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A DOUTRINA DA

TRINDADE E O ESPÍRITO SANTO


REAFIRMADA

As seguintes questões foram levantadas por um internauta que enviou a este site
discordâncias em relação a algumas partes do artigo A Trindade e o Espírito Santo. Como o
internauta, saindo do escopo do artigo, se utilizou de aspectos históricos denominacionais,
citando inclusive textos de Ellen White para alicerçar sua argumentação, abordaremos seus
questionamentos e declarações utilizando também aspectos da história denominacional e
citações de Ellen White, renomada escritora, pioneira e representante mais importante da
visão doutrinária da Igreja Adventista do Sétimo Dia em sua época.
Não é propósito deste site aceitar provocação ou manter clima de debate, que são contrários
à orientação das Escrituras. Para maior proveito dos leitores foram retiradas dos
comentários do internauta as principais questões levantadas. Estamos certos de que as
respostas aqui apresentada serão um auxílio àqueles que seguem a verdade sem contenda e
em amor.

Questão 1: Como é possível que os patriarcas e profetas não tenham entendido


plenamente a doutrina da Trindade divina se eles tiveram comunhão íntima com Deus? A
afirmação de que a "luz é progressiva" encontrando maior intensidade no NT não seria
errada, minimizando o Antigo Testamento?

Resposta: Os profetas não entendiam tudo o que profetizavam, inclusive a revelação


sobre a natureza de Deus. Essas verdades foram se tornando mais claras na medida em que
como "a luz da aurora" (Prov. 4:18) foram brilhando mais e mais do AT para o NT por
várias razões:
1. Está claro no Novo Testamento que as declarações sobre o Espírito Santo e sobre o Filho
(apresentados simultaneamente e atribuindo-lhes características e prerrogativas divinas) são
mais numerosas e muito mais esclarecedoras do que as que se encontram no Antigo
Testamento.
Thomas L. Gilmer em sua Concordância Bíblica Exaustiva (Editora Vida, 1999),
demonstra isso em apenas um exemplo: em 904 capítulos no AT as referências a "espírito"
consideradas como sendo ao Espírito Santo são apenas cerca de 67 (apenas uma citação a
cada 13, 5 capítulos). Já no NT são 236 citações em apenas 260 capítulos (o que significa
praticamente uma citação sobre o Espírito Santo em cada capítulo no NT) . Ou seja, o AT
que possui mais do triplo de capítulos, que o NT refere-se ao Espírito Santo três vezes
menos. Por outro lado, as referências ao Messias e Sua obra no NT, em relação ao AT, são
incomparáveis, não somente em termos de quantidade como de qualidade. Portanto muito
mais luz sobre o assunto que não era conhecida antes.

2. A presença de Jesus trouxe novas revelações sobre Deus e sobre o Messias que antes
eram vislumbres apenas. Qualquer comentário bíblico popular de bom nível poderá
demonstrar isso. Ver Ellen G. White, Parábolas de Jesus, 127-129.
3. Um exemplo clássico são as profecias de Daniel que ele não entendeu e nós entendemos
em grande medida (e ele era sábio e falava com Deus em sonhos e visões). Para o profeta as
palavras estavam "cerradas e seladas até ao tempo do fim." Daniel 12:9.
4. O pensamento abaixo de Ellen White, entre outros, é esclarecedor:
"Nenhuma verdade é mais claramente ensinada na Escritura do que aquela segundo a qual
Deus, pelo Seu Espírito Santo, dirige de maneira especial. Seus servos sobre a Terra, nos
grandes movimentos que têm por objetivo promover a obra da salvação. “Os homens são
instrumentos nas mãos de Deus, por Ele empregados para cumprirem Seus propósitos de
graça e misericórdia. Cada um tem a sua parte a desempenhar; a cada qual é concedida
uma porção de luz, adaptada às necessidades de seu tempo, e suficiente para habilitá-lo
a efetuar a obra que Deus lhe deu a fazer. Nenhum homem, porém, ainda que honrada
pelo céu, já chegou a compreender completamente o grande plano da redenção
ou mesmo a aquilatar perfeitamente o propósito divino na obra para o seu próprio
tempo. Os homens não compreendem plenamente o que Deus deseja cumprir pela missão
que lhes confia: Não abrangem, em todos os aspectos a mensagem que proclamam em
Seu nome. "Porventura alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-
poderoso?" Jó 11:7" (grifo nosso) Grande Conflito, 343, 344.(1888) (também Caminho a
Cristo, 112).

5. Não esqueçamos que:


"Em cada época há um novo desenvolvimento da verdade, uma mensagem de Deus para o
povo daquela geração." (1900) Parábolas de Jesus, 127, 128. (grifos nossos)

Questão 2: Os pioneiros da IASD não teriam tido a mesma experiência da luz


progressiva.
Resposta: A luz progressiva não somente é bíblica é declarada explicitamente por Ellen
White, mas foi o que ocorreu historicamente.
A história da IASD através de inúmeros livros e artigos comprovam que a compreensão
doutrinária da igreja foi progressiva em várias doutrinas e não apenas na questão da
Trindade. Devido às delimitações do artigo A Trindade e o Espírito Santo não se abordou a
história da IASD. No entanto, os fatos seguintes ajudarão o leitor a entender melhor a
questão:
Até 1889 Ellen White indicava cerca de sete pilares da fé dos pioneiros mantidos por volta
de 1844. Manuscrito 13, 1889, citado em P. G. Damsteegt, "Adventist Doctrines and
Progressive Revelation" (Journal ofthe Adventist Theologial Society, Vol. 2, n° 1, 1991, p.
86)
Em 1872 U. Smith indicava 25 pontos doutrinárias embora não votados pela igreja e ele
mesmo a essa época ainda era contra as restrições de carne de porco e Levítico 11.
Estavam ausentes de declaração de crenças de 1872 fomulada por U. Smith:
modéstia cristã;
vida cristã - divertimentos;
temperança;
mordomia - dízimo;
Santa Ceia;
família e casamento;
organização eclesiástica.
Deveríamos nós ainda comer carne de porco e usar fumo, usar jóias, frequentar lugares
impróprios e nem mesmo ter a Santa Ceia como ordenança oficial somente porque não
consta na "declaração" de U. Smith?
A verdade é que algumas crenças não estavam codificadas ainda e outras ainda estavam por
serem claramente formuladas. Uma delas foi a doutrina da Trindade. (A Trindade, CPB,
2003, capítulos 13 e 14).
Na declaração de 1889 três pontos doutrinários foram acrescidos: modéstia, conduta
cristã e dízimo. (P. G. Damsteegt, "Adventist Doctrines and Progressive Revelation"
(Journal of the Adventist Theologial Society, Vol. 2, n° 1, 1991, p. 80)
Portanto, uma verdade progressiva como "a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até
ser dia perfeito." (Prov. 4:18)

Questão 3: "Voltando aos pioneiros. Já nas primeiras décadas do movimento adventista


Ellen White declarou que os pioneiros possuíam luz clara sobre a verdade presente. Textos
que comprovariam: "Mediante cuidado e labor incessantes e esmagadora ansiedade, tem a
obra ido avante, até que agora a verdade presente está clara, sua evidência não é posta em
dúvida pelos sinceros... A verdade agora é tornada tão clara que todos a podem ver, e
abraçar, se quiserem; mas foi necessário muito trabalho para trazê-la à luz como está, e tão
árduo labor jamais terá de ser realizado outra vez para tornar a verdade clara" - E. G. White
MS 2, 1855 (26 de agosto de 1855)
"Nossa posição parece muito clara; sabemos que possuímos a verdade" Ellen G. White,
Carta de março de 1849. Record Book I, pág. 72.
Seria a verdade do século 21 diferente da do século 19?

Resposta:
1. Possuir a verdade de forma clara naquela época não significa toda verdade (pois isso
significaria ter esgotado toda a profundidade da verdade) e nem todas as verdades (havia
verdades que seriam compreendidas mais tarde).

2. Quando ela fez as declarações acima estava se referindo claramente às crenças mantidas
pelos adventistas numa determinada época em oposição a outros grupos cristãos. (A
Trindade, CPB, 2003, p. 232).

3. Chamamos a atenção para as datas dos textos citados - 1855 e 1849. Se o leitor conferir
as datas descobriremos outras doutrinas, interpretações proféticas e compreensão da
verdade que Ellen White expõe após essas duas datas e que não faziam parte das crenças
dela e dos adventistas até então (conforme a resposta à questão anterior).
Podemos ver que somente depois de 1855 houve aceitação ou maior compreensão de
doutrinas como Reforma de saúde, dízimo, organização da igreja e Justificação pela fé, só
para dar alguns exemplos. Lembramos que todas elas (e outras mais) somente surgiram ou
foram mais bem entendidas após 1849 e 1855.

4. As citações que fizemos na questão número 1 de que nenhum profeta ou servo de Deus
teve toda luz ou plena compreensão dela são, respectivamente, de 1888 (quando foi
publicado o Grande Conflito), de 1892 (quando foi publicado o livro Caminho a Cristo),
portanto cerca de 30 e 37 anos após as citações que foram dadas pelo internauta para
sugerir que a igreja possuía toda a luz doutrinária em 1855.
"Em cada época há um novo desenvolvimento da verdade, uma mensagem de Deus para o
povo daquela geração." (1900) Parábolas de Jesus, 127, 128. (grifos nossos). Esta citação é
de 1900 ou 45 anos após 1855 quando o internauta afirma que já se possuía toda a luz!
5. Ainda em relação à compreensão da doutrina. Em 1890 (35 anos depois de 1855) Ellen
White ainda anunciou: "Possuímos os vislumbres dos raios de luz que nos há de vir ainda."
Mensagens Escolhidas, Vol. I, 401. E ainda, na mesma época, ela preveniu contra a noção
estática da compreensão doutrinária. "Jamais alcançaremos um período em que
não haja para nós acréscimo de luz." (ibidem, 404).

6. Entre as várias doutrinas nas quais se anunciava mais conhecimento a partir de 1890
estavam: a justiça de Cristo (MS, 9, 1890 e Parábolas de Jesus, 128, 129, datado de 1896);
o livro do Apocalipse (Testimonies, Vol. 2, 692, 693) e o caráter de Deus: "É nosso
privilégio atingir cada vez maiores alturas por mais claras revelações do caráter de Deus."
(grifos nossos). Ministry of Healing, 464, escrito em 1905.

Portanto, nenhum homem em nenhuma época, por mais honrado que tenha sido por Deus
compreendeu tudo. Cada um recebeu mais uma "porção de luz" para o seu tempo.

Questão 4: As passagens citadas sobre Deus ser um mistério não estão tratando do
assunto no seu contexto original e nem da Trindade e o salmo 139:2-6 nem mesmo fala
acerca de Deus, mas de seu conhecimento do homem. Não seria uso incorreto dos textos?
Eis os textos:
"Porventura desvendará os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-
Poderoso?" (Jó 11:7).
"Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso
atingir" (SI 139:6).
"Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado; a Sua grandeza é insondável" (SI 145:3).
"Não se pode esquadrinhar o Seu entendimento" (Is 40.28).
"Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos" (Rm 11:33). (grifos
nossos)

Resposta: O termo "mistério" é usado no artigo no sentido vernáculo da língua


portuguesa (e não no sentido teológico). Refere-se a algo ou alguém que está além da
capacidade humana de compreensão.
Os textos dizem o seguinte:
A perfeição de Deus é impenetrável.
A sua onisciência e onipresença (não apenas o conhecimento acerca do homem) é
inatingível.
A sua grandeza é insondável.
Seu entendimento não pode ser esquadrinhado.
Seus juízos e caminhos são inescrutáveis.
1. ANÁLISE DA PALAVRA - Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
MISTÉRIO é. "algo que é secreto, não repartido com outros; segredo" ou "algo que é
incompreensível, que não se consegue explicar ou desvendar; enigma", (grifo nosso).
Portanto Deus é um mistério.
Dicionário Aurélio: "Mistério. (...) Tudo aquilo que a inteligência humana é incapaz de
explicar ou compreender; enigma." (grifo nosso).
No mesmo dicionário as palavras "insondável", "inescrutável" e "impenetrável" têm todas o
sentido de inexplicável, incompreensível e misterioso.
Assim, podemos dizer que Deus é (em bom português) um mistério.

2. OUTRA ANÁLISE DA PALAVRA - Outra razão para o uso dos versículos citados é
que a idéia de que Deus é um mistério não está apenas no sentido do português das
palavras usadas na Bíblia conforme um bom dicionário.
Na seção específica do estudo da "forma, estrutura e contexto" do Salmo 139 verso 6 a
análise das palavras indica, segundo o autor, que: "Usando a forma de uma queixa
individual o salmista descreve Deus como essencialmente cheio de mistério e
intensamente pessoal em sua relação com o homem." (Word Biblical Commentary, Vol.
21,259). (grifo nosso)

3. MAIS ANÁLISE DA PALAVRA - Keil-Delitzsch que é um comentário de análise


gramatical do sentido das palavras hebraicas analisa o Salmo 139:1-6 declarando que o
sentido hebraico das palavras é a "transcendência", e a condição "inatingível" e
"incompreensível" (sinônimo de mistério, segundo o dicionário de português) da
onisciência e onipresença de Deus. Essa ação (não o mero conhecimento de Deus acerca do
homem) ocorre pelo Espírito. (Keil-Delitzsch, Commentary on the Old Tesíament Vol. 6,
348). (grifo nosso)

4. ELLEN WHITE E O MISTÉRIO: Ellen White declara: "A Palavra de Deus,


semelhantemente ao caráter de seu Autor, apresenta mistérios que jamais poderão ser
compreendidos amplamente por seres finitos." Educação, 169 (edição de 1977). (grifo
nosso)

5. ELLEN WHITE E A TRINDADE: No livro Educação, 132-134, ela cita a grandeza de


Deus como incompreensível e ao final (pág. 134), destaca três personagens na criação.
Que Ellen White tinha em mente a Trindade está claro pelas suas várias referências ao "trio
celestial" e "três grandes dignitários pessoais do céu" (entre outras), citações que ela havia
feito nos anos anteriores e posteriores. Algumas dessas citações foram feitas para o público
e antes da publicação do livro Educação (publicado em 1903). Discutiremos essas
passagens nas próximas questões.

Concluindo: Embora não seja percebido pelo leitor superficial, especialistas da língua
hebraica e a própria Ellen White usam textos bíblicos diretos e indiretos para demonstrar
que Deus é incompreensível (mistério).

Questão 5: Devemos aceitar e pregar somente o que é racional.


É bom ficar claro que não rejeitamos a Trindade por ela ser incompreensível e irracional . O
fato de Deus ser Todo Poderoso é também difícil de entender, mas nem por isso
descartamos esta verdade. Isso porque a Bíblia O apresenta como tal.
É verdade que, ao sermos racionais, acabaremos excluindo toda crença em doutrinas
irracionais e ilógicas como a da Trindade.
:: "...por que buscar ensinar isso aos membros? Se não dá para entender, não se deve perder
tempo tentando ensinar."
Resposta: As declarações feitas acima pelo internauta são notadamente contraditórias.
Além disso, devemos considerar o seguinte:
1. As principais doutrinas como justificação pela fé, ação do Espírito, encarnação de
Cristo, Sua natureza divino-humana, milagres, nova terra, ressurreição, e até mesmo o fato
de ser Deus o todo-poderoso, além de muitas outras são mistérios que aceitamos e
pregamos.. Recomendamos mais uma vez o capítulo Mistérios da Biblia do livro
Educação onde há uma breve relação de temas misteriosos encontrados na Palavra que
fazem parte da fé e da pregação cristã.

2. Ensinar somente o que se entende é um pressuposto do agnosticismo que somente aceita


o que se prova e explica racionalmente. A posição apresentada nessa Questão ao artigo A
Trindade e o Espírito Santo é a mesma defendida por qualquer bom materialista agnóstico
que apenas escolheu o campo religioso para debates, mas ainda não se descobriu como tal.

3. Não é mistério "reconhecer" que Jesus é Deus e homem pois isso também está na Bíblia.
O mistério é entender e explicar como duas realidades humanamente opostas existem num
único ser, isso para citar um exemplo, dentre outros. O mesmo ocorre com a Trindade.

4. As verdades bíblicas se discernem pela fé.


"Nesta vida não entenderemos o mistério do amor de Deus em entregar Seu Filho para
propiciação por nossos pecados." Parábolas de Jesus, 128 (grifo nosso)
"A verdade como é em Jesus, pode ser experimentada mas nunca explicada." Ibid, 129
(grifo nosso). Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus. O
entendimento, neste caso, não nasce da razão. Apesar de todos os argumentos que possamos
apresentar, no final, a forma de aceitar Deus como criador de tudo é pela fé. Hebreus 11.3

Portanto, a crença e pregação não devem ocorrer somente quando podemos entender a
revelação bíblica. Há muitas verdades que são pregadas sem serem entendidas. O cristão
verdadeiro as aceita pela fé.

Questão 6: O problema da Trindade não é a ausência do termo "Trindade" na Bíblia, mas


a ausência do conceito de um Deus Triuno. A palavra "milênio" não está na Bíblia, mas o
conceito de mil anos está presente na profecia. Em que verso da Bíblia está claramente
descrito o conceito de um Deus Triúno, de um Deus formado por três pessoas? (é
importante destacar que versos que simplesmente citam o Espírito, o Pai e o Filho não são
suficientes para provar a Trindade - há a necessidade de provar que o único Deus é
composto por três pessoas: Pai, Filho e Espírito).

Resposta:
1. Em realidade não há exposição conceituai de milênio na Bíblia, o que há é a descrição de
um fato: "mil anos".

2. A ausência do termo trindade na Bíblia, tem sido muitas vezes apresentada como
argumento contra a doutrina, mas esse argumento perde o sentido quando se demonstra que
o fato (a referência a três pessoas iguais) está na Bíblia.
3. Uma análise gramatical de Mateus 28:19; II Coríntios 13:13; João 14:16, 17; 15:16, 26 e
16:7-14 (entre muitas outras passagens) revela a presença de três pessoas, simultâneas,
tratadas como seres pessoais, agindo de forma pessoal, com prerrogativas e atributos
divinos. Esses são fatos e isso é mais do que suficiente para qualquer leitor. Fatos são mais
fortes do que conceitos. A partir dos fatos se elaboram os conceitos, mas nem sempre
conceitos se estribam em fatos.
As passagens trinitárias são muitas na Bíblia e suas estruturas gramaticais esclarecem essa
unidade de três pessoas.

Questão 7: O uso de textos "católicos" sobre a Trindade.


Resposta: A doutrina da Trindade já existia muito antes do IV século quando houve o
Concilio de Nicéia. Nesse concílio foram estudadas as colocações de Ário, clérigo católico
que negava a plena divindade de Jesus.

1. É importante esclarecer esse fato porque muitos ainda alegam que a doutrina teria sido
inventada após 325 AD. Isso é historicamente falso.

2. Além disso, os documentos cristãos não são sempre "da igreja católica" a não ser
que a pessoa, como um fiel católico faria, acredite que todos os documentos produzidos
pelos cristãos e líderes da igreja primitiva desde o primeiro século nos lugares mais
diversos como Síria, Turquia, França, Atenas, Etiópia, Cartago, Alexandria, Cesaréia, Ponto
e Egito eram todos eles membros da igreja católica romana e que ela era o único ramo
cristão existente na época depois da morte dos apóstolos. Os fatos históricos não dizem
isso. Nós também usamos documentos cristãos para provar a historicidade do sábado na era
cristã.

3. Há documentos datados do primeiro, segundo e terceiro séculos AD demonstrando que a


igreja cristã (não somente a igreja católica romana) pregava e cria num Deus triúno a partir
da interpretação da Bíblia. Aliás, os primeiros líderes cristãos viam com harmonia a idéia
de um só Deus na doutrina da Trindade.
Justino, o mártir (100-165 AD), por exemplo, foi morto por defender o monoteísmo cristão
- "um só Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo" em oposição ao politeísmo pagão e por
isso foi martirizado exatamente em Roma que ainda era pagã. Pelikan and Hotchkiss,
Creeds and Confession qf Faith in the Christian Tradition, Yale University Press, New
Haven and London, vol. 1,2003, p. 43

4. Provas de que a igreja cristã professava a Trindade sem interrupção desde os dias
dos apóstolos podem ser encontradas também na obra de Bettenson: Documentos da Igreja
Cristã, (ASTE, s/d) que é uma obra bem divulgada ou qualquer outra obra técnica de
documentos da igreja cristã como Pelikan and Hotchkiss, Creeds and Confession of Faith
in the Christian Tradition, Yale University Press, New Haven and London, vol. I, 2003, 38-
81.

Além do mais, o fato de uma igreja qualquer crer numa verdade bíblica não faz dessa
verdade uma mentira. Portanto, a alegação de alguns de que a doutrina da Trindade é
invenção católico-romana ou que o termo teria sido inventado durante o quarto século é
mais um erro histórico que indica a falta de fundamentação dos que combatem a doutrina
da Trindade.

Questão 8: Seria importante a parte filosófica e histórica que trata da origem da doutrina
da Trindade?
Resposta: E importante lembrar que aqueles que tentam demonstrar que a doutrina da
Trindade foi inventada pelos pagãos cometem erro conceitual (não sabem a definição
real de Trindade) e histórico (alegam fatos inverídicos). Os fatos históricos dizem que
o unitarismo exacerbado defendido por alguns é que tem origem pagã, um desvio da
Bíblia que até rabinos convertidos pelo estudo sincero da Bíblia reconhecem (conforme o
artigo A Trindade e o Espírito Santo demonstra). O unitarismo é que é pagão na origem,
pois leva ao biteísmo (idolatria) de adorar dois deuses: um grande e um menor,
ou um que teria surgido primeiro e outro que teria sido criado depois.
É anti-bíblico. pois contraria Isaías 43:10 quando Jeová diz: "...antes de mim Deus nenhum
se formou e depois de mim nenhum haverá." (grifo nosso)

Questão 9: A passagem de Mateus 28:19 não estaria se referindo a 3 pessoas: "Quando


uma ação é realizada em nome de uma entidade, esta entidade não precisa ser
necessariamente um ser pessoal. Um exemplo: Um policial pode prender alguém em nome
do Estado, em nome da Lei e em nome do Governador. Uma declaração desta natureza
proferida pela autoridade policial não deve levar o interlocutor a crer que o Estado, a Lei e
o Governador sejam pessoas (embora este último o seja). Ao dizer que Mateus 28:19
apresenta 3 pessoas, o autor do artigo utiliza-se de um conceito trinitariano preconcebido.
Mateus 28:19 não diz que o Espírito Santo é uma pessoa simplesmente por citar "em nome
de".
Resposta: Mateus 28:19 trata de 3 pessoas iguais pelas seguintes razões:
Destacamos que a analogia com figuras do mundo moderno na Questão acima, apesar de
imaginativa, apresenta alguns problemas: a) a "delegação" - quem está "delegando" é (o
nome - um só, singular) e esse nome (singular) pertence aos Três (plural). Não se refere ao
Espírito Santo como sendo "delegado" pelo Pai e o Filho, mas aos apóstolos e demais
discípulos que são delegados pelos três no único nome deles. Essa conclusão não decorre
de preferência interpretativa, mas de sentido literal da frase. Algumas razões mais podem
ser adicionadas para demonstrar que não há fundamentação séria na afirmação de o Espírito
Santo em Mateus 28:19 não ser igual ao Pai e ao Filho:

1. Segundo os bons comentários bíblicos da passagem, se o Espírito Santo não fosse uma
pessoa nessa passagem, também não o seriam nem o Pai e nem o Filho.

2. A palavra "nome" (gr. onoma) nessa passagem, refere-se a um único nome para os três e,
na índole da língua grega, consequentemente, os iguala. Na verdade Mateus 28:19 diz que
os três tem um único nome e autoridade. O nome e autoridade que é do Pai o é do Filho e
também do Espírito Santo.

2. Nem na tradução em português se pode concluir em Mateus 28:19 que o Pai e o Filho
são pessoas e que o Espírito Santo não o seja. O texto é desagradável para os que se
tornaram inimigos da verdade, mas, apesar disso, deve ser lido como foi escrito e não
como se "imagina". Theological Dictionary ofthe New Testament, (TDNT), vol. V, 274-
278 "onoma".

3. Alguns não podendo refutar o sentido trinitário do texto (Mat. 28:19) têm usado o
argumento de que o texto seria falso. O texto é autêntico como as pesquisas têm
demonstrado. (Veja a monografa sobre Mateus 28:19 neste site.
www.doutrinaadventista.com.br ).

4. Ellen White (observe os textos em inglês sobre Deus em três pessoas e sua tradução em
português) também menciona o tríplice nome de Mateus 28:19 em vários lugares como
sendo de três pessoas distintas. Note que os textos foram produzidos por ela em anos
diferentes. Vários divulgados na mídia adventista da época, sendo assim uma idéia
pública do que ela cria e do que a denominação professava:

a) "Sin could be resisted and overcome only through the mighty agency ofthe Third Person
of the Godhead, who would come with no modified energy, but in the fullness of divine
power" 1 (escrito em 1898)

Tradução:
• "Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa operação da
terceira pessoa da Trindade, a qual viria, não com energia modificada, mas na
plenitude do divino poder."2

Se há uma Terceira Pessoa na Divindade (com a plenitude do poder divino), certamente não
é um sozinho e nem uma dupla e nem um quarteto. Godhead, segundo vários dicionários,
inclusive o Webster Enciclopédico é sinônimo de God e Trinity. O terceiro da Godhead é
melhor traduzido aqui como terceiro da Trindade. Mas mesmo que não se usasse Trindade -
o texto diz em límpido português, que a Divindade tem uma terceira pessoa. Mesmo que se
substitua pessoa por personalidade dá no mesmo, são palavras sinônimas e o texto seria
lido: a terceira personalidade da Divindade mostrando que há outras duas personalidades,
igualando-as.

1
Ellen G. White, Desire Of Ages, (Mountain View, CA: Pacific Press Publishing
Association, 1970), 593. A primeira edição pública do livro é de 1898. grifo nosso.
2
White, O desejado de todas as nações, (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira,
1979), 646. grifo nosso
b) "When you gave yourself to Christ, you made a pledge in the presence of the Father,
the Son, and the Holy Spirit - the three great personal Dignitaries of heaven. 'Hold fàst' to
this pledge."3 (escrito em 1901)
Tradução:
• Quando você se entregou a Cristo você fez uma promessa na presença do Pai, do
Filho e o Espírito Santo — os três grandes Dignitários pessoais do céu. 'Sê fiel' a essa
promessa", (grifo nosso)

Aqui NÃO HÁ ALTERNATIVA DE TRADUÇÃO. São TRÊS (THREE, em inglês) os


dignitários do Céu; Eles são pessoas; Eles são o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Somente
uma conclusão óbvia: Deus é uma Trindade.

c) "m the name of the Father. the Son. and the Holy Spirit man is laid in his watery grave,
buried with Christ in baptism, and raised from the water to live the new life of loyalty
to God. The three great powers in heaven are witnesses; they are invisible but present."4
(escrito em 1900)

Tradução:
• "No nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo o homem é colocado em sua
sepultura líquida, sepultado com Cristo no batismo, e ressuscitado da água para
viver a nova vida de lealdade a Deus. Os três grandes poderes no céu são
testemunhas; eles estão invisíveis, mas presentes", (grifo nosso).

São TRÊS os PODERES do céu igualmente grandes.

d) "The work is laid out before every soul that has acknowledged his faith in Jesus Christ
by baptism, and has become a receiver of the pledge from the three persons - the Father.
the Son. and the Holy Spirit".5 (1900)

Tradução;
• "A obra é posta diante de cada alma que reconheceu sua fé em Jesus Cristo pelo
batismo e se tornou um receptor da garantia que vem das três pessoas -o Pai, o
Filho, e o Espírito Santo", (grifo nosso).

A promessa e garantia divinas originam-se em TRÊS PESSOAS.

e) "Christ made baptism the entrance to His spiritual kingdom. He made this a positive
condition with which all must comply who wish to be acknowledged as under the authority
3
Manuscrito 92 de 1901, citado em Francis D. Nichol, ed., Seventh-Day Adventist Bible
Commentary (SDABC), (Washington: Review and Herald Publishing Association, 1957),
7:961. grifo nosso.
4
Manuscrito 57 de 1900. Citado em SDABC, 6:1074. Grifo nosso
5
Ibid. Grifo nosso.
of the Father. the Son. and the Holy Ghost. Those who receive the ordination of baptism
thereby make a public declaration that they have renounced the world, and have become
members of the royal family, children of the heavenly king."6 (1900)
Tradução:
• "Cristo tornou o batismo a entrada para Seu reino espiritual. Ele o tornou uma
positiva condição com a qual devem concordar todos os que desejam ser
reconhecidos como sob a autoridade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Aqueles
que recebem a ordenança do batismo fazem uma declaração pública de que
renunciaram ao mundo e se tornaram membros da família real, filhos do rei
celestial." (grifo nosso)

Há UM rei celestial que é apresentado como TRÊS pessoas que têm AUTORIDADE.
e) "Those who are baptized in the threefold name of the Father. the Son. and the Holy
Ghost at the very entrance of their Christian life declare publicly that they have
accepted the invitation, 'Come out from among them, and be ye separate, said the Lord,
and touch not the unclean thing; and I will receive you, and will be a Father unto you,
and ye shall be my sons and daughters, said the Lord Almighty["7 (1900)
f)
Tradução:
• "Aqueles que são batizados no tríplice nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
no momento de sua entrada na vida cristã declaram publicamete que aceitaram o
convite, 'Saí do meio deles, separai-vos, diz o Senhor, e não toqueis nada imundo; e
Eu voz receberei, e serei um Pai para vós, e vós sereis meus filhos e filhas, diz o
Senhor Todo-poderoso". (grifo nosso).

O Senhor Todo-poderoso (singular) é UM TRÍPLICE (plural) nome.

g) "The Father, the Son. and the Holy Ghost powers infinite and omniscient receive those
who truly enter into covenant relation with God."8 (RH, 1907)

Tradução:
• "O Pai, o Filho e o Espírito Santo, poderes infinitos e oniscientes, recebem
aqueles que verdadeiramente entram em relações de concerto com Deus".
(grifo nosso).

Deus = Pai, Filho e Espírito Santo que são infinitos e oniscientes.


• Ellen White refere-se à Divindade (Godhead) em seus escritos publicados para a
irmandades em geral e a liderança da igreja como sendo, TRÊS, TRIO, TRÍPLICE.
Pessoas onipotentes e oniscientes e que chamamos de DEUS no singular, embora sendo
TRÊS PESSOAS. (Citações em português com o mesmo ensino podem ser concontradas no
livro Evangelismo páginas 614-617).
6
''Manuscrito 27de 1900. Citado em SDABC, 6:1075. Grifo nosso.
7
Ibid. Grifo nosso.
8
Ibid. Também Review and HeraId, 17 de maio de 1907. Grifo nosso
Portanto, Mateus 28:19 apresenta os três de forma simultânea, com o mesmo nome e
autoridade igualando-os. Os especialistas em gramática e sintaxe grega ao analisarem a
passagem assim entendem. Ellen White, sem usar linguagem teológica, entende o mesmo.
A passagem é trinitária.

Questão 10: Com relação à igualdade em autoridade, a Bíblia é clara quando diz que o
Pai concedeu toda a autoridade ao Filho. Isso significa que por concessão do Pai, Jesus
Cristo tem autoridade comparável à do Pai. E com esta autoridade recebida do Pai, Jesus
submeterá todas as coisas sob seus pés. E quando tudo estiver submetido a Cristo (inclusive
a morte), Cristo submeter-se-á ao Pai (isso após o extermínio da morte e do mal). Logo, é
possível biblicamente concluir que a concessão de autoridade do Pai para o Filho e a final
submissão do Filho ao Pai mostram que a tese do "co-iguais" com mesma autoridade é
apenas parcialmente verdadeira. Exemplo: O Presidente da República pode publicamente
conceder a um cidadão comum todos os seus poderes. Isso significaria que este cidadão é
tão poderoso quanto o próprio presidente? (Leia I Cor. 15:25-28 - Neste verso está claro
que Cristo irá se submeter ao Pai após a aniquilação do mal e da morte)

Resposta: A explicação encontra-se no Plano da Redenção:

1. Jesus era igual a Deus desde a eternidade, mas "esvaziou-se":


"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele,
subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si
mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens;
e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à
morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome
que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na
terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de
Deus Pai. (Filipenses 2:5-11 RA), (grifo nosso)

2. Ao se tornar homem Jesus tornou-se, a partir de então, menor não apenas do que o
Pai. Ele se tornou menor do que os anjos:
"Vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus,
por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça
de Deus, provasse a morte por todo homem. (Hebreus 2:9 RA)
Toda a exaltação dirigida a Cristo pelo Pai é correta no contexto de Sua humilhação para
redimir a humanidade. A Bíblia declara que Jesus era "igual" a Deus (e isso não era uma
usurpação) e se humilhou não considerando que devesse se apegar a essa igualdade (Ver
João 1:1-3; Colossensses 2:9). Após o fim do pecado Ele recebe de volta Sua glória
original, mas ao mesmo tempo, assume o papel de Segundo Adão, cabeça da humanidade,
que se submete a Deus em contraposição ao primeiro Adão que se rebelou contra Deus. Isso
não afeta a igualdade Pai e Filho, apenas chama a atenção para mais um "mistério" bíblico
– o plano da Redenção. Ellen White apresenta muitas passagens como as citadas
anteriormente sobre Sua divindade e igualdade com o Pai. Ele é Deus pleno, igual ao Pai e
é um homem verdadeiro, cabeça da humanidade redimida, submisso ao Pai por causa de
sua encarnação.
Recomendamos leitura dos textos de Ellen White citados em A Trindade, páginas 235-247 e
os artigos sobre Cristologia neste site: www.doutrinaadventista.com.br.
Não há nenhuma dificuldade com a citação de I Coríntios 15:25-28 uma vez que
juntamente com as demais passagens do mesmo apóstolo se entende melhor a questão da
humilhação e exaltação de Cristo.

Questão 11: A igreja primitiva aceitou esta tríplice aprovação? Por que então na história
da igreja primitiva são citados vários batismos realizados em nome de Jesus e nenhum em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? A história apostólica não demonstra tal
aceitação por parte dos cristãos primitivos.

Resposta:
1. Como já foi demonstrado até aqui a passagem de Mateus 28:19 é autêntica e trinitária.

2. A pergunta é outra: porque os discípulos não obedeceram rigorosamente à ordem do


Mestre dada antes de Sua ascensão?

Segundo Ellen White o batismo no nome do Pai, Filho e Espírito Santo foi a ordem de
Jesus e que o batismo em "nome de Jesus" era o cumprimento dessa ordem. A razão de
aparecerem os apóstolos batizando em nome de Jesus é abordada por ela com normalidade
e sem apontar nenhuma discrepância, pois eles faziam do nome de Jesus sua "a senha, a
insígnia" (Atos dos Apóstolos, 28, 30 e 282, 283). O nome de Jesus é o representante da
Divindade entre os homens (Fil. 2:9);

3. A fórmula trinitária, dada pelo Senhor Jesus, não havia ainda sido praticada de forma
homogênea pelos discípulos como outras práticas e crenças cristãs (Por exemplo: a
existência do Espírito Santo em Atos 19:1-3; costumes alimentares como em Atos 15;
racismo, como no caso de Pedro, e até a mais fundamental doutrina como a Justificação
pela fé tão mal entendida e praticada nos dias apostólicos). Algumas doutrinas e práticas
cristãs dadas por Jesus não foram totalmente assimiladas de imediato.

4. A ênfase no nome de Jesus também se deveu ao fato de que os primeiros batismos eram
realizados especialmente entre judeus e prosélitos ou cristãos batizados no batismo de João.
O nome de Jesus devia ser enfatizado como a verdade que "faltava". No entanto, para
pregar a todos os povos a ordem de Jesus era clara em Mateus 28:19.

5. Por outro lado, o termo "igreja primitiva" envolve não somente o período dos apóstolos,
mas a vida da igreja nos primeiros séculos (70-150 é chamado período dos "pais
apostólicos") por terem vivido com contemporâneos ou com os próprios apóstolos. Há
documentos históricos dos séculos I e II que demonstram que a igreja cristã primitiva (não
somente católica no sentido da igreja de Roma) usava as duas fórmulas durante algum
tempo até que a ordem bíblica dada por Jesus prevaleceu na sua forma original.
Para saber um pouco mais indicamos, para início da pesquisa sobre o assunto, a monografia
de um estudante de teologia que se intitula: A Fórmula batismal de acordo com Mateus
28:19 também neste site www.doutrinaadventista.com.br.
Questão 12: O que faz o Pai e o Filho serem um é o fato de compartilharem o mesmo
Espírito. Assim como o homem e a mulher são uma só carne (uma unidade carnal), Deus e
seu Filho são uma unidade espiritual, pois compartilham o mesmo Espírito. Quando o ser
humano recebe o Espírito de Deus é dito que ele tornou-se (espiritualmente falando) um
com Cristo e com Deus.

Resposta:
1. O significado da palavra neutra "um" (gr. hen) no original usada para definir a unidade
de Jesus e o Pai indica união de natureza. A opção pelo neutro é indicativa de uma
unidade especial entre o Pai e o Filho. Romanos 12:5 usa a mesma palavra ao dizer que:
"assim também nós, conquanto muitos, somos um (gr. hen) só corpo em Cristo e membros
uns dos outros, (Romanos 12:5 RA).

2. O Espírito Santo não é mencionado porque Ele não é o foco da passagem. João 10 é uma
disputa entre Jesus e os judeus, os quais contestam a autoridade do Salvador. Quando Jesus
disse que "era um com o Pai" os judeus entenderam que Jesus falou que era "igual a
Deus" (João 10:30, 33). Jesus declara que Ele não só vem do Pai, mas é Deus como o Pai é
Deus. Essa unidade é o tema de abertura desse mesmo evangelho: "o verbo estava com
Deus e o Verbo era Deus" (João 1:1-3). Unidade na essência divina.

3. A união em "um ser" não depende sempre do Espírito Santo. Exemplo: a união de
alguém com uma "meretriz" (veja I Cor. 6:16) torna os dois em uma carne. Isso ocorre
devido a que dois seres iguais quiseram ser "um". Nesse caso se tornam "um" sem a ação
do Espírito Santo.

4. Porque somos pecadores somente nos tornamos "um" quando como irmãos (pessoas
iguais) nos unimos no mesmo pensamento e propósito. No aspecto espiritual, para nós
pecadores, a unidade é produzida pelo Espírito Santo, como na bênção trinitária de II
Coríntios 13:13, nos tornando participantes da mesma natureza espiritual Mas no caso
de Jesus e o Pai ocorre por serem iguais em natureza e atributos.

5. Por outro lado, a Bíblia, também no Antigo Testamento, usa a palavra para unidade
no sentido de igualdade de natureza: a cortina do templo tinha duas partes separadas
(tinham a mesma natureza e material), mas é chamada de "uma"; a parte clara e a escura do
dia (mesma natureza = tempo) são distintas, mas formam "um" dia; o homem e a mulher
são dois distintos e iguais em natureza, mas se tornam ao se unir, carnalmente "um". A
unidade é devido à natureza de igualdade essencial das partes; a mesma palavra é usada
para Deus que é "um", uma unidade de três pessoas.

6. Como a Bíblia apresenta as três pessoas: a) usa pronome pessoal, masculino e singular
para o Espírito Santo; b) lhe confere característica pessoais interagindo com a igreja, o Pai e
o Filho; c) declara que o Espírito veio "substituir" Jesus, e que; d) Ele é o autor da
comunhão e também; e) o chama de Deus, fica claro que essa união Pai e Filho é de
natureza e igualdade o que inclui o Espírito Santo. Ellen White diz que Pai , Filho e
Espírito Santo são poderes iguais como citado anteriormente e ainda declara sobre a
unidade que estamos tratado:
• "O Pai, o Filho e o Espírito Santo, poderes infinitos e oniscientes, recebem
aqueles que verdadeiramente entram em relações de concerto com Deus".
(grifo nosso).

Deus = Pai, Filho e Espírito Santo que são infinitos e oniscientes.


"A unidade que existe entre Cristo e Seus discípulos não anula a personalidade de nenhum.
São um em desígnio, mente, e em caráter, mas não em pessoa. É assim que Deus e Cristo
são um." (A Ciência do Bom Viver, p. 422.) (grifo nosso)

No caso de Jesus e o Pai a unidade revela a igualdade entre ambos. Comentando a


passagem em questão Ellen White declara:
"As palavras de Cristo estavam cheias de significado quando Ele apresentou o reclamo de
que Ele e o Pai eram um em substância, possuindo os mesmos atributos." (Signs of the
Times, 27/12/1893, citado em Trindade, 260.)

Questão 13: A exaltação de Cristo mencionada em Patriarcas e Profetas estaria


revelando somente duas pessoas na divindade e Cristo teria sido exaltado a divino num
determinado momento no céu. Além disso o nome Elohim seria um referência apenas a
duas pessoas divinas. Para provar as afirmativas o internauta cita ainda os textos abaixo:

"Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o
Unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado
executar os poderosos conselhos de Sua vontade. O Filho de Deus executara a vontade do
Pai na criação de todos os exércitos do Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as
homenagens e fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação da
Terra e de seus habitantes. Em tudo isto, porém, não procuraria poder ou exaltação para Si
mesmo, contrários ao plano de Deus, mas exaltaria a glória do Pai, e executaria Seus
propósitos de beneficência e amor." - Patriarcas e Profetas, 36.

"A exaltação do Filho de Deus à igualdade com o Pai, foi representada como sendo uma
injustiça a Lúcifer, o qual, pretendia-se, tinha também direito à reverência e à honra." -
Patriarcas e Profetas, 36. Note que Cristo foi exaltado à igualdade com o Pai (e Lúcifer
não gostou nada disso). Isso significa que Cristo foi investido de poder que não possuía
anteriormente. Note também que antes da encarnação, Cristo já era Filho de Deus (não
passou a ser Filho por causa da encarnação, mas por geração). "Pai e Filho empenharam-Se
na grandiosa, poderosa obra que tinham planejado - a criação do mundo. A Terra saiu das
mãos de seu Criador extraordinariamente bela." - História da Redenção, 20

Resposta:
1. O foco de Patriarcas e Profetas capítulo 1 não é a Trindade e nem o Espírito santo. É a
contestação da justiça do Pai e a pessoa de Cristo. A pessoa do Espírito Santo não foi
contestada. Contudo, como já demonstrado nas citações anteriores Ellen White foi enfática
de que os poderes do céu são "três" e iguais e que eles são (plural) o Rei (singular) do
universo. Na resposta à questão seguinte (14) discutiremos mais sobre o Espírito Santo na
Criação.
2. OS TÍTULOS DE JESUS - Os títulos são usados de forma retroativa na Bíblia.

a) O título "Cristo" não indica que foi "ungido" lá no céu naquela ocasião, (a palavra
Cristo vem de Messias = ungido). Também o título "filho do homem" (Daniel 7:13) não
significa que Jesus já era um ser humano lá no Céu. São títulos relacionados com o
plano da salvação e são usados retroativamente.

b) Jesus foi tornado ou designado Filho de Deus especialmente pela "encarnação"


(Lucas 1.35 ao nascer "será" (futuro) chamado "filho de Deus") e pela "ressurreição"
(Rom. 1:4 "declarado" "filho de Deus" pela ressurreição) quando sua missão salvadora foi
bem sucedida ao Ele comparecer, vitorioso, junto ao Pai. Nada relacionado com um evento
do passado lá no Céu. (Recomendamos ler, mais uma vez, os artigos de Cristologia que
tratam desse assunto neste site e as citações de Ellen White sobre ser Jesus o Filho de Deus
no Livro A Trindade, capítulo 14).

3. Ao analisar qualquer autor é preciso considerar a sua exposição como um todo. A escolha
de alguns textos sem consideração de outros fornecerá uma visão incompleta ou
distorcida da mensagem. O internauta, por exemplo, desconsiderou que Patriarcas e
profetas (1890) é a obra de Ellen White sobre o relato da origem do pecado e a queda de
Lúcifer. História da Redenção (1947) é uma compilação de textos esparsos sobre o assunto,
publicados em fontes originais diversas. O relato sequencial de Patriarcas e profetas
fornece uma compreensão completa do episódio e do significado da "exaltação" e
"investidura" de Cristo, sem necessidade de tentar torcer os fatos, vejamos:

O RELATO DE PATRIARCA E PROFETAS

O livro Patriarcas e Profetas capítulo 1 declara que Jesus sempre foi igual ao Pai e que
aquela "exaltação" foi para desfazer as distorções introduzidas por Lúcifer.
Jesus não passou a ser Deus a partir daquele momento. Note que o contexto é a entrada
do pecado e a contestação da divindade do Filho e da justiça do Pai. Acompanhemos alguns
parágrafos do capítulo 1 na sequência: Quem era Cristo de acordo com o livro nos
seguintes parágrafos?

§ 4o Falando de Jesus ela cita João 1:1,2 "..e o verbo era Deus." " Cristo, o Verbo, o
Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai — um em natureza, caráter,
propósito..." (grifo nosso).

Vemos que Jesus já era plenamente Deus antes da convocação mencionada adiante. O
próximo texto diz que o Pai "conferiu" uma prerrogativa que já era de Cristo.

§ 8o "Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria." (...)
E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos
aspirou ao poder que era prerrogativa de Cristo apenas." (grifo nosso)
O pai conferira no sentido de esclarecer a questão da igualdade com o Filho dita
anteriormente e que será mais esclarecida no final da sequência das citações. O poder já era
uma prerrogativa de Cristo. A próxima citação diz que não foi para conferir algo novo, mas
para "apresentar a verdadeira posição" de Cristo:

§ 11o "O Rei do universo convocou os exércitos celestiais perante ele, para, em sua
presença, apresentar a verdadeira posição de Seu filho, e mostrar a relação que Este
mantinha para com todos os seres criados. O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e
a glória do Ser eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos." (grifo nosso).

Não era uma novidade, era o anúncio da verdadeira posição. O relato a seguir não diz que
Cristo "passou a ser", mas que era "um em poder e autoridade com o Pai":

§ 12°, última parte: "Contudo, o filho de Deus era mais exaltado do que ele [Lúcifer]
sendo um em poder e autoridade com Pai. Partilhava dos conselhos do Pai, enquanto
Lúcifer não penetrava assim nos propósitos de Deus." (grifo nosso)

Antes mesmo da "exaltação" o poder do Pai e do Filho era "um". O parágrafo seguinte
mostra a forma distorcida como Lúcifer entendeu o que o Pai fez na "convocação":

§ 13° Deixando seu lugar na presença imediata do Pai, Lúcifer saiu a difundir o espírito
de descontentamento entre os anjos. (...) A exaltação do filho de Deus à igualdade com o
Pai, foi representada como sendo uma injustiça a Lúcifer, o qual, pretendia-se tinha
também direito à reverência e à honra. (...) Agora, porém, mesmo a liberdade que eles
[Lúcifer e os anjos] até ali haviam gozado, tinha chegado a seu fim; [1] pois lhes havia
sido designado um governador absoluto, e [2] todos deveriam prestar homenagem à
sua autoridade. Tais foram os erros sutis que por meio dos ardis de Lúcifer estavam a
propagar-se rapidamente nos passos celestiais." (grifos e chave supridos)

A "exaltação" de Cristo foi apenas uma confirmação perante os anjos do que Cristo tinha
sempre sido em autoridade e poder com o Pai. Lúcifer porém, entendeu diferente.
Segundo sua interpretação diabólica, a partir daquele momento, duas coisas novas
ocorreram em relação a Cristo e os anjos a) "havia sido designado um governador
absoluto" e b) a partir dali "todos deveriam prestar homenagem" a Cristo como se esse
não tivesse sido sempre Seu direito.
A interpretação de que Jesus passou a ser Divino a partir da convocação feita pelo Pai não é
a mensagem do capítulo 1 de Patriarcas e Profetas. Essa é a doutrina de Lúcifer que ele
espalhou no céu. Está no centro da origem do pecado e o diabo se encarregará de continuar
tentando convencer disso o maior número possível até hoje.
A confirmação de que a "convocação" no céu para "exaltar" e "conferir" glória a Cristo não
alterou em nada a Sua natureza divina - não passou apenas de uma "declaração" para
"esclarecer" os anjos - encontra-se no parágrafo da sequência que Lúcifer e seus adeptos
não apreciam citar:

§ 14° "Não tinha havido mudança alguma na posição ou autoridade de Cristo. A


inveja e falsa representação de Lúcifer, bem como sua pretensão à igualdade com Cristo,
tornaram necessária uma declaração a respeito da verdadeira posição do filho de Deus;
mas esta havia sido a mesma desde o princípio. Muitos anjos, contudo, ficaram cegos
pelos enganos de Lúcifer." (grifo nosso) Portanto "conferir" autoridade ou a "exaltação"
de Cristo eram apenas "uma declaração" sobre Cristo cuja posição e autoridade não
mudou em nada.

5. Infelizmente, a doutrina de Lúcifer, segundo o relato do livro, era a mesma que ainda
hoje é defendida pelos que diminuem a divindade de Jesus ou dizem que ela teve um início.
Lúcifer divulgava que Jesus era um ser criado e exaltado posteriormente naquela
"convocação dos exércitos celestiais" e que era injusta sua participação na divindade
enquanto ele (Lúcifer) ficava de fora. A interpretação de alguns é a mesma de Lúcifer:
Jesus passou a ser divino a partir daquele momento da exaltação. Passou a ser o que não
era. Assim, enciumado, Lúcifer criou sua rebelião:

§ 13° Deixando seu lugar na presença imediata do Pai, Lúcifer saiu a difundir o espírito
de descontentamento entre os anjos. (...) A exaltação do filho de Deus à igualdade com o
Pai, foi representada como sendo uma injustiça a Lúcifer, o qual, pretendia -se tinha
também direito à reverência e à honra. (...) Agora, porém, mesmo a liberdade que eles
[Lúcifer e os anjos] até ali haviam gozado, tinha chegado a seu fim; [1] pois lhes havia
sido designado um governador absoluto, e [2] todos deveriam prestar homenagem à
sua autoridade. Tais foram os erros sutis que por meio dos ardis de Lúcifer estavam a
propagar-se rapidamente nos passos celestiais." (grifos e chave supridos)

Lamentavelmente, alguns inconformados e magoados como Lúcifer, dão continuidade à


mesma ideia "luciferina" aqui na Terra.

Questão 14: Quem era "Elohim" que operou a criação?


Resposta: A análise de Gen. 1 :l-3 esclarece quem era o Espírito de Deus que pairava
sobre as águas. Os pontos abaixo, especialmente em seu conjunto, levam à mesma
conclusão.

1. A tradução aramaica de Ionatan ben Uziel citada no comentário da Torah publicada pelo
Templo Israelita Brasileiro (2001) diz: 'e o espírito de misericórdia procedente de Deus
soprava sobre a face das águas.' (grifo nosso). Essa procedência é interpretada por Jesus
como sendo outro personagem que viria para substituí-lo. João 14:16, 26, 27; 15:27 e
16:13.

2. "VENTO FORTE É TRADUÇÃO ERRADA: Alguns acham que "um vento forte" seja a
correta tradução. Mas nesse caso "Elohim" (Deus) estaria sendo traduzido, impropriamente,
como um superlativo como "fortíssimo".

3. MESMO SE TRADUZISSE "VENTO" INDICARIA A PRESENÇA DE DEUS


ESPÍRITO: O comentário bíblico analisando o sentido gramatical e literário das palavras
(WordBible Commentary , vol. I, p. 16, 17, sobre Gên. 1:1-3), declara que a tradução para
um simples "forte vento" em Génesis 1:2 não é boa porque "..reduzir Elohim simplesmente
a um superlativo parece improvável neste capítulo, o qual em outros lugares sempre usa
[Elohim] com o sentido de Deus. Além do mais, em nenhum lugar mais na Escritura a frase
"espírito de Deus" e "espírito de Jeová" significa "forte vento": sempre se refere ao Espírito
ou Vento de Deus. (...) A frase realmente expressa a poderosa presença de Deus se
movendo misteriosamente sobre a face das águas." (grifo nosso). Como a frase "no
princípio Elohim" e "o Espírito de Deus pairava" estão ligadas por uma conjunção
consecutiva, temos dois seres.

4. REFERE-SE AO ESPÍRITO SANTO: De acordo com a análise do Commentary on the


Old Testament de C. F. Keil and F. Delitzch, vol. I, 48, 49, a expressão "pairar" é
empregada no Pentateuco para Jeová que leva Israel sobre as Sua asas como de águia e
vigia sobre Seu povo como uma águia que estende as suas asas. Declara o comentário:
"Ruach Elohim [Espírito de Deus] não é um sopro de vento provocado por Deus
(Theodoreto, etc), pois o verbo não comporta esse significado, mas o Espírito de Deus, o
princípio de toda a vida (Salmo33:6) o qual operou sobre a massa disforme e sem vida,
separando, tocando e preparando as formas vivas, as quais foram chamadas à existência
pela palavra criadora que se seguiu." (grifo nosso)

5. Apesar de uma parte dos comentaristas modernos entenderem como sendo um "vento"
comum, de acordo com quase todos os comentaristas tradicionais, inclusive os da
IASD, o "vento" ou "sopro" de Deus não se refere a um vento comum, mas ao Espírito
Santo que operou na unidade da Divindade para a criação.
Assim, preferimos o entendimento mantido historicamente pelos cristãos e a maioria dos
comentaristas acerca do assunto.

2. Interpretação do texto de Gênesis 1:2 por Ellen White.


Segue citação do livro Educação, 134:

"'No princípio... Deus.' Gên. 1:1. Aqui somente poderá o espírito, em suas ávidas
interrogações, encontrar repouso, voando como a pomba para a arca. Acima, abaixo, além
- habita o Amor infinito, criando todas as coisas para cumprirem o 'desejo da Sua
bondade'. II Tess. 1:11". (...)

E continua:

'Quando vier aquele Espírito da verdade. Ele vos guiará em toda a verdade.' João
16:13. Exclusivamente pelo auxílio daquele Espírito que no princípio 'Se movia sobre
a face das águas' (Gên. 1:2), pelo auxílio daquela Palavra pela qual 'todas as coisas
foram feitas' (João 1:3), e daquela 'luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao
mundo' (João 1:9), pode o testemunho da ciência ser corretamente interpretado. Apenas
sob sua orientação se podem discernir suas mais profundas verdades.
Unicamente sob a direção do Onisciente, habilitar-nos-emos a meditar segundo os Seus
pensamentos, no estudo de Suas obras." (grifo nosso)

• O texto acima de Ellen White diz que o Espírito que "pairava sobre as águas" em
Gênesis 1:2 é uma pessoa, isto é, o Espírito Santo que Jesus menciona em João 16:13 como
Seu SUBSTITUTO tratado por Jesus nessa passagem com pronome pessoal, masculino e
singular. Não pode ser um vento ou energia impessoal.

• Não são (o Espírito e Jesus) a mesma pessoa - ela se refere a dois seres.

• Segundo Ellen White ainda, o Espírito Santo (que se movia sobre as águas e que é o
mesmo de João 16:13) e (outro personagem) Jesus (a Palavra pela qual todas as coisas
foram feitas e a luz verdadeira que alumia a todo homem que vem ao mundo) os quais
estavam com Deus (Elohim = plural) em Gênesis 1 :l-3. "Apenas sob sua [their, plural no
original inglês, ou seja, os dois personagens citados além de Deus] se pode discernir suas
mais profundas verdades". Na soma dos Personagens dá três.

• Curiosamente a citação final declara que ELES, os que revelam os segredos da natureza
(o Espírito e Jesus) são dois, mas são tratados como o ONISCIENTE (singular). Declara
primeiro a onisciência do Espírito Santo, depois, que Ele não é Jesus e ainda,
adicionalmente, indica a unidade de ambos numa só Divindade onisciente.

Conclusão: O Espírito Santo é Criador, um ser pessoal, Ele não é Jesus, mas com Cristo
faz parte da Divindade onisciente.
Além do Pai, Ellen White também envolve o Espírito Santo na criação que com Deus
(Elohim) - (note a conjunção aditiva no português "e" na frase "e o Espírito de Deus
pairava...") operou na criação, demonstrando que o Espírito é o segundo personagem, e,
finalmente, a terceira pessoa "a Palavra" que criou tudo.

Questão 15: A questão não é se o Espírito Santo existe ou não (comentando Atos 19:1-
5). Todos sabemos que ele existe. A questão é se ele é uma pessoa distinta do Pai e do Filho
ou é o próprio Espírito de Deus (parte integrante do Deus Todo Poderoso). O fato da Bíblia
dizer que o Espírito Santo existe (gr. estin) não significa muito a respeito dele ser ou não
uma pessoa. Este verso é utilizado no Novo Testamento para muitos elementos que não são
pessoas (e mesmo assim existem). Um exemplo: "Os olhos são (estin) a lâmpada do corpo"
(Mat 6:22). Outro exemplo, agora em Atos. "Não vos perturbeis, pois a vida nele está
(stin). (Atos 20:10). Os "olhos" e a "vida" não são pessoas, mas parte integrantes das
pessoas, mesmo assim o verbo grego stin, traduzido respectivamente como ser e estar, foi
atribuído a estes dois elementos, assim como foi atribuído ao Espírito de Deus. Não vale
procurar chifre em cabeça de cavalo para tentar provar que o Espírito Santo é uma pessoa
distinta do Pai e não o Seu próprio Espírito.

Resposta: As passagens citadas estão, respectivamente, na 3a pessoa do plural (Mat. 6:22)


e 3a do singular do presente do indicativo (Atos 20:10). Mas em nenhuma das
passagens citadas o verbo está no sentido de existir como em Atos 19:2.

1. Se alguém diz que "ele" existe e, ao mesmo tempo, diz que "ele" é apenas um outro
nome (como um apelido) para o Pai ou o Filho, então ele acaba sendo o próprio Pai e o
Filho com outro nome, portanto ele não "existe".
É claro que se "Ele" o Espírito Santo existe, deve ter existência de "per si", pois se fosse
apenas uma outra designação (apelido) do Pai e do Filho, Ele, de fato, não existiria.
Primeiro há os pronomes pessoais, masculino, singular e os atributos e ações pessoais do
Espirito Santo mencionados na Bíblia e em Ellen White que é explícita em dizer que o
Espírito Santo é uma pessoa..

• Segundo, se o Pai é Criador e merece adoração, o Espírito que seria o próprio Pai
(no entender de alguns) também acaba sendo o Criador e merece ser adorado, pois, na
verdade, quem está sendo adorado, no Espírito é o próprio Pai. Por que, então combater a
adoração do Espírito?

• Quando alguém diz que é para adorar o Pai e o Filho, por exemplo, e ao mesmo tempo
diz que não é para adorar o Espírito (se o Espírito é o próprio Pai e/ou o Filho) diz algo que
não têm sentido, pois o Pai e o Filho em última instância são (no conceito de alguns) o
próprio Espírito em outra "forma".

• Por outro lado, se alguém diz que o Espírito é somente uma energia, o poder, seja do Pai
ou do Filho, então não têm cabimento dizer que Ele (o Espírito Santo) É um dos dois, pois
seria de fato, apenas uma energia procedente dele (s), uma "ferramenta" de ambos. Isso
demonstra como a falsa doutrina de dizer que o Espírito Santo não existe como pessoa é
confusa.

2. O Contexto de Atos 19:1-5 trata de crentes que sabiam tudo sobre a divindade, mas não
sabiam que o Espírito Santo existia. Eles conheciam o Pai e o Filho (pois tinham sido
batizados na fé "daquele que havia de vir"). Se o Espírito fosse o Pai e o Filho não teria
sentido dizer que existia, bastava dizer que continuassem crendo como antes só que
agora poderiam chamar o Pai ou o Filho também, algumas vezes e em certas
circunstâncias, de "Espírito Santo". O contexto mostra que um outro personagem (o
Espírito Santo) é apresentado a eles.

3 Declara Ellen White:

a) "O Espírito Santo é uma pessoa, pois dá testemunho com o nosso espírito de que
somos filhos de Deus. (...)

b) O Espírito Santo tem personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso


espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus.

c) "Deve ser também uma pessoa divina do contrário não poderia perscrutar os
segredos que jazem ocultos na mente de Deus." Evangelismo, 616, 617. O texto
original encontra-se no Manuscrito 20 de 1906 citado em Spirit ofProphecy Library, vol.
VI, Peace Press, Loma Linda, EUA, s/d. (grifo nosso).

Portanto, a doutrina de que o Espírito Santo é o Pai e/ou o filho ou é uma energia
procedente de ambos não têm suporte na Bíblia, nem nos escritos de Ellen White e nem na
lógica.
Questão l6: Assim como há trechos em que o Pai aparece no mesmo verso com o Filho e
o Espírito também é citado, temos outros versos que citam o Pai, o Filho e Anjos. Isto não
significa que exista uma Trindade com Anjos. Portanto, tais versos não provam a existência
de uma Trindade, muito menos a existência de um único Deus-Triúno.

Resposta:
1. Não há nenhum texto em que os anjos aparecem citados numa construção gramatical e
contexto de equiparação como ocorre com o Espírito Santo.

2. Em nenhum texto bíblico o nome "Espírito Santo" foi usado para qualquer anjo ou
outra entidade ou como sinônimo de uma mera energia ou força impessoal. (Ver
Theological Dictionary ofthe Old Testament, vol. 6:332, 876)

3. Jesus fez uso exclusivo desse nome para o Seu substituto, que disse Ele, viria do Pai
como Ele tinha vindo e teria seu título: Consolador.

4. Em todos os textos da Bíblia "Espírito Santo" está atrelado a uma ou todas as seguintes
condições: é um nome acompanhado de pronome demonstrativo pessoal masculino e
singular; tem características pessoais; exerce ações pessoais e mantém interlocução
(interação) pessoal com outras pessoas. Também possui atributos e exerce prerrogativas
divinas e é colocado em orações coordenadas com Jesus e o Pai evidenciando
igualdade. Isso nunca ocorre com os anjos. Por exemplo: Mateus 28:19; Romanos 15:30;
II Coríntios 13:13; Hebreus 10:12-15; João 14:16,26, 27; I Pedro 1:2.

5. A Bíblia em Hebreus capítulo um, e em outras passagens, usa os textos que falam de
Jeová no AT aplicando-os a Jesus no NT Igualando Jesus a Jeová. O mesmo a Bíblia faz
com relação ao Espírito Santo sem confundi-lo nem com o Pai e nem com o Filho. É dito
na Bíblia acerca do Espírito Santo que o nome Jeová é atribuído a Ele no Novo Testamento
ao citar o Antigo Testamento (Exemplo. Atos 28:25-27; Hebreus 3:7-11). Isso também
nunca ocorre referindo-se aos anjos criados.

Questão 17: Ora, Paulo ainda afirma no famoso capítulo 13 de I Coríntios que "o amor é
sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não
suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre,
tudo crê, tudo espera, tudo suporta". Verifique que todos estes atributos são atributos
pessoais. Apenas de uma pessoa pode-se dizer é benigno, regozija-se com algo, sofre, crê e
espera. Seria, porventura, o amor uma pessoa? A resposta é sim se usarmos a lógica de
interpretação literal que os trinitarianos aplicam para o Espírito. No entanto, se
considerarmos a linguagem simbólica, verificaremos que nem o amor, nem o Espírito são
pessoas distintas do Pai, mas atributos do próprio Deus que muitas vezes são confundidos
com Ele mesmo quando se diz "Deus é Amor" e "Deus é Espírito".

Resposta:
1. O amor em 1 Coríntios 13 não é uma pessoa, mas um dom, uma qualidade produzida
pelo Espírito Santo.
2. O capítulo 13 é continuação do capítulo 12, o qual trata dos dons do Espírito
Santo. Isso é mais que suficiente para perceber que, confundir o amor (o dom) com o
Espírito Santo (o doador do dom) nesse texto é um grande erro de leitura. O Espírito Santo
é quem distribui os dons "como ele quer" (uma ação própria de uma pessoa). I Cor. 12:7-11.

3. I Cor. 13 é uma apresentação simbólica dessa qualidade (o amor) a qual não é, jamais,
na Bíblia, apresentado interagindo e agindo em ações pessoais ou descrita com pronome
pessoal.

4. A passagem de I Coríntios 13 é uma mensagem que se refere aos irmãos de Corinto que
precisavam amar-se mais uns aos outros. Essa é a razão para a metáfora do apóstolo (I Cor.
12:31 al3:lel4:l).

Questão 18: Não é certo dar glória ao Espírito Santo.

Resposta: A glória ao Espírito Santo é para mostrar que já no segundo século a igreja
cristã em geral (não somente a igreja de Roma) entendia da Bíblia que o Espírito
Santo era digno de adoração junto com o Pai e o Filho.
Até mesmo Uriah Smith que era anti-Trinitariano admitiu que se somos batizados em
nome dos três o louvor deve pertencer aos três. ( U. Smith, “Ïn the Question Chair”, Advent
Review and Sabbath Herald 27/10/1896.
Essa citação demonstra a falha dos que querem levar a crer que a glória ao Espírito Santo
foi "inventada" no quarto século juntamente com a Trindade.

Questão 19: Obs.: Nesta questão o intemauta apresenta uma lista de versos bíblicos
usados para demonstrar que somente o Pai e o Filho fazem parte de uma divindade na qual
o Pai teria em algum momento, na eternidade, criado o Filho.

Resposta: Essa idéia decorre da má interpretação de alguns textos da Bíblia. Tal


interpretação conduz ao biteísmo (adoração de dois deuses sendo um mais graduado do que
o outro — isso é idolatria). Intercalamos explicações e alguns textos que completam o
pensamento bíblico de que a salvação é operada por um só Deus em três pessoas divinas e
mais citações de Ellen White

a) "Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o
mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Aquele que está sentado no trono e ao Cordeiro,
seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. E os quatro seres
viventes respondiam: Amém; também os anciãos prostraram." - Apocalipse 5:13-14.
• Essa visão trata da entronização de Cristo após a Sua ascensão (capítulos 4 e 5 de
apocalipse). Perceba que depois disso ainda muitos eventos ocorrem. O trono de
Deus, segundo a Bíblia, está no Seu templo. Já o Espírito Santo tem Seu Templo no
crente e na igreja. I Cor. 3:16; 6:19; João 14:16, 17 ("convosco e em vós"). O
Espírito está na Terra "para sempre" (João 14:16, 17) e é o "penhor de nossa
salvação", uma garantia que não pode sair daqui e nem de nós (Efésios 1:13, 14).
Quem procura onde não está obviamente não poderá achar o Templo e o trono do
Espírito Santo.

b) "Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de
todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença
do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; e clamavam com
grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. E
todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e
prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo: Amém.
Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus,
pelos séculos dos séculos. Amém." - Apocalipse 7:9-12.
• Segundo a Bíblia os "sete olhos do Cordeiro" (4:6) representam o Espírito Santo
"enviado por toda terra" (conforme João 14:16, 17). Mas o Espírito (à parte do
simbolismo) é "um só". Ele está presente no céu, mas sua função é exaltar a Cristo
e ao Pai para que se encerre a contestação à autoridade do Pai e do Filho iniciada
por Lúcifer (Patriarcas e Profetas, capítulo 1). A contestação na origem do pecado
não foi dirigida à Pessoa do Espírito Santo. Isso não nega Sua divindade. Como
disse Ellen White: "Há três pessoas vivas no trio celeste..." Evangelismo, 315.

c) A Bíblia nos orienta CLARAMENTE a adorarmos a Deus, o Pai, e ao Seu Filho Jesus
Cristo. Em nenhuma porção da Bíblia temos ordem clara e expressa para adoramos ou
louvarmos o Espírito Santo ou a um Deus-Trino.
• A Bíblia diz para adorarmos a Deus no Espírito (Fil. 3:3), ou seja, o Espírito é em
quem se dá a adoração. A Palavra diz que a igreja é o Templo do Espírito Santo (I
Cor. 3:16; 6:19). No Templo do Espírito Santo (a igreja) nos ajoelhamos e
cantamos, e oramos, e damos ofertas. Isso é adoração direta. Ali está o Espírito em
Seu Templo sendo adorado. E se alguém blasfema contra Ele (Mat. 12:31,32) é pior
do que todas as outras blasfêmias (não exclui o Pai) inclusive contra Jesus (que é
Deus pleno Col. 2:9). A blasfêmia contra o Espírito Santo é uma blasfêmia
imperdoável porque é contra a divindade que está na Terra pessoalmente e é
responsável pela nossa conversão, santificação, salvação (Tito 3:5) e vida eterna
(Gál. 6:8) . A ênfase na adoração a Jesus e ao Pai é devido ao tema do pecado que
foi um desafio ao Pai e ao Filho (o Espírito Santo não foi desafiado no céu) e por
isso a ênfase final está na entronização das pessoas da Trindade que fora
contestadas.

d) "Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de
Deus." -Romanos 1:1.
• Não esquecer que na mesma epístola Paulo faz súplica pelos três: "Rogo-vos, pois,
irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis
juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor." (Romanos 15.30 RA). Três
personagens separados por funções. Note o "amor do Espírito" separado de Jesus
pela palavra "também". Jesus e o Espírito são razões para que eles orem a Deus. A
triangulação não permite que sejam os mesmos.
e) "Paulo, chamado pela vontade de Deus, para ser apóstolo de Jesus Cristo... Graça a vós
outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo." - I Coríntios 1:1 e 3.
"Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus... Graça a vós outros e paz da parte
de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo." - II Coríntios 1:1 e 3.
• Na mesma epístola aparece a benção dos três oferecendo, cada um, uma graça
divina diferente como na passagem anterior. "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o
amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2Co 13:13).

f) "Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por
Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos.. Graça a vós outros e paz
da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo." - Gaiatas 1:1 e 3
• Ele (Paulo) lembra na mesma epístola o Terceiro personagem enviado pelo Pai e o
Filho e que está conosco na Terra: para que "andemos no Espírito". Gál. 5:25.

g) "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso, e
fiéis em Cristo Jesus: Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor
Jesus Cristo. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado
com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo." -Efésios 1:1-3.
• Na mesma epístola ele lembra o papel do Espírito Santo na Terra (a Terceira
pessoa) em relação ao Pai e ao Filho que estão no céu: "porque por ele [Jesus]
ambos [judeus e gentios] temos acesso ao Pai em um Espírito. Ef. 2:18.

h) "Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive
bispos e diáconos, que vivem em Filipos: Graça e paz a vós outros da parte de Deus nosso
Pai e do Senhor Jesus Cristo." -Filipenses 1:1-2.
• Na mesma epístola o apóstolo lembra da obra do Espírito Santo e que até a
adoração a Deus tem que primeiro ocorrer nEle: "...nós que adoramos a Deus no
Espírito e nos gloriamos em Cristo Jesus..." Fil. 3:3 = três

i) "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo: Aos santos e
fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos: Graça e paz a vós outros da parte de
Deus nosso Pai. Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando
oramos por vós." - Colossenses 1:1-3.
"Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus
Cristo: Graça e paz a vós outros." -1 Tessalonicenses 1:1.
"Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai e no Senhor
Jesus Cristo. Graça e paz a vós outros da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo." - H
Tessalonicenses 1:1-2.
• Paulo é o autor das frases acima. Ele mesmo, continuando a introdução cortada,
nesta última e mesma epístola (II Tessalonicenses 1:1 -6) apresenta não dois, mas
três personagens e a função de cada um para com os crentes: "...recordando-nos,
diante do nosso [1] Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso
amor e da firmeza da vossa esperança em nosso_____[2] Senhor Jesus Cristo,
reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição, porque o nosso evangelho
não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no [3]
Espirito Santo..." ITess. 1: 3-6 = três
j) "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pelo mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo
Jesus, nossa esperança, a Timóteo, verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz, da
parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor." - I Timóteo 1:1-2.
"Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, de conformidade com a promessa
da vida que está em Cristo Jesus, ao amado filho Timóteo: Graça, misericórdia e paz da
parte de Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Senhor." - II Timóteo 1:1-2. "Paulo, prisioneiro
de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom... Graça e paz a vós outros da parte
de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo." - Filemom 1 e 3. "Paulo, servo de [1] Deus, e
apóstolo de [2] Jesus Cristo... a Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça e paz da
parte de Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Salvador." - Tito 1:1 e 4.
• próprio Paulo na mesma epístola apresenta além do Pai e Jesus, a Terceira pessoa,
que está na Terra para a nossa salvação: "mediante o lavar regenerador e
renovador do [3] Espírito Santo". (Tito 3:4-6)
• "Quando, porém, se manifestou a benignidade de [1] Deus, nosso Salvador, e o seu
amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo
sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do [2]
Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de [3] Jesus
Cristo, nosso Salvador." (Tito 3:4-6 RA)
• Três "salvadores": Deus salvador mediante sua misericórdia; o Espírito Santo
salva mediante o lavar regenerador e Jesus, nosso salvador.

1) "Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele os cento e quarenta e
quatro mil tendo nas frontes escrito o seu nome e o nome de seu Pai." - Apocalipse 14:1
• E Quem vai dar um novo nome quando estivermos lá vai ser a Terceira pessoa - o
Espírito. Apoc. 2:17 .

m) "Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os
que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." - Apocalipse 12:17.
• Esse texto está falando da perseguição movida contra a igreja. Mas nessa guerra é
o Espírito Santo a terceira pessoa que está na Terra) quem promete a árvore da
vida e a proteção contra a segunda morte. Apoc. 2:7,11.

n) "Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé


em Jesus." - Apocalipse 14:12.
• Mas é o Espírito (a terceira Pessoa na Terra) que está com a "noiva" fazendo o
convite de salvação para santificá-la nos mandamentos e na fé de Jesus. (Apoc.
22:17)
• • O Espírito é o Santificador: 2 Ts 2:13. "Entretanto, devemos sempre dar graças
a [1] Deus por vós, irmãos amados pelo [2] Senhor, porque Deus vos escolheu desde
o princípio para a salvação, [3] pela santificação do Espírito e fé na verdade" = são
três

o) "Então me mostrou o rio da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do
Cordeiro." -Apocalipse 22:1.
• Diz João que também escreveu o Apocalipse: "rios de água viva. Isto ele disse com
respeito ao Espírito que haviam de receber..." João 7:38. O rio da vida (que sai do
trono) é entendido por João (autor do Apocalipse também) e por Jesus, como
sendo uma representação do Espírito Santo.

p) "Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os
seus servos o servirão." - Apocalipse 22:3.
• Espírito (a Terceira pessoa) está "diante" do trono (Apoc. 1:4) e nos "sete olhos"
do Cordeiro que está no Trono (Apoc. 6:5). Mas Sua presença pessoal é na Terra
para onde foi enviado (Apoc. 6:5) onde estará conosco "para sempre" (João 16:16,
17).

q) "Desde agora estará sentado o Filho do homem à direita do Todo-poderoso Deus." -


Lucas 22:69.
• ... e o Espírito Santo (a terceira pessoa) , desde que Jesus subiu ao céu está na
Terra "para sempre" (João 14:16, 17) como penhor (garantia) da nossa salvação
(Efésios 1:13,14). Graças a Deus ele não está no céu!

r) "Jesus... está assentado à destra do trono de Deus" - Hebreus 12:2 u.p.


• E o Espírito Santo (a Terceira pessoa) está na Terra "convosco para sempre". João
14:16,17.

s) "Ao que vencer, dar-lhe-ei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci, e me
assentei com o meu Pai no seu trono." - Apocalipse 3:22.
• Essa é a promessa também do Espírito conforme o verso 22: Logo após Jesus
prometer o trono ao seu povo diz o Apocalipse:"Quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas." A promessa de Cristo é do Espírito pois Jesus o enviou
para ser seu representante e dar o que era de Jesus e falar e ensinar como Jesus
fazia (João 14:16,17; 15:26 e 16:7-14)

t) "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a
quem enviaste" - João 17:3.
• Jesus e o Pai fizeram a provisão mas, na prática, a vida eterna se colhe do Espírito
(a Terceira Pessoa) : Gál. 6:8. O mesmo apóstolo João em sua epístola diz que
Jesus também é o verdadeiro Deus. I João 5:20.

u) "Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém
conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar." - Mateus 11:27.
• E o Espírito (a Terceira pessoa) também conhece os segredos de Deus: I Cor. 2:10-
14: "O Espírito penetra todos os segredos de Deus" - São três.

v) "A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti." - João 17:21.
p.p.
• Em um só "nome do Pai do Filho e do Espírito Santo" = São três em um só nome
(unidade).
x) "Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem
existimos; e um só
Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós, também por ele." -1 Coríntios 8:6.
• O próprio Paulo lembra em outra carta que ele mesmo escreveu: "e há um só
Espírito". (Efésios 4:4-6 = São três)
• "...há somente um corpo e [1] um Espírito, como também fostes chamados numa só
esperança da vossa vocação; há [2] um só Senhor, uma só fé, um só batismo; [3] um só
Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos."
(Efésios 4.4-6 RA)

y) "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,


homem." -1 Timóteo 2:5.
• E há um "outro" Consolador = advogado, que é também mediador, intercessor.
João 14:16,17 = são três.
• Mas há também o Espírito (a Terceira pessoa) que "intercede [mediador] por nós
com gemidos..." Rom. 8:26. — três. Ellen White diz que a intercessão do Espírito
Santo (o outro mediador) diante do Pai é diferente:

"Cristo, nosso Mediador e o Espírito Santo estão constantemente intercedendo em


favor do homem, mas o Espírito não pleiteia por nós como faz Cristo, que apresenta
Seu sangue, derramado desde a fundação do mundo; o Espírito opera em nosso coração,
extraindo dele orações e penitência, louvor e ações de graças.
A gratidão que dimana de nossos lábios é resultado de tocar o Espírito as cordas da alma
em santas memórias, despertando a musica do coração."9Mensagens Escolhidas,vol.. I,
344.

A conjunção coordenativa aditiva "e" impede que o Espírito Santo e Jesus sejam a mesma
pessoa e a função simultânea impede que seja o Pai. A conjunção adversativa "mas" indica
a diferença na obra intercessória do Espírito Santo e de Jesus.

z) "Eu e o Pai somos um" - João 10:30.


• Em um só "nome (singular) do Pai do Filho e do Espírito Santo" = São três em um
só nome (unidade). Essa unidade num só nome e na mesma autoridade é o
significado gramatical de Mateus 28:19: "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo."

Esses rápidos exemplos mostram que na Bíblia há versos que falam somente do Pai e há
outros que falam somente do Filho. Mas há muitos que falam dos três (Pai, Filho e Espírito
Santo).
Como podemos ver, alguém pode fazer uma proposital omissão dos textos que se referem
ao Espírito Santo, citando apenas os que apresentam um deles ou os dois. A Bíblia precisa
ser aceita em sua totalidade.
Vale lembrar a advertência expressa por Ellen White sobre o tema da divindade plena de
Cristo, objeto de disputa nos seus dias e que está no contexto da discussão da Trindade:
9
White, Mensagens escolhidas (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira), vol 1, 344.
"Se os homens rejeitam o testemunho das Escrituras inspiradas concernente à divindade
de Cristo, é vão arguir com eles sobre este ponto; pois nenhum argumento, por mais
conclusivo, poderia convencê-los. [ICoríntios 2:14 é citado]. Pessoa alguma que alimente
este erro pode ter exato conceito do caráter ou missão de Cristo, nem do grande plano de
Deus para a redenção do homem." O Grande Conflito, 524. (grifo nosso) (1888)
"Devemos cooperar com os três mais elevados poderes do Céu — o Pai,
o Filho e o Espírito Santo- e estes poderes operarão por nosso
intermédio, tornando-nos coobreiros de Deus." Evangelismo, 617. (grifo nosso)
Os três são chamados de: Deus. Cooperar com os três (plural) é ser coobreiro de Deus
(singular).
Que "a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
seja com todos vós." II Corintios 13:13.

(ESTE É, TAMBÉM, UM TEXTO AUTÊNTICO, PRESENTE NOS MELHORES


MANUSCRITOS DA BÍBLIA).
Convido a consultar o aparato crítico do Novo Testamento Grego que traz a informação.

Pr. Demóstenes Neves da Silva

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