Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
SÉCULO XIX-XX
Dos engenhos dos séculos XV e XVI não temos referência no terreno sabemos apenas
por documentos e descrições da sua existência. A cidade do Funchal era local de grande
concentração destas estruturas, mas hoje tudo desapareceu. Hoje o que existe em termos
de vestígios dos engenhos açucareiros resulta do segundo momento de afirmação da
cultura para fabrico de aguardente e açúcar. O pouco que hoje persiste resume-se a
algumas chaminés, a infraestruturas degradas ou em ruínas e apenas três se mantêm
activos
No Arco da Calheta temos noticia de vários engenhos: 1857: Diogo de Ornelas Frazão,
1882: Francisco Luís Pereira e João de Andrade, movido por bois, 1901: D. Juliana
Lopes Jardim. A Calheta foi no século XVI terra de muito açúcar havendo notícia de
dois engenhos na Estrela. Na vila da Calheta temos dois engenhos: 1894: Vicente
Lopes, 1901: Lopes & Duarte, 1908: António Rodrigues Brás. Do primeiro não ficou
memória e do último só resta a chaminé num jardim da marginal. Apenas o de 1901 é
um dos poucos que persistem em acção a testemunhar da industria da destilação de
aguardente. No Estreito da Calheta temos os seguintes engenhos: 1895: Luís Agostinho
Henriques, 1901: Tibúrcio Justino Henriques & Cª.
No Paul do Mar referem-se dois engenhos:1858: conde de Carvalhal, 1905: José Gomes
Henriques. No Jardim do Mar temos apenas noticia de uma fábrica de aguardente
movida a água que foi construída em 1900 por Francisco João Vasconcelos. Na
Madalena do Mar temos dois engenhos para o fabrico de aguardente movidos a água:
1858: Freitas Abreu & Cº, 1899: António da Silva Gaspar
A Ribeira Brava foi terra de açúcar, tendo instalado no leito da Ribeira um engenho. Em
1853 a sociedade entre José Maria Barreto e Jorge de Oliveira. O engenho era movido
por tracção animal e destinava-se ao fabrico de aguardente Em 1863 a firma José Maria
Barreto e Cº procedeu a grandes reformas passando o engenho a ser movido a água,
tendo anexo dois moinhos de cereais. Foi demolido em 1941 e hoje alberga o Museu
Etnográfico da Madeira. Na Tabua assinala-se o engenho de Valério Rodriguez da Cova
e José da Silva de que existem ainda vestígios
Machico
Porto da Cruz.