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Gênesis

Aula 1 - Introdução
Autor: Tom Bradford
Tradutor: Christiano Lopes

Olá. Meu nome é Tom Bradford, e eu sou o Presidente do Ministério


Semente de Abraão, e seu professor de Torah; é maravilhoso ter vocês aqui.
Hoje nós começaremos uma viagem que milhões de judeus e cristãos têm
feito ao longo dos últimos 3000 anos. Nós vamos iniciar o estudo da Torah, que é
a primeira e a mais antiga secção da Bíblia hebraica original. Torah; uma palavra
que poucos cristãos alguma vez já ouviram, e menos ainda têm qualquer idéia do
que realmente seja.
A Torah é o nome hebraico para os primeiros cinco livros da nossa Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio. Vamos começar com Gênesis 1:1, e vamos direto até Deuteronômio 34. Nós estamos aqui para fazer
algo um pouco diferente, entretanto. Vamos trazer de volta o Judaísmo que foi removido durante os últimos 1900
anos. Por que faremos isso?Porque foi dentro do contexto da língua e cultura hebraico-judaica que a Torah foi
criada, e é SOMENTE dentro desse contexto que ganharemos uma boa compreensão do que Deus está nos dizendo.
Na verdade, toda a Bíblia, AT e NT, foi escrita por Hebreus, e está inteiramente imersa em cultura hebraica. Foi
Moisés, um hebreu, que recebeu a Torah de Deus, no monte Sinai, por volta de 1400 aC. Embora nós tipicamente
pensemos em Moisés recebendo apenas as duas tábuas de pedra com os 10 mandamentos de Deus, enquanto
conduzia os filhos de Israel para fora de sua escravidão no Egito, na realidade, os
10 mandamentos foram apenas um pequeno pedaço de tudo o que recebeu
Moisés naquelas várias viagens para cima e para baixo na montanha. Moisés
recebeu efetivamente tudo aquilo que agora compõe os primeiros cinco livros do
que chamamos o AT.
Torah não é uma palavra que você encontrará em nossas bíblias modernas.
E, é uma tragédia que seja esse o caso. Em geral, onde nos textos antigos
aparecia a palavra Torah, hoje você vai encontrar a palavra "lei"; este é um erro
triste e um pouco intencional, que aconteceu quando as escrituras foram
traduzidas para o grego pela primeira vez, e foi fomentado pelo desejo da Igreja
primitiva de distanciar-se dos judeus. Torah não significa "lei"; em um sentido
bastante simplista, significa "instrução". Então, em uma curiosa ironia, até mesmo os próprios judeus começaram a
adotar o ponto de vista de que a Torah era "Lei". E eles começaram a aplicar o
Septuaginta grega termo Torah a todos os escritos religiosos de tal forma até o ponto em que o
Judaísmo, em geral, tornou-se uma religião baseada muito mais sobre as doutrinas
dos homens, do que sobre a Palavra de Deus. Deixe-me explicar o que aconteceu com o bastante desorganizado
hábito de aplicar a palavra "Torah" a todo e qualquer escrito que se refere à Sagrada Escritura, através de uma
analogia:
Mais de uma centena de anos atrás, uma empresa em Atlanta, Geórgia quis associar-se ao novo e crescente
mercado de sabores, de bebidas não alcoólicas. Em vez de puro licor, eles formularam uma saborosa adição ao
mercado de refrigerantes. A bebida foi chamada Coca-Cola, e era um hit. Embora inicialmente comercializada como
um estimulante, o seu verdadeiro nicho era simplesmente como uma bebida de excelente sabor. E, como os Estados
Unidos começaram a entrar num período de notável crescimento e prosperidade, a procura por Coca-Cola decolou,
e o resto, como se costuma dizer, é história.
Coca-Cola dominou tanto o mercado de refrigerantes que aconteceu uma coisa curiosa: ela recebeu um apelido:
Coca. E, ainda mais adequada para os nossos objetivos, é que Coca se tornou tão dominante que já não significava
simplesmente uma determinada marca de bebida à base de Cola, mas veio a ser um nome aplicado genericamente a
TODOS os refrigerantes. Uma conversa comum da qual você mesmo já pode ter feito parte soaria mais ou menos
assim: Marido: "Estou sedento, vamos parar e tomar uma Coca". Esposa: "OK, tudo bem”. Marido: "Bom, qual o
tipo de Coca você quer?" Mulher: "Eu gostaria de uma Soda". Soa familiar?
Agora, qualquer americano seria perfeitamente capaz de compreender o diálogo e não achá-lo estranho. Eles
sabem muito bem que uma Coca-Cola e uma Soda não são a mesma coisa. Mas, eles também sabem que "Coca" em
nosso vernáculo moderno pode simplesmente significar QUALQUER refrigerante, e assim não
há problema para entender todo o sentido.
Com a Torah acontece o mesmo. Inicialmente, os hebreus chamavam aqueles cinco livros
dados a Moisés de "Torah". Com o passar dos séculos, dois outros grupos de escritos
hebraicos foram criados e considerados "de Deus" e, por conseguinte, escritura: os profetas e
as escrituras. Os profetas são livros como Amos, Ezequiel, Isaías, e Jonas; as escrituras
incluíam uma variedade de livros como Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Salmos, e Ruth. Ainda que os hebreus já
tivessem definido separadamente três grupos de escrituras: 1) K'tuvim (significando Escrituras), 2) Nevi'im
(significando Profetas), e Torah (aquela, dada a
Moisés no Monte Sinai), nas conversas comuns
do cotidiano, em algum momento eles
começaram a fazer referência a QUALQUER das
sagradas escrituras como Torah. Portanto, a
Torah original de Moisés era "Torah", e todos os
escritos mais recentes também foram
genericamente chamados de "Torah". Isso não é
tão difícil de entender, é?
Mas, isto se tornará mais complicado.
Durante o mesmo tempo que a Torah, K'tuvim, e
Nevi'im foram criados e adicionados, outro
conjunto de abalizado pensamento religioso
estava sendo criado, e este foi chamado de
Tradição. Era também conhecido como Lei Oral,
tradição oral, ou Torah Oral (oral porque, em vez
de ter sido escrita, durante muito tempo ela foi
decretada verbalmente). No Cristianismo
comum de hoje, poderíamos equiparar a
Doutrina da Igreja à Tradição hebraica. Em outras
palavras, a doutrina não é Escritura, são as
nossas crenças, decisões confessionais e
interpretações das Escrituras……é a mesma idéia com a Tradição hebraica. Portanto, na medida em que o tempo
passava, a doutrina hebraica, estas Tradições Orais, a Torah Oral, começou a pesar cada vez mais entre os líderes
religiosos. Eventualmente, na conversa comum entre os judeus, a Torah veio a significar tudo aquilo que tivesse a
ver com todo o corpo da Escritura com todo o corpo de Tradições; uma distorção bastante infeliz do significado
original, com toda a certeza.
O Talmud
Os Hebreus da época de Cristo, e os de
centenas de anos anteriores, entenderam bem o que cada termo significava quando se discutia "Torah" entre eles,
pois eles sabiam pelo contexto da conversa quando Torah significava as escrituras originais dadas a Moisés, e
quando significava qualquer das outras literaturas e leis religiosas. Infelizmente, não podemos ignorar o fato de que,
no tempo de Cristo, as Tradições tinham se tornado mais importantes do que a Palavra de Deus. Mais tarde, quando
os gentios entraram em cena após a morte de Cristo, esses mesmos gentios, que eram ignorantes dos meandros da
cultura judaica e do idioma hebraico, ficaram confusos quanto ao termo "Torah", e apesar de eruditos bíblicos
terem-no simplificado bastante ao longo dos anos, professores e líderes da Igreja ainda têm sido lentos para
compreendê-lo.
Hoje, aquilo que nós cristãos chamamos de AT, os judeus chamam O Tanakh. Tanakh é uma palavra inventada:
leva o T a partir de Torah, N a partir de Nevi'im, e K a partir de K'tuvim, acrescenta um par de sons vocálicos e
pronto…… Tanakh. O Tanakh e o AT são exatamente a mesma coisa, exceto que em alguns casos, os livros estão
dispostos em ordem ligeiramente diferente.
Ao longo dos séculos, as tradições que tinham sido proferidas de boca em boca, eventualmente, foram
formalizadas por escrito. E, embora estes pensamentos e decisões dos antigos rabinos ainda sejam tidos em grande
estima, este corpo de pensamentos está constantemente a sofrer acréscimos. A melhor maneira de pensar em
todas essas tradições é como sendo um comentário feito por líderes religiosos; comentário que consiste de
sentenças e ensinamentos. As obras da Tradição totalmente compiladas, ou a Torah Oral, se tornaram aquilo que é
agora chamado o Talmud. E, para complicar ainda mais a matéria, há duas versões principais do Talmud: O Talmud
Babilônico e o Talmud de Jerusalém. Cada um deles é uma obra enorme composta de vários volumes.
Então, sejamos claros: O Tanakh, que por vezes é chamado de a Bíblia Hebraica, é simplesmente outro nome
para o nosso atual AT. A Torah, nada mais é que os primeiros cinco livros do Tanakh (AT). O Talmud NÃO é, de
forma nenhuma, parte das Escrituras Sagradas. É uma grande compilação de comentários religiosos judaicos.
Uma das curiosas características do Cristianismo moderno é que o AT tem sido esquecido. A declaração comum
da igreja atualmente é: nós somos uma Igreja do NT. Em outras palavras, a implicação é que o AT não é para nós,
mas para outro povo…..a saber, os judeus ou…..pertence a um tempo passado…..ou, em conversa de seminário,
pertence a uma dispensação passada. Então a relação entre AT e NT é a de que o AT é obsoleto……uma história
interessante, mas irrelevante, e o NT é atual e contemporâneo. Nada poderia estar mais longe da verdade.
Em primeiro lugar, o título de AT é puramente fabricado pelo homem, e é um título relativamente moderno
dado a essa parte da Bíblia. Não existe tal coisa como o Antigo Testamento no que diz respeito à Bíblia. As palavras
Antigo Testamento NUNCA aparecem na Bíblia. A idéia por trás do nome daquilo que você chegou a pensar como
sendo as duas metades da Bíblia é a de que o AT refere-se a pactos feitos entre Deus e Abraão, Isaac, Jacó, e Moisés.
E, o NT refere-se aos pactos entre Deus e a humanidade em geral através de Cristo. Portanto, se alguém estiver
inclinado a pensar dessa forma, seria melhor pensar na divisão bíblica como primeiro testamento e último
testamento, em vez de antigo e novo. E, a propósito, testamento significa pacto. Eles são sinônimos.
Veja, os pactos mais novos não substituíram os originais, mas alguns têm sido transformados. Até mesmo o
próprio Cristo, quando perguntado se a "Lei" (a Torah) tinha sido agora anulada e tornada sem nenhum efeito após a
Sua vinda, respondeu da forma mais enérgica que se possa imaginar.Olhe em MT. 5:17-19.
ARA
Mateus 5:17-19 “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
18
Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que
19
tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos
homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será
considerado grande no reino dos céus.”
Cristo não veio para acabar com, ou suprimir, a Torah, Ele veio para completá-la. Não completar no sentido de
terminar, e na acepção do termo cancelar; em suas Bíblias provavelmente "cumprir" é o termo utilizado em vez de
completar. O grego usado aqui é a palavra "pleroo". Vá verificar qualquer boa concordância e ela irá dizer-lhe que
significa encher, concretizar. Mas, no nosso moderno vernáculo português cumprir dá a sensação de que algo está
terminado. Pelo contrário, o verdadeiro significado de cumprir é o de "encher completamente" ou "completar".
Pleroo seria uma boa palavra para dizer ao frentista do posto de gasolina…..porque tem o sentido de "encher até a
boca"; Cristo veio para preencher a Tora de pleno de significado, ou trazê-la para toda a sua extensão. Quando você
pede ao frentista para completar seu tanque, você certamente não está querendo dizer que vai esvaziar totalmente
seu tanque de gasolina antes, não é mesmo? Você quer dizer que ele pode colocar toda a gasolina que couber. Isso
lhe dá uma idéia do que significa a palavra pleroo.
Os dois Testamentos, o primeiro e o segundo, o AT e o NT, trabalham em conjunto. Você não pode separá-los
como se tem tentado durante séculos. O AT é o fundamento da Bíblia. O Antigo Testamento estabelece o cenário
para o Novo Testamento. O Antigo Testamento estabelece todas as premissas em que nós entendemos o Novo
Testamento. É a Bíblia, Ato Um. O NT é formado com base no AT; é uma continuação do AT. É a Bíblia, Ato Dois. Na
realidade, cerca de 50% das declarações no NT estão no AT. Eles estão totalmente interligados. É muito difícil ler
qualquer livro, ver qualquer jogo, e assistir qualquer filme começando do meio. Podemos até entender alguma coisa.
Mas, ficamos muito susceptíveis de entender a parte que vemos no contexto errado, e chegar a algumas conclusões
bastante errôneas. Isso é o que fazemos quando estamos tentando compreender a Bíblia iniciando com o NT, e não
prosseguindo até ele.
Mas, deixe-me dizer-lhe uma coisa que você talvez nunca tenha considerado: a Bíblia que Jesus e, em seguida,
os primeiros discípulos, depois os escritores dos Evangelhos, Paulo, e até mesmo João, o escritor do Apocalipse,
estudaram e ensinaram, foi o AT. Deixem este pensamento tomar forma. Não havia NENHUM NT quando
QUALQUER escritor da Bíblia era vivo. A ÚNICA Bíblia que existia para estes homens e……para Cristo, era o Tanakh
hebraico, o nosso AT. Todas e quaisquer referências às Sagradas Escrituras feitas por Jesus ou os apóstolos eram do
AT. A exortação que obtemos em ARA2 Timóteo 3:16 “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,” foi feita especificamente referindo-se à Bíblia
hebraica, porque não existia tal coisa como um Novo Testamento, naquela época. Embora eu não tenha qualquer
problema em aceitar todo o NT como tendo sido inspirado por Deus, e pertencendo inteiramente às nossas Bíblias…
aquela declaração de Paulo a Timóteo não estava referindo-se de modo algum a algo que nem sequer existia ainda.
Não foi concebida para ser profética… Paulo não estava falando de um tempo futuro. Ele estava falando sobre a
Torah, as escrituras, e os profetas. Paulo não tinha idéia de que várias décadas após sua morte haveriam escritos
ADICIONAIS acrescentados ao cânone sagrado da Bíblia… escritos que nós chamamos O Novo Testamento.
Na realidade, em sua mais correta aplicação….e isso poderá ajudar-nos quando da leitura do Novo Testamento
se soubermos entender isso…biblicamente falando, a palavra Escrituras ou Sagradas Escrituras se refere apenas
àquilo que chamamos de o Antigo Testamento. A única Escritura que existe hoje é o Antigo Testamento. O Novo
Testamento, ao mesmo tempo em que é inspirado por Deus, é apenas isto…..o Novo Testamento. Poderíamos
ganhar muito mais compreensão da Bíblia se nós pudéssemos dispensar o termo Antigo Testamento e chamar-lhe
aquilo que Jesus e todos os apóstolos chamavam-lhe……as Escrituras. Portanto, para todos os efeitos, as nossas
Bíblias modernas consistem de duas partes: as Escrituras e o Novo Testamento.
Espero que isto tenha sobre você o impacto que eu pretendia. Embora este tenha sido o modo da Igreja
insinuar, séculos após séculos, se não de estabelecer, que o AT é de nenhum valor para o crente moderno…… que os
princípios do AT não se aplicam mais, após o advento de Cristo…..foi partir do AT que o grupo original de 12
discípulos de Cristo ensinou….foi o que o próprio Jesus ensinou e citou e tão grandemente venerou…..foi de onde os
Apóstolos ensinaram a mensagem do Evangelho. E, isso é porque a mensagem do evangelho é uma mensagem do
AT. É isso mesmo, todo o AT fala do Evangelho. Jesus não escreveu um
novo evangelho…..Ele simplesmente cumpriu o que foi previamente
escrito a respeito do evangelho…..pelos escritores do AT.
ARA 46
Ouça o que Jesus diz em João 5:46-47: Porque, se, de fato,
crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele
escreveu a meu respeito. 47 Se, porém, não credes nos seus
escritos, como crereis nas minhas palavras?
Dizer: se vocês acreditassem em Moisés, era apenas uma maneira
comum de falar naqueles dias….era uma expressão idiomática que
significava….."se vocês acreditassem na Torah". Moisés, a Lei, e a Torah
eram todos termos intercambiáveis para o povo judeu. Mas o ponto é
que Jesus diz: "Ele (MOISÉS) ESCREVEU a meu respeito". Ainda mais,
Cristo estava explicando que, se não acreditamos ou nem sequer
SABEMOS o que Moisés escreveu.....e foi Moisés que escreveu a Torah.....
de que forma seremos capazes de compreender o que Jesus estava
dizendo?
O AT, e a Torah, que vamos estudar, estão cheios de referências ao
Messias vindouro e aos princípios espirituais que ele vai elevar ao seu
mais alto nível de significância. Eu vou lembrar-lhes quando nos
depararmos com eles, e ligaremos os pontos.
Agora, como o AT é a base do NT, a Torah é o fundamento de toda a Bíblia. Mesmo alguém que nunca tenha
estudado a Bíblia está consciente de que Gênesis é a história dos…..começos, de Deus criando o mundo. Como é
que vamos começar a estudar qualquer coisa, e muito menos a tentar compreender Deus, se não começarmos do
início? E, isso é só o que vamos fazer nesta Classe de Torah.
Agora, vou criar algumas regras fundamentais. Ou seja, a base sobre a qual o nosso estudo da Torah irá
proceder. Em primeiro lugar, não estou aqui para convencer ninguém sobre a verdade das Sagradas Escrituras.
Embora especuladores sejam muito bem-vindos aqui, esta não é uma classe onde nós tentaremos mostrar que a
Bíblia é a Palavra de Deus. Nós começaremos com o pressuposto de que ela É a Palavra de Deus e que ela é
verdadeira…... Se a Bíblia não é verdadeira, então é melhor irmos para casa, porque estamos perdendo o nosso
tempo. Por isso, não tenho qualquer intenção de justificar as Sagradas Escrituras, oferecendo provas científicas
sobre Deus haver criado o mundo; a ciência é absolutamente inferior a Deus. Eu não estou aqui para explicar que
talvez um enorme cometa congelado tenha trazido toda a água necessária para criar os oceanos. Ou por que razão a
Bíblia não fala sobre os dinossauros. Ou se a Teoria do Big Bang está correta. Em outras palavras, esta não é uma
aula sobre Teoria da Criação. Eu posso tocar levemente nestes assuntos, incorporando alguns fatos interessantes,
mas apenas a título de explicação, e não para tentar provar nada. Deus criou tudo a partir do nada. Fê-lo
exatamente da forma como Ele queria e é completamente capaz de fazê-lo.
Em segundo lugar, vamos ler cada palavra da Torah. Não vamos pular nada…. Nem um único verso. Vou ler os
versos em voz alta, e pedir-lhes para seguir ao longo de suas Bíblias; esses ensinamentos estão sendo gravados e
uma vez que a Sagrada Escritura é o que está em causa, eu preciso ter certeza de que ela pode ser ouvida na
gravação. Iremos avançar com bastante rapidez algumas vezes, e outras vezes muito mais lentamente. Em alguns
pontos vamos parar e realmente ter uma lição sobre um tema específico que poderá durar toda a aula……como
sobre a Menorah, ou o Tabernáculo, ou outras coisas que são de vital importância, pois foram assim no passado, e
contudo raramente são examinadas na Igreja moderna. Este é um grande estudo aprofundado que, eu prometo-
lhes, vai desafiar o seu pensamento……e edificar sua fé.
Em terceiro lugar, vou ler, na maior parte das vezes, na Bíblia Judaica Completa. Uma razão para isso é que esta
não é a tradução oficial da Bíblia para qualquer denominação, que eu saiba. E, isso é intencional. Esta classe não é
sobre o ensino confessional de tradições e doutrinas. Seja você Católico, Batista, Pentecostal, Metodista, Luterano,
ou Judeu, você vai encontrar um terreno comum em Lições da Torah. Deixe-me ser perfeitamente claro que você
NÂO tem que ter essa mesma Bíblia, para ser bem sucedido nestas aulas…… qualquer versão padrão, competente,
que você tiver, está ótimo. No entanto, as palavras podem ser ligeiramente diferentes, especialmente porque a
Bíblia que eu vou ler dá o verdadeiro nome original hebraico de muitas das pessoas e lugares, e não o nome em
português. Isto também pode soar ligeiramente diferente de sua versão, porque a Bíblia Judaica Completa é
retirada do texto original hebraico. Muitas traduções hoje são tomadas a partir da Septuaginta, que é uma tradução
do grego hebraico, feita mais de 2 séculos antes de Cristo nascer. (Até o momento, que eu saiba, ainda não temos uma versão rabínica da
Bíblia em português, traduzida diretamente do hebraico, e com nomes de pessoas e de lugares transliterados diretamente do hebraico. – O tradutor).

Em quarto, às vezes vou mostrar-lhes algumas palavras em hebraico que temos que analisar, porque elas
acrescentarão muita coisa à nossa compreensão. Muitas vezes eu descobri que examinar o hebraico é como mudar
da TV P & B para a TV em cores; o que você vê na P & B não está errado, ela simplesmente não lhe dá a
profundidade que a cor dá. O que você vai aprender logo na Classe de Torah é que o hebraico tem certas palavras
que simplesmente não têm equivalentes bons, puros, em português. A palavra "Torah" em si é um bom exemplo,
assim como a expressão hebraica "Shalom". Mas, estas são apenas a ponta iceberg. Outra coisa a perceber é que,
assim como muitas palavras importantes em hebraico nas Escrituras não têm um bom equivalente em português,
elas também não têm um bom equivalente em GREGO. Portanto, quando a Bíblia foi traduzida do hebraico para
grego, depois de grego para latim e, em seguida, do latim para português, muita profundidade e entendimento foi
perdido. Nós estamos aqui para fazer o nosso melhor para tentar recuperar um pouco daquela profundidade.
Em quinto lugar, o meu objetivo é termos continuidade. Quando devidamente estudado, os o AT flui como um
belo rio. Com muita freqüência, o AT é apresentado como sendo uma série de histórias interessantes, e isso pode
tornar difícil visualizar o conjunto. Na verdade, o AT segue muito (embora não totalmente), uma ordem cronológica
e, se me permitem fazer uma generalização, uma boa maneira de olhar para o AT é como Deus se apresentando
para nós, mas através da história de Israel. Deixe-me dizer novamente, o AT é uma aula de história. É a história de
Israel. É a história dos judeus. E, é nossa história cristã, porque o cristianismo saiu da cultura, religião e Bíblia
Hebraica. Lembre-se que Cristo era judeu. Nascido de pais judeus, criado na Terra Santa, Ele era um judeu
observante em todos os sentidos. A maior parte das grandes notícias e eventos sobre Cristo no NT ocorreu durante
as peregrinações a Jerusalém exigidas de cada judeu do sexo masculino, tal como instituído na Lei de Moisés. E,
naturalmente, Cristo obedeceu. Mesmo os primeiros vários milhares de fiéis de Jesus como Senhor e Salvador eram
todos judeus.
Em sexto lugar, temos de compreender que a Torah é, em primeiro lugar, e primordialmente, um manual para
viver a vida que Deus planejou para a humanidade viver. Os três milhões de Israelitas que Moisés liderou através do
deserto, para a Terra Prometida, vinham de quatro séculos de vida no Egito. Eles eram uma turba que tinha optado
exaustivamente pelas maneiras dos egípcios. Ao dar a Torah a Moisés, Deus explicou a Israel o início de tudo, quem
Ele era, por que o mundo tinha chegado ao ponto de corrupção atual, e como viver uma vida virtuosa. O que é viver
uma vida virtuosa? É VOCÊ viver em harmonia com Deus. Essas coisas NÃO se alteraram.
Em sétimo lugar, a Torah, como toda a Bíblia, é literal. Ela diz o que quer dizer, e ela quer dizer o que ela diz.
Mas, deixe-me explicar o que significa literal quando se lida com a Bíblia: assim como nas nossas próprias conversas,
às vezes usamos expressões idiomáticas ou trocadilhos, usamos apenas aqueles dizeres que a nossa cultura comum
possa entender. Eu gosto do exemplo de "vá soltar pipa". Isto é, alguém lhe pede para fazer alguma coisa para ele
ou ela, e você responde, "vá soltar pipa". Agora, todos os americanos sabem o que isso significa. Quer dizer, no seu
sentido mais básico, "não". Além disso, pode significar que "você não tem nenhum interesse em tudo o que eles
estão propondo" e talvez até questione a sanidade deles. Mas, se eu responder com "vá soltar pipa" para um
francês ou um brasileiro, eles ficarão bastante perplexos com a resposta. Não faz sentido para eles. O que "soltar
pipa" tem a ver com algo que me perguntaram? É a mesma coisa com muitas palavras e frases bíblicas hebraicas.
Elas carregavam um significado perfeitamente claro há algum tempo, mas para o nosso ouvido do século 21, talvez
não faça sentido.
Portanto, literal não significa, necessariamente, "palavra por palavra". Se nós tomarmos "vá soltar pipa" palavra
por palavra, acabaremos em apuros. Literal, portanto, significa o SENTIDO literal destinado dentro do contexto da
cultura em que ele foi criado. E, no caso da Bíblia, a cultura é a hebraica, e esta cultura mudou dramaticamente e
evoluiu ao longo dos 1500 anos em que ocorreram os escritos da Bíblia. Ou seja, a cultura hebraica na época de
Abraão não tinha semelhança nenhuma com a cultura hebraica do tempo de Moisés, e não era semelhante à cultura
hebraica no tempo de Cristo. A maior parte das vezes, o sentido literal da Bíblia É “palavra por palavra”. O truque é
que se deve entender a cultura hebraica nas diversas épocas da Bíblia para entender o que está sendo comunicado.
E, claro, há certa quantidade de simbolismo na Bíblia. E, há poesia, e há simplesmente história, e há parábolas, e
vários outros dispositivos literários também. Mas, simbolismo é geralmente bastante fácil de identificar. Aqui é
onde eu quero chegar: o moderno Cristianismo gentio tende a tratar muitas partes realmente difíceis de
compreender do AT como declarações alegóricas, quando, na realidade, elas não são alegorias. Existe um pouco de
alegoria no AT, mas muito pouco, e eu vou identificá-la quando nos encontramos com ela. De uma maneira geral, o
problema tem sido uma total incompreensão do que foi dito, devido à relutância de investigação e de estudo da
cultura hebraica antiga. Ao invés disso, sempre houve uma tentativa não tão sutil ao longo dos séculos de torcer e
transformar a Bíblia em algo que está de acordo com alguma doutrina confessional pré-concebida. Não vamos fazer
isso aqui.
Outra coisa sobre literal. Muitas frases da Bíblia são literal e simbólico. Isto é, elas dizem exatamente o que
significam, e em outro nível, elas também são símbolos de algo maior do que elas mesmas. Você também
encontrará esta "dualidade" bastante inescrutável ocorrendo com a profecia bíblica; porque muitas profecias
acontecem, e então elas se repetem! Em vez de entrar em exemplos, vou tentar chamar a atenção para algumas
delas à medida que progredimos.
Oitavo. Classe de Torah não irá responder a cada pergunta que você tem sobre Deus. Existem muitas questões
na Bíblia que são simplesmente deixadas em aberto. Algumas questões não são abordadas, e outras estão
incompletas. Um bom exemplo é a obra do Espírito Santo……em hebraico, o Ruach HaKodesh. O Espírito Santo é
mencionado muito superficialmente certo número de vezes no AT, mas existe muito pouca informação sobre Ele.
Muito do que nós pensamos que sabemos sobre o Espírito Santo são pressupostos dos homens; conclusões tiradas a
partir da pouca informação bíblica que existe sobre esse tema. Isto é o que eu chamo de doutrina. Eu vou optar por
deixar esses mistérios permanecerem mistérios. Ah, às vezes nós vamos especular……mas será apresentado como
especulação ou opinião, não verdade absoluta. Às vezes esta especulação será na forma que os grandes sábios
hebraicos de tempos antigos pensavam sobre um determinado assunto…..na verdade, eu vou incorporar esse tipo
de informação em várias ocasiões, porque, quanto mais não seja, ela explica como a mente hebraica operou durante
determinadas épocas.
Agora, se prepare para um dos mais intensos e emocionantes passeios de sua vida. O que você ganhará a partir
daqui depende de você. Espero que você concilie esta jornada no estudo da Torah com muita oração a Deus e
dedicação pessoal. Creio que ela vai mudar a sua vida.
Vejo vocês na próxima semana, quando começaremos com Gênesis 1:1.

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