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direito civil

Obrigações

obrigacionais e direito reais: exigir o seu cumprimento. A capacidade para


Direito das Obrigações
Relação Jurídica das Obri- 3.3.1. Quanto ao objeto: no direito pessoal, ser sujeito ativo prescinde da capacidade
gações e o Código Civil uma prestação; no direito real, pode ser coisa jurídica do ser humano. Já o sujeito passivo
corpórea ou incorpórea. é aquela pessoa sobre quem recai o dever
1. Conceito: obrigação é uma relação ju- 3.3.2. Quanto ao sujeito: no direito pessoal, o de cumprir a obrigação ou de realizá-la.
rídica por meio da qual o credor pode exigir sujeito passivo é determinado; no direito real, 4.2. Objetivo ou material: é a prestação pro-
do devedor o cumprimento de uma dada o sujeito passivo é indeterminado, ou seja, o priamente dita, é aquilo que deve ser feito,
prestação. Caso este venha a não cumprir direito do titular é exercido contra um número prestado, ou omitido na relação jurídica. Ex.:
espontaneamente sua obrigação, poderá indeterminado de pessoas, que não estão guardar um objeto, emprestar determinado
ser executada do patrimônio do devedor a especificadas. valor, construir um prédio, conceder um
quantia necessária para seu cumprimento, 3.3.3. Quanto à duração: o direito pessoal é prazo, omitir-se em passar por determinado
devendo, para tanto, provocar a máquina transitório e se extingue pelo cumprimento da lugar. Deve-se lembrar de que o objeto da
judiciária. obrigação ou por outros meios; já o direito real obrigação deve ser lícito, possível, de valor
não se extingue pelo não-uso, mas somente em econômico e não contrário à lei, à moral e
2. Fonte: é o nascedouro do vínculo jurídico, casos legais (Ex.: desapropriação; usucapião em aos bons costumes.
devendo ser seguidas determinadas regras favor de terceiro etc) 4.3. Vínculo jurídico ou elemento imate-
jurídicas. 3.3.4. Quanto à formação: no direito pessoal: rial: é o liame existente entre os sujeitos,
2.1. Lei: fonte principal, imediata e primária ilimitado, prevalece a autonomia da vontade; no ativo e passivo, da relação jurídica, acom-
do nosso Direito. direito real: limitado pela lei. panhado de uma sanção, caso não haja o
2.2. Negócio Jurídico: declaração bilateral 3.3.5. Quanto à ação: o titular do direito pessoal seu cumprimento. O vínculo é transitório,
de vontades. Ex.: contrato, que é a principal dispõe de ação pessoal, que poderá ser ajuizada pois o sujeito passivo se exonera com o
fonte do Direito das Obrigações. em face daquele que figurar no pólo passivo devido cumprimento da prestação a que
2.3. Ato ilícito e abuso do direito: violação da relação jurídica; já o titular do direito real estava sujeito.
vem a causar responsabilidade. Obrigação dispõe de ação real contra quem detiver a coisa, Importante verificar que não apenas a lei,
de reparar o dano provocado. indistintamente. fonte imediata, poderá ser vista como fonte
2.4. Atos unilaterais: declarações uni- das obrigações. Outras fontes, como as
laterais de vontade (Ex.: promessa de 3.4. Categorias jurídicas híbridas mediatas, também poderão originar vínculos
recompensa) 3.4.1. Obrigação “propter rem”: é aquela que obrigacionais. São exemplos: os contratos e
existe em razão da detenção ou da proprieda- os atos ilícitos.
Distinção entre obriga- de da coisa. Ex.: obrigação do condômino de Link Acadêmico 1
ções e outros institutos contribuir para a conservação da coisa comum.
Classificação das
Obrigação dos proprietários e inquilinos de
Obrigações
1. Obrigação é o vínculo jurídico que confere um prédio de observar as normas de conduta
ao credor o direito de exigir determinada adotadas.
prestação do devedor. 3.4.2. Obrigação com eficácia real: é aquela As obrigações são classificadas com base
que, sem perder o caráter de direito a uma de- em diferentes critérios, que são enquadra-
dos em categorias que são reguladas por
2. Responsabilidade é a conseqüência terminada prestação, é transmitida e oponível a
diversas normas.
jurídica pelo não cumprimento de uma obri- terceiro que adquira direito sobre determinado Podemos observar que há diversas classifi-
gação. Ex.: fiador, avalista, tutor que assume bem. Ex.: locação quando oponível ao adqui- cações meramente sistemáticas, mas o que
a administração dos bens do pupilo. rente da coisa locada, conforme preceitua o art. se deve procurar é aquela que seja mais
576, CC. Assim, vejamos: “Se a coisa for alie- útil e clara ao estudo dos apontamentos
3. Distinções entre Direitos Reais X Direi- nada durante a locação, o adquirente não ficará realizados, para que se possa desenvolver
tos Pessoais (ou obrigacionais) obrigado a respeitar o contrato, se nele não for os institutos, devendo, para tanto, distinguir
a) Podemos conceituar o direito real como consignada a cláusula da sua vigência no caso o tipo a que pertence enquadrá-la na cate-
goria mencionada e aplica-las os preceitos
sendo o poder jurídico, com exclusividade de alienação, e não constar de registro”. à espécie.
e contra todos, do titular do direito sobre Assim, diante do mencionado e para fins
a coisa. 4. Elementos das Obrigações didáticos, classificam-se as obrigações em:
b) Podemos conceituar o direito pessoal 4.1. Subjetivo: é aquele que concerne aos Outras espécies:
como sendo aquele vínculo jurídico pelo qual sujeitos da relação jurídica, quais sejam, sujeito
o sujeito ativo (credor) pode exigir do sujeito ativo (credor) e sujeito passivo (devedor).” O É a transferência de um bem jurídico, de
passivo (devedor) determinada prestação. sujeito ativo ou credor é aquele em proveito de um direito ou de um dever por uma pessoa
3.3. Principais distinções entre direitos quem se deve efetuar a prestação e que poderá

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Obrigação civil Aquela fundada no vínculo jurídico, sujeitando Ex.: cumprimento de um determinado
o devedor à realidade de uma prestação no contrato, sob pena de sua execução.
Obrigação em interesse do credor.
relação ao seu Obrigação natural Credor não poderá exigir do devedor certa pres- Ex.: dívidas de jogo.
vínculo Obrigação moral tação.
Ex.: obrigação de socorrer pessoas
Constitui mero dever de consciência, sendo cum- necessitadas.
prida apenas por questão de princípios.
Obrigação de dar Ex.: ocorre quando o devedor se
(arts. 233 a 246, CC) Aquela pela qual o devedor se compromete a compromete a transferir o domínio de
entregar alguma coisa, podendo ser certo ou algum bem ao credor.
incerto seu objeto.
Obrigação de fazer Ex.: prestação de serviços. Advogado
Obrigação quanto (arts. 247 a 249, CC) Prestação consistente na prática de um ato ou
que presta assistência jurídica a um
ao seu objeto serviço pelo devedor.
cliente, mediante uma paga.
Obrigação Ex.: ocorre quando o devedor se com-
Aquela na qual o devedor se abstém de realizar
de não fazer promete a não obstruir determinada
determinado ato, quando poderia livremente
(arts. 250 e 251, CC) passagem.
praticar se não tivesse se obrigado.
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a outra. A transmissibilidade de direitos e obrigações pode ocorrer das seguintes maneiras:
Possibilidade de fracionar a prestação, sem
Ex.: ocorre quando fracionamos uma
Obrigação divisível prejuízo a sua substância. saca de arroz. Cada fração, conserva as
Quanto à divisi-
mesmas características.
bilidade
Obrigação indivisível Impossibilidade de fracionar prestação, sem Ex.: quadro de Portinari. Partindo-se ao
(art. 258, CC) prejuízo de sua substância. meio, perde seu valor e sua integridade.
Ex.: ocorre quando alguém é contratado
É aquela cuja prestação recai somente sobre para pintar um apartamento. Cumprida a
Obrigação simples uma coisa ou sobre um ato, liberando o deve- prestação, imediatamente exonera-se da
dor quando a cumprir. obrigação.

Devedor se compromete a diversas pres- Ex.: entregar um carro e um apartamento


Obrigação cumulativa a uma determinada pessoa.
tações, considerando-se cumprida após o
término de todas. Ex.: ocorre quando o devedor assume
Duas ou mais prestações com objetos dis- uma obrigação de pagar a quantia de R$
Obrigação alternativa 1.000,00 (mil reais) ou de dar 500 kg (qui-
tintos. Estará liberado da obrigação após o
(arts. 252 a 256, CC) nhentos quilos) de saca de arroz ao credor.
Quanto aos ele- cumprimento de uma delas, mediante escolha
Devedor se desone-ra com o cumprimento de
mentos sua ou do credor. uma das obrigações.

Devida uma única prestação, ficando, porém,


Obrigação facultativa
facultado ao devedor, e só a ele, exonerar-se Ex.: alguém se obriga a entregar 10
mediante o cumprimento de prestação diversa sacas de arroz, dispondo, se lhe convier,
e predeterminada. a substituir por R$ 600,00.

Obrigação solidária Havendo multiplicidade de credores ou de Ex.: João e Luiz danificaram o apartamento
devedores, ou de uns e outros, cada credor tem de Carlos, causando estragos no valor de
direito à totalidade da prestação, como se fosse R$ 2.000,00. Assim Carlos poderá exigir
o único; ou cada devedor estará obrigado pelo de qualquer um deles a obrigação de
débito todo, como se fosse o único. pagamento pelos danos.

Obrigação de meio Quando o devedor emprega conhecimentos,


Ex.: prestações de serviços de advo-
meios e técnicas para obter determinado gados.
resultado. Gera responsabilidade subjetiva.
Obrigações Obrigação de resul- Ex.: Profissional médico em cirurgia
O devedor só se exonera da obrigação
quanto ao con- tado quando o fim prometido é alcançado. Gera estética.
teúdo responsa-bilidade objetiva.
É a que tem por conteúdo a eliminação de um Ex.: fiador ou avalista.
Obrigação de garantia risco, que pesa sobre o credor.
Obrigação certa quanto a sua existência e Ex.: contratação de um serviço com valor
Obrigação líquida determinada quanto ao seu objeto. determinado.
Quanto à liqui- Ex.: ocorre quando um juiz profere sen-
Obrigação incerta quanto a sua existência e
dez do objeto Obrigação ilíquida tença sem atribuir o valor da condenação
determinada quanto ao seu objeto.
imposta, necessitando a parte apurar em
liquidação.

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Obrigação pura Não está sujeita a condição, termo Ex.: compra de um livro com pagamento
ou encargo. realizado em cheque.
Quanto aos Obrigação condicional Ex.: venda de área de um terreno, em que
Elementos Subordina-se a evento futuro e in- há por parte do comprador o comprometimen-
Acidentais to de abertura de estrada para passagem
certo. pública, em determinado espaço de
tempo.
Obrigação a termo Ex.: transmissão de um bem a outrem
após a morte do seu proprietário
Subordina-se a evento futuro e certo.
Obrigação principal
Ex.: ocorre quando o inquilino se compro-
Obrigações Existência por si só, sem qualquer mete a entregar a coisa locada, findo o
reciprocamente sujeição a outras relações jurídicas. prazo estipulado no contrato de locação.
consideradas Obrigação acessória
Ex.: juros e fiança.
Obrigação instantânea Sua existência pressupõe a relação
ou momentânea Ex.: contrato de transporte urbano.
jurídica principal.
Obrigação de execu- Consumida num só ato.
ção diferida (de trato Ex.: compra de um veículo com presta-
Obrigações ções agendadas.
sucessivo, periódica,
concernentes ao continuada, duradoura) Desenvolvida durante um lapso de
tempo de tempo.

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É a transferência de um bem jurídico, de um direito ou de um dever por uma pessoa a outra. A transmissibilidade
Transmissibilidade
de direitos e obrigações pode ocorrer das seguintes maneiras:
das Obrigações

Cessão de Crédito Negócio jurídico bilateral pelo qual o credor transfere a outrem, a título oneroso
ou gratuito, os seus direitos na relação obrigacional.
Por ato Assunção de Dívidas Negócio jurídico bilateral pelo qual um tercei- a) expromissão: ocorre quando
“inter vivos” alguém assume a dívida de ou-
(cessão de débito) ro, estranho à relação obrigacional, assume trem.
a posição de devedor, responsabilizando-se b) delegação: ocorre quando
o devedor transfere a terceiro,
pela dívida. delega o débito a terceiro, com o
consenti­mento do credor.
Por ato
“causa mortis” Direito das Sucessões

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Vínculo obrigacional
Adimplemento das Obri-
Intenção de prover o vínculo obrigacional
gações e Extinção Efeito:
das Obrigações Cumprimento da prestação assumida: satisfação exata extinção da obrigação
Presença de “solvens” (sujeito que paga)
1. Conceito: é toda e qualquer maneira e “accipiens” (sujeito a quem se paga)
de extinguir uma obrigacional. É a exe-
cução, ou seja, o cumprimento normal legatário, o cessionário etc. (Art. 308 a 312, relações obrigacionais não se faz apenas
da obrigação. CC) pelo pagamento propriamente dito, mas
Verifique ao lado os elementos essenciais 1.3. Do objeto do pagamento: é aquele que poderá ocorrer por outras formas, quais
de validade do pagamento: fora prometido na relação obrigacional. É a sejam, as formas de PAGAMENTO
1.1. De quem deve pagar: como regra, prestação. (Art. 313, CC) DIRETO e INDI­RETO, discriminadas à
qualquer interessado na extinção da 1.4. Da prova do pagamento: é o instru- seguir:
obrigação pode pagar. Tenha-se como mento que o devedor terá para demonstrar o 2. Pagamento por Consignação
interessado aquele vinculado a um con- cumprimento da obrigação. (Art. 319, CC) O que vem a caracterizar esta forma
trato: o avalista, o fiador, o solidariamente 1.5. Do lugar do pagamento: é aquele onde de pagamento é a realização voluntária
obrigado, o herdeiro, o sublocatário etc. deverá ser cumprida a obrigação assumida. da prestação devida e a satisfação do
(Art. 304 a 307, CC) (Art. 327, CC) interesse do credor. Devendo, para tanto,
1.2. Daqueles a quem se deve pagar: 1.6. Do tempo do pagamento: é a data de efetuar o pagamento no tempo, local e for-
é o destinatário do pagamento, credor pagamento previamente fixada pelas partes. mas devidas sob pena de se constituir em
legítimo, podendo inclusive ser o herdeiro, (Art. 331 a 333, CC) mora. Deve-se observar que o objeto da
na proporção de sua quota hereditária, o Devemos observar que o adimplemento das consignação poderá tanto ser em dinheiro,

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Devedor deposita a coisa devida, Possui natureza jurídica mista, por se
PAGAMENTO
liberando-se da obrigação líquida tratar de um instituto utilizado tanto para
POR CONSIGNAÇÃO
e certa. o Direito Civil quanto para o Direito
Processual Civil.
(arts. 334 a 345, CC)
Substituição na obrigação de uma Possui natureza jurídica de instituto
PAGAMENTO
coisa por outra ou de uma pessoa autônomo. Com o pagamento feito por
COM SUB-ROGAÇÃO
por outra com os mesmos ônus e terceiro, se extingue ante a satisfação do Formas espe-
atributos. credor, mas não em relação ao devedor, ciais de paga-
(arts. 346 a 351, CC)
tendo-se apenas uma substituição legal mento
ou convencional do credor.

Pessoa obrigada por dois ou mais


IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
débitos da mesma natureza, líqui- Natureza jurídica de efeito liberatório da
dos e vencidos, a um só credor obrigação
(arts. 352 a 355, CC)
com direito de escolha qual deles
está pagando.

Acordo de vontade para entrega Natureza jurídica é de pagamento indire-


DAÇÃO EM PAGAMENTO
de coisa diferente da previamente to, por ser um acordo liberatório.
ajustada.
(arts. 356 a 359, CC)
Criação de uma obrigação nova Natureza de negócio jurídico.
NOVAÇÃO
extin­guindo a anterior, modificando
o objeto ou substituindo uma das
(arts. 360 a 367, CC)
partes.
COMPENSAÇÃO
Duas ou mais pessoas são ao mes­ Natureza jurídica de pagamento indireto
mo tempo credoras e devedoras de modo extintivo de obrigação. Formas indi-
(arts. 368 a 380, CC)
umas das outras. retas de paga-
mento
CONFUSÃO
Incidência de uma mesma pessoa Natureza jurídica de pagamento indireto
nas qualidades de devedor e com efeito liberatório.
(arts. 381 a 384, CC)
credor.
REMISSÃO
Modalidade de pagamento indireto Natureza jurídica bilateral e também de
que extingue a obrigação em razão ato unilateral.
(arts. 385 a 388, CC)
da exoneração dada pelo credor
ao devedor

quanto em bens móveis ou imóveis. Ainda legal ou automática (aquela imposta pela lei) pela vontade do credor (art. 353, CC); ou
assim, faz-se necessário observar os re- e a convencional (aquela resultante entre o em virtude da lei (art. 355, CC).
quisitos de validade presentes no Código credor e terceiro). Seus efeitos estão disci- Ex.: Suponhamos três dívidas, respectiva-
Civil e no Código de Processo Civil (arts. plinados nos arts. 349 a 351 do CC. mente de R$ 100, 200 e 300 mil reais, to-
890 a 900 do CPC), para todo o proce- Ex.: Ocorre quando o avalista paga títulos em das líquidas, certas e vencidas. O devedor
dimento da consignação. O pagamento operação de alienação fiduciária. Por força de resolve fazer uma oferta para pagamento
em consignação judicial, quando válido, lei, se sub-roga em todos os direitos, ações, de cem mil reais. Tal importância não é
produzirá determinados efeitos, tais como privilégios e garantias, em relação ao débito, suficiente para saldar a totalidade dos
a exoneração do devedor, extinguindo contra o devedor principal. débitos. Assim, é necessário saber em
a obrigação; constituição do credor em qual débito será imputado o pagamento.
mora; liberação do fiador, dentre outros. 4. Imputação do Pagamento O devedor poderá pagar toda a dívida de
poderá ser ajuizada em face daquele Verifica-se na hipótese de existirem dois ou cem mil reais ou pagar, em partes, uma
que figurar no pólo passivo da relação mais débitos de mesma natureza em relação das outras.
jurídica; já o titular do direito real dispõe a um único credor. São requisitos para a 5. Dação em Pagamento
de ação real contra quem detiver a coisa, imputação do pagamento a dualidade ou mul- Acordo liberatório feito entre credor e
indistintamente.Art. 327, CC) tiplicidade de débitos, identidade das partes, devedor, em que o credor concorda com
igual natureza das dívidas, débitos líquidos a entrega de coisa diversa da inicialmente
3. Pagamento com sub-rogação e vencidos, possibilidade de o pagamento avençada. É necessária a existência de
Ocorre uma substituição na relação obri- resgatar mais de um débito. Por conseguinte, débito vencido; “animus solvendi”; objeto
gacional, devendo, em ambas as hipóte- deve ser observado que são três as espécies diverso do constituído anteriormente na
ses, prevalecer ônus e atributos. São duas de imputação do pagamento, quais sejam: prestação e aceitação por parte do credor
as hipóteses de sub-rogação existentes: aquela indicada pelo devedor (art. 352, CC); na substituição. Seu efeito produzirá a

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extinção da obrigação. e vice-versa. “A” é credor de “B”, porém indenizatórias.
Ex.: Acordo existente entre João e Luiz, “B” é herdeiro de “A”. Com o óbito de “A”, a Se a mora é do credor: receberá a coisa
em que aquele deve a este mil reais. A herança, contendo o crédito, transmitir-se-á no estado em que se encontra, com todas
liberação de João se aperfeiçoará com a “B”, operando-se, então, a confusão das as suas conseqüências.
a entrega dos mil reais. Mas é possível qualidades de credor e devedor, extinguindo- 1.4. Cessação da mora: ocorrerá quando
que eles acordem que, em lugar do se o vínculo creditício. Outro exemplo: marido houver renúncia do credor ou do devedor
pagamento em numerário, João cumpra e mulher, casados sob o regime da comunhão aos direitos que dela provinham.
a obrigação mediante a entrega de um universal de bens. Antes das núpcias, quando
aparelho de DVD de última geração. Luiz ainda eram credor e devedor reciprocamente, 2. Inadimplemento propriamente dito
aceita que a obrigação assim se cumpra e deixam de sê-lo com o casamento, dando- Ocorrerá quando o devedor não realizar
o recebimento do bem implica a extinção se, então, a comunicação dos patrimônios o pagamento da obrigação. Como regra,
da obrigação. e conseqüentemente a extinção da relação observar-se-á que o credor terá direito ao
obrigacional. pagamento forçado da obrigação, quando
6. Novação possível, e, não sendo possível, fará jus
É o ato que cria uma obrigação destinada 9. Remissão ao seu equivalente em dinheiro, com
a extinguir a precedente, substituindo-a. É a liberação graciosa do devedor pelo credor, perdas e danos em qualquer caso.
São requisitos necessários o consen- que voluntariamente abre mão de seu crédito, Assim, resumindo, observaremos abai-
timento, a existência jurídica de uma mediante consentimento do devedor, desde xo:
obrigação, constituição de uma nova que não haja prejuízo a terceiros. Poderá ser Cláusula
obrigação e a intenção de novar. Pode total ou parcial, expressa ou tácita. Produz
ser novação objetiva ou real (ocorre Penal
efeito para extinguir a obrigação.
quando o devedor contrai com o credor Ex.: João, credor de Luiz por R$ 10.000,00 1. Conceito: é a fixação de uma pena ou
nova dívida, para extinguir e substituir a (dez mil reais), impressionado com as fata- multa com o escopo de evitar o descum-
anterior) e novação subjetiva ativa (quan- lidades que recaíram recentemente sobre primento da obrigação principal, da qual
do, em virtude de obrigação nova, outro o devedor, perdoa-lhe a dívida, fazendo-lhe é acessória. É um reforço da obrigação
credor é substituído ao antigo, ficando o entrega voluntária do titulo da obrigação, principal.
devedor quite com este) ou passiva (nos aliviando a difícil situação econômica que
casos em que o novo devedor sucede ao enfrenta. 1.1. Características: veja a tabela ao
antigo, ficando este quite com o credor). Link Acadêmico 6 lado
Tem efeito liberatório porque cria uma
nova obrigação para extinguir outra, a Inadimplemento 1.2. Espécies:
que substitui. das Obrigações
Ex.: João promete a Pedro a entrega de Ocorre quando há descumprimento de obri- 1.2.1. Compensatória: é aquela que é
um veículo. Vendo a impossibilidade do gações previamente ajustadas, ou seja, o esti­pulada para a hipótese de total inadim­
adim-plemento, concorda em substituir a não cumprimento do ato jurídico por parte do plemento da obrigação (art. 410, CC).
obrigação pela entrega de cem aparelhos devedor em relação ao credor. É um efeito
de TV. indesejável das obrigações. Portanto, todo 1.2.2 Moratória ou compulsória: é
aquele que descumprir uma obrigação pré- aquela destinada a evitar o retardamento
7. Compensação ajustada responderá, com seu patrimônio, culposo no cumprimento da obrigação, ou
Modalidade de pagamento indireto que pelos prejuízos que causar. em segurança especial de outra cláusula
extingue a obrigação entre pessoas que determinada (art. 411, CC).
são, ao mesmo tempo, credor e devedor 1. Inadimplemento por atraso injustificável:
uma da outra. Pode ser classificada em MORA (art. 394, CC) 1.3. Valor: o valor da cominação a ser im-
três espécies distintas, quais sejam: Ocorre mora quando houver atraso injus- posta não poderá exceder o da obrigação
compensação legal (decorrente da lei), tificável no cumprimento da obrigação, seja principal (art. 412, CC). Nada obsta que
convencional ou voluntária (decorre da por parte do devedor, em pagar, seja por outros dispositivos legais estipulem seus
vontade das partes) e judicial (decorre parte do credor, em receber, no tempo, lugar percentuais. Observar art. 52, § 1º, CDC,
de ato do juiz). e forma devidos. art. 1336, § 1º, CC, etc.
Ex.: João deve a Luiz R$ 100.000,00 e 1.1. Mora do devedor (mora “solvendi” ou
Luiz deve a João R$ 80.000,00. João e mora “debitoris”): ocorre quando o devedor,
Luiz são reciprocamente credor e deve- injustificadamente, não realizar o pagamento
dor um do outro. A extinção da obrigação no momento aprazado. 17. Conceito: são os rendimentos de-
operar-se-á até a concorrência de valores Requisitos: exigibilidade, liquidez, certeza, correntes do capital. Considerados frutos
devidos. Os débitos extinguir-se-ão até ilegitimidade do atraso, constituição em mora civis da coisa. É o benefício decorrente do
onde se compensarem, restando apenas (mora “ex persona”: ato do credor e mora “ex emprego de capital.
os R$ 20.000,00 para o adimplemento. re”: própria natureza da obrigação).
1.2. Mora do credor (mora “accipiendi”
8. Confusão ou mora “creditoris”): opera-se sempre
Verificar-se-á sempre que as qualidades que o credor, injustificadamente, retardar o
de credor e de devedor reunirem-se numa recebimento do pagamento da obrigação a
mesma pessoa e na mesma relação que se submeteu.
obrigacional. São duas as espécies exis- Requisitos: Exigibilidade, liquidez, certeza,
tentes: total (quando em relação a toda ilegitimidade do atraso, constituição em mora
a dívida) e parcial (quando em relação à (mora “ex persona”: ato do credor e mora “ex
parte da dívida, subsistindo neste caso o re”: própria natureza da obrigação).
restante dela em vigor). Tem efeito extin- 1.3. Purgação da mora: efetuar ou receber o
tivo da obrigação. pagamento fora do prazo, tardiamente.
Ex.: Na sucessão hereditária, o credor Se a mora é do devedor: efetua-se o pa-
poderá vir a ser o sucessor do devedor gamento com os devidos juros e verbas

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Impossibilidade de o credor receber Ex.: Contratação de “buffet” para ser entregue às
- Descumprimento da obrigação 20h do dia 1° de janeiro de 2007, dia do aniversário
INADIMPLEMENTO ABSOLUTO - Não cabe purgação de 15 anos de uma jovem. Não sendo entregue no
(integral ou total) - Não há mora horário agendado, torna-se imprestável o objeto.
- Direito a perdas e danos. Sem direito à prestação

- Possibilidade de o credor receber Ex.: Contratação de “buffet” para ser entregue às


- Descumprimento da obrigação 15h do dia 1º de janeiro de 2007, data do aniver-
- Cabe purgação sário de 15 anos de uma jovem. A festa apenas
INADIMPLEMENTO RELATIVO - Há mora teria início às 20h. Entrega sendo feita fora deste
(parcial, mora ou atraso) -Direito a exigir os prejuízos causados, assim como a prazo, mas antes das 20h, não se torna imprestável
prestação a que fora submetido o objeto.

Juros
Legais

17.1. Espécie: ACESSORIEDADE Liga-se a uma obrigação principal


17.1.1 Compensatórios ou re- COEXIST NCIA NA ÁREA OBRIGA- Adapta-se a qualquer das espécies de obriga-
De acordo com a destinação

muneratórios ou juros-frutos:
devidos para compensação pela CIONAL ção: dar, fazer ou não-fazer
utilização de dinheiro alheio.
17.1.2 Moratórios: são aqueles LIQUIDAÇÃO DO DANO Já traz a prefixação do valor
incidentes em caso de retar- facilidade
damento na sua restituição ou Presume-se a culpa do que atrasou, no
descumprimento da obrigação. COMPROVAÇÃO DA CULPA OU DANO cumprimento de sua obrigação, ou do que a
É uma espécie de indenização/ dispensabilidade pelo inocente inadimpliu
sanção pelo descumprimento de
determinada prestação.
CONTRATUALIDADE Consentimento dos interessados, mesmo que
17.1.3 Juros legais: quan- posterior
De acordo com
a origem/fonte

do fixados em lei.
17.1.4 Juros convencio-
nais: quando estabelecidos monetária, serve para atualizar o débito e mentos determinados nos arts. 402
pelas partes contratantes. fazer incidir os juros legais. a 404 do CC.
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18. Regulamentação legal: taxa legal Arras ou
de juros não é mais fixa, devendo-se ob- Sinal
servar os índices adotados pelo Conselho
Monetário Nacional. Padrão utilizado é 19. Conceito: é aquela quantia ou coisa entre-
o da taxa SELIC (Sistema Especial de gue por um dos contratantes ao outro, como
Liquidação e Custódia). forma de confirmação do acordo volitivo.
Porém, é de se ressaltar que a I Jornada
de Direito Civil entendeu que o art. 406 19.1 Natureza: tem natureza jurídica de
A coleção Guia Acadêmico é o ponto de partida dos estudos
do CC deve ser interpretado com base contrato bilateral, do qual constitui pacto das disciplinas dos cursos de graduação, devendo ser
no Enunciado 20 do Conselho da Justiça acessório. complementada com o material disponível nos Links e
com a leitura de livros didáticos.
Federal, que assim reza:
Enunciado 20 - Art. 406: a taxa de juros 19.2 Espécies: Direito Civil – Obrigações – 3ª edição - 2009
moratórios a que se refere o art. 406 é Coordenador:
a do art. 161, § 1º, do Código Tributário 19.2.1 Confirmatórias: aquelas usadas Carlos Eduardo Brocanella Witter: Professor
Nacional, ou seja, um por cento ao mês. para confirmar o negócio. universitario e de cursos preparatorios ha mais de 10
19.2.2 Penitenciais: aquelas consisten- nos, Especialista em Direito Empresarial; Mestre em
A utilização da taxa SELIC como índice de Educacao e Semiotica Juridica; Membro da Associacao
apuração dos juros legais não é juridica- tes na entrega de uma quantia ou coisa Brasileira para o progresso da Ciencia; Palestrante;
mente segura, porque impede o prévio co- em caso de direito de arrependimento. Advogado e Autor
nhecimento dos juros; não é operacional, Autor:
porque seu uso será inviável sempre que Perdas Erivan Macêdo, Advogado, Especialista em Direito e
Professor de Direito Civil.
se calcularem somente juros ou somente e Danos
correção monetária; é incompatível com A coleção Guia Acadêmico é uma publicação da Memes
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a regra do art. 591 do novo Código Civil, Correspondem ao equivalente prejuízo Endereço eletrônico: www.memesjuridico.com.br
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dos juros, e pode ser incompatível com o virtude do não cumprimento da obrigação meio ou processo, sem a expressa autorização do autor
art. 192, § 3º, da Constituição Federal, se pelo devedor, transformando em dinheiro e da editora. A violação dos direitos autorais caracteriza
crime, sem prejuízo das sanções civis cabíveis.
resultarem juros reais superiores a doze correspondente ao desequilíbrio sofrido
por cento ao ano. pelo lesado.
Este enunciado não vem sendo apli- A indenização deverá ser determinada
cado pelo STJ em seus julgados. Este por sentença judicial, por convenção das
Tribunal vem aplicando a Taxa SELIC, partes e por determinação legal, conforme
que, por computar juros e correção seja o caso. O juiz observará os procedi-

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