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PAULO – UM CAMINHO DE LUZ

1) INTRODUÇÃO
• Ao longo deste ano pastoral vamos ouvir e falar muito sobre S. Paulo. Muito diferente do
ano do congresso missionário. Parece que a única coisa que mobiliza os cristãos, começando
pela hierarquia, é o que diz o Papa.
• Não vamos fazer uma história da vida de Paulo.
• Não vamos ter a pretensão de sairmos daqui, nem no fim do ano, especialistas de S. Paulo.
 Vamos tentar compreender melhor a amplitude da sua dimensão evangelizadora, O porquê
de ser apóstolo dos gentios.

1) QUEM É PARA NÓS S. PAULO?


Nas suas cartas Paulo apresenta-se: Apóstolo. Apóstolo ao mesmo título dos outros apóstolos.
• Apóstolo de JC - 1Cor 1,1
• Apóstolo de JC por vontade de Deus – 2Cor 1,1; Ef 1,1; Col1,1
• Apóstolo por vocação, escolhido para anunciar o evangelho de Deus – Rm 1,1
• Apóstolo, não por parte do homens mas por JC e por Deus pai – Gal 1,1

Apóstolo quer dizer:


 Viver com Cristo:
o JC crucificado que morreu por nós
o Para mim viver é Cristo
o Já não sou eu que vivo é Cristo que vive em mim

 Anunciar JC
o Ai de mim se não evangelizar – 1Cor 9,16
o Evangelizar os que não conhecem JC – Gal 1,16

2) Mas nem sempre foi assim. QUEM ERA PAULO ANTES?


 Fil 3,5-6 apresenta 7 indicações:
• Circuncidado ao 8º dia – seguidor da lei
• Raça de Israel – membro de um povo concreto
• Tribo de benjamim – sempre fiel ao rei David
• Hebreu descendente de Hebreus – genealogia pura, sem misturas
• Fariseu – associação que vela pelo cumprimento da lei
• Comportamento justo segundo a lei
• Perseguidor dos discípulos de Cristo
 Act 22, 3 apresenta 3 indicações:
• Natural de Tarso
• Estudou em Jerusalém com Gamaliel
• Zeloso pelas coisas de Deus

3) O QUE O MUDOU?
• Lucas diz que foi a caminho de Damasco, uma queda de cavalo. JC falou-lhe e
identificou-se como sendo Jesus a quem Paulo persegue. – Act 9
• Paulo fala muito pouco do que lhe aconteceu e nunca conta como foi mas só a sua
interpretação:
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o Gal 1,15: Quando aprouve a Deus revelar a seu filho em mim, para que o anunciasse entre
os gentios…
o 1 Cor 15,8: em último lugar apareceu-me também a mim como a um aborto. (1Cor 15,8)

 Spot Publicitário na rádio ajuda-nos a compreender melhor:


o “Eu já fui diferente, até que chegou lá em casa uma pessoa que mudou tudo. Instalou-se,
faz o que quer sem pedir autorização, acorda-nos de noite, não nos deixa dormir. Mas é a
nossa felicidade. Foi a coisa mais bonita que nos aconteceu”.

 S. Paulo: Depois desse encontro:


• Tudo o que para mim era ganho, considerei perda por causa de Cristo – Fil 3,7
• Por causa dele tudo perdi e considerei esterco a fim de ganhar a Cristo – Fil 3,8

Conclusão:
• Um encontro, uma experiência de JC, que Paulo reconhece como única e profunda.
• Esta experiência é a base, o núcleo central, o ponto de partida à volta do qual vai girar o
resto de toda a sua vida.

4) CONSEQUÊNCIAS
• Jesus crucificado é o Messias: kerygma: cruz-ressurreição-aparição (1 Cor 15,3-5)
Esse acontecimento fê-lo mudar de vida. Agora só uma coisa conta: JC! E JC crucificado. É
ele a nossa salvação e deve ser anunciado.
A crucifixão, “escândalo para os judeus e loucura para os gentios” (1 Cor 1,23), não é
muito anunciada pelos outros apóstolos. Só Paulo a toma como centro do seu anúncio, é o
seu evangelho.
O Messias não devia morrer. Se morreu foi voluntária e gratuitamente. E para que seja
salutar para todos tem que ser uma morte que abarque todos. Daí a morte dos últimos, para
atingir a todos (Fil 2,6-11).
O anúncio não é do que Jesus disse ou fez (Paulo só cita 3 vezes Jesus), mas a sua própria
identidade: MESSIAS que se revela na cruz

• Jesus crucificado e ressuscitado basta para a salvação. A lei é ultrapassada. “Basta-te a


minha graça” (2Cor 12,9). As prescrições da lei não são componentes da salvação. Abraão
foi justificado pela fé na promessa e não nas obras que realizou. O amor é o único
imperativo da nova lei (imitação de Cristo).
Jesus assumiu a nossa humanidade para a salvar por dentro. O que salva é a fé em Cristo
crucificado e ressuscitado. “Aquele que não havia conhecido pecado, Deus o fez pecado
por nós, para nele nos tornarmos justiça se Deus” (2Cor 5,21).
“Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé” (1Cor 15,14).

• As suas energias são canalizadas numa outra direcção: anunciar JC sempre e em todo o
lugar. A submissão a Cristo implica o dever de o proclamar no mundo pagão porque a lei já
não é necessária para a salvação.
“Se alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo passou. Eis que surgiram
coisas novas” (2Cor 5,17).

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5) A MISSÃO PARA S. PALO
• Não é baptizar. S. Paulo baptizou só meia dúzia de pessoas durante a sua vida.

• A Missão é anunciar a BN: Cristo morto e ressuscitado. Anunciar a morte salvífica de


Cristo. Este anúncio muda a vida das gentes. Foi ela que levou Paulo a mudar de vida, por
ter sido o maior acontecimento de amor. Foi deste amor que Paulo ficou totalmente
possuído, na aparição do ressuscitado. Daí os efeitos na sua vida. “A partir de agora,
ninguém mais conhecemos, segundo a carne… “ (2Cor 5,16)

• Paulo está convicto de ter sido escolhido, chamado para os gentios (como Pedro para os
Judeus). Ele é “embaixador de Cristo e porta-voz de Deus” (2Cor 5,20). Por isso “ai de
mim se não evangelizar” (1Cor 9,16). Não é uma lei, obrigação mas uma consequência da
sua fé, da resposta ao amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus. O fruto do seu anúncio
deve levar as pessoas a “deixar-se reconciliar” com Deus (2Cor 5,20).

• Ele é um fundador de comunidades e não de manutenção. Quando tem que ficar muito
tempo numa comunidade é porque há algo que não corre normalmente (problemas, doenças,
dificuldades de viagem, …). Aí fica inquieto e não realizado (estadia em Éfeso). Na longa
controvérsia com os Coríntios, é mesmo acusado de viajar demais.

6) METODOLOGIA MISSIONÁRIA

• A comunidade como ponto de referência. É ela que irradia, envia. Como de Tessalónica a
palavra de Deus e a fé em Deus se propagavam por todos os lugares (Cf 1Ts 1,6-10). É em
seu nome e em união com ela que os missionários evangelizam. Mesmo na disputa com os
judaizantes e depois da separação de Antioquia, Paulo procura a comunhão de uma
comunidade referência (Éfeso) e a comunhão com a igreja mãe, Jerusalém (colecta). Isto
permite uma comunhão de fé, de identidade e ao mesmo tempo anunciar a verdadeira BN
(não a sua, mas aquela que lhe foi incumbida, que recebeu).

• Por isso Paulo procura de preferência os grandes centros urbanos. Pela concentração de
população era mais fácil aí manter uma ou mais comunidades. Elas se encarregariam de
irradiar o evangelho por outras povoações.

• Pela mesma razão, Paulo só anunciava o evangelho onde Cristo não era conhecido. Ele
lançava os alicerces do edifício que depois devia crescer (Rm 15,20ss; cf 1Cor 3,10ss).

• Dirige-se de preferência às sinagogas, tanto aos Judeus como aos simpatizantes. É a partir
dos conhecimentos destes que chega depois “aos de fora”

7) ESTRATÉGIAS MISSIONÁRIAS

• Envio à sua frente de emissários conhecedores dos lugares.

• Ficar só o tempo necessário em cada lugar, para não ser peso, nem impedir o crescimento e
para favorecer o surgimento de líderes.

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• Responsabiliza os novos convertidos. Descobrir homens e mulheres zelosos e confiar neles
para animadores.

• Procurar em cada lugar converter alguém que tenha espaço onde a comunidade se possa
reunir.

• Ter alguém que o possa receber em sua casa nos primeiros tempos para ter tempo de se
dedicar ao anúncio.

• Não ser um peso à comunidade, não aceitar ajuda da comunidade onde está para ficar livre,
sem obrigações (problema por não ter aceite ajuda de Corinto e ter aceite de Filipos).

• Deixar a responsabilidade e encargos, aos fundadores das comunidades. Procura não


interferir em comunidades que não tenha fundado.

8) OS FRUTOS DO ANÚNCIO

• A comunidade que acolhe o evangelho torna-se uma “carta de Cristo” (2Cor 3,3). Isto é,
ao acolher o evangelho na fé, encarnou de tal modo a sua mensagem que esta se manifesta
nela ao vivo. É como uma carta cujo autor é Cristo e na qual Cristo revela todo o seu amor.
• A comunidade é baptizada na morte de Cristo. Salva pela sua ressurreição a comunidade
testemunha o evangelho que recebeu “… entregai os vossos membros, como armas de
justiça, ao serviço de Deus” (Rm 6,13). O baptismo, início de uma vida nova, compromete-
nos (Rm 6,12-14).
• Passar das trevas para a luz. “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz do Senhor” (Ef
5,8). Tornamo-nos luz, se reconhecermos Cristo como Senhor e a ele nos entregamos.
• Participar da mesa do Senhor para formar um só corpo (1Cor 10,14-22).
• Testemunhas vivas da graça de Deus que se encontra no crente (2Tim 1,6-14).
• Revestir-se da caridade que é o vincula da perfeição (Col 3,12-17) porque imitação da
caridade perfeita de Cristo.

9) CONCLUSÕES

• Paulo é um homem das encruzilhadas e das fronteiras. O sábio é um Methórios “aquele que
está sobre a fronteira”. Assim é Paulo.

• Com Paulo, o cristianismo tem de tornar-se sem fronteiras. Com ele, o cristianismo ganha a
amplidão que o próprio Jesus prometera: “Ide pois, fazei discípulos de todos os povos,
baptizando-os … ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado” (Mt 28,19-20).
“Em Cristo já não há judeu nem grego, …”; “tornei-me tudo em todos para ganhar
alguns…”

• O mundo Paulino tem um centro imutável: Jesus. Um centro fixo num pensamento móvel.
“Tudo considero esterco…” (Fil 3)

• O cristianismo é um processo de ruptura e não de continuidade (toda a relação com a lei).


Encontramos em Paulo os traços de uma revolucionária alteração dos valores em que o
nosso mundo se funda (valores religiosos, espirituais, sociais, …).

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• A salvação já está a correr. Fomos baptizados na morte e ressurreição de Cristo. A salvação
começou com Cristo, agora é a cada um de a continuar, de a traduzir na realidade.

10) CONSEQUÊNCIAS PARA NÓS

• A nossa vida tem um centro: JC


• Pela sua morte e ressurreição JC salva a todos. A decisão depende de cada pessoa.
• Em JC somos salvos não pelos nossos méritos, mas pela fé nele. O resultado não é como na
escola.
• A fé é a nossa resposta ao amor total de JC por cada pessoa.
• A fé em JC impele-nos a estar com ele e a anunciá-lo, sobretudo aos que o não conhecem.
• O discípulo de JC é convidado a imitá-lo. O amor é a base desta relação, que fundamenta a
relação aos outros.
• Anunciar JC é a razão de ser de cada cristão

PAULO E JESUS

Experiência de Jesus: para ele é idêntica à de Pedro e à dos outros a quem Jesus apareceu depois da
ressurreição (1 Cor 15).
Relatos de aparição: 1) Jesus estava morto e perdera-se a esperança. 2) Jesus intervém. 3) Jesus
oferece um sinal da sua identidade. 4) o(s) discípulo(s) reconhece(m) Jesus. (Jo 20,11-16; Lc 24,13-
42).

Paulo já tinha pensado em Cristo (de um modo que agora se envergonhava) “à maneira humana”
(2Cor 5,16)

É Jesus quem toma a iniciativa (Fil 3,12-46). “Fui alcançado por Cristo”.

Cristo substitui a lei. Se Jesus é o Messias, então o tempo da lei chegou ao fim. Os gentios já não
eram diferentes dos Judeus no que diz respeito à sua esperança da salvação.

Gal 1,15-16 –do ponto de vista de Paulo a sua submissão a Cristo implicava, ao mesmo tempo,
aceitação do dever de o proclamar como Senhor, no mundo pagão.

COMO PAULO VÊ JESUS

A personalidade de Jesus tornou-se uma parte fundamental das suas pregações orais (2Cor 11,4) e a
base dos seus ensinamentos éticos (Gal 6,2). O comportamento de Jesus era tão claro que podia ser
imitado (1Cor 11,1), ao ponto de, no seu estilo de vida, espelhar conscientemente a “vida de Jesus”
(2Cor 4,10)

Oferece-nos um olhar apaixonado sobre 2 traços do carácter de Jesus que o impressionaram


particularmente:
Total dedicação de Jesus à sua missão. Paulo admira a sua constância 2Tes 3,5) e a sua fidelidade
(Gal 2,16-21)
A atitude de Jesus era caracterizada pela mansidão e bondade (2Cor 10,1); mostrava ternura (Fil
1,8), Cristo não procurou o que lhe agradava (Rm15,3), deu-se totalmente aos outros por amor
(2Cor 5,4; Gal 2,20)

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Paulo cita Jesus 3 vezes: 1Cor 7,10-11; 9,14; 11,23-25. Mas as alusões aos seus ensinamentos
abundam nas suas cartas.

Uma das características da pregação de Paulo era o seu enfoque no facto de Jesus ter morrido por
crucifixão. Não há indícios disto nem em Pedro nem nos outros apóstolos. As pregações da igreja
primitiva sublinhavam a morte de Jesus e o seu significado salvífico, mas mantinham-se
resolutamente silenciosas quanto à forma como Jesus tinha morrido (1Cor 15,3-5).

Jesus, o Messias, não precisava de morrer, se morreu foi porque quis, por opção, por mim (Gal 1,4;
2,20) – “filho de Deus que me amou e se entregou por mim”

Tornou-se apóstolo dos gentios por causa da crucifixão de Jesus (1Cor 2,2; cf Fil 2,8; Col 1,20).

A morte de Jesus é o único acontecimento da vida de Jesus ao qual Paulo volta vezes sem conta. É a
chave para o significado da sua vida: o que torna cada pessoa genuinamente humana é o sacrifício
de si mesmo, demonstrado em Cristo.

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