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Representante do Ministério Público Especial ..j-
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
No que diz respeito aos aspectos operacionais, constataram os técnicos da DICOG I que os
recursos foram totalmente aplicados na aquisição de material permanente com o objetivo de
aparelhar o Ministério Público Estadual.
Devidamente citados, fls. 218/225, os interessados apresentaram defesas, fls. 226/968, onde
o Dr. Antônio de Pádua Torres, inicialmente destacado como gestor do fundo, assevera que
não praticou nenhum ato no exercício analisado, pois sua posse se deu posteriormente às
últimas movimentações financeiras. As demais responsáveis ofertaram justificativas
consignadas, resumidamente, nos seguintes termos: a) quanto à ausência de documentos na
prestação de contas, encaminhando o Anexo 16 faltante, informaram ser de praxe a
apresentação de relatório sucinto sobre as atividades de gestão; b) no tocante ao registro da
depreciação de bens e à conclusão dos trabalhos da comissão, reconheceram as falhas, \
alegando que o número elevado de órgãos da estrutura organizacional do Ministério Público \ )
dificultou a execução das atividades; c) sobre os termos de responsabilidade sem assinaturas,
admitiram as omissões, tratando-as, entretanto, como singela relapsia; e d) em relação ao
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fracionamento de despesas, argumentaram que elas ocorreram antes das licltações-c-.
realizadas, foram precedidas de solicitações e estiveram dentro do valor de mercado. ~~J \".
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
É o relatório.
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Ademais, é importante ressaltar que, por ocasião de inspeção in foco realizada com o intuito
de subsidiar a instrução da prestação de contas, os inspetores desta Corte também
solicitaram o relatório em comento sem serem atendidos.
Em seguida, observa-se que a não conclusão dos trabalhos da comissão instituída com o
objetivo de efetuar o levantamento do patrimônio mobiliário, bem como do seu grau de
desgaste, culminou na ausência de registro da depreciação dos bens no Demonstrativo das
Variações Patrimoniais, que, por sua vez, deixou de refletir a real situação patrimonial do
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
fundo. Esse fato demonstra desconsideração simultânea ao preconizado nos artigos 96 e 104,
da Lei Nacional n.o 4.320/64, in verbis:
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o
inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da
escrituração sintética na contabilidade.
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Impende comentar que a ausência de registro da depreciação dos bens móveis ocasionada
pela não finalização do inventário geral dos bens adquiridos com recursos do fundo já figurou
como irregularidade nas análises das prestações de contas relativas aos exercícios de 2002 e
2003, sendo, inclusive, objeto de recomendação nos Acórdãos APL - TC - 330/2003 e
835/2005, respectivamente.
Neste sentido, merece realce o entendimento do ego Tribunal de Contas da União - TCU, que
estabilizou seu posicionamento acerca da matéria em análise, consoante deliberações
transcritas a seguir, vejamos:
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Por fim, diante das transgressões a disposições normativas do direito objetivo pátrio e da
conduta implementada pelas gestoras do FEMP, verifica-se a configuração de hipóteses de
incidência da multa de até R$ 2.805,10 - valor atualizado pela Portaria n.? 039/06 do
Tribunal de Contas -, previstas no art. 56, incisos Il, VI e VII, da Lei Complementar Estadual
n.o 18/93 - Lei Orgânica do TCE/PB, verbo ad verbum:
I - (omissis)
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