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muitos cooperados foram vítimas do crime de estelionato, sendo certo que inclusive existe inquérito que advoga a tese de que a referida cooperativa se transformou em um verdadeiro balcão de negócios excusos e criminosos.(Jose C Blat)
muitos cooperados foram vítimas do crime de estelionato, sendo certo que inclusive existe inquérito que advoga a tese de que a referida cooperativa se transformou em um verdadeiro balcão de negócios excusos e criminosos.(Jose C Blat)
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muitos cooperados foram vítimas do crime de estelionato, sendo certo que inclusive existe inquérito que advoga a tese de que a referida cooperativa se transformou em um verdadeiro balcão de negócios excusos e criminosos.(Jose C Blat)
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FORO REGIONAL III - JABAQUARA 1ª VARA CÍVEL Rua Joel Jorge de Melo, 424, 3º andar - sala 309, Vila Mariana - CEP 04128-080, Fone: (11) 5574-0355, São Paulo-SP - E-mail: jabaquara1cv@tj.sp.gov.br
TERMO DE AUDIÊNCIA
Processo: 003.08.107733-1 - Execução de Título Extrajudicial
Requerente: Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo - Bancoop, CNPJ 013959620001-50 Requerido: Marcelo Rodrigues Ayres, CPF 281064328-82 Data da audiência: 21/05/2009 às 14:30h Juiz de Direito: Marco Aurélio Pelegrini de Oliveira
Aos 21 de maio de 2009, às 14:30
horas, nesta cidade e Comarca de São Paulo, na sala de audiências do Juízo da Primeira Vara Cível do Foro Regional III - Jabaquara, sob a presidência do Meritíssimo Juiz de Direito Titular, Dr. MARCO AURÉLIO PELEGRINI DE OLIVEIRA, comigo Escrevente abaixo assinada, foi aberta a audiência de tentativa de conciliação, nos autos da ação e entre as partes supra- referidas. Apregoadas as partes, compareceram a autora representada por preposta, Sra. Cleusa dos Santos Paes- RG 18215165-7, acompanhada por advogada Dra. Cláudia Regina Piveta- OAB190393, a qual requereu a juntada do substabelecimento, o que foi deferido pelo MM. Juiz,e o réu acompanhado de advogado, Dr. Valter Picasio Junior- OAB 219752. Iniciados os trabalhos e TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO REGIONAL III - JABAQUARA 1ª VARA CÍVEL Rua Joel Jorge de Melo, 424, 3º andar - sala 309, Vila Mariana - CEP 04128-080, Fone: (11) 5574-0355, São Paulo-SP - E-mail: jabaquara1cv@tj.sp.gov.br
proposta a conciliação, a mesma restou inviável.
Cuida-se de Embargos a execução de titulo extrajudicial opostos por Marcelo Rodrigues Aires contra Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (BANCOOP). A inicial narra, substancialmente, o seguinte: 1- tramitou pela sexta vara cível do foro central da capital uma demanda coletiva, proposta pela associação dos adquirentes de apartamentos do Condomínio Residencial Vila Mariana, demanda essa na qual foi declarada nulidade de clausulas contratuais, reconhecida a relação de consumo e determinada a expedição de termos de quitação e escrituras aos adquirentes; 2- igualmente foi deferida liminar para que a embargada exeqüente se abstivesse de realizar protestos ou inscrever os nomes dos adquirentes nos cadastros de inadimplentes, notadamente por débitos alcunhados sobre a rubrica “apuração final”; 3- a sentença afirmou explicitamente que havia indícios suficientes de que os associados foram ilaquiados em sua boa fé, e que o embargante não pode ser compelido ao pagamento do débito exeqüendo porque ele não é liquido e não é certo, visto ser objeto de discussão judicial, ora em segunda instância; 4- solicitou-se a suspensão da execução, o TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO REGIONAL III - JABAQUARA 1ª VARA CÍVEL Rua Joel Jorge de Melo, 424, 3º andar - sala 309, Vila Mariana - CEP 04128-080, Fone: (11) 5574-0355, São Paulo-SP - E-mail: jabaquara1cv@tj.sp.gov.br
reconhecimento da litigância de má fé em razão
de lide temerária e expedição de ordem ao SERASA para a retirada do nome do embargante de seus cadastros;5- solicitou-se que a lide seja declarada temerária e que os advogados do escritório Glésio Rocha Advogados associados sejam solidariamente condenados nas penas de litigância de má fé. A petição inicial, folhas (2/28) veio acompanhada de documentos, folhas (29/60). Na impugnação aos embargos, suscitou-se preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, sob o fundamento de que a apelação nos autos da ação coletiva que tramitou pela sexta vara cível central, foi recebida no duplo efeito, o que garantiria o direito da exeqüente em executar os créditos dos quais se entende titular. Defendeu-se a idéia de que o título que aparelha a execução apresenta todos os elementos constitutivos necessários, no caso a certeza e a liquidez, além da exigibilidade;6- igualmente defendeu-se a premissa de que a remessa do nome do embargante executado ao SERASA constituiu-se em exercício regular de direito e que a execução deve prosseguir. É o relatório. DECIDO. O pedido formulado nos embargos não de forma alguma juridicamente impossível e está fundado em uma TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO REGIONAL III - JABAQUARA 1ª VARA CÍVEL Rua Joel Jorge de Melo, 424, 3º andar - sala 309, Vila Mariana - CEP 04128-080, Fone: (11) 5574-0355, São Paulo-SP - E-mail: jabaquara1cv@tj.sp.gov.br
premissa muito clara: a de que o título ou o
documento que instrui a inicial da execução extrajudicial, não se reveste daqueles requisitos exigidos pela lei, tais como a certeza, a liquidez e a exigibilidade. Por conta disso, defende que a execução deve ser extinta, já que o contrato, como está sendo discutido, não permite que se conclua que ele se revista dessas qualidades legais. Na verdade, a tese dos embargos merece acolhimento, pois o contrato em que se constitui o impropriamente denominado título executivo extrajudicial, não merece essa qualificação jurídica. N ação coletiva já se decidiu que muitas cláusulas são nulas e que muitos cooperados foram vítimas do crime de estelionato, sendo certo que inclusive existe inquérito que advoga a tese de que a referida cooperativa se transformou em um verdadeiro balcão de negócios excusos e criminosos. Diante dessa insegurança jurídica, não há meios de se permitir o prosseguimento da execução. Se algum dia a sentença da sexta vara cível central for completamente reformada e os contratos, todos eles, reconhecidos como bons, hígido e perfeitos juridicamente, outra execução poderá ser ajuizada. O pedido de condenação dos advogados TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO REGIONAL III - JABAQUARA 1ª VARA CÍVEL Rua Joel Jorge de Melo, 424, 3º andar - sala 309, Vila Mariana - CEP 04128-080, Fone: (11) 5574-0355, São Paulo-SP - E-mail: jabaquara1cv@tj.sp.gov.br
da cooperativa às verbas de sucumbência não
encontra respaldo na legislação que cuida do exercício da advocacia, razão pela qual é um pedido que não pode ser acolhido. Se houve a prática de atos que feriram a ética profissional, o conhecimento deles deve ser levado ao órgão de classe dos profissionais envolvidos e não diretamente ao poder judiciário. Face ao exposto julgo procedentes os embargos, fazendo-o para declarar EXTINTO o processo de execução, em virtude da ausência dos requisitos necessários e intrínsecos aos títulos executivos extrajudiciais. Condeno a embargada a pagar custas, despesas processuais e honorários de advogado, que ora fixo em 20 % do valor total em execução. Determino a serventia que espessa ofício a todas as entidades de proteção ao crédito em que figure o nome do executado embargante, a fim de que seu nome seja retirado dos cadastros respectivos, no concernente a dívida que se perseguia no processo executivo ora extinto. Após a intimação do trânsito em julgado desta sentença, ocorra ele onde ocorrer, no primeiro grau, na segunda instancia, ou em tribunal superior, independentemente de qualquer outra intimação e do retorno dos autos a esta TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO REGIONAL III - JABAQUARA 1ª VARA CÍVEL Rua Joel Jorge de Melo, 424, 3º andar - sala 309, Vila Mariana - CEP 04128-080, Fone: (11) 5574-0355, São Paulo-SP - E-mail: jabaquara1cv@tj.sp.gov.br
vara de origem, a embargada terá o prazo de
quinze dias para efetuar o pagamento das verbas de sucumbência, sob pena da aplicação da multa de 10% prevista no artigo 475 j do CPC que reformulou o processo de execução brasileiro. Saem os presentes intimados nesta data inclusive do prazo para interposição de recurso de apelação. Em seguida foi dada a palavra à advogada da Cooperativa e por ela foi dito o seguinte: “em fevereiro de 2009 foi realizada assembléia geral para aprovação das contas da cooperativa, a qual foi deliberado que as contas que foram aprovadas sendo provas novas nos autos a cooperativa requer a juntada dos mesmos. Nada mais”.Em seguida pelo MM Juiz foi dito que deferiu a juntada. NADA MAIS. Eu, Fernanda G. Machado, Escrevente, subscrevi.