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vestibular
©Públio Athayde
publio.athayde@gmail.com
O Ministério da Educação já conquistou a maior parte dos reitores das
universidades federais para a ideia de unificar os vestibulares em torno de
um Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ampliado e melhorado.
Ainda não foi divulgado por nenhuma fonte o montante dos recursos
despendidos no convencimento das magnificências, todavia, ficou
acertada maior tolerância institucional com as melhorias dos
apartamentos funcionais.
Depois de dois dias de reuniões em Brasília, os dirigentes já estão
praticamente convencidos da necessidade de mudar o processo seletivo,
mas ainda levantam três problemas: tempo, segurança e diferenças
regionais. Para contornar essa situação, na Capital Federal ainda há boa
provisão de malte envelhecido, damas de companhia e compromissos de
reciprocidade. – Não são questões de todos os reitores, mas esses são os
problemas que surgiram nos dois dias de conversas – revelou Alvaro Prata,
reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
As diferenças regionais são apontadas como o maior entrave na proposta
do MEC e estão na base da resistência de algumas universidades, como as
Federais Fluminense, do Rio Grande do Sul e de Goiás. Mas ficou acertado
que as vagas das IESs públicas agora serão sorteadas pela Loteria Federal,
pelos números das carteiras do Bolsa‐Alimentação, por ordem de
primogenitura obedecidas as reservas de 20% das vagas para os afro‐
oriúndos, 15% para os amerindiodecendentes, 24% para os LGBTS
militantes e 13,4% para os trigêmeos siameses. Os WASPs deverão
concorrer às vagas supranumerárias segundo o coeficiente de cianina nos
olhos. Tudo isso, ponderado pelo coeficiente atingido pelo jovem no
Super‐Enem.
– Há uma preocupação de que vagas de universidades do interior
terminem sendo todas ocupadas por alunos de fora, melhor preparados,
especialmente nos cursos mais concorridos. Se pudéssemos oferecer 4
milhões de vagas, isso não seria problema. Mas a universidade federal é
pequena – alertou Aloísio Teixeira, reitor da Federal do Rio de Janeiro.
Como de resto é pequeno tudo que é federal, principalmente a
moralidade.
Já Jesualdo Farias, da Federal do Ceará, diz não temer a invasão de
estudantes de fora. Pois, indo como vai, logo haverá lugar para TODOS nas
universidades... Já dobraram o número de alunos em poucos anos, se
continuarem aumentando assim, logo haverá aulas nos estádios do país
do futebol (será esse um objetivo da copa do mundo de 2014?). Quando
todos tiverem diplomas acadêmicos, ganharão mais aqueles que não
tiverem formado, pela lei de menor oferta de seus ofícios... Assim, as
pessoas desejarão não entrar e terão que fazer concurso pra ficar de
fora...
– Minha maior preocupação nesse momento é o cronograma. Teremos
dificuldades para trabalhar este ano, especialmente se decidirmos manter
uma segunda etapa – acrescentou.
Instituições pretendem adotar o sistema já em setembro
Algumas instituições, como a UFRJ, já planejam usar o Enem como uma
primeira etapa e fazer uma segunda prova de seleção. Por isso, querem
que o teste unificado seja realizado em setembro, um pedido que o
ministério ficou de analisar, já que a prova com 200 questões tem um
processo de correção demorado, pois os computadores de que o MEC
dispõe para correção são 386 rodando DOS e o QI dos funcionários que
corrigem as redações não passa de 25.
A questão da segurança da prova também preocupa. Apesar de, até hoje,
não ter havido nenhuma violação de segurança em 10 anos de Enem, isso
enquanto ele tinha muito pouca importância, mas os reitores lembram
que, se houver problemas com a prova em uma cidade, serão cancelados
os vestibulares de todo o país, com 3 milhões de candidatos. O ministro da
Educação, Fernando Haddad, assegurou aos reitores que se pode usar, até
mesmo a Polícia Federal para segurança, caso necessário. Com a garantia
de que a PF instalará escutas nas salas de preparação e correção das
provas, fica assegurado o sucesso dos apaniguados – ainda mais que os
números distorcidos ficarão dissolvidos na enorme massa de
concorrentes.
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