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LUCAS 8.23-27
Em nenhum momento Jesus quis menosprezar a sua família; ele não desmereceu
Maria e seus irmãos. Ele não renegou o seu parentesco. Ele não tinha vergonha dos que
moraram com ele sob o mesmo teto durante 30 anos; porque, durante o seu ministério,
ele não tinha onde reclinar a cabeça.
Segundo Evans (NVBC – Lucas), Jesus queria ensinar aos seus ouvintes a
proposta de uma família que transcende a descendência física de Abraão. Jesus procurou
ensinar o que está escrito em João 1.12 e 13, que há uma família que não nasce de carne
e de sangue, e nem de vontade humana.
1. Como já foi dito, Jesus não menosprezou a sua família gerada segundo a vontade
humana (José casou-se com Maria e gerou filhos).
2. Naquele momento de seu ministério, é até possível que Jesus os tenha deixado lá
fora mesmo; Ele talvez não tenha usado o fato da relação familiar para oferecer
privilégios, ou seja, fazê-los fazer furar a fila para vê-lo. Jesus tratou os seus
familiares como pessoas comuns.
3. Mateus escreve que Jesus estendeu a sua mão para os discípulos, indicando
aqueles que faziam parte da sua família; Ele diz: “Eis minha mãe e meus
irmãos”. (MT 12.49). Jesus com esta expressão estava criando uma nova visão a
respeito de uma nova família: família espiritual.
4. Há período em nossa vida, que a família que nos esconde no peito, a família que
vê de perto as nossas dores, é a família dos chamados domésticos da fé.
5. Paulo usou domésticos da fé (oikeíous tes písteos), como indicativo daqueles que
são da mesma casa, dos que vivem sob o mesmo teto; mas o apóstolo acrescenta
a palavra fé a esse tipo de convivência fraterna. Paulo falava mesmo da igreja e
do relacionamento entre os irmãos, dos da família da fé (NIBB e ARA).
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6. A igreja é a família composta de discípulos; é a família composta daqueles que
têm a coragem de deixar pai e mãe por causa e pela causa de Cristo.
1. A nova família de Jesus, composta dos seus seguidores, dos seus discípulos, tinha
uma característica que não passa por laços de sangue. A nova família de Jesus é
composta daqueles que ouviam e obedeciam a Palavra de Deus (Lucas); é
composta daqueles que fazem a vontade de Deus (Mateus e Marcos).
2. A nova família de Jesus se estendeu através do tempo e o transcenderá. Nós hoje
somos da família de Jesus, como sua igreja, e continuaremos sendo da família
depois das eras vindouras.
3. As famílias cessarão e com as nossas não será diferente. Nossos avós se foram,
nossos pais estão indo e é certo que partiremos; a única família que se ouvirá em
outro tempo é a igreja, a família da fé, a família de Deus.
4. João ao escrever o seu evangelho, disse que os filhos de Deus, os da família de
Deus, são apenas aqueles que receberam a Jesus, os que crêem no seu nome
(1.12).
5. Mas a fé em Jesus não é algo que se transfere em testamento; a fé também não
‘cola’ em ninguém por andar e conviver com os crentes. O processo de filiação
não tem nada a ver com a adoção na família de um crente. O que entra na família
da fé nem precisa ter família. A igreja é a família que acolhe.
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4. A respeito dos gentios, Paulo escreveu aos efésios, que eles estavam fora dos
privilégios concedidos à comunidade de Israel (Ef. 2.12), mas por meio de Cristo
Jesus (v.13-18), foram incluídos como participantes dos mesmos benefícios, por
serem membros da família de Deus (οικειοι του θεου) (v.19).
5. Aos Coríntios, Paulo escreveu que: “quem está em Cristo nova criatura é”. É
nova criatura porque nasceu de novo.
6. Apenas Cristo pode conceder a alguém o privilégio de fazer parte de família de
Deus; através de Cristo, nós os crentes fomos inseridos na família da fé, na
família de Deus. Não éramos em nada diferentes dos efésios! Estivemos fora,
mas em Cristo passamos a fazer parte da família.
CONCLUSÃO
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