Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Maderi 4 semestre
afastavam os modelos humanistas, relacionando conhecimentos entre a superfcie do corpo e o lado intrnseco das caractersticas subjetivas dos povos. Os estudos antropolgicos que usavam das caractersticas do crnio para justificar diferenas raciais tambm seguiram por um vis mais alm: a chamada antropologia criminal, que dizia ser a criminalizade um fenmeno fsico e hereditrio, portanto detectvel nas diferentes sociedades. Podemos perceber nessas concluses uma tendncia a justificar, de maneira cientfica, valores morais que indicariam determinada sociedade ser superior a outra. Ora, enquanto a questo racial era defendida pelos pensadores no mbito biolgico, a miscigenao, como fuso entre raas de cargas biolgicas diferentes, era vista como enfraquecimento. A lgica era a seguinte: enquanto uma raa inferior se fundia com outra superior, a primeira se fortaleceria enquanto a segunda perdia traos que a definiam forte. O Brasil, pelo seu processo histrico de colonizao, tem diversos grupos culturais que convivem no mesmo espao territorial, aqui destaco trs grandes categorias que, segundo as teorias racialistas do sculo XIX, eram consideradas raas: negros, indgenas e brancos. Essa convivncia gerou um processo de miscigenao a partir das relaes entre esses grupos. Alguns pensadores encontraram na miscigenao uma sada para extinguir as raas inferiores: o branqueamento da populao. Atravs da fuso entre raa branca [superior] e raa negra [inferior], de gerao para gerao a populao se embranqueceria, tornando, assim, um pas branco. Hoje sabemos que as diferenas entre os povos se trata de uma questo cultural, e que a cor nada influencia no comportamento de uma ou mais pessoas. Os geneticistas quebraram a ideia de raas humanas ao provar que o material gentico no se diferencia. O preconceito ainda existe, e as formas de combat-lo no se baseiam mais em questes biolgicas, mas expe-se que a diversidade cultural e a miscigenao no tm nenhuma carga de inferioridade.