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DIGNIFICAÇÃO DO HOMEM

Há um provérbio português que data do século XIV que diz: “ se


queres aprender a orar vai para o mar”. Ir para o mar significava saber
navegar. Mais ainda, significava navegação por conhecenças, como os
próprios navegadores da época diziam, ou seja, implica um conhecimento
adquirido através de um longo e penoso processo de aprendizagem.
Esta saga constituiu uma etapa da formação do sistema mundial, que se
revestiu de uma enorme importância devido ao carácter inovador e
transformador envolvido, principalmente no saber navegar, na construção do
sistema mundial podemos verificar que contem todos os ingredientes,
planeamento, antecipação, inovação, improvisação organizacional,
aprendizagem. Reportando-nos à época poderíamos defini-la como o acordo
de Lisboa um (I)
O actual acordo de Lisboa incentiva-nos à aprendizagem ao longo da
vida devido às diversas e rápidas transformações que a sociedade está a
sofrer não nos podendo garantir continuamente sempre o mesmo emprego e
a mesma profissão, o que se traduz numa aprendizagem constante e quase
diária, aprender desde o berço até ao tumulo ou em linguagem mais popular,
aprender ate morrer.
Este conceito de aprendizagem, como vimos, já existiu no século XIV talvez
a ele se deva a frase “aprender até morrer”, só que não existem manuais de
referência como o de Lisboa.
Mas o saber popular imperou e quando no principio dos anos setenta
do século passado comecei a trabalhar existia a noção que quanto mais se
soubesse mais valor se tinha, melhor patrão se arranjava. Assim iniciei a
minha actividade na construção civil a onde aprendi de tudo um pouco,
carpinteiro, marceneiro, manobrador de máquinas, electricista de
construção civil, passei pela indústria hoteleira, servi o exército Português
onde tirei algumas especializações inerentes à função e em, 1981, ingressei
na Guarda Nacional Republicana onde tirei um curso de formação de 6
meses. Em 1985/86 tirei o curso de cabos que decorreu ao longo de um ano
lectivo, estudei à noite faltando-me a disciplina de matemática para a
conclusão do Curso Geral de Administração e Comercio, frequentei varias
acções de formação dentro e fora do serviço que têm ajudado bastante no
serviço, tornando-me menos dependente de terceiros aos quais também já
dei formação em algumas áreas.

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A evolução do modo de trabalhar no meu serviço está sempre dependente da
evolução legislativa, não é de estranhar que quando comecei muitas coisas se
faziam manualmente, mais tarde passaram a ser dactilografadas e hoje são
informatizadas. Acompanhei a evolução das máquinas de escrever, de
mecânicas para eléctricas, de teclado nacional para internacional, de normal
para micro, de stencil ou duplicador em master para impressoras a laser,
jactos de tinta, de fita etc. De computadores de 0,5 gigabytes aos
monstros de hoje de pessoais a terminais estúpidos, em ambiente de
escritório, a redes locais, regionais, nacionais e em alguns casos até
internacionais, foram muitos os programas que conheci e que conheço, faço
pagamentos, abonos e descontos, prestações sociais emito requisições,
processo facturas do apoio, executo serviço operacional etc.
Para executar algumas destas especializações não tive formação
alguma, aprendi por curiosidade e necessidade. Quando não sabia
perguntava a outros que estivessem dispostos a ajudar-me.
Hoje, o meu serviço assim como o país vivem uma reestruturação
muito profunda, é preciso aprender novas vidas, novos hábitos, exemplo de
quem sempre prestou serviço de secretaria amanhã pode vir a fazer
serviços logísticos ou operacionais, de apoio ou manutenção e a todas estas
mudanças é necessário responder com a noção de aprendente que é aquilo
que o país e as instituições esperam de nós.
Conclusão:
Como comecei a aprender vários ofícios sempre estive receptivo a
mudanças, moldei-me a todas e reagi da melhor forma, por pouco que se
aprenda ficamos sempre com a ideia de que elas existem e se podem utilizar
mormente continue a haver tão poucas.

Coimbra, 28 de Fevereiro de 2009

José António da Costa Silva

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