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www.embalagemmarca.com.

br

O QUE
DE 2007
ESPERAR
Prestação de contas com respaldo
F
inais de ano impõem cepções agudas dos fatos. A semanal, lançada em janeiro,
prestações de con- apresentação visual da revis- conta hoje com quase 10 000
tas a nós mesmos e ta se aprimorou e a circula- assinantes.
a nosso círculo de relações. ção aumentou, a par de ficar Para os leitores, isso tudo sig-
No retrospecto de 2006, a mais apurada. nifica mais agilidade e maior
equipe de EMBALAGEMMAR- Em 2006, consolidamos e volume de informação; para
CA, respaldada por sólido e aperfeiçoamos nosso site na os anunciantes, visibilidade
Wilson Palhares volumoso testemunho de lei- internet. Nele, o conteúdo da de seus anúncios em dobro;
tores e anunciantes, conclui revista passou a ter uma ver- para nós, renovado estímulo
Para os leitores, mais ter cumprido sua missão, que são em castelhano. A versão a prosseguirmos no caminho
agilidade e maior é suprir a área de embalagem virtual em português, outra da inovação, que fez do nome
com informações capazes ação pioneira da revista no EMBALAGEMMARCA, efetiva-
volume de informação;
de ajudá-la a crescer e fazer segmento de embalagem no mente, a referência em infor-
para os anunciantes,
bons negócios. Brasil, firmou-se como um mação para o setor de emba-
visibilidade de
No ano, o conteúdo da revis- serviço adicional aos leito- lagem no Brasil. Comercial-
anúncios em dobro; ta se aprofundou. Fortale- res, com forte poder de atra- mente, o ano para nós, como
para nós, renovado ceu-se a prática de todos os ção. O site recebe crescente para o conjunto da economia,
estímulo a meses apresentar informa- número de entradas, tendo já foi morno, sem ser frio. Con-
prosseguirmos ções exclusivas (como, nesta ultrapassado as respeitáveis tinuaremos trabalhando para
no caminho da edição, a cobertura da Pack marcas de 17 000 visitas e 2 que o(s) próximo(s) seja(m)
inovação Expo, em Chicago) e per- milhões de hits. A newsletter melhor(es). Boas festas.
nº 88 • dezembro 2006
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

12 Design
Embalagens da linha de vinagres
da Castelo são reformuladas,
36 Marketing
Swift surge renovada em
alimentos com diversificações
Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
com destaque para a tampa de atuação e de embalagens Flávio Palhares
flavio@embalagemmarca.com.br

14 40 Entrevista Guilherme Kamio


Reportagem de capa:
Renato Wakimoto guma@embalagemmarca.com.br
Tendências e Leandro Haberli Silva
Diretor regional de embalagem
Perspectivas 2007 leandro@embalagemmarca.com.br
para a América Latina da
Os pontos aos quais as indús-
Johnson & Johnson
trias deverão estar atentas
Departamento de Arte
para lançar embalagens

44
arte@embalagemmarca.com.br
inovadoras no próximo ano Evento
O que movimentou a Pack Expo Carlos Gustavo Curado
2006, em Chicago, pela lupa da José Hiroshi Taniguti
única revista brasileira por lá
Administração
Eunice Fruet
Marcos Palhares

Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
Karin Trojan
Wagner Ferreira

Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro

56
Raquel V. Pereira
Oportunidades
Fispal Nordeste denota cres- assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual: R$ 99,00
cimento acima da média na
região: euforia no varejo Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
que ocupam cargos de direção, gerência
e supervisão em empresas integrantes da
cadeia de embalagem. São profissionais
envolvidos com o desenvolvimento de
embalagens e com poder de decisão colo-
cados principalmente nas indústrias de bens
de consumo, tais como alimentos, bebidas,
cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

64 Índice de Anunciantes
Relação das empresas
que veiculam peças
publicitárias nesta edição
Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação


3 Editorial mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
A essência da edição do mês, nas palavras do editor Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
CAPA: INLAB DESIGN – RENATO CANTON / HENRIQUE SANTINI

6 Espaço Aberto Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463


Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores
Filiada à
8 Display
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

32 Panorama www.embalagemmarca.com.br
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
resguardado por direitos autorais. Não é per-
60 Conversão e Impressão mitida a reprodução de matérias editoriais
Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens publicadas nesta revista sem autorização
da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões
66 Almanaque expressas em matérias assinadas não refle-
tem necessariamente a opinião da revista.
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
ocorre a biodegradação anaeróbica, que na seção Display, consta o nome da Mul-
produz metano – gás causador do efeito tilabel com o telefone e o site de outra
estufa, muito mais danoso que o dióxido empresa existente no sul do pais. Essa
de carbono. Sacolas plásticas comuns são empresa vem usando indevidamente o
largamente reutilizadas para acondicio- nome da Multilabel e, por isso, a estamos
nar lixo orgânico; quando descartadas processando judicialmente. Ratificamos
nos aterros, “condenam” o conteúdo que somos os produtores dos referidos
à biodegradação anaeróbica, formando rótulos in-mold para as embalagens Cart
metano. Diversos estudos já mostraram Dor da Kibon, em projeto conjunto com a
que, sob presença de oxigênio e tempera- empresa Huhtamaki. Solicitamos a corre-
turas elevadas, sacolas oxi-biodegradá- ção da informação, pois com certeza ela
veis se desintegram, expondo o conteúdo nos trará prejuízos, visto que a referida
orgânico à biodegradação aeróbica – por empresa não respondeu às notificações
reduzir o que normalmente iria degradar a ela enviadas, o que pode indicar má
anaerobicamente, o que é ambientalmen- intenção, já que vem atuando na área de
te positivo. etiquetas. Os dados corretos são: tel.: (11)
• Os aditivos catalíticos ao polietileno 5641-4573; site: www.multilabel.com
convencional que tornam essas sacolas José Carlos Drager, gerente comercial
Oxi-biodegradáveis oxi-biodegradáveis são sais de metais de Multilabel do Brasil S.A.

S obre o artigo “O plástico oxi-biode-


gradável é uma boa solução?” (EMBA-
transição. Não são baseados em metais
conhecidos como sendo danosos ao meio
ambiente ou à saúde humana, mas sim
São Paulo, SP

N. da R.: De fato, a coincidência de nomes


LAGEMMARCA nº 86, outubro de 2006), metais que ocorrem naturalmente no pode levar a erros, como aconteceu com
entendemos que o assunto necessita de meio-ambiente e que são micronutrientes nosso conferente de informações.
informação de qualidade para que deci- essenciais à vida.
sões, favoráveis ou não à tecnologia, • Finalmente, concordamos com a senho- É da Indexflex
sejam tomadas de forma consciente. Infe-
lizmente, as opiniões contrárias vêm sen-
do emitidas sem fundamentação e com-
ra Garcia em relação à afirmação de que
as sacolas oxi-biodegradáveis não são
soluções definitivas para a alta ocupação
G ostaríamos de registrar que, ao con-
trário do informado na nota “Para levar
provação científica. EMBALAGEMMARCA dos aterros sanitários, para o lixo, para a no bolso”, publicada na seção Display
tem sido um referencial sobre esse assun- formação de gases danosos à camada de da edição de outubro último de EMBALA-
to e, a propósito dos comentários da sra. ozônio ou para o gerenciamento de resí- GEMMARCA, o rótulo do uisque Teacher´s
Eloísa Garcia, do CETEA, naquele artigo, duos sólidos. Entretanto, representam um em embalagem pocket é fornecido pela
envio a tradução livre de uma correspon- movimento prático na direção correta. Indexflex e não pela SetPrint.
dência com observações de Lee F. Doty, Magda Ventura, gerente de marketing
presidente do Oxi-biodegradable Plastics Edição em espanhol Indexflex Rótulos e Etiquetas Adesivas
Institute (OPI) – associação internacional
da indústria que promove a adoção res-
ponsável de produtos oxi-biodegradáveis
D a Argentina, felicitações! Essa revista
aborda todos os temas (cada qual mais
São Paulo, SP

N. da R. : A informação foi fornecida pela


e da qual nossa representada, a Willow interessante) referentes a embalagens com assessoria de imprensa da Pernod Ricard
Ridge Plastics, é uma das fundadoras. extremo profissionalismo. Muito didática
Michael Ktisti a entrevista com o sueco Lars Wallentin Retortable com zíper só lá fora
Sócio-diretor, GMCJ Soluções (EMBALAGEMMARCA nº 86, outubro de
Por um erro de edição, a entrevista “Em
São Paulo, SP 2006, em espanhol no site) um homem
seis meses teremos boas novidades”,
que, como dizemos aqui, “la tiene muy
concedida por Alan Baumgarten, dire-
N. da R.: Pelo fato de a carta do sr. Lee clara”. Os conceitos contidos na entrevis-
tor da Tradbor, e publicada dentro da
F. Doty ser extensa – muito maior que as ta são aplicáveis a todos os setores. Eu e reportagem “A revolução silenciosa das
ponderações dos debatedores na referida vários colegas sempre esperamos ansio- retortable pouches”, (EM 87, novembro de
reportagem e impossível de ser repro- sos a próxima edição. Continuem assim. 2006, página 22), informa que bolsas fle-
duzida completamente neste espaço –, Engº Martín Espalter xíveis esterilizáveis em altas temperaturas
publicamos abaixo um resumo de seu Buenos Aires, Argentina podem incorporar um zíper resselável
conteúdo. A íntegra pode ser lida em como sistema de fechamento. O entre-
www.embalagemmarca.com.br/carta_lee Multilabel x Multilabel vistado entrou em contato com a redação

N
• Nas regiões mais próximas do topo dos retificando a informação. “Na verdade a
aterros sanitários, ocorre a chamada a pág. 12 da edição nº 87 de EMBALA- aplicação do zíper não esta disponível no
biodegradação aeróbica, com presença GEMMARCA (novembro de 2006), a nota Brasil. Embora essa tecnologia exista no
de oxigênio. Nas áreas mais profundas, intitulada “Novos sorvetes para o verão”, exterior, seu uso ainda é muito restrito.”

6 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Edição: Flávio Palhares

Solução transparente agrega valor Asa Design


(41) 3352-5098
Coloração dos próprios produtos é transmitida pelas embalagens da Cosinter www.asadesign.com.br

A linha de protetores solares, do produto, ajudando a definir Sul (SC), que também produz Herplast
bronzeadores e hidratantes as cores, que ganham desta- as tampas flip top de polipropi- (47) 3635-3636
www.grossplast.com.br
Red Apple, da Cosinter, de que, já que as embalagens são leno. Os rótulos auto-adesivos
Curitiba, chegam ao mercado transparentes. Os frascos de de polipropileno biorientado Prakolar
em frascos desenvolvidos pela PET-G (PET modificado com (BOPP) transparente, impressos (11) 6291-6033
www.prakolar.com.br
Asa Design. A agência também glicol) e PVC são fornecidos em flexografia e serigrafia, são
participou do desenvolvimento pela Herplast, de São Bento do da Prakolar.

Papai Noel traz Cachaça “pro santo”


arroz e feijão São Francisco renova embalagem
Camil repete estratégia de 2005 A Cachaça São Francisco, da Pernod-
Cristal Embalagens 100% Design
(48) 3434-2324 A Spice Design desenvolveu para a Camil Ali- Ricard, ganha rótulo com novo design, (11) 3032-5100
além de nova tampa e contra-rótulo. O www.100porcento.net
Incoplast mentos uma edição de embalagens comemo-
(48) 3631-3000 rativas de Natal. A ilustração do Papai Noel layout, criado pela 100% Design, traz cores
Plastamp
www.incoplast.com.br estará nos pacotes de arroz e feijão de um e mais claras e mantém (11) 4584-2020
o monge franciscano www.plastamp.com.br
Spice Design cinco quilos comercializados no período das
(11) 6977-2203 festas, ação que foi realizada com sucesso presente desde o lan- Owens-Illinois
www.spicedesign.com.br
em 2005. As embalagens de polietileno de çamento da bebida, em (11) 6542-8000
1975. O fundo ganhou www.oidobrasil.com.br
baixa densidade linear (PEBDL), impressas
em flexografia, são fornecidas pela Cristal a imagem de um antigo Ricargraf
Embalagens e pela Incoplast. mapa do Brasil e de um (11) 4615-8655
engenho de cana-de- www.ricargraf.com.br

açúcar, com o nome


da cachaça em verme-
lho. O rótulo também
ganhou a inscrição
“Desde 1886”, reme-
tendo aos 120 anos da
Fazenda Capuava, de
Piracicaba (SP), onde
é produzida a cana.
A garrafa de vidro é
FOTOS: DIVULGAÇÃO

fornecida pela Owens-


Ilinois, os rótulos pela
Ricargraf e as tampas
pela Plastamp.

8 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Nestlé Waters expande linha São Lourenço Alcoa-CSI
(11) 4195-3727
Água mineral da multinacional suíça tem garrafas de vidro e de PET www.alcoa.com.br
A Nestlé Waters está ampliando seu portfolio way e retornáveis), produzidas pela Owens-
Baita Studio
da marca de águas minerais São Lourenço. Illinois do Brasil com tampas da Mecesa, e (11) 5091-6706
As tradicionais garrafinhas verdes receberam de PET e as de 510 mililitros e 1,25 litro são
Garboni
novos rótulos que distinguem a água mineral de PET, com resina fornecida pela Mossi &
(24) 2244-3300
natural (rótulo e logo azuis) e a água Ghisolfi e são sopradas na própria www.garboni.com.br
mineral gasosa natural (rótulo e logo Nestlé, com tampas da Alcoa-CSI e
Litografia Bandeirantes
vermelhos). A linha de produtos cres- da Garboni. Os rótulos são forneci-
(11) 4582-5151
ceu e agora tem 10 itens. As garrafas dos pela Litografia Bandeirantes e o www.litoband.com.br
de 300 mililitros são de vidro (one- design é da Baita Studio.
Mecesa
(85) 4009-2244
www.mecesa.com.br

Mossi & Ghisolfi


(11) 2111-1300
www.rhodia-ster.com.br

Owens-Illinois
(11) 6542-8000
www.oidobrasil.com.br

Ervas enlatadas Na onda do Natal


Convenção aposta em refrigerante Detergente em pó Surf ganha cartucho
com extratos vegetais aromáticos Design Absoluto vermelho para comemorar a data especial
(11) 3071-0474
A Refrigerantes Convenção redesenha www.designabsoluto.com.br Em cartuchos de papel cartão da Dixie Toga,
a embalagem do refrigerante Chinotto, com design gráfico da Design Absoluto, a
uma bebida carbonatada de extratos Dixie Toga Unilever lança o Espírito de Natal, edição
(11) 6982-9200
vegetais aromáticos. Com layout cria- www.dixietoga.com.br natalina do sabão em pó Surf. O verso da
do pela Packing Design, o refrigerante embalagem, predominantemente vermelha,
tem a assinatura “O Legítimo Sabor da traz dicas de consumo e curiosidades sobre
Itália”. As latas de alumínio de 350 milili- a data festiva.
Latapack-Ball
tros são fornecidas pela Latapack-Ball. (11) 3040-2800
www.latapack.com.br

Packing Design
(11) 3074-6611
www.packing.com.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO

10 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Edição: Flávio Palhares

Schweppes Light chega


em garrafa de vidro
Novo design da embalagem segue tendência
adotada mundialmente pela Coca-Cola
A Coca-Cola Brasil lança Schweppes
Tônica Light e Schweppes Citrus Light,
versão sem açúcar dos dois sabores de
Schweppes. Além da extensão da linha,
Schweppes Light ganha uma nova
garrafa de vidro de 250 mililitros, com
design e grafismo mais modernos, cria-
dos pela Coca-Cola mundial, dona da
marca. As garrafas são fornecidas pela
Owens-Illinois, os rótulos de BOPP pela
Mazda e as rolhas metálicas pela Aro.

Aro Mazda Owens-Illinois


(11) 6412-7207 (11) 4441-6500 (11) 6542-8000
www.aro.com.br www.mazdaembalagens.com.br www.oidobrasil.com.br

A nova lata da Itambé


Modelo mais esguio, parecido com balde para
ordenha, aproveita melhor os espaços na gôndola
A Itambé reformulou as de Sete Lagoas e de
embalagens das latas de Uberlândia, é mais estrei-
Gráfica Capuano
aço da sua linha de leite ta que o modelo antigo. (11) 6941-5277
em pó, com perfil exclu- Ocupa menos espaço
New Designer
sivo e inédito no mercado nas prateleiras, porém
(31) 2108-2121
– formato criado pela mantém a mesma quan-
New Designer, agência tidade das embalagens Sonoco For-Plas
(11) 5097-2750
responsável também pelo anteriores: 300 e 400
www.sonocoforplas.com.br
layout dos rótulos das gramas. A tampa plástica
embalagens. A lata, pro- é produzida pela Sonoco
duzida pela própria Itam- For-Plas; os rótulos, pela
bé nas unidades mineiras Gráfica Capuano.
design >>> vinagres

Ousadia de líder
Castelo reformula visual de sua linha de vinagres para reforçar imagem

A
Castelo Alimentos aposta na inova- Bericap na garrafa, foi substituído por um termoen-
ção e na tecnologia para manter a (15) 3235-4500 colhível, produzido com filmes de PVC e de
www.bericap.com
liderança no mercado nacional de PET de alto desempenho, com percentual de
vinagres para uso doméstico. Com Clariant encolhimento de até 62% e espessura de 50
(11) 5683-7233
produção de 64,5 milhões de litros em 2006, a micra, colocado na parte superior do frasco,
www.clariant.com.br
empresa investiu 8 milhões de reais para reno- logo abaixo do gargalo, na área expandida,
var toda sua linha de embalagens. Para começar, ITW Canguru até o início da parte de redução do diâmetro
(11) 3044-2366
a garrafa de PET, soprada em máquinas da Sipa www.itw-autosleeve.com
do frasco.
na própria planta da Castelo, em Jundiaí (SP), Devido ao alto grau de encolhimento exi-
foi reestilizada pela Seragini Farné, ganhando Packintec gido para o formato da garrafa, a ITW Cangu-
(19) 3469-9900
anéis em baixo relevo aplicados de forma espa- www.packintec.com.br ru utilizou equipamentos de alta precisão para
çada ao longo do corpo. “A garrafa agora tem o fechamento do rótulo, que é impresso em
uma pegada ergonômica, o que deixa o produto Seragini Farné flexografia em oito cores. “Em termos de visi-
(11) 2101-4300
mais bonito e moderno”, diz o diretor-superin- www.seraginifarne.com bilidade obtêm-se melhor resultado, agrega-se
tendente da Castelo, Marcelo Cereser. valor no aspecto visual, reforçando a imagem
O rótulo de papel, presente há décadas Set Print da marca do produto e evidenciando os con-
(11) 2133-0077
www.setprint.com.br tornos da embalagem”, diz Cereser.
As rotuladoras foram desenvolvidas pela
NOVOS FORMATOS Sipa
Packintec especificamente para operação no
Embalagens (11) 4772-8300
redesenhadas ganharam www.sipa.com.br ambiente da Castelo. Foram utilizados mate-
visual moderno riais com todos os requisitos para suportar a
agressividade química do vinagre e compo-
nentes que permitem atingir uma velocidade
de aplicação de até 18 000 garrafas por hora.

Estréia mundial
O inédito sistema de fechamento é mais uma
inovação da embalagem. A tampa flip-top de
duas peças da Bericap especial para vinagres,
denominada Galileo II, pesa 3 gramas e faz
sua estréia mundial nos produtos da Castelo.
A base, que se encaixa no gargalo da garrafa,
é injetada em polietileno de baixa densidade
(PEBD), enquanto a sobretampa é de polipro-
pileno (PP) transparente. É possível, portanto,
trabalhar com uma combinação de cores na
tampa devido à translucidez da sobretampa.
Em quatro cores (vermelho, azul, verde e
dourado), uma para cada tipo de vinagre, as
tampas possuem dois sistemas independentes
de lacre, visando proporcionar
segurança contra violação do
FOTOS: DIVULGAÇÃO

CHUVEIRINHO
Retirada do segundo
lacre abre os furos que
dão vazão ao líquido

12 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


TRANSPARÊNCIA
Pigmentos especiais
conferem efeito nobre
à sobretampa

produto. Ao abrir a sobretampa, o usuário tem


de romper o primeiro lacre. O segundo lacre
é constituído por um anel preso a uma mem-
brana com quatro “pezinhos”. Ao levantar-se
o anel, rompe-se o segundo lacre e abrem-se
quatro furinhos regularizadores de fluxo na
base da tampa, permitindo que o usuário dose
gradativamente o vinagre, criando um efeito
“chuveirinho”. Esta característica foi especial-
mente desenvolvida pela Bericap, para ao cos-
tume do consumidor brasileiro de dosar vina-
gre através dos furinhos. “Investimos numa
injetora elétrica pelo alto grau de precisão
requerido pelo sistema de furos dosadores”,
conta Aurel Forgaci, diretor-geral da Bericap.
O desenvolvimento do sistema de fechamen-
to, de acordo com o fabricante, consumiu dois
anos de pesquisas e 4 milhões de reais.
Para dar o efeito de translucidez à sobre-
tampa foram utilizados pigmentos especiais
supridos pela Clariant, fornecedora de mas-
terbatches que tem atuado fortemente na difu-
são do conceito de transparência em PP para
embalagens. “Uma das grandes virtudes desse
lançamento é que se resolveu ousar em emba-
lagens numa categoria vista por muitos como
altamente comoditizada, e essa mudança de
paradigma foi liderada justamente pela empre-
sa líder de mercado”, observa Alessandra Fun-
cia, coordenadora de marketing da Clariant,
que elogia ainda o envolvimento de todos os
elos da cadeia no projeto
Outra novidade na tampa é a introdução
do gargalo 26/21 (26 milímetros de diâme-
tro no gargalo externo e 21 milímetros no
interno) em embalagens PET, em substituição
ao gargalo 29/21 (padrão europeu, com 29
milímetros de diâmetro no gargalo externo e
21 milímetros no interno) atualmente em uso
para embalagens de vinagre e óleo comestível.
A inovação proporciona uma economia de 1,3
grama de resina PET por garrafa. (FP)

novembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 13


reportagem de capa

14 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Por Leandro Haberli, com equipe EMBALAGEMMARCA

E
m ano de Copa do Mundo pectivas, a oitava publicada por EMBA-
(ruim para o Brasil) e de LAGEMMARCA, cabe ressaltar que, se
presidente reeleito (aí o saldo por um lado esse cenário recente pode
fica a critério de cada um), as gerar desestímulo e conformismo, por
indústrias de bens de largo consumo, outro ele tem reforçado a importância
aquelas que mais se apóiam no poder da inovação. Como nunca, a equipe da
vendedor da embalagem, fecharão para revista tem observado em conferências,
balanço sob um dilema de como ava- palestras e workshops de negócios, no
liar 2006. Mesmo com desempenhos Brasil e no exterior, a inovação ser
setoriais a se consolidar, sabe-se de apontada como o meio para driblar
antemão que 2006 não foi bom para o marasmo e superar as situações
o setor produtivo, tendo grassado no movediças dos mais diferentes merca-
geral a estagnação ou o crescimento dos. Nessa trilha, embalagens podem
a passo de tartaruga. Apesar disso, há ser decisivas, como provam inúme-
uma divisão de julgamentos. Como na ros exemplos abordados nas páginas
alegoria popular, para alguns o ano foi desta edição e das anteriores – prin-
de copo meio cheio; para outros, de cipalmente se elas são consideradas
copo meio vazio. Se certos empresá- elementos fundamentais da marca, a
rios já se dizem satisfeitos pelo fato de materialização desse conceito etéreo.
o processo eletivo não ter provocado O que segue nas próximas páginas
os sobressaltos macroeconômicos de tem o propósito de auxiliar empresas
quatro anos atrás, muitos condenam a lançar embalagens inovadoras em
mais um ano de descolamento da per- 2007 a partir de uma conclusão tirada
formance econômica local com as do pelos profissionais de EMBALAGEM-
resto do mundo, especialmente com as MARCA nos mesmos eventos descritos
das outras economias emergentes. no parágrafo anterior: é mais simples
Como sucedeu nos últimos anos, a inovar ao se captar tendências inci-
esta altura do campeonato o consenso pientes, aperfeiçoá-las e aproveitá-
é de que a atividade econômica dos las, do que reinventar a roda. Foi o
doze meses logo à frente será bastante que fez, por exemplo, a Coca-Cola,
parecida com a dos doze que acaba- quando noventa anos atrás obteve sua
mos de passar, salvo o surgimento de icônica embalagem contour através
fatores inesperados – para o bem ou de pequenas alterações na moldagem
para o mal. de garrafas-padrão de vidro. O resto é
Indo direto ao que se propõe esta história – e caixas registradoras tilin-
reportagem sobre Tendências e Pers- tando sem parar.

dezembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 15


Maré boa para o vidro
E
mbora tenha disparado o alerta menor poder aquisitivo. Nessas praças, a garrafa
laranja dos fabricantes de emba- de vidro de 1 litro dos refrigerantes Coca-Cola
lagem de vidro, que trocaram os pode ser comprada a 1,09 real (preço estampado
fornos elétricos pelos a gás durante na tampa), numa estratégia que ajudou a conter o
o apagão de anos atrás, a crise do gás da Bolí- avanço das tubaínas no setor.
via não comprometeu o desempenho do setor. No mercado de cosméticos e perfumes, onde
Em 2006 a produção física de embalagens de a presença de embalagens plásticas de altos bri-
vidro registrou crescimento de quase 9%. Foi lho e transparência vem crescendo gradualmente,
possivelmente o melhor resultado por segmento os vidreiros tampouco têm do que reclamar.
dentro da indústria brasileira de embalagens, cuja Ao investir em sistemas de decoração mais
expansão média aproximada da produção física sofisticados, o setor tem conseguido reagir ao
foi de apenas 1,5% no ano. assédio das resinas. Um conceito já em alta e que
A boa performance do vidro foi favorecida deve ganhar mais projeção em 2007 é a pintura
por diferentes fatores, entre eles os preços ins- orgânica. Enquanto as tintas tradicionais, produ-
táveis de outros materiais, em especial metais e zidas muitas vezes com componentes metálicos,
plástico. Conservas de alimentos, atomatados, conferem ao vidro cores uniformes e opacas, os
cervejas especiais e destilados estão entre as pigmentos orgânicos permitem explorar super- MERCADO ESTRATÉGICO
categorias que ajudaram a alavancar o setor, num fícies com degradês e efeitos translúcidos. Por Investimentos da Coca-
movimento também beneficiado pela retomada isso tal alternativa de decoração vem sendo bem Cola contribuíram para
bons resultados do vidro
das exportações de embalagens de vidro. Neste avaliada por empresas como a Wheaton, líder
caso, fabricantes como a Owens-Illinois do Bra- no mercado brasileiro de frascos de vidro para
sil comemoraram, após um ano de vendas muito cosméticos e perfumes, que já produz emba-
fracas lá fora, bons resultados em 2006 com lagens decoradas com pintura orgânica para
embarques de garrafas de bebidas para África e seus principais clientes. Outra forte tendência
América Latina. em acabamento é apontada pela Saint-Gobain
Para a Associação Brasileira das Indústrias Embalagens, para quem sistemas de decoração
Automáticas de Vidro (Abividro), os bons ventos mais sofisticados continuarão a ser usados para
continuarão soprando em 2007. Tal prognóstico personalizar moldes standard, sobretudo quando
é reforçado por fatores como os fortes investi- a quantidade solicitada pela indústria usuária não
mentos em garrafas de vidro retornáveis feitos justifica a criação de um modelo exclusivo.
por grandes fabricantes de refrigerante no Brasil, A despeito dos bons indícios para 2007, nos
em especial a Coca-Cola, que pelo terceiro ano últimos meses uma ressalva vem preocupando o
consecutivo apostou na volta de embalagens reu- setor de embalagens de vidro. Trata-se da falta de
tilizáveis. Atualmente a participação do vidro em barrilha (carbonato de sódio) nacional, ocasiona-
seu portfólio gira em torno de 15%, mas a empre- da pela paralisação da Companhia Nacional de
sa pretende alçar esse índice para 30% em breve. Álcalis, única fornecedora
A estratégia é privilegiar o vidro em áreas de do produto da América do
distribuição onde predominam consumidores de Sul. Representando cerca
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

AÇÃO
FOTOS: DIVULG

NICHO BEM VINDO ACABAMENTOS ESPECIAIS


Embalagens de Sistemas de decoração
vidro vêm diferenciados conferem
ganhando espaço vitalidade ao material
em conservas em spirits e perfumes

16 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


de 30% do custo final do vidro, a substância está prevista para o terceiro trimestre de 2007.
reduz o ponto de fusão da areia para obtenção O anúncio não chegou a pegar os vidreiros de
do vidro, diminuindo gastos com energia. Outro surpresa. O setor sabia que esse investimento
causador de cautela foi o anúncio da AmBev de era apenas uma questão de tempo, uma vez que
que inaugurará uma fábrica própria de embala- a AmBev já era verticalizada na produção de
gens de vidro em 2007. Cerca de 160 milhões rótulos e de tampas. Mesmo assim, a nova fábri-
de reais deverão ser investidos na unidade, em ca deverá fazer os fabricantes de embalagens de
construção em Campo Grande (RJ). A capacida- vidro buscar novas oportunidades na seara de
de será de 100 000 toneladas, ou 450 milhões de bebidas, num cenário em que os mercados de
garrafas por ano, suficientes para suprir 50% da refrigerantes e de spirits (destilados) se tornarão
demanda da empresa em cervejas. A inauguração ainda mais estratégicos.

Mais leves e resistentes


N
a área de celulósicas, a vertente No outro lado do balcão os investimentos em
não foge ao que ocorre com outros cartões mais leves também vêm sendo destaca-
materiais de embalagem em nível dos. Tendo aumentado suas vendas no mercado
mundial: é crescente a pressão da interno mais de 20%, enquanto a média do setor
indústria usuária pela redução de peso sem perda estacionou em 2%, a Suzano vem apostando alto
de resistência, e os grandes fabricantes tratam na dobradinha gramaturas reduzidas e resistência
de responder às exigências, sob pena de perder elevada. A estratégia ajuda a entender o aumento
competitividade. Nessa linha, os fabricantes de da participação da empresa no mercado interno
papel cartão para embalagens anunciaram nos – de janeiro a setembro de 2006, o domínio da
últimos meses investimentos importantes em Suzano no segmento de papel cartão subiu de
EM FASE DE TESTES produtos de baixa gramatura e alta rigidez. 24,5% para 27% (35% da produção são expor-
Panetones e sabão
Essa nova geração de cartões promete con- tados). No mercado há poucos meses, as últimas
em pó estão sendo
acondicionados em nova sumir menos matéria-prima e oferecer a mesma novidades da empresa que exploram o mote da
geração de cartões resistência das estruturas convencionais. A des- leveza levaram mais de quatro anos para ser
de baixa gramatura peito do custo às vezes maior, produtos assim desenvolvidas, e estão sendo comercializadas
e rigidez elevada
devem ganhar lastro no Brasil em 2007, conso- sob a marca Super 6 Premium. Os produtos pos-
lidando a busca por embalagens mais leves como sibilitam que mais cartuchos sejam produzidos
tendência do mercado de celulósicas. com a mesma quantidade de insumo. Ou seja, o
Chama atenção nesse processo a estratégia aumento de preço promete ser contrabalançado
da Klabin, que quer fabricar a matéria-prima pelo ganho em escala. Segundo César Mendes,
necessária para produzir papéis de baixa grama- gerente de grupo de produtos da empresa, com
tura e rigidez elevada, hoje importada. A empresa o novo papel cartão, numa tonelada de produto,
anunciou planos de antecipar para setembro de por exemplo, consegue-se rendimento 9% maior
2007 o início de produção no projeto de expan- do que o que se consegue com a mesma grama-
são da planta de Telêmaco Borba (PR), que deve tura no Super 6 Hi-Bulky, também da Suzano.
aumentar a capacidade de 330 000 para 740 000 A espessura não muda, para evitar modificações
toneladas de papel cartão por ano, além de ver- nas linhas de envase da indústria.
ticalizar a fabricação de matérias-primas utiliza- O desempenho da linha Super 6 Premium
das nos produtos de baixa gramatura e rigidez já está sendo avaliado pelos usuários. Os novos
elevada. A Klabin também destaca como grande cartões da Suzano podem ser vistos em produtos
acontecimento para o ano que vem a ampliação como o panetone Bauducco e os detergentes em
da planta de Monte Alegre (PR). Com isso, a pó Ace e Ariel, da Procter & Gamble, e Tixan
capacidade de produção anual de cartão passará Ypê, da Química Amparo. Segundo a Suzano,
de 700 000 toneladas para 1,1 milhão de tonela- esses clientes participaram do desenvolvimento
das. O início da operação com a nova capacidade da linha, que tem a responsabilidade de substi-
está previsto para outubro de 2007. tuir, até o início do segundo semestre de 2007, a

18 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


100% RECICLADO
Outra tendência no
mercado de papel cartão

FOTOS: FIVULGAÇÃO
para embalagens

Super 6 Hi-Bulky, até então líder entre os produ-


tos para embalagens da Suzano.
Outro movimento irreversível do mercado
de papel cartão para embalagem diz respeito aos
investimentos nas características de printabilida-
de do material. Os fabricantes estão dando cada
vez mais atenção à superfície de impressão e à
qualidade do verso das cartonagens. Em 2006,
por exemplo, a Ripasa investiu 50 milhões de
reais em sua planta de Embu (SP). Além de
aumento de 30% da produção, inclusive de car-
tões de baixa gramatura e alta rigidez, o aporte
otimizou a área de acabamento da unidade.
A propósito, convém ficar atento a um regis-
tro lateral: o crescente uso de cartões cada vez
mais brancos, registrado em outros países, poderá
acelerar-se como tendência no mercado interno.
O movimento nessa direção vale também para
o papelão ondulado, com laminação de folhas
de papel branco, dada a inclinação das redes
varejistas por demanda de caixas-display com
impressão de melhor qualidade (ver página 30).
Outro movimento importante é protagonizado
por linhas obtidas de matérias-primas recicladas.
Entre as empresas com foco nessas famílias de
CAIXINHA PARA
produto, destaque para a Papirus, outra grande
ALIMENTOS fabricante de cartões, que planeja aprimorar
Fabricantes de cartonadas novos desenvolvimentos com maior composição
assépticas devem apostar
de reciclado. Um dos principais focos da empre-
mais alto em tecnologia
retortable sa para 2007 é a linha Vitacarta de papel cartão
100% reciclado.
Na área de cartonadas assépticas, o mercado
vive a expectativa da inauguração da planta
brasileira da SIG Combibloc. Protocolo firmado
com o governo do Paraná, onde a unidade será
construída, prevê o funcionamento da fábrica
em 2008. Enquanto isso, o setor explora novos
nichos de atuação, como os mercados de águas
minerais e de private labels, e acirra a disputa
com outros materiais de embalagem, a exemplo
do aço, na briga por segmentos como o de creme
de leite. Outro movimento do setor que pode
crescer é a oferta de caixinhas esterilizáveis por
autoclave para o mercado de alimentos. Tanto a
SIG como a Tetra Pak investiram no desenvolvi-
mento de cartonadas retortable, já à venda aqui.
Luta contra a verticalização
N
em todas as previsões acertam o

DIVULGAÇÃO
alvo, mas uma aposta quase certa
para a indústria de acondicionamen-
to diz respeito à verticalização pro-
dutiva de grandes usuários de latas de aço. Até
pelo caráter confidencial de algumas estratégias,
é difícil dizer em que medida essa onda de eman-
cipação, manifestada de maneira intensa em
2006, vai continuar no próximo ano. Mas quem
é do ramo a vê como irreversível, numa crença
reforçada por lances como a recente abertura de
uma grande fábrica própria de latinhas (cane-
cos) da Gomes da Costa, uma das duas maiores
empresas do setor de pescados industrializados
do país, ao lado da Coqueiro. No projeto foram EXPANDIDAS EM EXPANSÃO
investidos 30 milhões de reais, revertidos na Formatos diferenciados continuarão
capacidade de 1,5 milhão de latinhas por dia, boa na mira das metalgráficas

parte delas dotada de sistemas de fácil abertura.


É certo que investimentos em verticalização mais aprimorados, caso das lâminas de alumínio
produtiva não constituem novidade no setor de do tipo peel off para produtos secos e granulados,

ARQUIVO BLOCO
folhas-de-flandres. Também em alimentos uma também se transformaram em ferramenta estra-
das maiores produtoras de latas de aço do país é tégica para as metalgráficas, que podem investir
a Nestlé há anos. Na área de tintas, pelo menos em parcerias exclusivas para fornecimento do
um grande fabricante, a gaúcha Renner, igual- acessório, como fez em 2006 a Indústrias Reuni-
mente enveredou pelo caminho de internalização das Renda, de Pernambuco. Outra possibilidade
da produção de embalagens. Outros exemplos tecnológica que pode se concretizar é a lamina-
poderiam ser citados, num panorama em que as ção de filmes impressos nas paredes externas
metalgráficas tradicionais são obrigadas a colocar das latas. Ganhando crescente mercado lá fora, o
em prática alguma estratégia de reação. Assim, sistema é alternativo à decoração por litografia.
investimentos em latas de aço mais modernas e Parte dessas inovações também pode ser útil
práticas têm tudo para ser acelerados. Isso inclui à cadeia do aço na guerra travada com outros
novos processos de decoração e impressão, siste- materiais de embalagem. Não se fala somente
mas de fechamento mais sofisticados e formatos da eterna batalha com o PET no mercado de
diferenciados. óleos comestíveis, onde, aliás, as metálicas têm
No rol das inovações, chamam especial aten- levado a pior, apesar das enfáticas críticas quanto
FERRAMENTA DE
ção os formatos expandidos, que aos poucos à transparência dos frascos plásticos, que exige o
COMPETITIVIDADE
ficam mais acessíveis para as indústrias usuárias uso de conservantes pelos fabricantes do alimen- Parcerias visando
do Brasil, conquistando participação entre com- to. Comenta-se que o grande medo dos aceiros a sistemas de fácil
hoje é perder o mercado de tintas para o plástico. abertura, como lâminas
modities como óleos comestíveis. De olho na
de alumínio do tipo
possibilidade de crescimento, os fabricantes de As petroquímicas garantem possuir materiais peel of, podem
latas investem mais e mais na tecnologia, como adequados para esse setor, que por sinal já come- crescer em 2007
exemplifica a recente ampliação da capacidade çaram a ser usados no mercado brasileiro, mas
de produção de latas de aço expandidas anuncia- ainda não pelos grandes fabricantes de tintas.
da pela Companhia Brasileira de Latas (CBL). Numa outra vertente do mercado de emba-
Também devem ser vistas com atenção as lagens metálicas, a do alumínio, chama atenção
latas de duas peças (tampa e corpo), que propor- o esforço de importantes fabricantes de emba-
cionam características melhoradas de vedação lagens em diminuir os custos com distribuição,
na comparação com as tradicionais de três peças inaugurando novas fábricas de latas e tampas
(tampa, fundo e corpo). Sistemas de fechamento pelo país. Para analistas, a eventual queda de

20 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


despesas com transporte poderá contrabalançar em processos produtivos, registro para a redução
os preços em alta do alumínio. Também vale das paradas para troca de rótulos nas linhas de
lembrar que a produção da matéria-prima das produção das latinhas. Impulsionada por grandes
latas de alumínio está em alta, reforçando a empresas do setor, como a Rexam, a tendência

DIVULGAÇÃO
sensação de aumento no consumo dos princi- visa flexibilizar os volumes mínimos de produ-
pais produtos acondicionados nessas embalagens ção, oferecendo aos clientes condições de diver-
(refrigerantes, cervejas, chás e sucos). Segundo sificar ainda mais suas famílias de produto.
a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), de
janeiro a setembro deste ano foi produzido 1,196
milhão de toneladas de alumínio primário no
Brasil, 7,9% a mais em relação aos nove primei-
ros meses de 2006. Nos próximos meses o bom
desempenho deve continuar com contribuição
não só das latinhas. A perspectiva de maior giro
da indústria de laminados flexíveis para acondi-
LASTRO EM 2007?
cionamento de alimentos também poderá refletir
Consumo de garrafas de
de maneira positiva no setor de alumínio. Ainda alumínio (à esquerda)
em filmes, a maré boa tende a ser favorecida pode crescer. Fabricantes
pelas bolsas flexíveis esterilizáveis por autocla- de latinhas também
devem flexibilizar
ve, os famosos retortable pouches, cuja estrutura rotulagem e diminuir
tradicional leva alumínio, PET e PP. custos de distribuição
Entre as inovações tecnológicas,
vale a pena ficar de olho nas garra-
fas de alumínio, que lá fora ganham
crescente espaço no portfólio de PROPULSÃO – Maior giro
do setor de flexíveis
embalagens de grandes indústrias para alimentos pode
de refrigerantes e cervejas, e podem GODOY
favorecer consumo de
– ANDRÉ
STUDIO AG
se disseminar por aqui. Também alumínio em embalagens

PP acima da média
U
m movimento marcante do setor Seja como for, à exceção do polietileno
de embalagens plásticas tem sido de baixa densidade linear (PEBDL), que veio
o avanço do polipropileno (PP) de uma base baixa no ano passado, o con-
em mercados antes cativos de sumo de PP cresceu mais que o dos demais
outros materiais de embalagem. Essa ten- plásticos em embalagem em 2006 (ver qua-
dência é beneficiada pelo desenvolvimento dro na página 24), num movimento que deve INVASÃO – Polipropileno
de aditivos que melhoram as características se manter nos próximos doze meses. Além da cresce mais que a
óticas da resina, tornando-a mais transpa- maior demanda, tal previsão é reforçada por média dos plásticos
em embalagem, e já é
rente e brilhante. Com contribuição desses estratégias como a da Suzano Petroquímica, ofertado em categorias
avanços, embalagens de boca larga feitas de que em 2007 pretende aumentar sua produ- como a de conservas
PP já são ofertadas em categorias como a de
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

conservas, tradicionalmente dominada pelo


aço e pelo vidro. Outro lance aguardado é a
conquista pelo PP de usuários hoje adeptos
do PET. Neste embate, porém, o material
enfrenta a limitação da falta de barreira a
gases. Isso impede, por exemplo, o uso do
PP no mercado de refrigerantes, onde o PET
deve continuar soberano por muito tempo.

22 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


ção de PP no país. Na planta de Mauá (SP), a
capacidade deve subir de 300 000 toneladas
Crescimento do consumo das
para 360 000 toneladas em setembro próxi-
principais resinas de embalagem
mo. No Rio de Janeiro, até o final de 2007
PEBDL 17%
o volume produzido deve chegar a 300 000
toneladas, contra as 200 000 atuais. PP 12,7%
Afora a crescente importância do PP, a PS 10,5%
indústria de embalagens plásticas deve ser
movimentada pela corrida por escala no lado EVA 10,9%
dos convertedores. Notado nos últimos anos, PVC 8,6%
tal movimento não deverá arrefecer, numa
forma de equacionar as margens cada vez PEBD 0%
mais críticas com que essas empresa vêm * DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2006
FONTE: SUZANO PETROQUÍMICA
trabalhando. A flexibilidade das linhas de
embalagens, que precisam ser adaptáveis a mações ao consumidor. Uma tendência ainda
diferentes processos produtivos, sobretudo pouco explorada na área, mas que também
em função dos ciclos de vida cada vez meno- pode ganhar consistência, é a de SUPs com A FORÇA DOS SUPS
res dos produtos, é outra aposta segura do formatos diferenciados. Quem é do ramo Os saquinhos que ficam
setor de plásticas nos próximos meses. garante que as implicações de custo não em pé podem puxar
para cima o consumo de
Outras tendências que devem ganhar pro- assustam, e que os resultados de marketing resinas, num processo
jeção daqui para frente são a busca por fon- são excelentes. favorecido por formatos
tes alternativas ao petróleo na produção de Ainda na área de filmes flexíveis, as diferenciados (acima)
resinas e os desenvolvimentos envolvendo estruturas de BOPP com aspecto fosco devem
nanotecnologia. No primeiro caso, resinas continuar em alta no mercado de alimen-
termoplásticas de rápida degradação, oriun- tos, onde fazem sucesso principalmente na
das de fontes naturais renováveis, como área de snacks. As movimentações em torno
milho, cana-de-açúcar e amido de batata, das retortable pouches também merecem
já começam a ser produzidas no Brasil. No ser acompanhadas em 2007. Atualmente, os
segundo, resinas modificadas no nível mole- filmes utilizados na produção de bolsas plás-
cular, de modo a oferecer maiores barreiras, ticas esterilizáveis por autoclave são em sua
propriedades antimicrobianas ou aumento da maioria importados da Coréia do Sul. Mas
rigidez e da resistência a impacto, também grandes empresas instaladas no Brasil, como
devem ganhar mais espaço no Brasil. Alcan e Itap Bemis, vêm tentado encarar essa
No mercado de filmes plásticos flexíveis, concorrência, investindo na produção local
as fichas continuarão sendo jogadas nas de estruturas flexíveis que suportam pro-
embalagens sanfonadas que ficam em pé cessos de esterilização e cozimento em altas
nas gôndolas, as célebres stand-up pouches temperaturas (ver EMBALAGEMMARCA 87). Os
(SUPs). Embora a velocidade de cruzeiro
FOTOS: DIVULGAÇÃO

dessa tecnologia ainda não tenha ocorrido no


Brasil, o avanço dos SUPs tem sido claro. De
uns anos para cá essas embalagens passaram
a ser usadas no acondicionamento de produ-
tos tão díspares quanto azeitonas, biscoitos
para animais de estimação, ceras líquidas
para limpeza doméstica, condimentos secos,
maionese e atomatados. Ante a dissemina-
ção de maquinários e filmes adequados, a
tendência é que o custo dos saquinhos que
FUTURO SEM
ficam em pé diminua. Também conta pontos PETRÓLEO
para essa previsão a praticidade de transpor- Resinas termoplásticas
te, a otimização de espaço nas gôndolas e a oriundas de fontes
renováveis têm boas
maior printabilidade dos SUPs, que favorece perspectivas
a disposição de um grande número de infor-

24 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


usuários ainda reclamam de deficiências dutos, que possuem
técnicas, mas, a julgar pelo fôlego de inves- um lado metalizado e
timentos dessas duas empresas, retortable um lado não metaliza-
pouches feitos com filmes nacionais poderão do desenhado para obter
enfim deslanchar no Brasil. selagem superior, oferecem
No mercado de flexíveis também podem a vantagem de menor tempera-
ganhar espaço os filmes de barreira ultra tura inicial de selagem na compa-
elevada para acondicionamento de produ- ração com estruturas que utilizam
PROTEÇÃO A MAIS
tos secos como refrescos em pó e sopas alumínio e polietileno. Quem começou a
Filmes de barreira
liofilizadas. Além de maior proteção contra disponibilizar a tecnologia no Brasil foi a ultra elevada devem
oxigênio, umidade, aroma e sabor, esses pro- ExxonMobil. conquistar adeptos

O ano da portabilidade
D
esde que ganhou força no mundo protegido e limpo.
do marketing, a expressão “consu- A preocupação com portabilidade
mo nômade” manteve-se vinculada tende a se disseminar em outras
ao que os americanos chamam de vertentes do mercado de
eating and drinking on-the go, isto é, o cres- higiene e cuidados pesso-
cente hábito de consumir alimentos e bebidas ais. Tal movimento só tende
em movimento – no carro ou durante a prática a fortalecer estratégias envol-
de esportes, por exemplo. Porém, esse com- vendo acondicionamentos
portamento de consumo, que normalmente com menores volumes e fáceis
exige embalagens menores e fáceis de carregar, de carregar. De repelentes de
ampliou seus domínios no varejo global. Uma insetos a enxaguatórios bucais e
clara tendência, verificada com força também cremes dentais, diferentes produtos
no Brasil, é a multiplicação dos lançamentos já estão disponíveis em apresenta-
desenvolvidos sob o prisma da portabilidade ções diminutas. A redução das quan-
para além das categorias de alimentos e bebi- tidades acondicionadas, porém, não é a
das. Assim, um dos novos eldorados do consu- única medida cabível para proporcionar
mo nômade começa a ser constituído por pro- conveniência de consumo em situações fora
dutos de higiene e cuidados pessoais, categoria do lar. Voltando ao eating and drinking on-the
onde embalagens portáteis e apresentações de go, recomenda-se, como sempre, estar atento a MUITO ALÉM
DE ALIMENTOS
consumo individual devem ganhar mais e mais sistemas de fácil abertura, novos formatos de Embalagens menores
espaço daqui em diante. embalagem e à incorporação às embalagens multiplicam-se nas
Tal previsão baseia-se em estratégias obser- de acessórios que facilitam o consumo de gôndolas de home care

vadas em diferentes segmentos da categoria alimentos e bebidas, a exemplo de talheres e


de personal care. Até nas prateleiras de papel canudos. Prevalece, enfim, a recomendação de
higiênico, quem diria, o lastro do consumo abrir os olhos para os consumidores urbanos
nômade se fez notar. Nessa área a marca Scott, com pouco tempo para atividades tão triviais
da Kimberly-Clark Brasil, protagonizou uma quanto fazer as próprias refeições. Não se
ação curiosa e inédita no país. Foi o lançamen- trata de uma previsão revolucionária, mas não
to de um papel higiênico que não vem em rolo, restam dúvidas de que estratégias de marketing
mas em pacotinhos com quarenta folhas cada. customizadas para esse filão, que lá fora é
A idéia é permitir que o produto, desenvolvido conhecido como time poor, devem continuar
para consumo fora do lar, seja transportado em crescendo em 2007.
bolsas e nécessaires. Com isso os consumido-
res não precisam carregar rolos de papel amas-
sados que sujam durante o transporte, mas uma
embalagem de bolso capaz de manter o produto

26 >> EmbalagemMarca >> dezembro 2006


Sem revoluções em rótulos
C
om tendências tecnológicas que vêm panhar seus passos em 2007.
se mantendo nos últimos anos, o A área de termoencolhíveis tampouco tende
mercado de conversão e impressão a ser palco de grandes revoluções no negócio de
de rótulos não deverá apresentar rotulagem. Aguarda-se, é verdade, a inaugura-
guinadas bruscas em 2007. Em termos de equi- ção de uma grande planta produtiva de filmes
pamentos, impressoras banda estreita multissubs- contráteis no mercado interno, hoje abastecido
trato devem continuar ganhando espaço, permi- em grande medida por produtos importados,
tindo que os convertedores atuem em nichos dos especialmente asiáticos. Isso pode acontecer já
mercados de cartuchos cartonados e embalagens em 2007, caso se concretize a construção de uma
flexíveis. A ampliação do leque de serviços é planta pela Tecnoval, grande fornecedora de
outra aposta certa, já que os fornecedores de rótu- filmes de embalagem do país. O abastecimento
los vêm investindo sem parar na oferta de várias local é visto com entusiasmo por grandes indús-
soluções tecnológicas para atender as diferentes trias usuárias de termoencolhíveis, que passariam
demandas das indústrias usuárias, naquilo que se a contar com o respaldo da maior proximidade
convencionou chamar de one-stop shop. com seu fornecedor.
No ramo de auto-adesivos em particular, o Numa outra vertente, apesar dos questio-
crescimento das solicitações envolvendo tira- namentos ambientais atrelados aos filmes de

FOTOS: DIVULGAÇÃO
gens menores também surge como ponto pací- PVC, a demanda pelo material no mercado de
fico, consolidando-se na esteira das subdivisões termoencolhíveis deve se estabilizar após um
das linhas de produtos dos usuários, e também período de queda no cenário internacional. Isso
do aumento de importância de empresas e por que os filmes de PVC dedicados a esse tipo
marcas regionais na carteira de clientes dos de aplicação começaram a ser produzidos sem
convertedores. Tudo isso deve exigir, como vem plastificante. Tal processo abranda o impacto
acontecendo nos últimos anos, investimentos ambiental da incineração do material. Assim, a
em trocas de serviço mais rápidas, que minimi- tendência é que o avanço do OPS, do PET e do
zam o desperdício de tinta e substrato entre cada PETG diminua no setor. No Brasil, é verdade, a
EXPECTATIVA
mudança de trabalho. Ademais, a queda das fatia desses materiais é pequena – 95% do mer- Grandes indústrias
tiragens seguramente continuará favorecendo cado interno ainda são dominados pelos filmes usuárias de
a venda de impressoras digitais. Estas, por sua de PVC. Mas na Europa e nos Estados Unidos os termoencolhíveis
aguardam a inauguração
vez, têm oferecido tiragens máximas maiores, temores ambientais causaram certa fragmentação de planta brasileira de
sinalizando um ganho de escala que poderá do setor, com a participação do PVC caindo filmes contráteis
diminuir o alto custo de seus consumíveis no para 50% – no Japão o material responde por
futuro. Ainda na área de narrow webs digitais, apenas 15% do mercado de termoencolhíveis.
certa expectativa é alimentada pelo esforço da Na tendência de eliminação de plastificantes,
concorrência em frear o domínio da HP Indigo. capitaneada por grandes fornecedores, como
Marcas como Xeikon e Matan, para ficar em Fuji Seal, Ineos, Klöckner Pentaplast e Sleever, a
dois exemplos, têm anunciado novidades para o perspectiva para o PVC na área de termoencolhí-
mercado de rótulos, sendo recomendável acom- veis volta a ser boa.
A sensação de continuísmo do mercado de
rótulos é reforçada pela falta de perspectivas
imediatas para os roll-fed shrink (RFS), como
começam a ser conhecidos os rótulos termoenco-
lhíveis aplicáveis por máquinas alimentadas por
bobinas. Embora fornecedores internacionais de
filmes venham dedicando grande atenção a essa
alternativa de decoração de embalagens, também
conhecida como RoSo (de roll-on shrink-on), as
indústrias brasileiras de rótulos roll-label, que
MULTISSUBSTRATOS MAIS EM ALTA DO QUE NUNCA
Impressoras híbridas ditarão tendências em rotulagem seriam as peças-chave no desenvolvimento do

28 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


mercado de RFS por aqui, ainda não se entusias- os potenciais usuários de roll-labels dos benefí-
maram com a possibilidade de atuar com termo- cios do sistema – basicamente a economia numa
encolhíveis. Uma explicação está na idéia de que máquina de aplicação de mangas termoencolhí-
essas empresas estão mais atreladas ao mundo veis. Outro entrave é a falta de um fornecedor
das embalagens flexíveis do que propriamente local de filme de BOPP com encolhimento. A
ao dos rótulos. Isso significa que elas trabalham necessidade de importar é vista com reticência
com alta produção e margens reduzidas, fatores no mundo de guerra de preço que muitas dessas
que não favorecem o interesse em inovações empresas vivem, dificultando a disseminação
como os RFS. Também parece difícil convencer dos RFS já em 2007. ROLL-FED AQUI? – Em 2007 ainda não

A vez das caixas-display


A
prevalecer por aqui um movimen- “aconselhamento” para suas fornecedoras
to já consolidado nos varejos euro- fazerem mesmo.
peu e americano, o próximo ano Há, contudo, fatores que não contribuem
poderá ser decisivo para o cresci- para a difusão das SRPs no Brasil. Um deles é
mento das embalagens prontas para a gôndola, a mão-de-obra barata dos repositores. Outro,
ou shelf-ready-packages (SRPs). Esse é o o custo maior das caixas-display. Mas vanta-
nome que se dá às embalagens de despacho gens como a otimização de espaço nas prate-
que não apenas protegem e unitizam produtos leiras do varejo e a diminuição do manuseio
durante o transporte, mas também funcionam (e, conseqüentemente, de avarias) de produ-
como módulos de reposição para pontos-de- tos no PDV podem impulsionar a idéia, que
venda. Isso é possível graças a um dimensio- também é beneficiada pela possibilidade de
namento adequado dessas embalagens, que destacar as marcas nas lojas. A diferenciação
permite melhor utilização no ponto-de-venda, visual, dizem os defensores das SRPs, pode
e também a acessórios como tampas ou fitas ser maior que aquela conseguida com rótulos
de fácil abertura, que ajudam a transformá-las dos produtos unitários e com material de
em displays de forma rápida e simples. apoio no PDV, tais como faixas, stoppers,
Lá fora o conceito foi impulsionado pelo take-ones e wobblers. Também vale lem-
hard discount, como são chamados os super- brar que, além do aspecto pardo do pape-
mercados com foco predominante em preço, lão ondulado, as caixas-display podem ser
que expõem produtos diretamente sobre pale- laminadas com papel branco, garantindo
tes, nas caixas de despacho. Embora essa impressão de boa qualidade. Outro fator
modalidade espartana de varejo ainda seja favorável é a evolução das codificadoras
incipiente por aqui, grandes fornecedores de ink jet, hoje capazes de imprimir grandes
caixas de papelão ondulado têm demonstra- caracteres, ampliando a exposição das mar-
do interesse nas embalagens prontas para a cas impressas nas superfícies rugosas das
gôndola. A Klabin, por exemplo, aprimorou caixas-display convencionais. A indústria de
sua linha de caixas-display com fita para fácil papelão ondulado também vem se esforçan-
abertura, prometendo agilizar ainda mais as do para oferecer aos usuários sistemas de
reposições. A Rigesa também estaria desen- impressão e acabamento mais sofisticado,
volvendo projetos do tipo, embora nenhum num outro ponto favorável à disseminação
lançamento tenha sido divulgado ainda. das SRPs no Brasil.
O interesse dos fornecedores de caixas
de papelão ondulado se explica pelo fato de
que as redes de varejo do país começam
SHELF-READY-PACKAGES
a olhar com mais atenção para esse tipo Com sistemas de fácil
de embalagem. O Grupo Pão de Açúcar, abertura, embalagens
por exemplo, já estaria na iminência da que funcionam como
módulos de reposição
adoção de SRPs para produtos de marca
GAÇÃ
O podem crescer no país
própria. Ademais, a empresa discute um FOTO
S: DIV
UL

30 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Apelos da terceirização
E
nquanto o conceito de one-stop necedor das máquinas de envase, do sistema
shop ganha força, ampliando o de empacotamento e de outros serviços agre-
leque de serviços dos fornecedo- gados. Em todos os casos o outsourcer deve
res de embalagens, que passam a extrair o melhor de seus parceiros, viabilizan-
oferecer numa única empresa vários recursos do para o contratante maior diferenciação ou
para as indústrias usuárias, também cresce no menor custo na comparação com os resultados
Brasil a terceirização de serviços de acondi- que ele poderia obter internamente.
cionamento. Oferecida a empresas geralmente Todas essas responsabilidades levam a
especialistas em uma única área, essa moda- uma dúvida: as empresas nacionais estariam
lidade de outsourcing, também conhecida aptas a desempenhar como se deve a função
como contract packaging, pode se tornar uma de co-packer? Talvez não haja uma resposta
atividade corriqueira no país. É verdade que o definitiva, mas o bom senso aconselha análise
movimento ainda é incipiente, tanto na oferta laboriosa antes da contratação de um terceiri-
quanto na demanda de serviços. Mas, ao con- zador de serviços de embalagem. A despeito
centrar num único prestador todas as habili- de eventuais riscos envolvendo outsourcers
dades relacionadas à cadeia de embalagens, despreparados, a atividade pode crescer no
a terceirização assumiu caráter estratégico lá Brasil nas mais diferentes áreas, já que é apli-
fora, numa tendência já manifestada por aqui. cável em praticamente todos os segmentos de
Diferentes empresas vêm se anunciando no negócios. Os mercados de bebidas, alimentos,
mercado nacional como co-packers, ou seja, cerâmicas, tintas e produtos de higiene e lim-
terceirizadoras de projetos de embalagem. Um peza já se mostram abertos ao conceito, cada
dos atrativos apregoados é a diminuição de vez mais encarado como ferramenta estraté-
custos. Volumes maiores e menos mudanças gica para operar com menores custos. Outra
nas seqüências de produção, em decorrência vantagem teórica é o reforço ao departamento
da centralização das decisões num único pres- de marketing da empresa, com os co-packers
tador do serviço, estão entre os fatores que concebendo, de maneira autônoma ou em
podem gerar economia. Nos Estados Unidos e conjunto com as equipes internas, promoções
em outros países onde a atividade já é bastante e estratégias para aumento de venda. Por fim,
desenvolvida, as empresas que se propõem a mas não menos importante, o contract packa-
oferecer serviços de outsourcing atuam como ging também pode otimizar as estratégias de
gerenciadoras da cadeia de atendimento. Sua distribuição, desonerando a indústria usuária
função é lidar com todos os envolvidos, do de tarefas excedentes, e permitindo que ela se
fabricante do material de embalagens ao for- dedique a seu negócio principal.

Agradecimentos Antonio Dalama Lorenzo, Rotatec


Carol Tumolin, Papirus
Para a realização da reportagem de de embalagem à nossa equipe de reporta-
César Mendes, Suzano Papel e Celulose
capa desta edição, um serviço que gem. O precioso e copioso volume de infor-
Fernanda de Azevedo, SIG Combibloc
EMBALAGEMMARCA oferece pelo oitavo ano mações aportado nos últimos doze meses
Flavio Canalli, Ladal
consecutivo nesta época do ano a seus lei- por essas pessoas – em entrevistas, trocas
Livia Silvestre Luccas, Rexam
tores, foi fundamental o apoio das pessoas de idéias face a face, seminários, workshops,
Lucien Belmonte, Abividro
relacionadas ao final. Elas contribuíram com congressos e outros eventos em que a
boa parte das informações que permitiram embalagem foi tema central – enriqueceu Luiz Fernando Martinez, Abeaço
montar o trabalho, cujo objetivo é oferecer as matérias publicadas na revista e ajudou Maria Beatriz Martins, Saint-Gobain Embalagens
uma ferramenta auxiliar às empresas na enormemente a fortalecer nosso manancial Miguel Sampol, Klabin
elaboração de seu planejamento para o de informações sobre o assunto. Esse banco Rildo Lima, Owens-Illinois do Brasil
próximo exercício. de dados foi de indescritível utilidade na pro- Roberto Lacerda, Ladal
Igualmente importante foi a contribuição dução de Tendências e Perspectivas 2007. Rogério Mani, Abief
dada ao longo do ano que termina pelas cen- Aos aqui relacionados e aos demais a Equipe Sergio Canela, Ripasa Celulose e Papel
tenas de profissionais e especialistas da área EMBALAGEMMARCA agradece. Sinclair Fittipaldi, Suzano Petroquímica

dezembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 31


Sem espetáculo Trocas de roupa mais velozes
Na linha da futurologia envolvendo
Em ação premiada, Rexam flexibiliza decoração de latas
consumo de embalagens, a consulto-
ria Specialists in Business Information A fabricante de latas para bebidas Rexam rece- Rexam:
menor
(SBI) divulgou que o mercado america- beu no fim de outubro o Prêmio CNI 2006 na tempo para
no de embalagens plásticas flexíveis categoria Inovação, Qualidade e Produtividade. mudar
estampas
deverá crescer de forma modesta nos Motivo do troféu: o projeto de redução das
próximos anos, alcançando o valor de paradas para troca de rótulos nas linhas de
26,5 bilhões de dólares em 2010. O fa- latinhas de alumínio da fornecedora. O tempo
turamento total desse negócio em 2005, caiu de 23 minutos para 7,5 minutos, o que na
nos Estados Unidos, foi de 23,4 bilhões
prática significa um ganho de até 2% em pro-

FOTOS: DIVULGAÇÃO
de dólares, 3,6% a mais que em 2004.
dutividade anual. Segundo a Rexam, o aprimo-
Vento em popa ramento também flexibiliza os volumes mínimos
Ainda em plásticos, mas no mercado de produção: os clientes terão mais condições
interno, os oito primeiros meses do ano para diversificar os rótulos das suas latas.
registraram aumento de 11,35% no con-

“A garrafa contour garantiu seu lugar na


sumo aparente (soma da produção com
as importações, menos as exportações)
de resinas termoplásticas. A produção
aumentou 11,96% e as vendas internas história como uma das poucas formas de
cresceram 15,72%, atingindo mais de
2,2 milhões de toneladas. Quem infor- embalagem a receber uma marca registrada. Ela
ma é a Associação Brasileira da Indús-
tria Química (Abiquim).
cria uma identidade visual única para a marca e
Mais alumínio
é tão querida quanto a própria bebida”
Outra matéria-prima de embalagens, De Phil Mooney, diretor de Arquivos Históricos da Coca-Cola, sobre o
o alumínio, registra alta na produção. aniversário de 90 anos da embalagem icônica do refrigerante. Inspirada
De janeiro a setembro deste ano foi na forma de uma semente de cacau, a garrafa de vidro contour foi
produzido 1,196 milhão de toneladas criada para que as pessoas pudessem identificá-la rapidamente. Seu
de alumínio primário no Brasil, 7,9% desenho singular é protegido por leis industriais.
a mais em relação aos nove primeiros
meses de 2006.
Só uma empresa nacional este ano
Destino correto Brasilata é a única brasileira agraciada pelo The Cans of the Year
Segue a toada do crescimento da recu-
peração de embalagens pós-consumo Realizada em outubro, em Barcelona, Espa-
de defensivos agrícolas no Brasil. En- nha, a edição de 2006 do The Cans of
tre janeiro e outubro foram processa- the Year, prêmio que reconhece inovações
das 16 437 toneladas de embalagens, mundiais em embalagens metálicas, laureou
volume 9% maior do registrado no somente um projeto brasileiro. A lata de aço
mesmo período de 2005. A atividade Ploc Off VP, da Brasilata, conquistou Bronze
cresceu após o início do programa de em duas categorias: em “Latas de três peças
destinação de embalagens vazias, fei- para alimentos”, com o Café Toleno, e em
to pelo Instituto Nacional de Processa-
“Sistemas de fechamento”, com o salgadinho
mento de Embalagens Vazias (inPEV).
Nuts Mix. Segundo Antonio Carlos Teixeira
Álvares, CEO da Brasilata, é raro uma mesma
Rebatizada
Oficina Design Up! é oficialmente o novo solução ser premiada em duas categorias dis-
nome da paulistana Oficina d’design, tintas nesse concurso. “Isso demonstra
que já projetou embalagens para em- a força e a eficiência da inovação”,
presas como General Mills, J. Macêdo, ele diz. A VP é uma versão com
Kellogg’s e Pfizer. A agência comemora fechamento a vácuo da Ploc Off, lata
dez anos alçando Daniel Godoy a diretor com lacre plástico de fácil abertura.
de criação e atuando com branding. (11) 3611-8122 • www.brasilata.com.br Ploc Off do Café Toleno: prêmio

32 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Edição: Guilherme Kamio

Uma sigla que continuará em alta


Curva ascendente marca consumo de embalagens de PET
O consumo global de PET para em ordem decrescente, por Estados
embalagens em 2006 deverá movi- Unidos, China e México, e tenderá a
mentar 17 bilhões de euros. Daqui ter garrafas de cerveja como a aplica-
a cinco anos, esse montante terá ção que crescerá mais rapidamente
crescido quase 41%, atingindo 24 no próximo qüinqüênio, a uma taxa
bilhões de euros. A previsão é do média anual de 13% – embora a
estudo The Future of Global Markets atual base de utilização seja baixa.
for PET Packaging, recém-editado Veja no gráfico abaixo como a emba-
pela consultoria PIRA International. lagem de PET é hoje utilizada no
O uso da resina termoplástica na mundo, em distribuição por segmen-
produção de embalagens é liderado, to de consumo.
7%
6% 7%
6%
6% 32%
6% 32%

5%
38% 3% 3%
5%
38% 3% 3%
Águas Outros Cervejas
Sucos Refrigerantes Termoformados
FONTE: PIRA

Águas
Alimentos Outros
Outras bebidas Cervejas
Sucos Refrigerantes Termoformados
Alimentos Outras bebidas
Confiança numa nobre solução
Lord inicia fornecimento de stand-up pouches
Mais uma convertedora aposta no gada a um filme-forro de polietileno ou
stand-up pouch, o envoltório plástico de nylon-poli. Outras estruturas, com
que se mantém em pé devido à base duas camadas de PET, folha de alumí-
sanfonada. É a Lord Plásticos, de nio ou EVOH são possíveis. “Podemos
Sorocaba (SP). A convertedora adqui- formatar stand-up pouches de até 85
riu, por quantia não-revelada, maquiná- centímetros de altura, um diferencial
rio para o trabalho com a embalagem, na América Latina, que poderiam,
e anunciou a entrada no negócio em por exemplo, acondicionar 15 quilos
setembro, durante a feira Mercoagro, de ração”, diz Castan. “E já detemos
em Chapecó (SC). “Há oferta satura- know-how para aplicações com esteri-
da em alguns dos mercados em que lização por autoclave (retortable).”
atuamos e a indústria dá sinais de (15) 3238-3366 • www.lordplastics.com
que poderá investir mais em stand-up
pouches”, comenta José Milton Castan
Jr., diretor comercial da Lord. Segundo
ele, a Lord fornecerá tanto bobinas,
para máquinas form-fill-seal, quanto
embalagens pré-formadas, para linhas
semi-automáticas – com laminação de
poliéster (PET) na parede externa agre- Stand-up pouches: Lord entra na parada
marketing >>> alimentos

Cardápio mais variado


Renovação da Swift se apóia em abundância de pratos prontos e de embalagens

N
ome transitório da líder em abate, CONCOMITÂNCIA – Swift sendo lançados simultaneamente em latas de
aposta em stand-up aço e em stand-up pouches do tipo retortable
processamento e exportação de
pouches que podem ir
carne bovina no Brasil, que de Fri- ao forno de microondas – bolsas plásticas que ficam em pé e que supor-
boi mudará no futuro para JBS (as (acima), mas também tam a rigorosa esterilização por autoclave (alta
iniciais de seu fundador, José Batista Sobrinho), disponibiliza muitos dos pressão e altas temperaturas), dispensando o
mesmos pratos prontos
o Grupo JBS-Friboi diversifica cada vez mais em latas (abaixo)
emprego de conservantes e a distribuição sob
seus negócios. A empresa já logrou êxito nos cadeia fria. São quinze os itens enlatados, em
ramos de limpeza do lar e de higiene pessoal e, recipientes fabricados pela Prada e pela Metal-
agora, numa extensão de sua vocação alimen- gráfica Iguaçu. Os pouches que vestem os onze
tícia, investe 5 milhões de reais no mercado de lançamentos restantes são da sul-coreana HPM
pratos prontos. Com a tradicional marca Swift, Global, representada no mercado nacional pela
26 variedades de refeições – que vão de carnes Intergrafica Print & Pack (IPP), empresa do
ao molho a dobradinha, estrogonofe e feijoada grupo MAN Ferrostaal.
– buscarão fazer sucesso nas prateleiras, fora As latas são decoradas com rótulos de papel,
dos balcões refrigerados já bem explorados impressos pela Brasilgrafica em off-set com
pelos produtos in natura da Friboi. As embala- detalhes metalizados em hot stamping, e têm
gens têm papel vital nesse plano. tampa com sistema de fácil abertura por anel
Mostrando um pé na tradição e outro na (pull ring). “Somos os primeiros na categoria
modernidade para o acondicionamento de ali- com esse fechamento”, ressalta Dayse Maciel,
mentos sensíveis sob temperatura ambiente, gerente de marketing de industrializados da JBS-
a em sua maior parte os pratos da nova linha Friboi. As embalagens flexíveis também apelam
FOTOS: DIVULGAÇÃO

36 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


FOTOS: DIVULGAÇÃO
SUPERAÇÃO – Cartuchos dos hambúrgueres Swift são os primeiros no mercado com detalhes em hot stamping: diferenciação ante a concorrência

à praticidade: podem ir ao forno de microondas Aro chos de papel cartão para ambiente frigorifica-
devido a uma sofisticada estrutura laminada que (11) 6412-7207 do, pois as diferentes oscilações dimensionais
www.aro.com.br
combina poliéster com óxido de alumínio (PET do cartão e da fita metálica, sob variações de
AlOx), nylon biorientado e polipropileno. Brasilgrafica temperatura, podem ocasionar trincos no aca-
Entregues pré-formadas, as bolsas são enva- (11) 4133-7777 bamento. Através da subsidiária brasileira da
www.brasilgrafica.com.br
sadas na Friboi numa máquina rotativa auto- alemã Kurz, a Brasilgrafica adquiriu uma fita
mática da japonesa Furukawa, também comer- Intergrafica Print & Pack especial e desenvolveu técnicas próprias para
cializada pela Intergrafica Print & Pack. Elas (11) 5522-5999
evitar alterações dimensionais do cartão.
www.ipp-group.net
chegam ao varejo ordenadas em caixas-display Mais um tabu foi derrubado nos cartuchos
de papelão ondulado, da Orsa Celulose, Papel e Kurz do Brasil dos hambúrgueres orgânicos: o hot stamping
(11) 3871-7340
Embalagens. “O investimento da Friboi é mais sobre tinta preta. Sucede que, com umidade, o
www.kurz.com.br
um importante passo para convencer o consu- negro-de-fumo componente da tinta preta tende
midor brasileiro de que pratos prontos em pou- Metalgráfica Iguaçu a atacar a estampagem, causando oxidações.
(11) 3078-8499
ches, sem refrigeração, não são ‘bombas quí- www.metaliguacu.com.br
Estudos meticulosos também transpuseram
micas’”, analisa Roberto Hinrichsen, executivo essa limitação. “Pelo que ouvimos dos parcei-
da IPP. Para ele, a vultosa campanha de mídia Nadir Figueiredo ros, somos os primeiros no mundo a aplicar
0800 55 2010
sobre a novidade, orquestrada pela Lew’Lara, www.nadir.com.br hot stamping em cartuchos para frigorificados,
ajudará a difundir o conceito. “O desafio será ainda mais sobre fundo preto”, comenta Célio
mostrar que o produto foi formulado com recei- Packing Design Coelho de Magalhães, gerente de marketing da
(11) 3074-6611
tas caseiras, que parecem as feitas por nossas www.packing.com.br Brasilgrafica.
mães”, conta André Laurentino, vice-presidente Vale, por fim, destacar a linha Patê Crem
de criação da agência de publicidade. Orsa Embalagens de patês, agora comercializada em potes de
(11) 4689-8700
www.orsaembalagens.com.br vidro com boca mais larga, para facilitar o
Brilho nos balcões consumo. Fornecidos pela Nadir Figueiredo,
Prada
Além dos lançamentos, produtos da Swift que os potes acoplam a tampa de aço Prática, da
(11) 5682-1100
já estavam na praça, como patês, salsichas, www.prada.com.br Aro, com sistema de fácil abertura por vácuo,
vegetais em conserva e hambúrgueres bovinos, e são decorados com rótulos plásticos ter-
Uniflexo
também ganharam novas apresentações. “No (11) 4789-5946
moencolhíveis, produzidos pela Uniflexo. O
total foram 47 os itens com embalagens moder- www.uniflexo.com.br prato cheio em produtos e em embalagens, e a
nizadas”, enumera Dayse Maciel. Os projetos conseqüente revitalização da Swift, tem meta
gráficos são assinados pela Packing Design. definida. “Queremos tornar o faturamento com
No caso das embalagens dos hambúrgueres, a marca seis vezes maior em três anos”, revela
houve uma importante inovação. A aplicação Nelson Dalcanale, diretor de industrializados
de hot stamping nunca combinou com cartu- do Grupo JBS-Friboi. (GK)

REPAGINAÇÃO – Potes de vidro da linha Patê Crem, com tampa de fácil abertura, agora têm boca mais larga e novos rótulos termoencolhíveis

38 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


entrevista >>> Renato Wakimoto

Boa gestão de embalagem:


chave para o sucesso

N
a vida profissional de Renato Wakimoto, Em geral, nas empresas, as definições sobre embalagens
recém-contratado pela Johnson & Johnson sofrem interferências de diferentes áreas, muitas vezes de
para o cargo de diretor regional de embala- forma conflitante. A palavra final acaba não ficando com
gem para a América Latina, as embalagens ninguém. Como o senhor vê isso?
foram sempre uma espécie de eixo central. As indústrias passam por forte transformação. Em função
Formado em Engenharia Mecânica pela Escola Mauá e do aumento da oferta de produtos elas começaram a ver nas
em Processamento de Dados pela Faculdade de Tecnologia embalagens uma possibilidade de obter vantagem competiti-
(Fatec), com pós-graduação em Administração de Empresas va. A embalagem, antes vista apenas como veículo para levar
pela Fundação Getúlio Vargas, ele começou a trabalhar em o produto ao consumidor final, hoje é considerada estratégica.
1996 como trainee na Natura, empresa que dedica especial Cresce nas empresas de consumo a tendência de montar um
atenção às embalagens (ver entrevista com o fundador da departamento de embalagem nos moldes em que é estruturado
Natura, Luiz Antonio Seabra, em EMBALAGEMMARCA nº 67, o departamento de desenvolvimento de produto. Aquela visão
março de 2005). de que a área de embalagem não tinha uma estrutura definida
A atuação em diferentes áreas nessa que é uma verdadeira vem mudando. Cada vez mais as empresas enxergam a possi-
empresa-escola contribuiu para habilitar Wakimoto a assu- bilidade de ganhar mercado através da embalagem, ponto de
mir sua atual responsabilidade na Johnson. Na Natura, ele contato do consumidor com o produto.
logo se tornou responsável pela capacitação e automação
das fábricas e pela implementação de lançamentos, aten- Em muitos casos, há recomendações da matriz que devem
do-se principalmente a novas embalagens, em São Paulo. ser seguidas em ações que envolvem a embalagem – até os
Transferido para o Rio de Janeiro, permaneceu dois anos possíveis fornecedores são determinados. Dá para inovar em
como gerente industrial da planta de fitoterápicos. Já na embalagens em uma multinacional?
condição de gerente industrial da fábrica de maquiagem, Trabalhando numa empresa globalizada, alguns projetos têm
regressou a São Paulo, com o encargo de transferir aquela apenas de ser replicados na filial. Mas não é uma norma infle-
unidade fluminense para as modernas instalações da Natura xível. Na Johnson, por exemplo, principalmente em produtos
em Cajamar. Em seus últimos três anos e meio na empresa, regionais, há autonomia para desenvolver, e é aí que temos
foi responsável por toda a pesquisa, a inovação e o desen- liberdade para inovar. Ademais, uma criação do Centro de
volvimento de embalagens. Embalagens no Brasil pode ser utilizada em outros países. Não
Nesta entrevista, Wakimoto fala da importância que a gestão existe esse engessamento.
de embalagem vem ganhando nas empresas, da necessidade
de estimular a disseminação de cursos com essa finalidade Como é estruturada a área de embalagens da empresa?
e, sobretudo, da importância de os profissionais envolvidos Chama-se Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento
com o desenvolvimento de embalagens aprofundarem seus de Embalagens. A estrutura é global. Em quatro regiões do
conhecimentos técnicos. mundo existem centros de embalagens. Na América Latina

Grandes indústrias começam a valorizar


departamentos de embalagens. País
L
IVO PESSOA

pode se tornar uma potência no setor,


FOTO: ARQU

mas ainda há muito a ser desenvolvido

40 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


entrevista >>> Renato Wakimoto

temos o Brasil como estrutura principal. Os outros são Estados preciso também ir mais fundo na criação de embalagens de
Unidos, França e Ásia/Pacífico. forma sustentável, através de comunidades locais. Temos uma
vasta flora que podemos utilizar com o desenvolvimento de
O que muda na área de embalagens da empresa com as recen- embalagens. O Brasil tem muito a contribuir nesse mercado.
tes reformulações promovidas e o seu ingresso nela?
Minha contratação é muito mais para adequar o departamen- Há quem diga que o design é a arma para sobreviver em
to às necessidades do mercado, visando a desenvolver uma mercados competitivos, por permitir mudanças em ritmo mais
estrutura de inovação de embalagem a longo prazo. Hoje o acelerado do que em áreas como desenvolvimento de mate-
departamento é focado basicamente em desenvolvimento. riais e de equipamentos. O senhor concorda?
Globalmente somos divididos: parte do departamento vislum- É verdade. A criação do design é mais rápida que a de uma
bra o longo prazo, e parte o curto e médio, direcionando o nova tecnologia de transformação ou de uma resina. Uma
trabalho para o lançamento de produtos. maneira de ser cada vez mais competitivo é criar design cada
vez mais inovador. A inovação não necessariamente remete
A política da J&J de ter profissionais de embalagem respon- a um processo de transformação. Ela pode ser obtida com o
dendo diretamente à cúpula da empresa é uma tendência ou design, que permite criar outros usos da embalagem pelo con-
uma exceção no Brasil? sumidor. Mas não podemos virar as
Acho que é uma tendência. Algumas “O conhecimento costas a investimentos e a inovações
empresas já se esforçam para separar tecnológicas.
a estrutura de embalagens de outras.
Várias, entre elas a própria Johnson,
técnico é adquirido Isso remete à formação específica
vêm se adequando a essa tendência, para o gestor de embalagem. Qual
cujo objetivo maior é aproveitar opor-
no dia-a-dia, mas a sua avaliação sobre os cursos de
tunidades de utilizar a embalagem graduação oferecidos no Brasil?
como vantagem competitiva. também se aprende nos São poucos os cursos disponíveis no
mercado de embalagem. O conheci-
A J&J prioriza o desenvolvimento cursos especializados mento técnico é adquirido no dia-a-
interno de embalagens, não delegan- dia, mas também se pode aprender
do projetos a agências, como acontece em embalagens” muita coisa em cursos especializados
em muitas indústrias. Por quê? em embalagem. Só que tem um ponto
É uma decisão estratégica, em que se ganha agilidade, mas crucial: nesses cursos não se aprende gestão de projetos.
isso se deve sobretudo a uma questão cultural da empresa, por Nesse campo, a teoria é muito diferente da prática. Os cursos
já ser estruturada dessa maneira. É uma postura que, além de de packaging têm de focar isso, pois quem quiser ser um
dar agilidade, dá muita autonomia ao departamento, que, junto bom desenvolvedor de embalagem deverá ter conhecimento
com as agências, tem condições de criar embalagens inovado- técnico. Deverá ter um grande poder de gestão, de processos
ras, capazes de imprimir diferenciais no mercado. Mas, além e de pessoas. Muitas vezes as indústrias não têm processo
das agências internas, a empresa recorre a agências externas. produtivo de embalagem interno: freqüentemente os fornece-
dores de embalagens também são provedores do processo de
E quais critérios norteiam a escolha dessas agências? transformação. O profissional da área deve conhecer a parte
O que buscamos é agilidade. As agências têm de ter capacida- técnica, mas tem de saber fazer a gestão de projeto. Em alguns
de de acompanhar a velocidade de lançamento dos produtos. casos é preciso administrar o desenvolvimento de vários itens.
A inovação é exigida dos parceiros, porque assim como a A experiência na gestão é tão ou mais importante que o conhe-
Johnson é reconhecida por ser inovadora, suas parceiras cimento técnico. Deveria haver mais cursos, tanto de gestão
devem acompanhar essa característica e buscar parcerias de quanto de design.
Veja mais em: www.embalagemmarca.com.br

longo prazo. Não queremos uma coisa pontual, apenas para


um projeto. Queremos as agências no nosso dia-a-dia. Que espaço uma agência tem para decidir sobre a embalagem
numa indústria, isto é, sobre material e componentes?
No Brasil, os departamentos de embalagens das empresas são Quando contatamos uma agência, o briefing já é definido.
valorizados como deveriam? Claro que não se quer podar a criatividade dos designers, mas
Cada vez mais, até porque embalagens desenvolvidas aqui não se pode deixar tanta abertura a ponto de que, eventual-
têm recebido muitos prêmios no exterior, o que insere o país mente, seja necessário o retrabalho. Afim de evitar isso defi-
na senda de tornar-se uma grande potência na área. Há mui- nem-se limites, para que se possa ser objetivo. Evita-se criar
tas coisas a desenvolver, principalmente porque o Brasil não barreiras que tolham a criatividade, mas não se pode deixar a
detém algumas tecnologias encontradas em outros países. É coisa muito aberta, pois do contrário haverá retrabalho.

42 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


evento >>> pack expo international 2006

Obedece quem tem juízo


Com prazos para reação
das indústrias, os grandes
planos do varejo tendem a
ditar cada vez mais o ritmo
das feiras de embalagem.
Pack Expo mostrou como
FOTOS: DIVULGAÇÃO

MULTIDÃO – Público da Pack Expo International 2006, formado por mais de 45 000
Por Guilherme Kamio, de Chicago efetivos compradores de indústrias, abarrotou os corredores do McCormick Place

M
anda quem pode, obedece quem do Wal-Mart. No dia 1º de novembro, num dos
tem juízo. De acordo com o velho salões de conferências do arejado e organizado
adágio, a indústria tem de fazer McCormick Place, sede do evento, a principal
cada vez mais malabarismos para potência do varejo mundial detalhou seu projeto
satisfazer as vontades do varejo. Numa prática de trabalho com embalagens sustentáveis, anun-
já corriqueira lá fora, supermercadistas anun- ciado em primeira mão no fim de setembro.
ciam ruidosos planos, que implicam alterações Com a iniciativa, cujos efeitos práticos deve-
no modo de acondicionar produtos, e exigem rão ser sentidos a partir de 2008, o Wal-Mart
que seus fornecedores digam se poderão ou espera reduzir em 5% o volume de materiais
não atendê-los em determinado prazo. Como empregados nas embalagens expostas em suas
no papel de anfitriões de festa, que definem o lojas. Se à primeira vista o índice parece irrisó-
traje dos convidados e pedem confirmação de rio, na ponta do lápis ele poderá representar uma
presença, os varejistas têm influído no perfil das economia total de quase 11 bilhões de dólares,
grandes feiras de negócios em embalagem. Isso sendo 3,4 bilhões deles só para o Wal-Mart. Na
ficou patente na edição de 2006 da Pack Expo Pack Expo foi dado o pontapé inicial. Divulgou-
International, ocorrida de 29 de outubro a 2 de se uma cartilha que orientará os mais de 2 000
novembro em Chicago, nos Estados Unidos. fornecedores de marcas próprias do Wal-Mart a
Considerada a mostra número um em tec- eliminar excessos nas embalagens (overpacka-
nologia e serviços de embalagem nas Américas, ging) e investir em soluções politicamente mais
a Pack Expo ganhou destaque maior ainda corretas do ponto de vista ambiental. “O plano
na versão deste ano por ter funcionado como evoluirá até abranger os 60 000 abastecedores
plataforma para a nova diretriz de embalagens da rede no mundo todo”, disse Matt Kistler,

44 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


vice-presidente de inovação em embalagens e
produtos do Wal-Mart.
Embora não haja estatísticas para medir seu
efeito, o projeto rumo às embalagens sustentá-
veis deu gás à Pack Expo, guiando muitas das
soluções oferecidas pelos expositores – princi-
palmente embalagens à base de ácido polilactí-
deo (PLA), resina alternativa aos plásticos obtida
do milho. Também ajudou o show a contornar
um aspecto que vem colhendo as feiras setoriais
em geral: a ausência de inovações bombásticas.
Puxando da memória o que ocorrera na edição
anterior do evento, dois anos atrás, quando a
identificação por radiofreqüência (RFID) foi
personagem importante – a propósito, também
devido a um plano da rede criada por Sam Wal-
ton –, reforça-se a noção de que, menos calcadas
em lançar novidades revolucionárias, como no
passado, exposições de embalagens tendem a
ganhar valor como feirões para as indústrias
ficarem em dia com imposições do trade. (Aliás, GPS – Portal My Pack compradoras), ante as 70 477 da edição anterior.
cabe dizer que o tsunami de informações ao Expo orientou visitantes Foram 6 057 os visitantes internacionais, contra
e aproximou negócios
qual o público é submetido antes das feiras, em 5 797 da versão passada. O número de expo-
prévias das mídias impressa e eletrônica e nas sitores saltou dos 2 042 de 2004 para 2 302. A
notícias antecipadas pelas próprias empresas satisfação do PMMI, porém, também se escorou
expositoras, ansiosas em gerar procura por seus num fato novo: o entrosamento dos visitantes
estandes, contribui para reforçar a situação). com o My Pack Expo, portal on-line para facili-
Nessa trilha, a Pack Expo International deste tar negócios introduzido em 2004 e aprimorado
ano, que marcou a comemoração do cinqüente- para a edição de jubileu da Pack Expo.
nário do evento, fechou com balanço positivo,
na avaliação do seu organizador, o Packaging Além da catraca
Machinery Manufacturers Institute (PMMI) – Antes e durante o show, os visitantes criaram
união dos fabricantes americanos de equipamen- 100 404 listas de visitação potencial de estandes
tos para embalagem. O público total do evento e acessaram quase 3,3 milhões de páginas de
foi de 71 407 pessoas (sendo 45 741 delas informações sobre expositores e sobre a feira em
si, hospedadas no portal. Nos diversos quiosques
espalhados pela feira, com terminais conectados
ao serviço, foram gerados quase 25 000 mapas
pelo público, com rotas para a localização de
estandes. Segundo o PMMI, mais de 1,1 milhão
de conexões diretas negócio a negócio foram
facilitadas pela ferramenta tecnológica. “Mais
de 70% dos visitantes personalizaram suas expe-
riências na feira através do My Pack Expo”,
afirmou Charles D. Yuska, presidente do PMMI,
realçando o uso do portal como atestado de êxito
da Pack Expo 2006. “No passado, a visitação era
o único indicador do sucesso do evento”, lembra
Yuska. “Hoje, conexões personalizadas são a
medida que expositores e o público deveriam
PROCURA – Soluções
levar em conta; afinal, encontrar uma solução
mais sustentáveis foram
grandes objetos de talhada para o desafio de embalagem específico
interesse na mostra do seu negócio é o que todo visitante procura.”

dezembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 45


evento >>> pack expo international 2006

O My Pack Expo permanecerá aberto por soluções em embalagem criadas recentemente


três meses após o fim da Pack Expo, permitindo com a participação dos expositores da feira. As
aos usuários resgatar buscas, informações de embalagens estiveram expostas no Showcase
empresas expositoras e contatos de interesse of Packaging Innovations – espaço que reuniu
profissional realizados previamente. “O portal projetos vencedores de prestigiados prêmios
é uma ferramenta que veio para ficar e que se de embalagem do mundo todo, como os do
enquadra no lema do evento, que é conectar Prêmio de Design da Associação Brasileira de
indústrias e fornecedores”, entende Yuska. Embalagem (Abre) –, e o público votava em sua
Outros destaques da Pack Expo Internatio- predileta através do My Pack Expo. Alguns dos
nal deste ano, além das conferências que, por cases do Pack Expo Selects poderão ser confe-
exemplo, abrigaram o anúncio do Wal-Mart, foi ridos nas páginas a seguir, de cobertura da Pack
a estréia do Pack Expo Selects, um concurso Expo 2006 feita por EMBALAGEMMARCA – única
instituído pelo PMMI para reconhecer criativas revista brasileira presente ao evento.

Pode dar mais samba


Fornecedoras nacionais vêem exportações com otimismo
Fornecedoras nacionais vêem Silva, gerente de importação e dos a partir do banco de dados
exportações com otimismo exportação da convertedora de adquirido pelo Programa. Os
De um lado, polir a imagem de embalagens plásticas Zaraplast, demais foram gerados durante a
que o Brasil, economia emergen- que recentemente inaugurou um feira. A expectativa é de que nos
te, é capaz de produzir embala- armazém em Houston, Texas. próximos doze meses estes con-
gens de qualidade e com valor “Os americanos começam a per- tatos gerem negócios superiores
agregado. De outro, mostrar ceber que podemos atendê-los a 4,5 milhões de dólares.
que é possível competir com os com embalagens de qualidade”,
preços de rés-do-chão dos chine- comentou Gustavo Zanuz, do
ses. Aparentemente paradoxais, departamento de exportações
esses objetivos pontearam a da gaúcha Union Pack, outra
segunda participação consecuti- integrante da caravana que
va na Pack Expo International da também já fornece embalagens
comitiva de fabricantes nacionais para empresas americanas –
de embalagens plásticas reunida no seu caso, flexíveis plásticas
sob o chapéu do Export Plastic para produtos de jardinagem
– programa de fomento às e cuidado animal. “Já ouvimos
exportações de plásticos trans- reclamações quanto à quali-
formados resultante da união de dade de atendimento dos chi-
forças entre o Instituto Nacional neses, e a maior proximidade
do Plástico (INP), o governo, geográfica e cultural do Brasil
através da Agência de Promoção pode contar a nosso favor.”
às Exportações (Apex), e empre- Segundo balanço do Export
sários do setor de transforma- Plastic, a caravana à Pack
ção de plásticos. Expo 2006 rendeu mais de
Apesar do câmbio desfavorável 600 encontros de negó-
e de algumas queixas de sonda- cios com importadores dos
gens por preços impraticáveis, Estados Unidos, Canadá,
o clima entre os representantes México, República Dominicana,
das dezessete empresas presen- Colômbia, Japão, Israel, Chile,
tes ao evento era de otimismo. Costa Rica, Honduras, Bolívia,
“Vislumbramos um bom poten- Venezuela, Nova Zelândia,
cial no mercado americano, para Argentina e Trinidad Tobago. BUSINESS – Conversas no estande do Export
o qual nossas exportações vêm Desses encontros, aproximada- Plastic poderão render mais de 4,5 milhões de
crescendo”, comentou Paulo mente 400 foram pré-agenda- dólares a fornecedores nacionais de embalagens

46 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


evento >>> pack expo international 2006

A safra cresce
Resina de milho avança sobre rótulos
termoencolhíveis e multipacks

P
ara a Gilbreth e a Seal-It, o rótulo termoenco-
lhível poderá manter seu curso de expansão
mundial em sintonia com as políticas de
embalagem sustentável armadas por indústrias
e varejistas. As duas destacavam, na Pack Expo Interna-

FOTOS: DIVULGAÇÃO
tional 2006, rótulos e lacres heat shrinkable baseados no
ácido polilactídeo (PLA), resina obtida do milho criada
pela NatureWorks – matéria-prima do filme EarthFirst,
fabricado pela Plastic Suppliers e processado por ambas
as empresas. “Pela fonte natural renovável, o PLA propi-
cia disponibilidade e preços mais previsíveis que os dos COLHEITA – Bioresina PLA rendeu
novidades em rótulos termoencolhíveis
produtos de petróleo”, afirma Theresa Sykes, gerente de e em multipacks de filme transparente
novos produtos da Gilbreth, na tentativa de capitalizar a
apreensão do mercado quanto à oferta e aos preços futuros dos de PLA (veja EMBALAGEMMARCA nº 70, junho de 2005),
plásticos triviais., como uma das primeiras usuárias da Bio-Wrapper. “O filme
Preparadas contra o ceticismo, a Gilbreth e a Seal-It de PLA encolhe sob temperaturas mais baixas que os filmes
brandiam na feira que, não só ambientalmente mais corretos, contráteis de PVC e de outras resinas”, explica Nadia. “As
pela fonte renovável e por serem compostáveis, os rótulos de garrafas da BIOTA distorceram sob métodos convencionais de
PLA apresentam ótimo desempenho técnico. Têm ótima prin- acondicionamento em shrinks; a Bio-Wrapper, assim, é ideal
tabilidade e se adaptam a índices de contração até 75%, teto para o empacotamento de embalagens primárias produzidas
raramente batido pelas aplicações atuais em embalagens. com o novo polímero.”
Já na trilha do trabalho com filme encolhível de PLA trans-
parente (que, segundo a Plastic Suppliers, não fica em nada a
dever aos de PVC, polietileno e polipropileno), a Polypack Gilbreth Plastic Suppliers
destacou a Bio-Wrapper, uma embaladora para multipacks +1 (800) 630-2413 +1 (800) 722-5577
www.gilbrethusa.com www.plasticsuppliers.com
adaptada ao material. Desenvolvida para se adequar às tempe-
raturas mais baixas de encolhimento apresentadas pelo filme NatureWorks Polypack
+1 (952) 742-0400 +1 (727) 578-5000
derivado do milho, a máquina pode criar shrinks de diversos www.natureworksllc.com www.polypack.com
formatos, fechados ou com aberturas, para embalagens de
Placon Seal-It
qualquer perfil. Nadia Vizza, gerente de marketing da Polypa- +1 (608) 271-5634 +1 (800) 782-7325
ck, aponta a água mineral BIOTA, pioneira no uso de garrafas www.placon.com www.sealitinc.com

Rígidos esfregam as mãos APELO – Termoformado


reciclado: plus ambiental
Embalagem de PET reciclado aplaude metas verdes
O anúncio do Wal-Mart de um “Green Team” para lagens”, diz Dan Mohs,
de priorizar embalagens assessorar indústrias na vice-presidente de vendas
sustentáveis soou como conversão de embalagens e marketing da Placon. A
música no ouvido da Placon produzidas com matéria- Placon trabalha com um
Corporation, maior produto- prima virgem para aquelas processo de recuperação
ra americana de recipientes de material reaproveitado. de PET pós-consumo que
plásticos termoformados “A nova divisão trabalhará garante reutilização do reci-
de PET reciclado. Na Pack ao lado dos clientes desde a clado, de alta pureza, em
Expo International 2006 a concepção e o design até a embalagens para contato
empresa anunciou a criação produção efetiva das emba- direto com alimentos.

48 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Panela moderna
Lata de aço para forno de
microondas é destaque da Ball

FOTOS: DIVULGAÇÃO
A
mesma ciência que ajudou a criar
foguetes e satélites para explorar o
GALÁCTICA – Lata
cosmo agora contribui para quebrar
para microondas será
uma barreira bem mais próxima do inicialmente ofertada
dia-a-dia do consumidor: o uso da lata de aço em para alimentos premium
fornos de microondas. Brandida como a primei-
ra lata para microondas, a Fusion-Tek foi criada
pela americana Ball, nome forte em embalagens transfere o calor mais rápido para os produtos e
metálicas, com o auxílio de sua divisão aero- também resfria mais rápido”, Vaughn sustenta.
espacial. Trata-se, na verdade, de um híbrido. A vida-de-prateleira, diz ele, é a mesma das
Microondas refletem em superfícies de metal, Ball latas comuns; a base plástica tem barreira contra
daí não conseguem aquecer o conteúdo de latas. +1 (303) 469-3131 oxigênio e produtos permanecem frescos por no
www.ball.com
Solução? Combinar aço e plásticos. mínimo um ano e meio.
A base da lata consiste de uma chapa multi- Stull Technologies
camadas de polipropileno e EVOH (copolímero +1 (732) 873-7110 Já para este ano
www.stulltech.com
de etileno e álcool vinílico), produzida e acopla- De acordo com o VP da Ball, a nova lata
da à lata por “métodos próprios”, conforme a não danifica o forno nem causa as temidas
Ball limita-se a detalhar. No topo, uma tampa centelhas do contato entre metal e radiação
de aço, com anel de fácil abertura, precisa eletromagnética. A embalagem é reciclá-
ser retirada antes do ingresso em forno e vel, sendo as partes plásticas incineradas
substituída por uma sobretampa de poli- durante o processo de recuperação do
propileno que acompanha a embalagem – a aço. Jennifer Hoover, gerente de comu-
Micro-Loc, desenhada pela Stull Technolo- nicação com o mercado da Ball, informa
gies. Liberando o tráfego das microondas, que a produção da Fusion-Tek em grande
as peças plásticas garantem a funcionalidade escala será iniciada antes do fim de 2006.
da Fusion-Tek. O cronograma depende da Stull, pois a lata,
Segundo a Ball, o aquecimento é orien- inicialmente numa versão de 15 onças
tado da base para o topo da embalagem, líqüidas (cerca de 450 mililitros), será
daí a importância do sistema de venti- fornecida “casada” com a sobretampa.
lação presente na sobretampa. O con- Refeições prontas como sopas e guisa-
sumidor pode ir ao pote logo ao abrir o dos serão os prováveis desbravadores
forno; um rótulo plástico isolante evita do novo recipiente. Pelo foco inicial
queimaduras. O rótulo não é fornecido no mercado americano, a Fusion-Tek
pela Ball, mas, segundo a empresa, “uma não deverá chegar logo ao Brasil – onde
série de empresas pode disponibilizá-lo nos a Ball mantém forte pé na área de latinhas de
VENTILAÇÃO – Micro-Loc
Estados Unidos, ficando a escolha a critério do alumínio através da Latapack-Ball. “Pela atual
garante o trânsito das
cliente”. microondas na lata infra-estrutura, só poderíamos atender outras
Numa conferência ocorrida durante a Pack regiões em casos irrecusáveis”, diz Jennifer.
Expo International 2006, Michael Vaughn, vice- Indagado sobre custos, Vaughn alega preço
presidente de inovações em embalagens da Ball, competitivo sobre outras embalagens microwa-
afirmou que a Fusion-Tek exige “mudanças vable. “Clientes poderão praticar preços finais
mínimas” nas linhas de embalagem convencio- maiores, pois a lata goza de maior percepção
nais. A novidade requer esterilização especial de valor”, sentenciou o executivo. Ele se apóia
em autoclave, assim como as embalagens plás- em estudos que também teriam retornado à Ball
ticas flexíveis do tipo retortable. “Mas a lata a garantia de que o público identificará a lata
garante processamento mais veloz, pois o metal como própria para o forno de microondas.

dezembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 49


evento >>> pack expo international 2006

As garrafas que se cuidem


Flexíveis querem crescer em águas minerais
Mais e mais as fornecedoras de embalagens plásticas flexíveis
tentam beliscar o inabalável mercado de águas minerais, e
a Pack Expo International 2006 realçou algumas recentes
conquistas nessa área. Como principal delas, a Wasatch’s
Park City IceWater (foto 2), uma água 100% livre de conta-
minantes, coisa rara, captada numa fonte preservada desde
a última Era Glacial. Lançada em março último, ela é a primei- SECÇÃO – Novo sistema
ra água em stand-up pouch cuja distribuição alcança todo o de simples abertura
território americano. A bolsa plástica, produzida pela Ampac “reparte” as flow-packs
Flexibles, tem estrutura que combina PET, nylon biorientado
e uma camada selante de barreira. A válvula de polietileno Puxa lá, abre cá
SmartSpout da Seaquist Closures, alicerçada em três peças, Desmembramento facilita
propicia prático acesso ao conteúdo. Por meio de um mecanis- abertura de flow-packs
mo de rosca, ela impede vazamentos e espirros da bebida, ao
mesmo tempo evitando contato com o ambiente. Braço da alemã Bosch para a
Outra flexível para água mineral sob holofote na feira foi a Sip fabricação de equipamentos para
Top Pouch (foto 1), da Sip Top Packaging. Consiste de uma embalagens plásticas flexíveis, a
bolsa laminada (a criadora se esquivou de detalhar a estru- Sigpack Systems destacou na Pack
tura) processada numa máquina form-fill-seal, que fica em Expo International 2006 o Pull
pé por ter uma dobra do tipo portfólio na base. O consumo Pack, um novo conceito de embala-
direto é feito secionando-se o “pescoço” da embalagem. O gem flow-pack com fácil abertura.
corte pode ser feito em dois locais: em um para vazão mais Especialmente voltada ao acondi-
contida do líquido, mais no topo, e em outro para vazão mais cionamento de alimentos em barra
rápida – para a colocação da bebida em um copo, por exem- – barrinhas de cereais, biscoitos e
plo. Conforme ilustra Jack van der Deen, diretor de operações chocolates, por exemplo – a embala-
da Sip Top, a empresa abriu uma linha própria de embalagem gem se abre com um simples puxão
em Ontário, Canadá, em julho último. A idéia é ocupar a linha, de uma de suas extremidades, que,
capaz de envasar 2 milhões de pouches por dia, atuando em num corte reto, sai inteiriça. Por
serviços de envase (co-packing) para indústrias e varejistas. trás da “abertura limpa” está uma
Ampac Flexibles Seaquist Closures Sip Top Packaging microperfuração, que fica protegida
+1 (513) 671-1777 No Brasil: (11) 4141-4344 +1 (905) 670-8381 sob um sistema de superposição de
www.ampaconline.com www.seaquist.com www.siptop.com filmes e não compromete a barreira
da embalagem.
Pelo mecanismo, a Pull Pack favorece
o consumo em movimento. Um vídeo
  exibido à imprensa durante a Pack
Expo explicou como. A peça mostra
uma competição entre dois ciclistas.
Enquanto um deles saca uma barra
de cereais acondicionada na Pull Pack,
abrindo a embalagem com um puxão e
consumindo o alimento sem abandonar
o pedal, o outro, com embalagem con-
vencional, pára para abrir o envoltório e
fica para trás. Pela inovação, a Sigpack
acaba de ser premiada pelo Instituto
Alemão de Embalagem.
FOTOS: DIVULGAÇÃO

Sigpack Systems
No Brasil: (11) 2117-6800
www.sigpacksystems.com

50 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Sacaria compacta
Novo sistema form-fill-seal promete aperfeiçoar o acondicionamento de itens em pó
Participante do Pack Expo o sistema dá aos produtos em sendo capaz de processar até
Selects, BENJAMIN é o nome pó, propiciando embalagens mais 1 200 embalagens por hora.
de um novo sistema form-fill-seal resistentes e fáceis de trans- Haver Filling Systems
para acondicionar produtos em portar. A máquina é voltada a +1 (770) 760-1130
pó, como argamassas e defen- velocidades médias de produção, www.haverusa.com
sivos agrícolas, em embalagens
plásticas tubulares de filme de
polietileno – conceito relativa-
mente novo no mercado ame-
ricano, onde se dá preferência
às embalagens de papel nessa
área. A máquina que possibili-
ta o sistema, da Haver Filling
Systems, oferece enchimento
sem escapamento da poeira e
totalmente hermético, o que
garante limpeza nas linhas de
produção e proteção contra a

FOTOS: DIVULGAÇÃO
umidade, prolongando a vida-de- ROBUSTEZ – Haver
prateleira dos produtos. Outra propõe sacaria mais
compactada para pós
vantagem é a compactação que

dezembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 51


evento >>> pack expo international 2006

As novas marmitas dos bichos GOURMET – Pote


combina alta barreira
com decoração premium
Embalagens avançadas para rações ganham terreno
Mais que ração, os melhores amigos do homem Alcoa Packaging (rótulos), da
merecem refeição. Tendência nos Estados Unidos, Hans Rychiger AG (máquina de
uma linha de pratos prontos para cães, a Beneful envase), da PDC International
Prepared Meals, da Purina (Nestlé), faturou o (rotuladora) e da Orics (siste-
troféu Pack Expo Selects – concurso popular de mas de automação).
embalagens que pintou como novidade da edição de Também produzida pela
2006 da Pack Expo International. As “marmitas” Printpack e igualmente partici-
para cães são potes termoformados de alta bar- pante do PackExpo Selects, o
reira, cujas sete camadas combinam polipropileno copo das rações úmidas para
e EVOH (copolímero de etileno e álcool vinílico). Os gatos Meow Mix Select foi
potes suportam as altas temperatura e pressão na outro destaque no campo das
esterilização (retort). Uma membrana sela o topo, embalagens plásticas rígidas avançadas da Pack
enquanto um rótulo termoencolhível adorna todo Expo 2006. A estrutura do copo, também produ-
o corpo do pote, incluindo janelas transparentes zida numa combinação de polipropileno e EVOH, é
para visualização do conteúdo. Em caso de sobras fechada com um selo multicamadas especialmente
do alimento, o pote pode ser fechado novamente formulado para suportar o ambiente agressivo do
com a tampa plástica do conjunto e guardado na processo retortable de esterilização. Mesmo após
geladeira para consumo posterior. As embalagens passar pela alta temperatura e pela alta pressão
uniram as competências da Printpack (potes), da do processo, a impressão da membrana não sofre
distorções ou enrugamentos.
MIAU – Gatos também
Alcoa Packaging
têm seu pote retortable +1 (866) 870-3456
www.alcoa.com/flexiblepackaging

Hans Rychiger AG PDC International


+41 (33) 439-6868 +1 (203) 853-1516
FOTOS: DIVULGAÇÃO

www.rychiger.com www.pdc-corp.com

Orics Printpack
+1 (718) 461-8613 +1 (404) 691-5830
www.orics.com www.printpack.com

Multifuncionais a mil
Caixas-display de bebidas aumentam apelo vendedor
Um dos postulantes argumenta a Moen, Moen Industries REAL APOIO – Caixa
ao Pack Expo Selects, a caixa, que funciona +1 (562) 946-6381 ajuda a vender no PDV
www.moenindustries.com
o Club Store Bliss Box como módulo de repo-
Display Case, uma caixa- sição de gôndola (shelf-
display de garrafões ready package), possui
plásticos da marca de grande resistência ao
bebidas Ocean Spray, empilhamento, alta
demonstrou na feira, no rigidez para acomodar
estande da fabricante grandes embalagens
de máquinas armadoras e impressão de alta
Moen Industries, como a qualidade. Uma janela
criatividade pode tornar com mecanismo de
embalagens de pape- fácil abertura aumen-
lão ondulado mais que ta a visibilidade dos
caixas exclusivas para produtos no ambiente
transporte. Conforme de vendas.

52 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


evento >>> pack expo international 2006

Cartonadas e flexíveis na mesma fonte


Novidades em alimentos esquadrinham tecnologias da Sonoco
Famosa por suas latas carto- a película metálica Sealed Safe. combinam filme de poliéster
nadas multifoliadas, a Sonoco No caso das balas, a impressão (PET) com um revestimento de
quis deixar claro na Pack Expo litográfica e os detalhes em hot polímero orgânico. Segundo a
International 2006 como tais stamping deixam a embalagem Sonoco, esse polímero substitui
embalagens podem posicionar com aparência de lata de aço. os revestimentos de barreia
produtos com apelo premium. Num segmento em que não é típicos das flexíveis retortable
Entre recentes lançamentos tão conhecida no Brasil, onde oferecendo desempenho supe-
com essa característica, a atua através da Sonoco For- rior. Os principais alvos da linha
empresa destacou os recipien- Plas, a Sonoco aposta gordas serão refeições prontas e pet
tes das rações gourmet para fichas na área de retortable food. O primeiro produto a uti-
cães e gatos da inglesa Crown pouches. Sonotort (foto 2) é o lizar a embalagem será a ame-
Pet Foods e das balas toffee nome da linha de bolsas plás- ricana Now Foods, que prepara
(foto 1) da marca americana ticas avançadas da empresa, o lançamento de uma linha de
Almond Roca. Em todos os sem alumínio em sua compo- arrozes prontos sob a chancela
casos, as embalagens são cons- sição (portanto, capazes de ir Rice Now! no início de 2007.
truídas em espirais com duas ao forno de microondas). Com Sonoco
camadas de papel cartão 100% estruturas em duas ou três No Brasil: (11) 5097-2750
reciclado, e são fechadas com camadas, os pouches Sonotort www.sonoco.com

Missão Califórnia
Rolha de vidro começa a fazer sucesso nos Estados Unidos
Lançada recentemente no Brasil CSI, sendo mostrada já acoplada mente. Os argumentos de força
sob o nome comercial Vino-Lok, a alguns vinhos do Vale do Napa a favor da solução são o fim
a rolha de vidro para vinhos nos quais foi adotada recente- da “síndrome da rolha podre”,
FOTOS: DIVULGAÇÃO

da Alcoa Closures Systems contaminação que ocorre com


International também quer alguns vinhos fechados com
se difundir no forte mercado cortiça, a praticidade represen-
vinícola americano. Lá, com a tada pela dispensa do abridor
marca Vino-Seal – e revestida e a possibilidade de fácil retam-
com cápsula de aço em vez pamento da garrafa.
da de alumínio, como ocorre
Alcoa CSI
com a Vino-Lok – a tampa foi No Brasil: (11) 4195-3727
vedete do estande da Alcoa PROSPECÇÃO – Vino-Seal quer crescer nos EUA www.alcoa.com

54 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


 

Mais conveniência ainda


Flexíveis ganham novos dispositivos de resselagem

FOTOS: DIVULGAÇÃO
Referência na área de dispositivos para ressela- com a novidade.
gem de embalagens, comemorando vinte anos de A Zip-Pak também destacou a introdução da primei-
atividades em 2006, a Zip-Pak exibiu na Pack Expo ra embalagem plástica flexível do tipo quatro soldas,
International 2006 uma de suas mais novas apos- com slider, cujo topo pode ser totalmente retirado
tas: a aplicação de zíperes deslizantes (sliders) na através de uma microperfuração a laser (foto 2).
solda longitudinal de flexíveis plásticas do tipo flow- “Anteriormente, aplicações desse tipo obrigavam à
pack (foto 1). Até então, a colocação de sliders em colocação do dispositivo deslizante abaixo do topo
flow-packs só era possível nas extremidades dessas real da embalagem, numa parede lateral, o que
embalagens. Segundo a Zip-Pak, a abertura pelo não resultava num sistema totalmente confortável:
centro da embalagem, através do mecanismo na produtos podiam ficar retidos na parte superior da
“barbatana” da solda longitudinal, garante acesso embalagem”, explica Hogan. O novo formato resulta
mais fácil do consumidor aos produtos. O zíper fica de um novo sistema de microperfuração a laser em
protegido no interior da solda. Uma tira de orienta- filmes da Alcan Packaging e foi desenvolvido numa
ção permite romper o filme e garantir fácil acesso embaladora form-fill-seal vertical da subsidiária ame-
ao dispositivo. De acordo com Robert E. Hogan, ricana da holandesa UVA Packaging.
diretor de vendas internacionais e marketing da
Alcan Packaging Hayssen Packaging Technologies
Zip-Pak, embaladoras form-fill-seal horizontais No Brasil: (11) 4075-6500 +1 (864) 486-4000
compatíveis com aplicação de zíperes podem www.alcan.com www.hayssen.com
adotar a novidade. No estande da Zip-Pak, na
UVA Packaging Zip-Pak
feira, um equipamento desse tipo da Hayssen +1 (804) 275-8067 No Brasil: (11) 6112-2018
Packaging Technologies demonstrava o trabalho pmb-uvainc.com www.zippak.com

dezembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 55


oportunidades >>> nordeste

Bem acima da média

FOTOS: DIVULGAÇÃO
Consumo popular acelera economia nordestina, mostra edição local da Fispal
Por Leandro Haberli, de Recife

N
a análise isolada de alguns balan- VANTAGEM – Varejo da “O interesse maior é atender um mercado de
ços e estatísticas, o desempenho região cresce a taxas grande potencial de consumo, o da população
próximas a 20%, mais
macroeconômico nordestino ainda que o dobro do índice do
de baixa renda”, ele ressalta.
decepciona. Com 51 milhões de Sudeste. Acima, área de Na camada mais pobre dos nordestinos
habitantes (27,5% da população brasileira), a credenciamento da Fispal realmente nota-se uma bolha de consumo que
Nordeste: termômetro do
região é responsável por apenas 13,7% do PIB talvez não tenha precedentes na história do
bom momento
nacional, amargando a metade da renda per país. Segundo o IBGE, as vendas no varejo da
capita média do país. No final de 2005, 57,4% região cresceram 17,7% entre maio de 2005
dos nordestinos sobreviviam com menos de e maio deste ano. No Sudeste a elevação no
75,5 reais por mês, contra 21,5% no Sudeste. mesmo intervalo foi inferior a 7%. Não há
A despeito das conhecidas adversidades, e das como dissociar esse fenômeno de programas
dificuldades ancestrais em transpô-las, o Nor- sociais como o Bolsa Família, que, ao transfe-
deste se tornou um dos principais mercados rir renda para a região, estão ajudando a cau-
consumidores do país, vivendo intensa onda sar euforia no comércio e na indústria locais.
de crescimento e industrialização. Atentas a esse quadro, gigantes do varejo
Uma amostra desse processo, e de suas iniciaram uma corrida para instalar novas uni-
conseqüências na indústria de embalagem, dades produtivas no Nordeste. A Pepsico, por
pôde ser conferida durante a 4ª edição da exemplo, investiu numa planta em Recife com
Fispal Nordeste, realizada entre os dias 7 e 10 foco no mercado de snacks, onde atua com a
de novembro, no Centro de Convenções de linha Elma Chips. A Nestlé, por sua vez, esco-
Olinda (PE). Como lembrou Flávio Corrêa, lheu a baiana Feira de Santana para aumentar
presidente-executivo da Fispal, o Nordes- o abastecimento local à região, enquanto a
te chama atenção por atrair cada vez mais Bunge Alimentos investiu em nova fábrica
empresas do setor de alimentos e bebidas. em Uruçuaí (PI). O crescimento na seara dos

56 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


pequenos e médios empreendimentos também
impressiona. Consta que somente Pernambu-
co recebeu nos últimos cinco anos 73 novas
indústrias de alimentos.
É nítido o esforço da indústria de emba-
lagens, que concentrou boa parte dos 250
expositores da Fispal Nordeste deste ano, para
seguir toda essa movimentação. Entre os seto-
res que acompanham com especial interesse o
boom nordestino está o de filmes e laminados

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY


flexíveis, que se beneficia diretamente da
ampliação da capacidade das indústrias regio-
nais de alimentos.
“Temos percebido uma grande oportuni-
dade entre pequenos convertedores nordesti-
nos”, destaca Marcelo Fajardo, profissional BOOM COM SOTAQUE materiais gráficos de Recife, os shrink labels
de marketing da Limer-Cart, distribuidora Fornecedores de filmes cada vez mais presentes no varejo nordestino
flexíveis notam aumento
paulista de filmes flexíveis cuja operação chegam já impressos oriundos de convertedo-
da demanda entre
na região tem crescido de 10% a 12% ao convertedores locais de res do Sul e do Sudeste do país. “Acreditamos
ano. Representando as linhas da Polo Films embalagens de alimentos que, quando a primeira máquina for compra-
e da Vitopel, a empresa participou da feira da, rapidamente outras empresas vão apostar
apontando a migração do polipropileno (PP) na tecnologia”, prevê Roque.
e do polietileno (PE) para o polipropileno
biorientado (BOPP) como um dos grandes Nada a dever
movimentos do mercado de embalagens fle- A falta de investimentos em equipamentos de
xíveis do Nordeste. “É um material de maior termoencolhíveis não significa, porém, que
valor agregado, que começa a ser usado por os convertedores da região estão defasados
pequenas indústrias de alimento da região”, tecnologicamente em relação ao resto do
conta Fajardo. país. Carlos Rosa, consultor da Comprint,
As movimentações do mercado nordestino aproveitou a Fispal Nordeste para visitar gran-
também chamam atenção na área de deco- des fornecedores nordestinos de embalagens
ração de embalagens. Foi possível notar nos flexíveis, e se disse surpreso com o que viu.
corredores da Fispal Nordeste, e também no “Encontrei parques gráficos extremamente
PROCESSO IMINENTE
varejo local, a crescente força dos rótulos Raras gráficas modernos, que não deixam nada a dever para
termoencolhíveis na indústria de bebidas. nordestinas têm os grandes convertedores de São Paulo”, ele
Apesar do aumento da demanda, pouquíssi- capacidade de produzir conta. Entre os exemplos de indústrias que se
termoencolhíveis.
mos convertedores da região estão aptos a Disseminação da encontram no estado-da-arte tecnológico há
fornecer esse acessório de embalagem. Como tecnologia é esperada a Felinto Embalagens Flexíveis, de Campina
informa Fernando Roque, da área comercial para breve na região Grande (PB), que atende clientes das
da Utilgraf, distribuidora de equipamentos e regiões Norte e Nordeste.
No ramo de embalagens plás-
ticas rígidas o Nordeste também
ocupa posição central na indústria
FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

58 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


brasileira. Como ressaltaram diferentes pro- ajustadas ao poder de compra da região.
fissionais ouvidos por EMBALAGEMMARCA, A Unilever, por exemplo, lançou este ano
no meio do ano o grupo italiano Mossi & uma nova versão do detergente Ala, com
Ghisolfi (M&G) inaugurou nos arredores fragrância de lavanda, só no Nordeste.
de Recife o que definiu como a maior O produto popular, produzido perto de
fábrica de resinas PET do mundo, num Recife e criado em 1996, detém 22%
projeto de 400 milhões de dólares. Ini- do mercado local de sabão em pó. Para
ciativas assim corroboram previsões de servir consumidoras com menor poder
que a participação da indústria no PIB aquisitivo, a empresa lançou mão de
pernambucano saltará de 30% para 45% embalagens menores, como a de 500
do total em breve. gramas, que custa menos de 2 reais.
O exemplo da Unilever em estraté-
Estratégias customizadas gias de marketing customizadas ao mer-
A receita para seduzir capitais priva- cado nordestino não é isolado. Para ficar
dos conta com investimentos em infra- em apenas mais uma multinacional, a
estrutura, que incluíram a construção de Kimberly-Clark, que produz papel higi-
aeroportos, como o de Petrolina (PE), e a ênico, fraldas, absorventes femininos e
duplicação de rodovias. Tendo injetado mais AJUSTADO AO lenços descartáveis, também tem concen-
15 bilhões de reais no comércio popular, o PODER DE COMPRA trado vários lançamentos nos nove Estados
Multinacionais lançam
aumento do salário mínimo para 350 reais mais e mais produtos que compõem a região. A empresa informa
em abril último completa e ajuda a compre- sob medida para o que no Nordeste suas vendas têm crescido
ender o quadro de otimismo. bolso dos nordestinos. num ritmo mais de duas vezes acima da média
Acima, detergente Ala,
Além da expansão do consumo entre as nacional. Os reflexos na demanda de emba-
da Unilever: 22% das
classes C e D, empresas multinacionais mul- vendas da categoria lagens são imediatos, e seus desdobramentos
tiplicam o número de estratégias de mercado na região merecem ser acompanhados com atenção.

dezembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 59


Dança alemã...
A Heidelberg do Brasil decidiu concen-
Colacril entre as 100 mais
trar todo o atendimento à América do Fabricante de bases auto-adesivas ocupa 88ª posição em ranking
Sul na sede paulistana. O anúncio veio de pequenas e médias empresas que mais cresceram no país
acompanhado por mudanças de posi-
A Colacril, fabricante de bases e fil- tamento, feito com base em consultas
ção na empresa. Diego Hellmuthhauser,
mes auto-adesivos para o mercado a mais de 500 empresas de todo o
por exemplo, assumiu o cargo de geren-
te de vendas Sheetfed e Prepress & de etiquetas e rótulos, está entre as país. “É um momento importante na
Prinect para a América do Sul. cem pequenas e vida da empresa e do
médias empresas nosso segmento”, diz
...das cadeiras que mais aumen- Valdir Arjona Gaspar,
Peter Klages, por sua vez, deixou a
taram as vendas diretor-presidente da
sede da empresa em Heidelberg, na
Alemanha, para se juntar à equipe no Brasil nos últi- Colacril.
brasileira no escritório de São Paulo, mos três anos. A O entusiasmo do
onde dará apoio à área de vendas conclusão é de empresário é justifica-
para a América do Sul. O marketing foi levantamento feito do não apenas pela
assumido por Martina Ekert, em substi-
pela consultoria conquista, mas tam-
tuição a Daniela Bethonico, que foi para
Deloitte, em parce- bém pelo potencial
a gerência de Postpress Embalagem.
Toda a equipe se reportará a Dieter ria com a Exame de crescimento ainda
Brandt, presidente da Heidelberg do PME, publicação maior da Colacril,
Brasil e da América do Sul. da Editora Abril que de certa forma
dedicada a peque- o editorial da revista
Curso técnico
nas e médias empresas. Segundo a Exame PME vaticina, ao lembrar que
A ABRA (Academia Brasileira de Arte)
está divulgando seu curso técnico em pesquisa, a receita líquida da Colacril em breve as companhias inclusas no
design gráfico, oferecido em suas quatro no ano passado foi de 83,987 milhões levantamento podem se tornar gran-
unidades paulistanas (Brooklin, Alphavil- de reais, num crescimento de 53,3% des demais para ser consideradas
le, Santa Cruz e Tatuapé). O curso visa em relação a 2003. Tal desempenho pequenas ou médias.

FOTOS: DIVULGAÇÃO
deixar o aluno apto a desenvolver pro-
garantiu à empresa a 88ª posição no Colacril
jetos gráficos de forma integral, desde a
ranking. A Colacril foi ainda a única de (44) 3518-3500
concepção até o fechamento de arqui-
vos e impressão na gráfica. As inscri- seu segmento mencionada no levan- www.colacril.com.br
ções podem ser feitas no final de cada
mês. Informações: www.abra.com.br. Agora em todo o Brasil
Skol amplia distribuição de rótulo termo-sensível
Lançamentos...
A VSP Papéis Especiais realizou no Depois de seis meses de experiência ta da tinta ocorre quando a cerveja
começo de novembro um coquetel de no mercado carioca, a Skol chega aos 4° C. No mercado carioca
lançamento de suas novas linhas de com rótulo termo-sensível pas- a Skol em rótulo termo-sensível esta-
produtos, com destaque para a marca
sou a ser distribuída em todo va disponível apenas nas garrafas
Lamicote de cartão laminado triplex e
duplex, disponível nas gramaturas 260g
o Brasil, numa edição limitada de vidro retornáveis de 600 mililitros.
e 330g. O produto é indicado para dife- comemorativa ao verão 2007. Agora o sensor de temperatura será
rentes sistemas de impressão, incluindo A função da tecnologia é aplicado também nas versões big
off-set UV, off-set com tinta oxidante e avisar o consumidor sobre a e long neck da marca. A ação é
impressão digital. temperatura ideal de con- uma das principais estratégias da
sumo da bebida. Uma seta Skol para o verão. Nos rótulos
...em grande estilo
Outro destaque foi a linha Camurset, transparente aplicada no são destacadas as frases “Verão
anunciada como a primeira do Bra- rótulo começa a se tornar Redondo” e “Skol Gelada”,
sil com toque aveludado próprio para azul quando a cerveja criadas pela Narita Design. Os
impressão em off-set UV. O produto é atinge 8° C. O segredo da rótulos são impressos na FAHZ
fornecido em folhas no formato 66cm x
mudança de cor é uma (Fundação Antônio & Helena
96cm e em cut-size. O coquetel de lan-
çamento atraiu mais de 400 convidados,
tinta termocrômica impor- Zerrener, gráfica própria da
e contou com apresentação da banda tada dos Estados Unidos, AmBev).
Double You. que entra em contato Narita Design
direto com a superfície do (11) 3167-0911
vidro. A ativação comple- www.naritadesign.com.br

60 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Ouvidos atentos à liderança das mulheres
Evento da Box Print debate crescente presença feminina no mundo empresarial
Já tradicional no calendário de eventos
do mundo da embalagem, o Fórum de
Soluções Integradas (FSI), organizado
pela gráfica Box Print, chegou à sua
terceira edição. Realizado no Espaço
Apas, em São Paulo, em novembro
último, o encontro uniu palestras de
mercado e apresentações de inte-
resse geral com uma exposição de

AÇÃO
produtos dos patrocinadores (neste

DIVULG
ano, Suzano Papel e Celulose, Suzano

FOTOS:
Petroquímica, Allplas, Ofag e Jomo
Thermofolding) e apoiadores (Gráfica Dentro desse espírito, participaram Futebol na última hora impediu sua
Aquarela, Doca, Printcot, Flowcrete, como palestrantes Patrícia Peters, presença. No encerramento, um
Sacotem, Melhoramentos, Unitown e da Natura, Eneida Bini, da Herbalife coquetel entreteve os participantes,
Revista EMBALAGEMMARCA). International, e Salete Lemos, jor- em grande parte profissionais da
O tema escolhido para o FSI foi “Com nalista da TV Cultura. A árbitra da indústria usuária de embalagens.
a palavra, a mulher”, uma homenagem FIFA Ana Paula Oliveira também Box Print
da Box Print à crescente presença participaria, mas uma convocação (11) 5505 2370
das mulheres em cargos de decisão. da Confederação Sul-americana de www.boxprint.com.br

Líder em gerenciamento de cores Pólo de inovações


Com nova aquisição, X-Rite amplia portfólio de soluções A China também avança no mercado
gráfico, como pôde ser percebido na
Com a incorporação da Amazys pela Coralis é o vipPAQ, destinado ao
Paperworld China, a principal feira
Holding AG, empresa dona da controle densitométrico on-line para
do país para o setor de embalagens
marca GretagMacbeth, forte nome flexografia e rotogravura. Na gama de
celulósicas e cartonagens. Realizado
em produtos e serviços voltados ao produtos destinados à pré-impres-
em Xangai em novembro, o evento é
gerenciamento de cores, a X-Rite tor- são, a novidade é o vipFLEX, que
um dos mais importantes no portfólio
nou-se líder mundial nesse mercado, realiza medições de fotopolímeros da Messe Frankfurt, organizadora de
segundo nota divulgada pela Coralis, para flexografia. feiras. Além da área de embalagens,
distribuidora da empresa no Brasil. Coralis a Paperworld China é voltada aos
Na área de impressão, um dos pro- (11) 6915-0544 setores de papelaria e artigos para
dutos que passarão a ser distribuídos www.coralis.com.br escritórios.

Pé inarredável na área de impressão de cartuchos


Gallus reforça estratégia envolvendo equipamentos de conversão de papel cartão para embalagens

A suíça Gallus, gigante mundial no Gallus espera aplicar o seu know-how


mercado de impressoras banda em combinação de processos de
estreita, concluiu em outubro a aqui- impressão desenvolvido no mercado
sição da alemã BHS Druck- und de banda estreita aos equipamentos
Veredelungstechnik, o que reforça sua BHS de bandas média e larga, com o
estratégia de abocanhar uma parcela objetivo de oferecer soluções de alta
do mercado de conversão de papel produtividade no mercado de conver-
cartão. A fabricante suíça passa a são de cartuchos de papel cartão.
contar, em seu portfólio de produtos, Gallus
com impressoras de bandas média No Brasil (11) 5525-4500
e larga e facas planas de corte. A www.gallus.org

62 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


Edição: Leandro Haberli

Embalagens novamente
roubaram a cena no Max Feffer
Em sua quinta edição, prêmio da Suzano destacou
entre os vencedores capas de discos e caixa de chá
A Suzano Papel e Celulose divulgou e do encarte do CD Maciel Saiu (foto
os vencedores do 5º Prêmio Max 3), desenvolvidos em Supremo Duo
Feffer de Design Gráfico. Na categoria Design. Nos últimos anos o prêmio
embalagem, projetos desenvolvidos Max Feffer se consolidou como um dos
para o mercado fonográfico tiveram as mais cobiçados do design gráfico bra-
melhores colocações. O primeiro lugar sileiro, distribuindo farta premiação em
ficou para a capa e o encarte do CD dinheiro. Os vencedores de cada uma Ano novo
Incipt (foto 1), desenvolvidos com papel das quatro categorias receberam este em sede nova
Reciclato pela designer Viviane Avelar ano 14 000 reais. Ademais, a empresa Congraf inaugura sede nova e
Gandra. Já o projeto gráfico do LP deu uma viagem internacional, para almeja mercado farmacêutico
da banda Los Diaños (foto 2) ganhou participar de algum evento relaciona- A Congraf, gráfica especializada na
o segundo lugar da categoria, numa do a design gráfico, ao autor da Peça impressão de cartuchos de papel
criação de Rafael Higino da Silveira, Destaque, que este ano foi uma caixa cartão, aguarda ansiosa a virada do
da Blu Comunicação Integrada, com o de chás, criada por Larissa Miyazato ano. Não se trata de tentar esque-
papel Supremo Alta Alvura. O vence- com o papel Supremo Duo Design (foto cer maus momentos no ano que se
dor do terceiro lugar em embalagem 4). O 5º Prêmio Max Feffer recebeu encerra. Ao contrário, será a con-
foi Mazinho Constantino, da Mercado 830 inscrições, contra 780 na edição cretização de um bom 2006, mate-
Comunicação, autor da embalagem anterior. rializada no início das operações da
nova sede da empresa.
 “Temos forte presença no mercado
de cosméticos, e concebemos a
mudança de prédio não apenas
para consolidar essa posição, mas
também para continuarmos avan-
çando no segmento de embalagens
para produtos farmacêuticos”, afir-
ma Sidney Anversa Victor, presi-
dente da Congraf.
O novo prédio, localizado nas proximi-
 dades da Via Anchieta, em São Paulo,
terá 7 500 m² dedicados à produção,
e abrigará também a área administra-
 tiva da empresa. Concebida em seus
mínimos detalhes para abrigar uma

 indústria gráfica, a construção conta


com isolamento térmico e acústico,
além de sistema de ar que impede
a entrada de poeira, insetos e outras
impurezas que possam interferir no
processo produtivo.
Uma impressora folha inteira
Heidelberg CD 102 para seis cores
mais verniz, uma corte-e-vinco
Speria 106 e uma coladeira Amazon
FOTOS: DIVULGAÇÃO

105, ambas da Bobst, somam-se ao


rol de equipamentos da gráfica na
sede nova.

dezembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 63


Anunciante Página Telefone Site
3M 25 0800 16 10 12 www.3m.com/br/autenticidade
Abre 61 (11) 3082-9722 www.abre.org.br
Amazon Coding 51 (11) 4689-7621 www.amazoncoding.com.br
Amcor PET Packaging 4ª capa (11) 4589-3062 www.amcorbr.com.br
Box Print 17 (51) 2111-1311 www.boxprint.com.br
CCL Label 5 (19) 3876-9300 www.ccllabel.com.br
Colacril 55 (44) 3518-3500 www.colacril.com.br
Congraf 34-35 (11) 5563-3466 www.congraf.com.br
CorreiosLog 47 0800 57 00 100 www.correioslog.com.br
Envase Centroamerica 43 +54 (11) 4957-0350 www.packaging.com.ar
Frasquim 11 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.br
Gumtac 41 (21) 2450-9707 www.gumtac.com.br
Imaje 19 (11) 3305-9455 www.imaje.com.br
IndexFlex 29 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br
inLAB Design 53 (11) 3082-4232 www.inlabdesign.com.br
Mack Color 9 (11) 6195-4499 www.mackcolor.com.br
Maddza 11 (35) 3722-4545 www.maddza.com
Markem 21 0800 13 2020 www.markem.ind.br
Moltec 11 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br
Neoplástica 37 (41) 3671-3000 www.neoamerica.com
Novelprint 33 (11) 3768-4111 www.novelprint.com.br
Polo Films 27 (11) 3707-8270 www.polofilms.com.br
Propack 33 (11) 4785-3700 www.propack.com.br
PTC Graphic Systems 13 (11) 6194-2828 www.ptcgs.com.br
Renda 57 (81) 2121-8100 www.renda.com.br
Rio Polímeros 23 (21) 2157-7777 www.riopol.com.br
Saint-Gobain 2ª capa (11) 2246-7482 www.sgembalagens.com.br
SetPrint 11 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br
SIG Combibloc 39 (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasil
Simbios-Pack 33 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br
STM 33 (11) 6191-6344 www.stm.ind.br
Technopack 59 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br
Vilac 3 (19) 3741-3300 www.vilac.com.br
Vitopel 3ª capa (11) 3089-5333 www.vitopel.com
Wheaton 7 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

64 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006


A Arco Convert se diferencia pela inovação no conceito de
conversão de embalagens flexíveis e pela excelência de
qualidade de seus serviços. Assim, foi natural a escolha
de EmbalagemMarca como veículo para mostrar isso.
Daí nasceu, em parceria entre a revista e nossa empresa,
o pioneiro projeto Flexofilm e Design, que, após seguidas
ações em 2001 e 2002, nos trouxe, entre outras láureas,
a conquista do Prêmio Qualidade Flexo, da ABFlexo,
naqueles anos e em 2003. Tão bom quanto isso, o projeto
nos trouxe novos e bons clientes. É também natural que
nesta fase, em que EmbalagemMarca e a Arco Convert
se consolidaram como referências em suas respectivas
áreas de atuação, o processo de amostragem da
excelência de qualidade tenha sido retomado, na forma
dos envelopes que envolvem a revista.

Eugênio Augusto Giacomelli, Diretor

É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.


(11) 6161-8099
www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533
Almanaque
Um fermentador de vendas “Logoharpa”
O médico e pesquisador japonês Minoru partir de pesquisas voltadas à prevenção
Shirota conquistou seu lugar no olimpo de infecções intestinais e ao aumento A tradicional logomarca da cerve-
do varejo mundial ao fundar a Yakult, da longevidade. O trabalho fez Shirota ja Guinness, adotada em 1862 e
líder mundial no mercado de leites fer- selecionar uma espécie de lactobacilo registrada em 1876, inspira-se na
mentados, que este ano comemorou qua- capaz de inibir a proliferação de bactérias Harpa O’Neill (também conhecida
tro décadas no Brasil. A marca surgiu a no intestino. Os microorganismos são
como Harpa de Brian Boru), feita
hoje chamados de Lactobacillus casei
Shirota, e passaram a ser utilizados na no século 17 ou no 18. Considerada
produção do leite fermentado em 1935. a mais antiga harpa irlandesa de
Desde aquela época a Yakult privilegia que se tem conhecimento, a peça
o sistema de entrega domiciliar, respon- pode ser vista hoje na biblioteca do
sável por 60% do faturamento no Brasil. Trinity College, em Dublin, Irlanda.
Ao chegar ao país, em 1966, o produto
Em tempo: a harpa é um símbolo
enfrentou resistência dos consumi-
dores, que associavam lactobacilos a essencialmente gaélico.
enfermidades. Mas o leite fermentado
acabou tendo seus valores reconheci-
dos pelos brasileiros, e hoje faz parte
da linha de lácteos de empresas como
Nestlé, Parmalat e Batávia. Sobre a
época em que o produto era vendido
em garrafas de vidro, uma curiosidade:
as operárias japonesas responsáveis por
lavar essas embalagens para reutilização
ficavam com as mãos extremamente
macias. Foi o que impulsionou a produ-
ção de cosméticos pela empresa, num
mercado em que as vendas da Yakult
também são “fermentadas”.

A idéia e o nascimento dos auto-adesivos


A edição em espanhol do interessan- quando ele materializou o conceito do
te livro El mundo de las Etiquetas, produto (uma folha de papel adesiva-
publicado pela Krones da Alemanha, do posta em uma lâmina de papel com
dá conta de que “a rotulagem com silicone, de modo a poder ser retirada
etiquetas sensíveis a pressão, ou seja, para aplicação). No mesmo ano Avery
auto-adesivas, remonta à patente nº criou a primeira laminadora de bases FOTOS: ARQUIVO
20057 para Hansaplast no ano de auto-adesivas, totalmente manual, e
1882, a pedido da Beiersdorf AG, de logo em seguida uma das primeiras
Hamburgo”. Não obstante esse fato, aplicadoras de etiquetas. A empresa
o livro registra que “o americano R. dali nascida, em Los Angeles, hoje De balas a latas
Stanton Avery é considerado o pai chamada Avery Dennison, está pre- A Indústrias Reunidas Renda, que
dos rótulos auto-adesivos”, cuja produ- sente em 47 países e fatura 55 bilhões tem sede em Pernambuco, nasceu
ção industrial se iniciou em 1935. Foi de dólares por ano. no Rio Grande do Sul, em 1919.
Naquele ano, o imigrante siciliano
Pedro Renda fundou em Porto Alegre
a Renda Priori, uma fábrica de balas
e caramelos. A ascensão da economia
canavieira pernambucana levou-o a
transferir a fábrica para o Nordeste,
onde a empresa diversificou seus
negócios e entrou no ramo de latas e
rolhas metálicas, decisão que mudou
A primeira laminadora de bases Aplicadora de etiquetas
a história da companhia.

66 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006

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