermos, é rcsolvl?l-a
neyativame?zte, em sentido contrario ao acto do
snr. governador civil. E, de feito, por mais quc
compulsêmos o codigo adainisirativo, em todos
os capitulas, artigos e paragrapinos de cada edi-
$20; em nenhum passo d'elle encon~r9mosves-
tigios da entidade deleguclo do coiaselho cle sau-
de, como funccionario adininistrativo.
A unica cousa que encontramos no indice
da rcccntissima ediccáo ( a de 1863) sob a rú-
brica e delegados tecbnico3 é a referencia a va-
11
HOIIEA$~O
D'UB: P ~ ~ C U L T A T I V PAXA
O o LOGAX
DO CHEFE SUSFENÇO.
digzo.
(10) i . -I Bntonio Perdigão,
bacharel firrhado enz. direito pela il~iis.erridadede
Coirnbra, goverr:ndoi- civil do clisklcito admlriisij,a-
tivo do Fu'ulzchal, eic.
Havendo o tliri?gdo do ocnseiiio 6:: saiids
neste distiicto cip.;aca~;~tioe z:~cio:.iderle qi:s exer-
ço, oppontlo-se cana i.ir:ia reçislsccia teiinosa, e
com mcdidas cio!cr;ixs B ~,2.pr.iciios::s á eicctiçáu
d'uina pi(i~i.Jeiicia itue "Iuiiiri rio erer~icio das
funcções iegaes qiie rne comiierenl /:ela a i ~ i g o . 2 2 4
n . 3 e 2b4 do c o d g o a i i o i)rs,videa-
cia ciija iiiiiii!:ide c necessidade o pioprio d~icf;a-
do havia reconliecitlo ainda ein 20 do jonlio -iii-
timo, tomaiido sobre si a ie~yoiiçnhilid:idc cie a
ordenar.
E eonsitieíaniio qoe esse piocedimi.nto é não
só all:iinenio offi!osivo das leis e das ciinveiiienciaç
sociaes, [nas ~~:c?jciifica.a ri.g!~ixidncie do scirico
publico coinpromc!ien do a t1fgiiid.ide do chefe da
adininistrafio do tjisi rido, e arroran!io a anar-
cltia e a desorílein errl jjiii~clpiosde governtt@o;
Corisiiieranilo qii i! esião esgoiitdos todos OS
meios qiie prrideniemc-,n!e íiotiiani ser empregados
para ctiarnar aqiieile f~riiccionrrrio ao ~ i i m i : ~ t ido
o
dever, de qiie, com riiiiiio dcsgosio GX>:?, ::#)(ia
afastado, porqile á ac 1re;isnvia ([ou iiie dirigi em
officio datado de i.ioni.i:i:i coiie~!)otiíIeo I;u.jt? cozi a
suspensão do exercit:io c vencimsnto do gurirda
,,,,I.
I,.,
. ,:-
:
,t i ., p i o C;:c!o cic haver este empregado
.
$ ,
.,
resolveu demittil-o ! I !
I,, 3, /1 e 5 ) ' - para logo
I
i.
Temos acabado a tarefa que nos impos&mos,
polido diante dos olhos do leitor os factos e os