Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
br
EDITORIAL
S e eu contasse ninguém acreditaria! Seria essa boa nova taxada como mais uma estória de
pescador? Mas seria esse o rótulo do homem do mar? Mentiroso? Por quê? Muitos ainda duvidam da
existência de Zé Peixe, enquanto outros questionam se haverá outro baile na EFOMM – RJ e se os
convidados das alunas conseguirão adentrar ao local. No final das contas, tudo o que acontece nessa
Escola, de segunda-feira a domingo, resume-se a uma eterna propagação de perguntas e dúvidas, das
mais simples às mais complexas e elaboradas, quase sempre sem respostas. Ninguém quer deixar de
saber de tudo, mas todos sabem de quase nada. “Neguinho disse!” ou “Sabe o que eu escutei na Praça
do Sufoco?” são frases que escutamos antes de uma longa ou breve notícia, e nunca se sabe se o que
estamos escutando é verídico ou se é alguma “carteação”. Talvez seja porque um dos grandes ícones da
Escola, antigamente usual na rotina mensal, sumiu. Sumiu por dois longos anos e quem sabe agora ele
comece a bater asas novamente? São tantas essas dúvidas e perguntas, que por enquanto temos apenas
uma resposta certa que finalmente pode ser apresentada: O Pelicano voltou! Foi muito difícil dizer esta
última frase com essa força, mas aqui está. Após inúmeros obstáculos, ele voltou e, agora, com mais
força! Esse pássaro fofoqueiro, intrometido, inteligente e descolado encontrou um novo poleiro e agora
voa na grande rede mundial. Em breve no endereço “ www.samm.org.br “ O Pelicano irá se mostrar mais
vivo e próximo ao corpo de alunos da EFOMM – RJ e à qualquer outra pessoa ligada direta ou indiretamente
a este mundo fantástico da Marinha Mercante. É uma nova equipe, nova formatação, é um outro pelicano.
Notas Marítimas
Flávia Rocha
Após cinco anos de trabalhos integrados e diversas reuniões, os 106 Estados Membros da
Organização Mundial do Trabalho, através de seus 318 delegados, aprovaram a convenção única para
os trabalhadores marítimos do mundo. O resultado obtido certamente irá melhorar as condições de trabalho
de milhares de pessoas que atuam nesse ramo. Essa convenção já está sendo chamada de Declaração
Universal dos Direitos da Gente do Mar, a qual dispõe sobre as mínimas condições exigidas de
qualificação, emprego, remuneração, férias, acomodação, segurança e seguridade social, e também
protegerá os trabalhadores das condições laborais a bordo dos navios que operam com bandeiras de
conveniência.
Após denúncia feita, o navio Matarani, da companhia de navegação americana Prams Water Ship-
ping, foi autuado pela Delegacia Regional do Trabalho em Belém. A embarcação, que adota a bandeira
de conveniência, não oferecia condições salubres de trabalho para os marítimos embarcados. O chefe
da seção de inspeção do trabalho do Pará, José Ribamar Miranda da Cruz, enfatiza: “Haverá o
acompanhamento desse processo, pois os trabalhadores brasileiros precisam de condições básicas
para desempenhar o trabalho”.
Grêmio de Máquinas Atualidades Marítimas
Spomberg Vanessa Freitas
A lexandre Cherman, 33 anos, morador do Rio de Na sua opinião, o atual rumo da educação não
Janeiro, bacharel em Astronomia, mestrado e está bom, mas pode progredir com uma melhor
doutorado em Física, astrônomo da Fundação formação técnica e profissional dos professores.
Planetária do Rio de Janeiro e professor visitante do Estes devem estar bem preparados e prontos
CIAGA (conferencista). Cresceu em Santos, para responder qualquer pergunta.
onde seus pais moravam e lá completou o ensino Com dois empregos e com a ajuda da
fundamental e médio em colégio particular. Após se esposa, que também trabalha, ele não se
formar, prestou vestibular para Engenharia. Passou, considera rico, mas consegue viver bem. Porém,
porém não compareceu ao curso. Permaneceu um afirma que trabalha de sete da manha às dez da
ano estudando nos Estados Unidos fazendo noite. Apesar de tudo, é muito feliz nas profissões
intercâmbio cultural. em que atua. Considera-se bem casado e não
Voltou para o Rio de Janeiro para estudar possui filhos, mas um dia planeja tê-los. Resume
Astronomia, uma vez que já se interessava pela que a situação em que se encontra lhe agrada.
profissão, devido a influência de seu pai, oficial da Quanto à avaliação dos alunos, Cherman
Marinha Mercante. Tal motivação se explica pelo fato afirma que a prova é um reflexo do relacionamento
de, na época, o GPS não ser usado em larga escala turma-professor, devendo ser feita no nível da aula,
e a astronomia ser muito mais utilizada do que hoje o que é uma questão de respeito para ambas as
em dia. partes. Ele acha divertido a fama de terror que
Para você, leitor, que talvez não saiba, um possui e acredita ser natural alguns alunos
astrônomo não fica a noite inteira olhando para o céu. gostarem de seu método e outros não. Para ele,
A profissão exige muito cálculo e muita física. A o mais importante é que exista respeito
astronomia na vida das pessoas encontra-se, por profissional.
exemplo, na parte de satélites, a chamada “mecânica
celeste”.
DESAFIO
É preciso organizar alguns navios de uma maneira em que reparos aconteçam nos mesmos
em suas respectivas docas e especificações. Os navios maiores são os navios Andréa, Mayca,
Mary, Samir, Amon, Theodor e os menores são: Savier, Loise e Marine. Sabe-se que os navios
menores devem ficar ao centro, e os maiores devem ficar nas posições 1, 2, 3, 7, 8 e 9. As docas
são intercaladas por cor verde e marrom. Andréa e Theodor estão em cor verde; Loise está
imediatamente a bombordo de Samir, e Mayca está em marrom, a bombordo de Andréa. Mary
está entre dois navios de grande porte. Theodor não é nem o primeiro nem o nono navio nas
docas. Marine está a bombordo de Andréa, mas não imediatamente dentre os menores. Qual a
posição de cada navio? A resposta você confere na próxima edição. Boa sorte!
BIZU
State Control - MOU) visando assegurar esta
tarefa de modo harmonioso e não discriminatório.
Bragança O primeiro MOU, o de Haia em 1978, foi alargado
Atualmente, é a Organização Marítima em 1982 (MOU de Paris) à maioria dos países da
Internacional (IMO- International Maritime Europa do Norte para enfrentar as bandeiras de
Organization) o motor da ação internacional em conveniência (oficialmente “de livre registro”).
matéria de segurança marítima. Esta organização Certos acordos do mesmo tipo existem agora
tomou a seu cargo as convenções internacionais para as zonas: América do Sul, Extremo Oriente,
celebradas anteriormente à sua implementação Caraíbas, Mediterrâneo, Oceano Índico, África
efetiva em 1982 e está encarregada de colocá-las Central e Ocidental, Mar Negro.
em prática. Desde então, foi sob a sua tutela que Em suma, um dos principais objetivos da
foram introduzidas alterações a convenções, bem IMO é criar regras para que haja uma padronização
como a adoção de novas convenções. das atividades de marinha mercante a fim de zelar
A Sociedade Das Nações (SDN) já tinha pela segurança da navegação, prevenção da
instituído, na época entre-guerras, uma “Comissão poluição do meio ambiente e principalmente zelar
consultiva e técnica para as comunicações e pela vida da tripulação.
trânsito”. Em 1948, em Genebra, uma conferência
da Organização das Nações Unidas (ONU) criou a
Organização Marítima Consultiva Intergovernamental
(IMCO- Inter Governamental Maritime Consultive
ATUALIDADES MARÍTIMAS
Organization) que só começou a funcionar em 1958.
Mas foi necessário esperar por 1975 para que a Thainá
convenção de 1948 fosse revista e permitisse fixar Com o desenvolvimento do mercado de transporte de
o estatuto atual da IMO, que entrou em vigor em cabotagem, a Aliança Navegação e Logística anunciou que,
1982. a partir do segundo semestre de 2006, colocará novos navios
Segundo o modelo das outras organizações para atender o aumento do serviço marítimo. “Na percepção
especializadas da ONU, a IMO consiste numa de que o Brasil, com a extensão que tem e com a
Assembléia que reúne de dois em dois anos descentralização do desenvolvimento nacional, investimos
representantes de todos os Estados-Membros (mais na navegação de cabotagem, sentindo que as rodovias não
de 160 atualmente) e das organizações não- teriam condições de suportar a demanda de carga e a
governamentais com estatuto consultivo, entre os intensidade do transporte, além de o governo brasileiro não
quais se encontra atualmente a Comissão Européia. ter condições de aportar recursos para a imensa malha
Embora a IMO tenha um papel essencialmente rodoviária que temos”, informou em entrevista, José Antônio
técnico, regulamentar e normativo através das suas Cristóvão Balau, diretor de Operações, Logística e Cabotagem
convenções, resoluções e circulares, ela não pode da Aliança Navegação e Logística.
obrigar os Estados a incorporar estes textos nos Em 2005, a empresa movimentou 200 mil TEUs
seus códigos legislativos e regulamentares, nem na cabotagem. E para 2006, a perspectiva é chegar a 250
assegurar a aplicação dos mesmos, ao contrário da mil TEUs. “Para isso, estamos oferecendo espaço, novas
Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), alternativas de serviço, melhorando a regularidade e
que dispõe, desde 1999, de um “Programa universal confiabilidade, esperando assim ter um retorno significativo
de auditorias de supervisionamento da segurança”, do mercado aos nossos investimentos”, ressaltou.
que compreende auditorias regulares, obrigatórias, Com relação aos navios alocados para atuar no
sistemáticas e harmonizadas, efetuadas pela transporte costeiro, a Aliança Navegação conta, atualmente,
Organização em todos os Estados celebrantes, para com sete embarcações de bandeira brasileira, além de mais
assegurar a aplicação das normas e práticas um navio que entrará em operação em breve (Aliança Leblon),
recomendadas. conforme o executivo, e os dois novos (Aliança Brasil e Aliança
Na ausência de uma aplicação eficaz da Europa), com previsão de operarem já no segundo semestre.
regulamentação internacional pelos “Estados da “Com isso, até o final de 2006, teremos dez navios operando
bandeira” (países de origem dos navios), a via mais na cabotagem, disponibilizando uma capacidade total ao
eficiente é a do controle pelos “Estados do porto” mercado de 17 mil TEUs”, disse.
(durante as escalas) com a implantação de acordos
regionais (Memorandum of Understanding on Port
BAILE DOS FERAS 2006
Érika Lanes
O neguinho viu!
Serpa
Esta edição foi digitalizada através do Projeto Memória, divisão do Jornal Pelicano encarregada de
recuperar e digitalizar todo conteúdo produzido pelos alunos da Escola de Formação de Oficiais da
Marinha Mercante.
http://pelicano.sammrj.com.br/memoria
Conheça os Termos de Uso e saiba como colaborar acessando nosso site.