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PEDAGÓGICO?
&
VALENÇA – BAHIA
2004
EGNALDO ALVES BARRETO
&
PEDAGÓGICO?
VALENÇA - BAHIA
2004
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO___________________________________________________ 04
METODOLOGIA__________________________________________________28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS__________________________________ 38
ANEXOS________________________________________________________ 42
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INTRODUÇÃO
outras.
A EJA vem se legitimando por todo o Brasil através da oferta de vagas por
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organização do trabalho pedagógico da escola como um todo”. Representa um
pedagógico é crucial e daí surge as nossas inquietações que nos move a realizar
uma pesquisa.
pedagógico?
(...) Ela concerne, num primeiro momento, à maneira como nós, sujeitos
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práticas educativas. Objetiva também questionar sobre as formas de
trabalhos da EJA nos anos seguintes tanto no que tange ao projeto político-
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REVISÃO DE LITERATURA I
de adultos ficou à margem por um tempo e veio ressurgir no século XIX, devido ao
crescimento econômico.
Brasil já contava com 117 dessas escolas. No entanto, essas escolas noturnas
além de não atender aos interesses dos presidentes das províncias, não eram
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estabelecimentos de ensino profissional” (PAIVA, 1987, p.169).
foram abertos mais quatro centros de ensino, com novos cursos: básicos,
ausência de verbas.
p.171-172):
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atenções. E finalmente, com a regulamentação do Fundo Nacional do Ensino
vultuosos recursos.
apela pela ampliação das redes estaduais de ensino supletivo, com recursos do
– CEAA, dirigida predominantemente ao meio rural, já que até então o ensino para
situação do Brasil nas estatísticas mundiais de analfabetismo”. Ela era dirigida por
Lourenço Filho (in. PAIVA, 1987, p.179) que sobre ela pronunciou-se:
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analfabetismo, através da difusão da instrução para a partir daí, proporcionar
p. 182). Para alguns ela era instrumento da democracia liberal para combater
ideologias estranhas.
conclui que:
psicológica (PAIVA, 1987, p. 186). E Thorndike com seus estudos demonstrou que
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a capacidade de aprender não está condicionada pela idade. Surge também
silábico.
203).
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O pensamento pedagógico de Paulo Freire, assim como sua proposta
e educação popular que se realizaram no país no início dos anos 60. Freire
propunha uma ação educativa que não negasse a cultura do analfabeto, mas que
popular que se haviam multiplicado entre 1961 e 1964 foram vistos como ameaças
conservadores.
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esvaziando-os de todo sentido crítico e problematizador. Durante a década de 70,
em 1985. Seu lugar foi ocupado pela Fundação Educar, que abriu mão de
como “garantir a esse segmento social que vem sendo marginalizado nas esferas
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§1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos
adultos, que não poderão efetuar os estudos na idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características
do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante
cursos e exames.
§2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência
do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares
entre si.
Art. 38 – Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos
que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento dos estudos em caráter regular.
§1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I – no nível de conclusão do ensino fundamental, para maiores de 15
anos.
II – no nível de conclusão do ensino médio, para maiores de dezoito
anos.
§2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por
meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
enquanto modalidade que requer uma atenção específica, com vista a atender as
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A EJA também é citada no Plano Nacional de Educação – PNE, Projeto de
Lei n° 155/98 com direito a um capítulo próprio. O plano aponta ir além das séries
idade/série.
representa uma dívida social não reparada com os jovens e adultos que não
acesso de jovens adultos à escola que lhes fora historicamente usurpado, mas
CNE/CBE nº 4/98, diz que não se deve confundir a idéia de reparação com a de
suprimento:
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Nada mais significativo e importante para a construção da cidadania do
que a compreensão de que a cultura não existiria sem a socialização das
conquistas humanas. O sujeito anônimo é, na verdade, o grande artesão
dos tecidos da história.
Nestes termos, é que a EJA tem que ser pensada como um modelo
e formação dos alunos trabalhadores. Assim, ela estará também exercendo sua
igualitárias, justas.
Ela tem como base o caráter incompleto do ser humano cujo potencial de
desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros
escolares ou não escolares. Mais do que nunca; ela é um apelo para a
educação permanente e criação de uma sociedade educada para o
universalismo, a solidariedade, a igualdade e a diversidade.
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possível se formar, transformar e transcender nos espaços onde vivem e
A partir das colocações sobre as funções que dão sentidos a EJA, vale
entre comunhão e busca. Por isso, não podemos nos colocar na posição do ser
superior que ensina um grupo de ignorantes, mas sim na posição humilde daquele
que comunica um saber relativo a outros que possuem o outro saber relativo.
Para Freire (1979, p. 29), não há educação sem amor. “O amor implica
luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode
educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto. Quem não ama
não compreende o próximo, não o respeita”. Ele enfatiza também que uma
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os espaços geográficos e históricos. O homem se identifica com a sua própria
homens, dentro de sua sociedade, vão respondendo aos desafios do mundo, vão
atividade criadora.
novos valores. Nesse sentido, a idéia de participação está mais presente nas
massas que começam a exigir a sua presença no processo. Ele então faz uma
de abertura, umas mais que outras, mas a educação ainda permanece vertical. O
professor ainda é um ser superior que ensina a ignorantes. Isso forma uma
Mas o curioso é que o arquivado é o próprio homem, que perde assim o seu poder
de criar, se faz menos homem, é uma peça. O destino deve ser criar e transformar
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medíocres, porque não há estímulo para a criação. Como afirma Freire (2003, p.
58):
essencialmente nos campos social e político” (FEITOSA, 1999, p. 20). Para uma
melhor contribuição sobre o método vale ressaltar os dois princípios que a norteia.
consciência ingênua para a consciência crítica. Feitosa (1999, p. 22) coloca que:
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do Método Paulo Freire uma metodologia de caráter eminentemente
político.
(1975. p.89) diz que “a pedagogia proposta por Paulo Freire é fundamentada
diálogo.
Para Freire (1987, p. 81) “a atitude dialógica é, antes de tudo, uma atitude
dialógica e, como tal, prepara o homem pra viver o seu tempo com as
O Método Paulo Freire foi estruturado em três momentos “que pela sua
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O método começava por localizar e recrutar os analfabetos residentes na
área escolhida para os trabalhos de alfabetização. Prosseguia mediante
entrvistas com os adultos inscritos nos “círculos de cultura” e outros
habitantes selecionados entre os mais antigos e os mais conhecedores
da realidade. Registravam-se literalmente as palavras dos entrevistados a
propósito de questões referidas às diversas esferas de suas experiências
de vida no local (...).
realidade social, cultural, política, etc.; c) devem ser selecionadas de maneira que
sua seqüência englobe todos os fonemas da língua, para que com seu estudo
primeira visão ingênua por uma visão crítica, capaz de transformar o contexto
pouco saber faz com que os homens se transformem esse ponham a si mesmos
como problemas”.
de 60, continua vivo e em evolução entre aqueles que trabalham com as suas
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superação da opressão e desigualdades sociais através do desenvolvimento da
REVISÃO DE LITERATURA II
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
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Falar sobre Projeto Político-Pedagógico pressupõe inicialmente apresentar
passado do verbo projicere, que significa lançar para diante (VEIGA, 2001, p.12).
indissociável.
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como espaço público de diálogo, debate, reflexões, formação e transformação
coletivas.
escolares.
13) ou como projeto pedagógico (art. 14, inciso I), “o projeto político-pedagógico
pelo sucesso do aluno e por sua inserção na cidadania crítica”. Deve-se cuidar
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suas etapas e durante todo o processo, a fim de garantir o caráter dinâmico da
ou seja, se vejam como pessoas capazes de criar ou mudar a ordem social. Torna-
coletivo, o projeto que será o fio articulador para o trabalho de toda a escola, na
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melhores e a sociedade mais justa. Com um propósito comum, partilham
suas próprias contradições. Não existem duas escolas iguais. Diante disso,
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presença precisa ser sentida no conselho de escola ou colegiado, mas também,
Sobre isso Padilha (2003, p. 132) afirma que a Escola Cidadã é uma
escola viva, ativa, criativa e participativa, “que defende, como princípios básicos ,
METODOLOGIA
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procedimento. Optamos pelo caminho da pesquisa. “Na medida que concebemos
p.43).
diálogo, legitimação das vozes dos entrevistados, pois que, “a escuta sensível,
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pela história científica silenciadora e castradora” (MACEDO, 2000. p. 198).
Nessas duas ciências ele serviu de elemento decisivo para a elaboração de uma
pressuposto da irracionalidade, de que fala Laudan (1984, p.128). Isto quer dizer
que as representações sociais são racionais, não por serem sociais, mas porque
elas são coletivas. Do mesmo modo que muitos psicólogos e sociólogos, sentem
repulsa do dualismo do mundo individual e do mundo social. Ora, por razões que
teoria como na prática. Isso tem como conseqüência uma visão bastante estática,
representações sociais foi o fio central que deu forma ao tecido dessa discussão.
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Não raro, é assim que a encontramos em muitos dos estudos desenvolvidos pela
sociedade nos fenômenos psicossociais. Pois é exatamente aí, que a teoria das
puro, a teoria das representações sociais centra seu olhar sobre a relação entre os
dois. Não é acidental, portanto, que uma das bases mais fortes que a teoria das
revelador do papel central que o mundo social ocupa nas representações sociais.
representações sociais.
instituições, nas ruas, nos meios de comunicação social, nos movimentos sociais,
ordem do imaginável.
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(1984, p.81) é uma das perspectivas de entendimentos da elaboração e da
disciplina que se ocupa das relações entre professores, alunos, conteúdos, formas
e contexto de ensino.
expande, além do “eu e tu” para o coletivo social mais amplo. Acreditam-se, no
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relações humanas incorporem ao sentimento positivo que aproxima “eu e tu”, o
conhecimento.
agentes sociais e por meio das quais seus comportamentos se regulam. A rede de
imaginários sociais traduzem as criações do grupo social de tal forma que estas
social.
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apenas soma de imagens e idéias retidas pela memória”.
trocas sociais”. Dessa forma, existiria uma relação de constituição unilateral entre
sentidos por uma espécie de sombra projetada por ideais construídos por ele.
verdadeira escola.
maioria das outras teorias em Psicologia Social é que elas negligenciam esta
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produção e este pensamento.
trabalha de forma particular a noção de visão de mundo. Para ele, a vida social,
cultural. Em síntese, Weber, junto com Durkheim (1978, p.205), nos remete a
Schulz.
não podem ser reproduzidas apenas ao seu conteúdo cognitivo. Precisam ser
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na orientação da ação e da comunicação.
mais adequado aos objetivos do trabalho. Essas condições antecedentes são elas
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pública. Alguns teóricos das Representações Sociais fazem questão de distinguir a
interesse marginal.
(1990, p.79), sugeriu que existem duas abordagens para analisar os processos
através dos quais as representações sociais são construídas. O primeiro, que ele
sugere ser o mais típico em psicologia social, é descrito como o modo de Bartlett
sociais são organizadas e os meios através dos quais elas são comunicadas em
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praga. Embora isso resulte em uma variedade de diferentes representações
ameaça.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BAHIA. Secretaria Estadual de Educação. Gerenciando a escola eficaz,
Salvador, 1998.
Cortez, 2001.
38
FREIRE, Ana Maria Araújo. Analfabetismo no Brasil: da ideologia da
1993.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 23. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
1967.
______. Convite à leitura de Paulo Freire. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1990.
Romão (orgs.) 3. ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo freire, 2000.
39
GADOTTI, Moacir. e ROMÃO, J. E. (Org.). Educação de jovens e adultos:
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra.
2003.
40
PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o projeto
2003.
PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática na escola pública. 3. ed. São Paulo:
Ática, 2000.
vara, onze teres sobre educação e política. 30. ed. Campinas, SP: Autores
Associados, 1996.
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ANEXOS
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Questionário Destinado aos Professores das Escolas Municipais de
Educação de Jovens e Adultos - I Segmento, Mutuípe – Ba
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
5.0 Idade: ( ) 18 – 23 ( ) 24 – 29 ( ) 30 – 35 ( ) 36 – 41 ( ) 42 – 47
( ) 48 – 53 ( )Acima de 54
II – QUESTÕES BÁSICAS
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4.0 Como se dá a construção do Projeto Político-Pedagógico?
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7.0 Professor (a) _____________________ o que lhe vem à mente quando lhe
falo as palavras Projeto Político-Pedagógico?
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