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A MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS
RACHEL MAGARINOS-TORRES,1
RESUMO: Esse texto tem como objeto o gerenciamento de eventos adversos relacionados a
medicamentos em ambiente hospitalar. Apresenta a tipologia, determinantes e conseqüências,
bem como, uma proposta de gerenciamento de eventos adversos relacionados a medicamentos
centrada na análise do cenário. Ademais, são colocados pontos que dificultam a difusão dessa
prática no Brasil.
INTRODUÇÃO
1
Farmacêutica, Doutoranda em Saúde Pública ESNP/FIOCRUZ, Docente da Faculdade São Camilo e da
Universidade Estácio de Sá
2
Farmacêutica, Doutora em Saúde da Mulher e da Criança IFF/FIOCUZ, Pesquisadora do Núcleo de
Assistência Farmacêutica ENSP/FIOCRUZ
CONCEITUAÇÃO
Qualidade do serviço
Risco intrínseco do medicamento
Cabe destacar, que nem todos os erros de medicação são EAM, isso porque, nem
sempre o erro causa dano ao paciente. Por outro lado, toda reação adversa a
medicamentos é um EAM, uma vez que só é possível identificar problemas decorrentes
da utilização adequada quando esses ocasionam mudança no quadro clínico do paciente
(Rosa e Perini, 2003; OMS, 2004).
Cabe destacar que somente 11,6% dos hospitais brasileiros, considerando públicos
e privados, possuem Comissão de Farmácia e Terapêutica, sendo que em apenas 3,6%
destes casos está funciona regularmente. Quanto ao sistema de distribuição de
medicamentos, a maior parte dos hospitais brasileiros utiliza o Sistema Coletivo (51,2%),
embora alguns estudos já tenham apontado que esse modelo corrobora para a ocorrência
de eventos adversos do tipo erros de medicação. O Sistema de Dose Unitária,
considerado a melhor opção para identificar e prevenir falhas relacionadas a
medicamentos é adotado por 0,4% dos hospitais brasileiros (OSORIO-DE CASTRO e
CASTILHO, 2004)
Esfera de
Pontos de análise
atuação
LIMITES
Por outro lado, o avanço das ações depende, em grande parte, da ampliação de
relatos sobre estratégias e dificuldades de gerenciamento de eventos adversos
relacionados a medicamentos, tanto no âmbito público como privado.
REFERÊNCIAS
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Negreiros RL. Agravos provocados por medicamentos em crianças até 12 anos de idade,
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Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Sub área de atuação:
Atenção integrada a criança e ao adolescente. UFF, 2006.
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medicamentos em um hospital universitário. Cad. Saúde Coletiva 6 (1)1998.
Rosa MB e Perini E. Erros de medicação: quem foi?. Revista. Assoc. Med. Bras. 2003;
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