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Ao aliar crenças, religião, trabalho, poesia, os mitos traduziam o modo que o grego
encontrava para expressar sua integração ao cosmos e à vida coletiva. Os gregos a partir do
século V a.C. viveram uma experiência social que modificou a cotidianidade grega: a vivência
do espaço público e da cidadania. A cidade constituía-se da união de seus membros para os
quais tudo era comum. O sentimento que ligava os cidadãos entre si era a amizade, a filia,
resultado de uma vida compartilhada.
Uma certa extensão territorial, nunca muito grande, continha uma cidade, onde havia o lar com
o fogo sagrado, os templos, as repartições dos magistrados principais, a Agora, onde se
efetuavam as transações; e, habitualmente,a cidadela na acrópole. A cidade vivia do seu
território e a sua economia era essencialmente agrária. Competiam-lhe três espécies de
atividade: legislativa, judiciária e administrativa. Não menores eram os deveres para com os
deuses, pois a “pólis” assentava em bases religiosas e as cerimônias do culto eram ao mesmo
tempo obrigações cívicas desempenhadas pelos magistrados. A sua constituição dependia da
assembléia popular, do conselho, e dos tribunais formados pelos cidadãos. (PEREIRA, In:
GOMES & FIGUEIREDO, 1983 p. 94 - 95)
O Mito (Mythos) é narrado pelo poeta-rapsodo, que escolhido pelos deuses transmitia o
testemunho incontestável sobre a origem de todas as coisas, oriundas da relação sexual entre
os deuses, gerando assim, tudo que existe e que existiu. Os mitos também narram o duelo
entre as forças divinas que interferiam diretamente na vida dos homens, em suas guerras e no
seu dia-a-dia, bem como explicava a origem dos castigos e dos males do mundo. Ou seja, a
narrativa mítica é uma genealogia da origem das coisas a partir de lutas e alianças entre as
forças que regem o universo.
A filosofia, por outro lado, trata de problematizar o porquê das coisas de maneira universal,
isto é, na sua totalidade. Buscando estruturar explicações para a origem de tudo nos elementos
naturais e primordiais (água, fogo, terra e ar) por meio de combinações e movimentos.
Enquanto o mito está no campo do fantástico e do maravilhoso, a filosofia não admite
contradição, exige lógica e coerência racional e a autoridade destes conceitos não advém do
narrador como no mito, mas da razão humana, natural em todos os homens.
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