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www.embalagemmarca.com.

br
Para que servem as feiras
A
reportagem de capa Leandro Haberli, que con- material com informações
desta edição apre- tou com o apoio de Marcos técnicas e de mercado, que
senta uma visão bra- Palhares. vamos utilizando nos mo-
sileira da LabelExpo Europe O trabalho não tem a inalcan- mentos oportunos para aden-
2005, realizada em Bruxelas çável pretensão de apresen- sar reportagens e para refor-
em setembro. Na condição de tar a cobertura “completa” çar nosso banco de dados.
única revista especializada do evento, mesmo porque as Não foi diferente na cober-
Wilson Palhares verde-amarela do setor pre- oportunidades contidas em tura da Envase/Alimentek,
sente ao evento com equipe feiras vão muito além de seus ocorrida em Buenos Aires
própria, EMBALAGEMMARCA limites físicos e temporais. e na qual foi possível notar
Coletamos o procurou focar o trabalho de A nosso ver, feiras servem que a recuperação da eco-
máximo possível maneira a não atormentar o sobretudo para atualizar nomia argentina traz opor-
de informações leitor com tecnicidades exa- informações e estreitar rela- tunidades a que a cadeia
geradas. Preferimos identi- cionamentos. Em nosso caso, brasileira de embalagem não
técnicas e de
ficar tendências e detectar o contribuem para aproximar pode estar desatenta, como
mercado, que
pensamento de empresários a redação de suas fontes e está descrito na reportagem
vamos utilizando
do setor, de outros países e reforçar nossos sempre insu- da página 48. A reportagem
nos momentos também do Brasil, sobre os ficientes conhecimentos sobre sobre a PackExpo, que teve
oportunos para rumos do universo da rotula- o mundo da embalagem. Las Vegas por palco e ficou a
adensar reportagens gem e como isso pode inte- Naturalmente, nas feiras a cargo de Guilherme Kamio,
e reforçar nosso ressar às empresas aqui ins- que comparecemos coleta- será apresentada na edição
banco de dados taladas. A reportagem é de mos o máximo possível de de novembro. Até lá.
nº 74 • outubro 2005
Diretor de Redação
Wilson Palhares

12 Produtos naturais
Chocolate de soja ganha
gôndolas em BOPP fosco,
46 Celulósicas
No mercado de mídia,
impressão sobre hot stamping
palhares@embalagemmarca.com.br

Reportagem
evidenciando através de holográfico garante brilho Flávio Palhares
suas embalagens os benefícios especial a estojo de DVD flavio@embalagemmarca.com.br
nutricionais do alimento de cantora evangélica Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
Leandro Haberli Silva

14 Reportagem de capa:
LabelExpo Europe 2005
48 Feiras: Envase/Alimentek
Nona edição de feira de embala-
gens em Buenos Aires evidencia
leandro@embalagemmarca.com.br
Livia Deorsola

Considerada o principal oportunidades para expansão de Departamento de Arte


encontro da cadeia global negócios bilaterais entre empre- Carlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)
de rotulagem, feira belga sas brasileiras e argentinas arte@embalagemmarca.com.br
revela as tendências do José Hiroshi Taniguti (Assistente)
setor, inclusive no Brasil

52 Materiais Administração
Setor petroquímico e fornecedo- Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
ras de latas para bebidas – de Eunice Fruet (Diretora Financeira)
alumínio e de aço – anunciam
investimentos para aumentar Departamento Comercial
suas capacidades produtivas comercial@embalagemmarca.com.br
Karin Trojan
Wagner Ferreira

54 Pet food
Resinas especiais acenam à
difusão do empacotamento auto-
Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro
assinaturas@embalagemmarca.com.br
mático nas linhas de embalagem Assinatura anual: R$ 90,00
de rações para cães e gatos
Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais

60 Certificações
Selos ambientiais como o FSC
podem abrir oportunidades de
que ocupam cargos de direção, gerência
e supervisão em empresas integrantes da
cadeia de embalagem. São profissionais
envolvidos com o desenvolvimento de
negócio para convertedores
embalagens e com poder de decisão colo-

40 Entrevista: Antonio cados principalmente nas indústrias de bens


de consumo, tais como alimentos, bebidas,
Carlos Teixeira Álvares cosméticos e medicamentos.
Presidente do Siemesp e diretor
da Brasilata fala sobre as pers-
pectivas das latas de aço diante
64 Índice de Anunciantes
Relação das empresas
que veiculam peças
Filiada ao

das altas dos plásticos e da publicitárias nesta edição


situação das metalúrgicas

3 Editorial
A essência da edição do mês, nas palavras do editor Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

6 Display EMBALAGEMMARCA é uma publicação


Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
26 Internacional Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
Destaques e idéias de mercados estrangeiros
Filiada à
32 Equipamentos
FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

Lançamentos em bens de capital para linhas de embalagem

36 Panorama www.embalagemmarca.com.br
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
resguardado por direitos autorais. Não é per-
56 Conversão e Impressão mitida a reprodução de matérias editoriais
Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens publicadas nesta revista sem autorização
da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões
66 Almanaque expressas em matérias assinadas não refle-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens tem necessariamente a opinião da revista.
Café Iguaçu agora tem Sealed Life Para o forno
As latas de aço do café solúvel Também conhecido como pell-off, como nos balcões
Iguaçu, em várias gramaturas de o sistema garante melhor conserva- Com o objetivo de criar nova
conteúdo, passam a ser comercia- ção do produto, ou seja, amplia seu identidade para seus produtos
lizadas com Sealed Life, o sistema tempo de vida de prateleira (shelf
institucionais, a Fleischmann
de fechamento da Sonoco For-Plas life). As latas são fabricadas pela
renovou o design das emba-
composto de tampa metálica tipo Mococa e pela Brasilata. O design
lagens da linha destinada ao
abre-fácil e sobretampa plástica. das embalagens é da Rex Design.
mercado de panificação.
As novas embalagens, que
chegam ao mercado em
novembro, trazem fotos ilustra-
tivas dos produtos finalizados,
da mesma forma como são
apresentados nos balcões das
padarias. As embalagens são
de polietileno de baixa densi-
dade (PEBD). Os sacos de 5kg
são produzidos pela CBS, com
impressão em flexografia, e os
de 1kg, pela Santa Rosa, pela
Unipac e pela Bafema, com
impressão em
rotogravura. As
embalagens
do fermento
fresco, de celo-
fane, são for-
necidas pela
Converplast.
Vinagre pasteurizado na própria garrafa
Produzido pela Apícola Fernão Velho, no. A embalagem de vidro foi esco-
em Maceió, chega ao mercado o lhida por dois motivos, segundo a
Vinagre de Mel de Abelhas. A garrafa apícola: segurança e requinte. Por
é fabricada pela Companhia Industrial não utilizar conservantes, optou-se
de Vidros (CIV), de Pernambuco, com por pausteurizar o vinagre em sua
tampa de alumínio e dosador inter- própria embalagem, o que não seria
possível se o recipiente fosse de
plástico, pois o material não resisti-
ria à alta temperatura. Atualmente, o
vinagre está disponível no mercado
em garrafas de 500ml, mas em breve
será oferecido também em embala-
gens de 250ml. O design das emba-
lagens foi elaborado pela equipe de
projetos da CIV e faz parte da linha
criada inicialmente para acondicio-
nar azeites. O design do rótulo foi
criado pela Good Design e pela It’s
Publicidade, de Maceió. A impres-
são plastificada ficou a cargo da
Grafmarques, de Maceió. A tampa e
o dosador interno foram produzidos
pela Altec, de Guarulhos (SP).

6 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Avon na briga pelo mercado
de perfumaria mais refinada
Mesmo sendo a primeira no setor cia DPZ e estrelada pela cantora
brasileiro de cosméticos, a Avon Ivete Sangalo. O investimento de
não desiste de brigar pelo posto 11,5 milhões de reais se justifica: o
de número um também na área segmento brasileiro de cosméticos
de perfumaria fina (ainda que não deve registrar, ainda este ano, cres-
na faixa dos must mundiais), atual- cimento de 15% a 18%.
mente ocupado pela Natura. Nessa Voltado para as classe A e B, o
corrida, a empresa lança – simul- perfume primou na embalagem,
taneamente no Brasil, nos Estados criada nos EUA por Eric Lee, desig-
Unidos, na França, na Itália e no ner exclusivo da Avon. O frasco
México, entre outros países – o per- apresenta linhas retas e alongadas,
fume Extraordinary, com forte cam- e no mercado local é fornecido
panha publicitária feita pela agên- pela Wheaton. É a única informa-
ção disponível sobre o fornecimen-
to do sistema de acondicionamen-
to, já que vem gravada em relevo
no vidro. Por questão de política
internacional da empresa, a Avon
não revela quais são seus fornece-
dores de embalagens, limitando-se
a informar que são nacionais. A
sobretampa é elaborada a partir
de uma combinação de alumínio
anodizado, com tampa plástica de
polipropileno. O frasco é impresso
em silk screen, e cartucho é de
papel cartão triplex branco, com
impressão off-set e hot stamping.
O aroma foi criado pelo conhecido
perfumista Herry Fremont, da casa
de fragrância Firmenich, uma das
cinco maiores do mundo. A inspi-
ração veio de uma rara orquídea
denominada chocolate. No Brasil
a fragrância sofreu adaptações
em busca de características tidas
como genuinamente brasileiras: a
alegria e a sensualidade, segundo
Silvana Cassol, vice-presidente de
marketing da Avon.
Caipiroska Maionese Soya vai do PET para o vidro
Smirnoff em litro A maionese Soya, da Bunge
Alimentos, substituiu as emba-
ganhou novo rótulo, alinhado ao
visual da marca, que mostra os
A Smirnoff apresenta um de seus lagens de PET em que foi lan- alimentos saindo de uma pane-
principais lançamentos para o çada no mercado por potes la. Os rótulos, fabricados pela
ano, a Smirnoff Caipiroska, cai- de vidro de 250g e 500g, da Makrocolor, foram desenhados
Owens-Illinois, com tampas pela Pandesign. A maionese Soya
pirinha de vodka pronta para
plásticas da Doormann. Além da também é comercializada em
beber, atingindo inicialmente as embalagem de vidro, o produto sachês de 200g.
regiões Sul e Sudeste. O objetivo
é alcançar 65% do público-alvo,
jovens na faixa de 25 a 35 anos,
das classes A e B. A garrafa de 1
litro é produzida pela Companhia
Industrial de Vidros (CIV), de
Recife, com tampa fornecida pela
Guala e rótulos da Gráfica 43. A
caixa de embarque é da Klabin.
O design foi adaptado da emba-
lagem global da Smirnoff pela
agência Art Contrast.

Kyos, nova opção para barbear


A Mundial está colocando no merca- não ficar escorregadia, já que na
do a sua nova linha de barbeadores maioria das vezes é manuseada
e cosméticos masculinos, com a com as mãos molhadas. As bisnagas
marca Kyos. A linha é composta do gel e do creme são fabricadas
por gel, creme, espuma e loção. As pela C-Pack Creative Packaging, os
cores verde e prata foram usadas tubos de alumínio da espuma são
no logotipo Kyos, que é recortado, da Tubocap e o vidro fosqueado da
imitando o corte de um barbeador. loção pós-barba é da Weathon, com
As embalagens foram elabora- tampa da FPM – Fábrica
das para facilitar o manuseio. Produtos Metal. O design
A loção pós-barba, por exem- das embalagens e a logo-
plo, além de ter o vidro fosco, marca foram criados pela
possui formato anatômico para FutureBrand.

8 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Reforço em marca centenária
Depois de 106 anos no mercado identificado pelo consumidor. A
brasileiro, a Aspirina, da Bayer Aspirina Adulto de 500mg é bran-
Health Care, divisão de medica- ca e verde; a Aspirina Infantil é
mentos da Bayer, ganha nova verde com tarja rosa; a Aspirina
embalagem. De acordo com +C é verde e amarela; a Aspirina
Humberto de Biase, gerente de Buffered, verde com tarja verde-
marketing da Bayer Health claro; e a Aspirina Efervescente,
Care, “a mudança nas embala- verde com tarja roxa.
gens é o primeiro passo de refor- A OlhoGráfico, que está comple-
ço da marca”, que no primeiro tando dez anos, foi responsável
semestre deste ano foi líder de pela modernização das embala-
vendas no segmento de medi- gens. Elisa Tendolini, diretora de
camentos isentos de prescrição, criação e arte da agência, diz
com 35,8% do mercado, segun- que não foi fácil fazer as mudan-
do dados do IMS Health, órgão ças, ainda que sutis, pois o produ-
auditor do setor. to tinha o mesmo visual em oiten-
A mudança básica nas embala- ta países. O primeiro produto a
gens está no logo, que ficou mais chegar com nova roupagem até
arejado, com letras espaçadas. o consumidor é a Aspirina 500mg,
A linha Aspirina é composta por com embalagens de papel car-
cinco produtos, e cada um deles tão TP Hi-Bulky, da Suzano, produ-
ganhou um detalhe para ser zido pela Gráfica Gonçalves.
Mr.Man agora com marca própria
Há mais de trinta anos atuando acondicionados a vácuo em embala-
na importação e distribuição de gens de 100g de nylon-poli, forneci-
uma diversificada linha de produ- das pela Wal-Let. Com sua marca, a
tos alimentícios, a granel ou com Mr.Man disponibiliza também dezes-
marcas diferenciadas, a Mr.Man, seis outros tipos de produtos (amei-
de São Paulo, está debutando com xas em conserva, pistache etc.), em
marca própria. Para a estréia nessa porções para consumo rápido. São
categoria, está lançando seis itens apresentados em potes termofor-
(amêndoa sem casca torrada e mados de poliéster, de diferentes
salgada, avelã crua sem casca, cas- medidas, produzidos pela Plásticos
tanhas de caju torradas e salgadas, Formar. O projeto das embalagens
castanhas do Pará sem casca, nozes é da Laburdza – Laboratório Urbano
sem casca e pistache torrado e sal- de Design.
gado com casca). Os produtos são

Natura lança
óleo corporal
A Natura complementa a linha
Natura Sève com o lançamento do
Sève Iluminador Amêndoas Doces,
óleo desenvolvido para ser utilizado
após o banho, com a pele seca,
sem a necessidade de enxágue. A
embalagem de PVC é fornecida
pela Igaratiba, que produz também
a tampa. O logotipo da Natura e o
nome do produto são impressos em
silk screen na embalagem. O cartu-
cho em que o produto é embala-
do, o Ecopack, é da Box Print.

Reformuladas, embalagens agora trazem receitas no verso


A Triunfo, marca de biscoitos da Arcor,
apresenta novidades nas linhas Salpet
e Maizena. A Salpet ganha as versões
Provolone e Azeite e Orégano, enquanto
Maizena agora é encontrada também no
sabor Limão. As embalagens da linha
Maizena foram reformuladas – trabalho
da Sapien Design – e trazem receitas
colecionáveis (doze ao total) no verso.
Quem produz as embalagens é a Inapel.

10 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Pão de Queijo novo,
embalagem nova
O Pão de Queijo da Yoki
ganhou nova formulação,
que leva polvilho azedo, e
teve a embalagem moderni-
zada. As embalagens de pet
metalizado com polietileno
são feitas na fábrica da Yoki
em Cambará. O design é da
Zauberas & Associados.

Frasco com
apelo teen
Nova colônia da Água de Cheiro
para adolescentes do sexo femini-
no, a Sing Pop possui fragrância flo- Conhaque com
ral e fresca, com notas de gerânio
e muguet associadas a elementos
estilo country
cítricos como bergamota, chá A Viti-Vinícola Cereser, de Jundiaí
verde e lavanda fresca. O pro- (SP), lança o conhaque Vegas,
duto vem em frasco de 100ml da com apelo promocional direcio-
Wheaton, decorado pela Decopak, nado ao estilo country. Assim,
fechado com válvula da Emsar a empresa passa a investir num
e tampa de rosca da Augros do mercado que movimenta aproxi-
Brasil. Ele chega às lojas num cartu- madamente 1 bilhão de reais por
cho da Gráfica Pirâmide. ano e que em 2004 cresceu 5%
em relação a 2003. Cerca de 87%
da distribuição do produto é feita
via pontos de dose. O conhaque
Vegas é comercializado em garra-
fas de vidro de 1 litro, fabricadas
pela Saint-Gobain, com tampas
da Indeplast e rótulos da Gráfica
Rami. O design da embalagem é
da agência As-One, também de
Jundiaí.
naturais >>> chocolates

BOPP com C
ada vez mais reconhecidas cienti-
ficamente, as propriedades funcio-
nais dos alimentos à base de soja
têm ajudado a ampliar o espaço

aura de papel
ocupado pelos produtos naturais nas pratelei-
ras dos supermercados. Na esteira dos hábitos
saudáveis, muitas marcas estão descobrindo
a importância de investir em embalagens
Chocolate à base de soja usa filmes foscos especiais, que promovam e comuniquem os
benefícios à saúde proporcionados por seus
para ressaltar conceito de produto artesanal produtos. Esse é o caso da linha Choco Soy
de chocolates à base de soja que podem ser
consumidos sem riscos por pessoas com into-
lerância a lactose e a glúten.
Pertencente à Olvebras Industrial S/A,
empresa gaúcha que detém o know-how da
fabricação de extrato de soja em pó, e tam-
bém foi uma das primeiras a iniciar o ciclo
de industrialização da soja no Brasil, a marca
estreou no mercado com bombons acondicio-
nados em cartuchos de papel kraft. Agora a
família ganhou novos membros: são barrinhas
vendidas na versão crispies e tradicional.
Lançadas como uma extensão de linha, elas
estão sendo acondicionadas em flow packs de
BOPP metalizado que apresentam uma inte-
ressante característica visual.
ADZ7
(51) 3286.8009 Como explica Giuliano Satler, sócio-dire-
www.a17.com.br tor da agência ADZ7, responsável pelo con-
ceito gráfico da marca, as embalagens flexí-
Embalagem Sul
(51) 471.7838 veis dos novos membros da família Choco
Soy buscam dar o mesmo efeito visual dos
Plastrela cartuchos de papel kraft que acondicionam os
(51) 3720.1122
www.plastrela.com.br bombons da marca. “Buscamos uma concep-
ção de produto feito a mão”, define o designer.
Vitopel
Para isso o projeto acabou alinhando-se a uma
(11) 3089-5476
www.vitopel.com.br tendência crescente no mercado de emba-
lagens flexíveis: a utilização de filmes com
aparência fosca, também conhecida como
matte. “Um filme de BOPP comum não daria
o mesmo efeito”, acredita Giuliano.
Produzidas pela convertedora Plastrela a
SEMELHANÇA – Com filmes matte partir de filmes fornecidos pela Vitopel, as
de BOPP, barrinhas imitam visual
dos cartuchos e da caixa display embalagens das barrinhas são impressas em
de papel kraft flexografia interna oito cores. No caso dos
bombons, os cartuchos de papel kraft são pro-
duzidos pela Embalagem Sul. No fechamento,
um detalhe reforça a aura de produtos artesa-
nais: laços feitos de palha de buriti trazida do
norte do país. Os cartuchos de kraft são agru-
pados em caixas display também concebidas
pela agência ADZ7.

12 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


reportagem de capa >>> rótulos

Os rumos do setor
Na LabelExpo Europe 2005, um painel pluralista do mercado de rótulos
Por Leandro Haberli, enviado especial a Bruxelas
FOTOS: DIVULGAÇÃO

U
ma ironia recorrente entre turistas sitores e mais de 23 000 visitantes. Dentre
que visitam a Europa dá conta estes, os organizadores registraram a presença
de que a Bélgica só existe para de 95 brasileiros. Além do tradicional interes-
aumentar a distância entre a França se em ver de perto e em pleno funcionamento
e a Holanda. Com área equivalente à de equipamentos normalmente resguardados por
Alagoas (cerca de 30 000 quilômetros quadra- sigilo industrial, a freqüência de brasileiros foi
dos), o país famoso pela lapidação de diaman- fortalecida pelo Label Vip Tour, comitiva de
tes, produção de chocolates e diversidade de profissionais gráficos organizada pela Lisboa
cervejas na verdade desempenha papel central Turismo que, nos dias anteriores à feira,
nos rumos políticos e econômicos de parte visitou convertedores de diferentes países
considerável do globo. Sede do Parlamento europeus.
Europeu, da OTAN (Organização do Tratado
do Atlântico Norte) e da quarta maior zona A força dos multiprocessos
portuária do mundo, a Bélgica também tem No âmbito dos corredores da Label, além de
lugar cativo no cronograma global de feiras de um retrato minucioso da cadeia de auto-ade-
negócios ligadas à indústria de embalagem. É sivos, segmento que em outras edições foi
na capital Bruxelas que acontece bienalmente o centro isolado das atenções, os visitantes
há mais de duas décadas a versão européia puderam sentir a aproximação do evento
da LabelExpo, o principal encontro da cadeia com outros filões da cadeia de rotulagem.
mundial de rotulagem e etiquetas adesivas. Esse movimento ilustra a crescente busca da
Ocorrida no Parc des Expositions de indústria de rótulos por processos produtivos
Bruxelles entre os dias 21 e 24 de setembro mais flexíveis, intercambiáveis e muitas vezes
último, a 11ª edição da LabelExpo Europe foi múltiplos. Assim, ao lado dos auto-adesi-
a maior já realizada desde seu lançamento, em vos, tiveram destaque os crescentes mercados
1980. O evento reuniu por volta de 450 expo- de mangas termoencolhíveis, in-mold labels,

14 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Tendências da pré-impressão a novos sistemas de rotulagem
Entre as novidades do mer- que já haviam sido mos-
cado de pré-impressão, foi trados na Interpack (ver
visível a constante evolução EMBALAGEMMARCA 70,
dos programas de geren- página 66). Com a marca
ciamento de fluxo de traba- Ko-Sleeve, o sistema se
lho, que entre os converte- diferencia pela impressão
dores conseguem resolver colorida frente e verso,
dificuldades relacionadas a além de contar com die-
boa parte do processo pro- cutting no verso, permitin-
dutivo, desde a entrada no do que o consumidor retire
sistema administrativo até do próprio rótulo etiquetas
a fase de pré-impressão. Na adesivas que podem ser usadas
parte de hardware o setor de brasileiros que visitaram a feira. em promoções. Esse tipo de
pré-impressão também caminha Um sistema em especial chamou ação já foi explorada na linha de
a passos largos, como deixou a atenção de André Cifuente refrigerantes Pepsi.
claro um novo equipamento de Filho, instrutor da Faculdade Ainda na parte de novos siste-
gravação de cilindros a laser de Tecnologia Gráfica da Escola mas de rotulagem, a visita à
apresentado pela belga Esko- Senai Theobaldo de Nigris. Ele feira serviu para fortalecer a
Graphics. No Brasil o modelo observou o aumento da oferta percepção de crescimento do
foi adquirido pela Mack Color, de equipamentos de corte a mercado brasileiro de in-mold
que ficou entusiasmada com o laser, que diminuem custos ao labels. Entre as empresas que
desempenho e flexibililidade da dispensar ferramentais. A velo- esperam fornecer equipamentos
máquina. cidade de corte desse tipo de próprios para imprimir esse tipo
Já na área de acabamento, as solução varia de acordo com a de rótulos, que são aplicados
novas tecnologias de corte de potência do laser. A 120 watts, nas embalagens plásticas no
rótulos desperta- por exemplo, um dos equipamen- momento do sopro ou da injeção
ram interesses tos analisados pelo instrutor do do molde, está a Furnax, que
de técnicos Senai corta 14,5 metros por representa no Brasil a fabrican-
segundo. “Isso permite fazer te asiática Labelmen.
o meio-corte dos rótulos
com diferentes formatos,
programando a gosto
do cliente”, comenta
André Filho.
Outra novidade que cha-
mou atenção do instrutor
do Senai foram os rótulos
wrap-around para garrafas
PET impressos pela Ko-Pack,

rótulos wrap-around e smart labels dotados de O setor de impressoras banda estreita,


sistemas de identificação por rádio-freqüência contudo, talvez tenha sido o grande responsá-
(RFID, na sigla em inglês). vel pelas novidades – ainda que incrementais
Tendo atraído 10 000 visitantes a mais do – apresentadas na feira. Combinando equipa-
que a última LabelExpo Americas, realizada mentos top de linha e soluções destinadas a
em Chicago no ano passado, a LabelExpo pequenas e médias tiragens, os fabricantes de
Europe 2005, que pela primeira vez contou máquinas narrow web movimentaram durante
com três expositores brasileiros (ver quadro os quatro dias do evento cifra superior a 350
na página 22), também trouxe novidades em milhões de euros. A informação foi revelada
filmes, tintas e sistemas de pré-impressão, pelo Tarsus Group, organizador da feira.
corte e acabamento. “Depois do grande sucesso da LabelExpo

16 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Europe 2003, e com o crescimento contínuo
do mercado global de rótulos desde então,
estávamos esperando muito do evento deste
Novo player no setor de tintas
ano”, disse Roger Pellow, diretor-geral da Completando a repercussão a CVC, cuja meta é trans-
causada em praticamente formar a Xsys na segunda
feira. “Nossas melhores expectativas foram
toda a cadeia de rotulagem, maior fabricante de tintas
alcançadas, com a Label 2005 crescendo no
dos equipamentos de impres- gráficas do mundo, atrás
mínimo 10% em espaço de exposição e núme-
são ao setor de substratos, apenas da Sun Chemical.
ro de visitantes, e passando a representar mais
os shrink labels também Para isso a empresa anun-
de 110 países.”
estão movimentando o mer- ciou uma joint-venture com a
Interessante notar que, com a crescente
cado de tintas. Na feira Flint Ink, outro grande player
oferta de impressoras flexográficas banda havia muitas novidades em do mercado mundial de tin-
estreita para impressão de cartão, a edição tintas flexo UV específicas tas gráficas.
européia da LabelExpo também acabou for- para rótulos termoencolhí- “Em decorrência do cresci-
necendo a seus visitantes um panorama das veis. Um desses lançamentos mento das máquinas híbri-
novas soluções para conversão de cartuchos foi feito pela Xsys, empresa das e das impressões com-
cartonados, que em sua maioria foram anun- que nasceu há pouco mais binadas, estamos buscando
ciadas como alternativas entry-level aos pro- de sete meses a partir da oferecer tintas compatíveis
cessos offset de grandes tiragens. fusão entre a antiga Akzo com todos os sistemas de
As novidades apresentadas foram tantas Nobel e a divisão de tintas impressão”, conta Cleison
que, para citá-las uma a uma, provavelmen- gráficas da Basf. À frente do Bertochi, gerente nacional
te todas as páginas da presente edição não negócio está uma companhia de vendas da narrow web
seriam suficientes. Única revista brasileira européia de investimentos, division da Xsys.
que fez a cobertura do evento in-loco e com
equipe própria, EMBALAGEMMARCA optou por flexográfica por natureza, esse lançamento da
debruçar-se sobre as tendências mais ligadas Omet pode trabalhar com cassete de impres-
ao mercado de impressoras banda estreita. são serigráfica, unidade de hot stamping, cold
Os lançamentos atrelados aos demais elos foil e rotogravura. O equipamento é dotado
da cadeia de rotulagem são retratados em de sistema twin cut de corte e vinco rotativo
quadros dispostos ao longo desta reportagem com cilindro fixo, eliminando a necessidade
especial, e também serão aproveitados em edi- de comprar o cilindro mais a faca. “Só há o
ções futuras, como forma de oferecer ao leitor custo da faca magnética”, explica Marcos
informações aprofundadas. Araújo, gerente comercial da Gämmerler,
que participou da feira como representante da
Combinação de processos Omet no Brasil. Com unidade de refrigeração
Consideradas por muitos as grandes vedetes dentro dos cilindros porta-chapas, o equipa-
da feira este ano, as impressoras banda estreita mento imprime filmes de espessuras bastante
estão seguindo de forma cada vez mais clara reduzidas (a partir de 30 micra), que requerem
o chamado conceito one-stop-shopping. Em precisão em termos de tensão superficial.
outras palavras, esse mercado se movimenta Caso contrário pode haver formação de vincos
rumo a máquinas multissistema que com- e dobras.
binam praticamente todos os processos de
impressão, e são capazes de rodar diferentes
substratos. Ao trabalhar com materiais fílmi-
cos e celulósicos, essas impressoras podem
em teoria produzir todos os tipos de rótulos e
etiquetas, além de cartuchos, estojos e outros
perfis de embalagens cartonadas.
Caso emblemático da crescente combi-
nação de processos que rege o mercado de
impressoras banda estreita, a italiana Omet RAPIDEZ – XP 5000, da
lançou no evento a Flexy S, que imprime em Mark Andy: fabricantes
investem para agilizar
filme, rótulo de papel e cartão com gramatura as trocas de serviço
de até 150g/m2. Embora seja uma máquina

18 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Além de equipamentos multissubstrato e
multimpressão, os fabricantes buscam como
nunca agilizar as trocas de serviço no mer-
cado narrow web. O esforço visa atender ao
crescente segmento de pequenas tiragens,
impulsionado pelas indústrias usuárias de
embalagem que trabalham com extensões
de linhas e famílias de produtos cada vez
mais diversificadas. “O fabricante que não
oferecer set-up rápido para pequenas tiragens
simplesmente não conseguirá mais vender
impressoras de rótulos”, sentencia Miguel
Troccoli, diretor da PTC, empresa que repre-
senta a fabricante Mark Andy no Brasil. Como
exemplo da busca por trocas rápidas o execu-
tivo cita o modelo XP 5000 de sua represen-
tada. “Toda servo, essa máquina assenta os
cilindros de chapa automaticamente na posi-
ção pré-impressão, permitindo fazer o set-up
completo de uma configuração oito cores em
menos de 30 minutos”, descreve Troccoli.

Despautério?
Graças ao já comentado foco no mercado de
cartão, ironicamente muitos dos novos equipa-
mentos de impressão de rótulos ocasionaram
uma espécie de contra-senso nos corredores
da Label européia. Ocorre que, ao explanar
sobre as características de seus lançamentos,
alguns fabricantes centraram-se mais no mer-
cado de cartonados do que propriamente no de
rótulos. Como afirmou o representante de uma
dessas empresas, comprar um equipamento
híbrido só para imprimir rótulos é como usar
uma moto de 1000cc para entregar pizzas.
O fato é que as baixas tiragens e a cres-
cente diversificação das linhas de produto
também têm impulsionado a oferta de impres-
soras flexográficas para convertedores que
imprimem cartão em offset. A despeito de
uma certa resistência cultural, a flexografia
consolida-se como boa alternativa nesse nicho
porque imprimir tiragens pequenas em offset
pode resultar numa operação desvantajosa,
que sequer cobre o set-up da maquina – mas
que, dizem os defensores da flexografia, acaba
sendo realizada pelo convertedor em nome da
boa relação com o cliente.
Na esteira do interesse em explorar novos
mercados, os fabricantes de equipamentos
multissubstratos observam que a migração
dos convertedores de auto-adesivos de papel

outubro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 19


para os mercados de filme e cartão é cada
vez mais freqüente. Ainda que menos usual,
a adoção da flexo por empresas adeptas do
offset também estaria crescendo.
De olho nas gráficas que utilizam sistemas
offset para impressão de cartão, a própria
Omet apresentou sua top de linha Varyflex,
outra multissistema que imprime filmes com
espessura a partir de 2 micra, papel e cartão.
A empresa garante que a troca de servi-
ços e de substratos é feita em apenas seis
minutos, graças a cassetes intercambiáveis e
ao emprego de camisas de poliuretano para
flexografia. Com velocidade de 200 metros
por minuto e trabalhando com unidades de
impressão serigráfica, rotogravura, aplicação
de fita holográfica, hot stamping e cold foil, o
equipamento é oferecido como solução com- gráficas processos on-demand fortaleceram os ENTRY LEVEL – Varyflex,
da Omet, será oferecida
plementar às tiragens intermediárias. “Afinal, argumentos de venda dos equipamentos que
como solução alternativa
para impressão de cartão em tiragens grandes, minimizam as perdas de substrato entre as ao offset para tiragens
o offset é insuperável”, reconhece Marcos trocas de set-ups. intermediárias de cartão
Araújo, da Gämmerler. Nesse aspecto entram em cena os cada vez
mais disseminados sistemas de servo-aciona-
Trocas de cor sem paradas mento. Entre outras vantagens, as plataformas
O esforço voltado à diminuição dos índices gearless – isto é, desprovidas de mecanismos
de desperdício de substratos entre as trocas convencionais de engrenagens – já tornam
de serviço mantém-se como outro claro movi- possível adicionar ou mudar cores sem para-
mento do mercado de impressoras de rótulos. das de máquina. “Com isso, a perda de subs-
Os apelos dos estoques just-in-time, muitas trato está alcançando níveis sem precedentes”,
vezes gerenciados pelos próprios fornecedores anima-se Marcelo Zandomenico, profissional
das bobinas, e a necessidade de implantar nas de vendas da Heidelberg responsável pela

Um reforço para a popularização dos sitemas RFID


Se ainda carecem de dissemina- temas RFID em rótulos. Após a produto (RFID inlay), eliminando a
ção no cenário nacional, as etique- produção do rótulo, a solução faz necessidade de uma etiqueta
tas RFID multiplicam-se visivelmen- a impressão da antena e o pro- destinada exclusivamente
te no mercado europeu, onde já cesso de delaminação, para, em aos dados variáveis.
são aplicadas em produtos com seguida, colocar o chip, gravar as
custo unitário que pouco tempo informações e fazer o teste da eti-
atrás seria considerado incompa- queta. Após todas essas etapas, o
tível com a tecnologia. A popula- rótulo, já dotado da solução RFID,
rização dos smart labels se deve é relaminado. Como explica Miguel
em parte ao desenvolvimento de Troccoli, diretor da PTC, empresa
novos equipamentos destinados à que representa a fabricante Mark
aplicação dos circuitos impressos Andy no Brasil, todo o processo é
com antenas nos rótulos. Uma feito in-line, com altas velocidade
dessas soluções foi divulgada na e precisão. Dessa forma, a ten-
LabelExpo Europe pela MarkAndy. dência é que os investimentos em
A empresa apresentou, acoplado módulos de inserção de sistemas
à impressora multissubstrato e RFID ampliem as perspectivas de
multissistema LP3000, um de inserir o circuito impresso com
seus módulos de inserção de sis- a antena no próprio rótulo do

20 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


linha da suíça Gallus no Brasil. Seu entusias- considerando-se que o padrão de perda em
mo é alimentado pelo principal lançamento da flexo é de no mínimo 100 metros”, compara o
Gallus na Label européia: a impressora RCS profissional da Heidelberg.
330, que estará disponível no mercado mun- Ao largo do deslumbramento tecnológico
dial apenas no final de 2006, embora durante que provocam, máquinas como a RCS 330
a feira um protótipo tenha realizado trabalhos põem em xeque o potencial de consumo do
em apresentações diárias. mercado brasileiro para impressoras banda
Com possibilidades de reunir offset, roto- estreita com grande variedade de recursos,
gravura, flexo e serigrafia, o equipamento é que chegam a custar milhões de euros. No
flexível e intercambiável, permitindo distri- caso do lançamento da Gallus, o representante
buir as unidades de impressão em diferentes da linha estima em apenas cinco os potenciais
seqüências. “É possível fazer upgrades livre- compradores brasileiros da RCS 330. Caso a
mente, adquirindo à parte os cabeçotes das tec- máquina seja produzida sem a unidade offset,
nologias desejadas”, descreve Zandomenico, que é desenvolvida numa parceria tecnológica
acrescentando que a troca de sistemas leva com a Heidelberg, o preço cai entre 30% e
pouco mais que dez minutos, e que os níveis 40%, ampliando o número de potenciais com-
de perda de substrato são menores do que 20 pradores para dez em todo o Brasil. “Por isso
metros por mudança. “É um avanço e tanto, queremos fazer a Gallus crescer nacionalmen-

UNIÃO – Narrow web RCS 330, da suíça Gallus, tem unidade offset desenvolvida em parceria com a Heidelberg

outubro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 21


te com um equipamento entry-level”, adianta MULTIPLICIDADE seus equipamentos top de linha, a Nilpeter
– Nilpeter buscou
Marcelo Zandomenico, em referência à EM aliar soluções de alto apresentou também em primeira mão as linhas
280, também apresentada na feira. desempenho, como a de impressoras FA e FB. Ainda na família
Os equipamentos intermediários, aliás, offset MO 3300 (acima), de produtos intermediários, Rubens Wilmers
a linhas mais acessíveis
foram destacados por diferentes expositores, destacou o funcionamento diário no estande
que se mostraram interessados em atrair as da empresa de uma máquina base água com
numerosas comitivas de profissionais asiáti- velocidade de 180 metros por minuto, posi-
cos, latino-americanos, africanos e do leste cionada para convertedores mais comedidos
europeu. “A tendência sem dúvida é a com- quanto a investimentos em equipamentos top
binação de processos e o uso de flexo servo de linha.
e de equipamentos gearless”, diz Rubens Outra tendência tecnológica das impresso-
Wilmers, gerente de produto da Gutenberg, ras banda estreita que continua firme são os cli-
que distribui no Brasil os equipamentos da chês flexográficos pré-montados. Conhecidos
fabricante dinamarquesa Nilpeter. “Mas esses dos convertedores brasileiros, além de cruciais
equipamentos custam caro. Daí a multiplica- na agilização de trocas de serviço, os sistemas
ção de impressoras mais acessíveis, mas que flexo com sleeve ganham terreno por facilitar
também rodam com velocidade e qualidade”, o dia-a-dia das gráficas e diminuir os espaços
complementa Wilmers. ocupados pelos estoques de cilindros. Por sua
Como alternativas mais em conta à offset vez, os acertos com baixos níveis de perda de
MO 3300, lançada na feira e classificada entre substrato trazem a promessa de baixar o custo

Expositores brasileiros querem demarcar território lá fora


Aumentar a base de clientes, película, e não na conversão.” mico, alinhador de borda ele-
distribuidores e representantes Na área de máquinas, a fabri- trônico e controle de tensão
lá fora. Essa foi a previsível cante Etirama expôs na feira a automático”, comenta Ronnie
meta das três empresas bra- Flexo Premiun 250, uma impres- Schröter, diretor de marketing
sileiras que participaram com sora flexográfica seis cores, da Etirama. Na seara de rótulos
estandes próprios da LabelExpo com forno de secagem UV, que inteligentes, o executivo fechou
Europe 2005, estabelecendo o atinge velocidade de 80 metros recentemente um acordo com a
maior número de expositores por minuto. Voltado a médias e Torres Etiquetas, que cedeu um
nacionais em toda a história da grandes tiragens, o equipamen- projeto para iniciar no ano que
feira. Na área de ribbons, fitas to foi transportado de avião, vem a produção de uma máqui-
de transferência térmica que no e despertou atenção de mui- na específica para produção de
mercado de rótulos são usadas tos visitantes asiáticos. “Essa etiquetas RFID. “A idéia é vender
para impressão de códigos de máquina tem o equipamento para o mundo
barras, a Mastercorp buscou todos os opcio- inteiro”, adianta Schröter.
divulgar sua estratégia com pro- nais, como O terceiro expositor brasileiro
dutos acabados. “Como único anilox cerâ- na feira foi a Colacril, da área
fabricante integral de ribbons na de substratos. Expondo sua
América Latina, queremos rom- linha composta por mais de
per a cadeia dos convertedores, cem tipos de papéis e filmes
entregando nossos produtos auto-adesivos, a empresa afirma
já cortados”, explica Juliano estar investindo cada vez mais
Cunha, presidente e CEO da em estratégias de exportação,
empresa. “Queremos mostrar mirando mercados como o norte
que o grande valor desse mer- americano, o europeu e, mais
cado está na fabricação da recentemente, o africano.

22 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


EXIGÊNCIA – Segmentações demandam trabalhos em
pequenas tiragens e impressoras com mais recursos

industrial das gráficas. Nesse sentido, muitos


dos equipamentos apresentados em Bruxelas
de certa maneira surgem como uma resposta
ao crescimento da impressão digital no mer-
cado de rótulos.
“Nas duas últimas Labels o digital foi o
grande boom. Hoje percebemos que esse setor
consolidou sua fatia de mercado, mas a flexo
tradicional, a combinação de processos e a
automação das máquinas permitem diminuir o
custo industrial, fazendo o convertedor avaliar
melhor possíveis investimentos em impressão
digital”, aponta o gerente da Gutenberg.

Na tiragem máxima, digital subiu


A despeito da reação dos fabricantes de equi-
pamentos analógicos, diferente fatores levam
a crer que a impressão digital continua com
boas perspectivas no mercado de rótulos.
Principal fornecedora de equipamentos nesse
mercado, a HP defende que o volume que
torna a impressão digital economicamente
viável está subindo. A empresa também espe-
ra ampliar sua participação no mercado de
rótulos termoencolhíveis, cujas previsões de
crescimento apontam para a média anual de
7% nos próximos anos.
Além de divulgar seus equipamentos pre-
parados para filmes sensíveis a calor, a fabri-
cante da família de impressoras HP Indigo, no
Brasil representada pela Comprint, aproveitou
sua participação na Label Expo Europe para
lembrar que cerca de 65% dos rótulos pro-
duzidos mundialmente correspondem ao seg-
mento de pequenas e médias tiragens. Apesar
do discurso de que a tiragem máxima para

outubro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 23


justificar a impressão digital está subindo, é Assim, como já havia sido constatado na Avery Dennison
nesse crescente mercado que a empresa espe- cobertura da última LabelExpo Americas (ver (19) 3876-7600
www.averydennison.com
ra aumentar as vendas de impressoras digi- EmbalagemMarca 62, outubro de 2004), as
tais como a ws4050, que teve uma unidade principais tendências mundiais em impres- Colacril
(11) 6982-6900
recentemente adquirida pela gráfica brasileira são e acabamento já constituem, na prática,
www.colacril.com.br
Asterisco (ver reportagem na página 58). realidades de mercado por aqui, ainda que de
Em meio a variados movimentos tecno- forma mais ou menos disseminada. Sem rela- Comprint
(11) 3371-3371
lógicos e de mercado, fica claro que, embora ção com qualquer manifestação de orgulho www.comprint.com.br
tenha muito a crescer em termos de consumo exacerbado, essa idéia de nivelamento ganha
per capita de rótulos, o Brasil se equipara de força nos mais variados elos da cadeia de Etirama
(15) 3223-3332
modo inequívoco ao resto do mundo em ter- rotulagem. Mas, pelos diferentes depoimentos www.etirama.com.br
mos de qualidade e atualização dos processos colhidos entre profissionais brasileiros, fica
produtivos. A reforçar tal percepção está a especialmente evidente no setor de impresso- Esko-Graphics
No Brasil: (11) 5522-5999
presença maciça de brasileiros na feira, mui- ras banda estreita, onde a indústria nacional de www.esko-graphics.com
tos dos quais compradores efetivos de produ- rotulagem está sem dúvida seguindo os mes-
tos tecnologicamente de vanguarda. mos rumos que guiam o resto do mundo. Furnax (Labelmen)
(11) 3277-5658

Gallus
Filmes especiais. Boom no Brasil? No Brasil: (11) 5525-4475
www.gallus.org
Na parte de substratos, a tendência em mercados ezable, cujos rótulos preci-
HP
visita à feira deixou clara como o de bebidas e sam se adaptar aos movi- (11) 4197-8000
a tendência de migração cosméticos”, exemplifica mentos de compressão e www.hp.com.br
dos rótulos em papel para Aspis. Entre os novos fil- expansão, sem apresentar
Ko-Pack
aqueles impressos em fil- mes da Avery Dennison, rugas ou delaminações. No Brasil: (11) 5507-7010
mes. Embora mais visível o profissional destaca a Ainda mais importante www.ko-pack.com
nas chamadas economias linha no-label look Global para os fabricantes de
Mack Color
maduras, esse movimento Coex, que segundo a substratos é o fenômeno
(11) 6195-4499
também é forte no Brasil, empresa proporciona mais da impressão digital. Para www.mackcolor.com.br
como observa Roberto transparência, flexibilidade este segmento a Avery
Aspis, que participou da e facilidade de impressão Dennison apresentou na Mark Andy
No Brasil: (11) 6194-2828
LabelExpo 2005 como em diferentes aplicações. feira, decorando uma lata www.markandy.com
gerente nacional de ven- No Brasil, um dos alvos da promocional de energético,
das da Avery Dennison. empresa com produtos de um filme já entregue com Mastercorp
(41) 2102-3000
“O crescimento de com- maior valor agregado é o coating para ancorar a www.mastercorp.com.br
modities como o couché setor vinícola. tinta. Produtos similares já
semi-gloss vai continuar, A oferta de filmes espe- estão disponíveis no Brasil, Nilpeter
No Brasil: (11) 3225-4400
mas de forma vegetati- ciais também vem cres- informa Roberto Aspis.
www.nilpeter.com
va, enquanto os filmes cendo graças à multiplica- Outra tendência impor-
representam a grande ção das embalagens sque- tante do mercado de Omet
No Brasil: (11) 3846-6877
substratos continua sendo
www.omet.it
a conhecida e crescente
migração dos usuários de Sun Chemical
rótulos magazine para o (11) 6462-2500
www.sunchemical.com
setor de auto-adesivos.
Na área de bebidas, esse Torres Etiquetas
movimento é evidente, por (11) 3346-6900
www.torres.ind.br
exemplo, no mercado bra-
sileiro de cervejas, onde a XSYS
adoção dos auto-adesivos (41) 3272-5765
www.xsys-printsolutions.com
tem sido impulsionada
DIVULGAÇÃO

pelo fenômeno das micro-


cervejarias e das cervejas
especiais.

24 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


A onda da “garrafa-lata”
Como a garrafa de alumínio virou sensação entre as cervejas americanas

E
las começaram a ser utilizadas AMPLITUDE Lager, da cervejaria Pittsburgh, em agos-
em bebidas de altíssimo giro por Anheuser-Busch, a to do ano passado (novidade mostrada em
“AmBev americana”, já
cervejarias japonesas, no início acondiciona seis marcas EMBALAGEMMARCA nº 62, de outubro de
dos anos 90. Nos últimos meses, de cerveja em garrafas 2004). Resultado de uma parceria entre a
transformaram-se num xodó de marketing das de alumínio da Exal gigante em alumínio Alcoa e a multinacional
cervejarias americanas. As garrafas de alumí- canadense de embalagens metálicas CCL
nio já acondicionam as principais marcas de Container, a garrafa de alumínio da Iron City
cerveja dos Estados Unidos. Compreende-se. fez barulho. Os primeiros lotes da bebida
Para as cervejarias, essas embalagens agre- esgotaram-se em poucas horas nas lojas. A
gam valor a um produto enviesado nas guer- revista de negócios Business Week elegeu-a
ras de preços. Elas são um grande negócio uma das melhores novidades de 2004. E a
para os transformadores – calcula-se que no concorrência iniciou uma corrida pela emba-
mercado americano uma garrafa de alumínio lagem. Menos de dois meses depois, a maior
custe o triplo de uma garrafa long neck de cervejaria ianque, a Anheuser-Busch, colo-
vidro. E elas também retornam uma vanta- cou no mercado uma versão da Budweiser
gem à base da cadeia de valor: sua produção em garrafa de alumínio.
exige maior quantidade de matéria-prima que O retorno foi tão bom que outras cervejas
as latinhas convencionais. do portfólio da A-B – Michelob, Michelob
Esses interesses em comum impulsionaram Light, Bud Light e Anheuser World Lager
o lançamento que deflagrou a febre em – ganharam suas garrafas de alumínio. Mais
torno da garrafa de alumínio no setor cer- recentemente, a A-B lançou uma nova cerve-
vejeiro americano, o da cerveja Iron City ja, a Budweiser Select, nessa apresentação.

26 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Em menos de seis meses a embalagens (o www.bottle-
Select atingiu o posto de 12ª can.com), vem sendo bem
cerveja mais vendida em solo acolhido. Com o êxito da Iron
americano – e muito desse City, a Pittsburgh estendeu a
resultado é creditado à garrafa apresentação à versão light
de alumínio. “Sabíamos que da mesma marca. No fim de
o consumidor iria adorar as março, a canadense Molson,
long neck metálicas porque controladora da Kaiser no
elas são cool e diferentes”, Brasil, lançou no Canadá e
conta Mike Owens, vice-pre- nos Estados Unidos a cerveja
sidente de vendas e marketing com guaraná Molson Kick
da Anheuser-Busch. também numa garrafa de
Quem produz as garrafas de alumínio da CCL. Segundo
alumínio da Anheuser-Busch a área de comunicação da
é a maior concorrente da CCL, Molson, as vendas do pro-
a multinacional americana duto “estão ultrapassando as
Exal, que brande a liderança expectativas iniciais”.
na produção dessas embala- O rol de lançamentos leva à
gens, com 1,1 bilhão de unida- pergunta de quando as gar-
des por ano. Em alguns casos rafas de alumínio poderão
– o da Bud Light, por exemplo estrear numa praça cerve-
– as embalagens recebem aca- jeira tão competitiva quan-
bamento com um verniz aceti- to a americana: a brasilei-
nado. “Muitos consumidores ra. Procuradas para saber da
dizem que gostam da manei- possibilidade, da viabilidade
ra com que essas embalagens e do interesse em lançar esse
tornam o consumo de cerveja tipo de embalagem no país,
uma experiência tátil”, relata as principais fabricantes de
o executivo de marketing da latas de alumínio para bebi-
Anheuser-Busch. das no Brasil preferiram não
se manifestar.
Vantagens em série A Exal possui uma plan-
Mais que as possibilidades ta industrial na vizinha
diferenciadas de acabamento, Argentina, mas deixa no ar
outras vantagens das garrafas a possibilidade de atender
de alumínio são arroladas por clientes nacionais. Por sua
Ed Martin, vice-presidente de vez, a CCL declara que expor-
marketing e vendas da CCL tar para outros países seria
Container. “Comparadas às um negócio interessante. Mas
garrafas de vidro, as ‘garrafas-lata’, como FEBRE – Do alto para não há chance disso acontecer, pelo menos
as chamamos, são mais leves, não quebram baixo, a pioneira Iron num curto prazo. A razão é simples. “Hoje
City, a Iron City Light e
e protegem a bebida acondicionada dos raios a novidade Molson Kick, trabalhamos muito próximos dos 100% de
ultravioleta. Sua retenção de gases é supe- cervejas em garrafas de ocupação de nossas linhas”, disse Ed Martin
rior à dos plásticos. E, em relação às latas alumínio da CCL à reportagem de EMBALAGEMMARCA. “Se
comuns, podem ter formatos diferenciados e incrementarmos nossa capacidade produtiva
Alcoa
permitem ao consumidor tampá-las após sua (11) 5509-0275 poderemos cogitar distribuições para um
abertura.” Outro fator sublinhado por Martin www.alcoa.com.br mercado forte como o brasileiro.” A julgar
é que a garrafa de alumínio faz bebidas gela- pelo ritmo de seus negócios na praça ameri-
CCL Container
rem mais rapidamente – e as mantêm geladas +1 (416) 391-5550 cana, a CCL dificilmente chegará no Brasil.
FOTOS: DIVULGAÇÃO

por mais tempo, em média por um período www.bottlecan.com Sucede que outras bebidas, como isotônicos,
30% maior que a garrafa de vidro. energéticos, vodcas e até vinhos, começam a
Exal (Argentina)
Tal discurso, apoiado por um hot site que a +54 (2322) 496-226 entrar na carteira de clientes das garrafas de
CCL criou unicamente para divulgar essas www.exal.com alumínio da companhia.

28 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


O tubinho não some mais
Nova tampa evita a perda – quase

inevitável – do bico aplicador do WD-40

A
tire a primeira pedra quem mover a peça até que o canudinho fique
nunca perdeu aquele esguio perpendicular ao corpo da lata (veja o
bico aplicador de plástico gráfico). O corpo da peça é produzido em
que acompanha a latinha do polipropileno pela Mar-Lee Packaging,
popular lubrificante e multiuso WD-40 com uma válvula especial projetada pela
– e que não se sinta azarado quem já Summit Packaging. Ligeiras alterações
sofreu tal infortúnio. “Segundo pesqui- no acabamento do pescoço da latinha
sas, mais de 80% dos consumidores de 12 onças líquidas (cerca de 310
acabam perdendo esse acessório”, conta mililitros) foram feitas pela Crown Cork
Tim Lesmeister, vice-presidente de & Seal, sua fabricante, para o perfeito
marketing da WD-40 americana. Uma encaixe da peça. O perfil diferenciado
prática solução em embalagem, lançada do fechamento também exigiu modifica-
em agosto nos Estados Unidos, promete ções nas caixas de papelão ondulado que
dispensar as orações a São Longuinho, levam o produto ao varejo.
Santo Antônio e entidades afins para a Conforme explica o dirigente da
restituição do bico perdido: um fecha- WD-40, as latas Smart Straw não rodam
mento no qual o aplicador fica perma- nas mesmas linhas automáticas de enchi-
nentemente preso. mento das versões convencionais. “Elas
A novidade integra uma engenhosa reduzem a cadência produtiva e exigem
extensão de linha. Batizada de Smart maior manuseio.” Apesar desse con-
Straw (“canudo inteligente”, traduzindo- tratempo, a embalagem agradou. “Ela
se do inglês), a variante permite tanto potencializa o apelo multiuso do produ-
a aplicação de precisão com o tubinho to”, argumenta Lesmeister. A propósito,
quanto a nebulização spray comum. Sua a fabricante acaba de publicar em seu
tampa consiste numa válvula aerossol site uma lista de possibilidades de apli-
comum recoberta por uma peça espe- cação do WD-40, feita com o auxílio dos
cial, basculante, de onde sai o aplicador. consumidores. Entre aplicações domés-
Recolhendo-se a peça para baixo, o ticas, automotivas e em artesanato, entre FOTOS: DIVULGAÇÃO

produto é dispensado pela válvula spray. outras, a lista já acumula mais de 2 000
A aplicação de precisão é obtida ao se utilizações catalogadas.

Crown Cork & Seal


MOBILIDADE ...quanto pelo bico www.crowncork.com
Peça basculante aplicador de pre-
propicia aplicação Mar-Lee Packaging
cisão, ativado com
tanto pela válvula www.mar-leecompanies.com
um simples movi-
spray (à esq.)... mento (à dir.)
Summit Packaging
pattys@summitpkg.com

30 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Cheia de novidades
Feira alemã voltada à indústria de bebidas traz novas gerações de enchedoras

A
lternativas ao enchimento conven-
cional a quente, as soluções de
enchimento asséptico estão na mira
da Krones, fabricante de equipa-
mentos e linhas de envase de bebidas. A empre-
sa destacou esse tipo de processo durante a
Drinktec 2005, feira voltada à indústria de bebi-
das, realizada na Alemanha entre os dias 12 e 17
de setembro último. Destinado a produtos como
sucos, chás e lácteos, o conceito de enchimento
asséptico, que já estaria presente em 75% dos
novos processos de envase na Europa, baseia-se
na eliminação do uso de conservantes e na pre-
servação do sabor e da pureza das bebidas nas
linhas de acondicionamento. A Krones informou Conhecidos como Combis, os equipamen- ASSEPSIA – Nova enche-
que entre os usuários do sistema está o laticínio tos da Sidel que incorporam as funções de dora Krones promete
atenuar riscos de
italiano Centrale del Latte, adepto da enchedora soprar, encher e fechar embalagens PET tam- contaminação
VODM-PET para envase asséptico de leite UHT bém chamaram a atenção dos visitantes da
em garrafas de 1 litro de PET. A despeito das Drinktec 2005. Outro líder mundial em soluções
vantagens, o processo de enchimento asséptico de acondicionamento para líquidos, a empresa
exige investimento inicial e consumo de agen- aproveitou o evento alemão para divulgar o que Krones
tes de limpeza maiores. Porém, especialmente definiu como sua nova geração de Combis, onde (11) 4075-9500
em linhas com capacidade a partir de 20 000 se destaca o modelo Select 20 FMw 90/15 C. www.krones.com.br

garrafas por hora, os custos médios diminuiriam Ao incorporar os últimos desenvolvimentos da Sidel
graças à economia de energia e de embalagens. fabricante em sopro, enchimento e fechamento, (11) 3783-8814
www.sidel.com
Neste caso, os ganhos são atribuídos à utilização o equipamento reduz em até 20% o custo de
de frascos e garrafas mais leves. Para acelerar engarrafamento. Segundo a Sidel, a economia é Sig Combliboc
a adoção do enchimento asséptico, a Krones obtida, entre outros fatores, a partir do aumento (11) 2107-6794
www.sig.com.biz
está oferecendo um sistema desenvolvido para da produtividade e da redução do consumo de
diminuir o espaço classificado da máquina, energia elétrica em 15%. “A cadência aumentou
minimizando as câmaras assépticas. Batizada em 13% graças ao aumento das cadências de
de Isolator, a tecnologia visa atenuar o risco sopro para 1 800 gph por estação”, informa o
de contaminação a partir da redução da área de departamento de marketing da empresa. Outra PARCIMÔNIA – Combi da
esterilização e enchimento e da facilitação do vantagem do novo modelo seria a maior higie- Sidel reduz em até 20%
controle das superfícies e do volume de ar. ne. Segundo a empresa, o avanço foi obtido custo de engarrafamento
FOTOS: DIVULGAÇÃO

32 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


graças a melhorias nos processos de tratamento
das preformas com ar esterilizado, ao chassi de
enchimento inclinado 100% inox e ao ambiente
de dosagem mantido sob atmosfera controlada.
Na parte de acessórios a nova Combi também
apresenta novidades. Mais fáceis de limpar, os
CADÊNCIA – Sopradora
bicos FMw (Flow Meter water) e FMg (Flow Blomax e equipamento
Meter gaseous) foram baseados na tecnologia de de coating (abaixo),
dosagem debimétrica. Nos produtos sem gás, o da Sig: velocidade e
barreira otimizadas
enchimento ocorre sem contato entre o bico e a
embalagem. A Combi exposta na Drinktec 2005
foi enviada à Spa Monopole, engarrafador belga
de água mineral.
Por sua vez, a Sig apresentou na feira alemã,
entre outras novidades, a sopradora Blomax 10
Series III. Cada estação do equipamento tem
output de 1 800 garrafas por hora. Além de maior
desempenho, a máquina oferece menor consumo
de ar graças ao sistema Airback de reciclagem
de ar. A Sig também levou à Drinktec a Plasmax
12D, que aplica revestimentos recicláveis em
garrafas PET. A função dos coatings é otimizar
a barreira das embalagens, aumentando o tempo
de prateleira de produtos como cerveja, óleos
comestíveis e sucos.
Pelé na Indeplast
A Indeplast, uma das maiores produto- Fórum destaca valor da integração
ras nacionais de tampas plásticas inje- Promover sinergia entre os fornece- Alphacolor (fornecedora de rótu-
tadas, é a nova fornecedora das tampas dores de produtos que se comple- los auto-adesivos), Avery Dennison
de rosca dos potes de vidro do Café mentam para dar corpo a embala- (fabricante de bases para rótulos) e
Pelé, da Cia. Cacique de Café Solúvel. gens, possibilitando às indústrias pro- Gráfica Aquarela (focada em mate-
A expectativa da Indeplast é fornecer jetos integrados para a apresentação riais promocionais). O Fórum ainda
24 milhões de tampas de polipropileno de seus produtos, é uma tendên- contou com apoios da Alcan, da
por ano para a cliente.
cia dos últimos anos. Dentro desse Melhoramentos, da Sacotem, da
espírito, um grupo de empresas, Unitown e de EmbalagemMarca. A
C-Pack anuncia novo VP
capitaneado pela gráfica Suzano participou como
José Maurício Coelho assumiu a vice-
presidência de operações da produto- de embalagens gaúcha convidada. Composto
ra de tubos plásticos C-Pack Creative Box Print Grupograf, por apresentações
Packaging. Coelho atuou por sete anos organizou o Fórum de das indústrias fornece-
no Sistema Federação das Indústrias Soluções Integradas, doras e também dos
do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e evento que teve uma clientes sobre temas
tem a missão de modernizar o mode- primeira edição no Rio como ambiente e sup-
lo de gestão da C-Pack – a empresa de Janeiro, no dia 11 de ply chain, o Fórum teve
tem certificação SA-8000 prevista para agosto, e uma segunda um palestrante ânco-
outubro e a ISO-9000 para 2006. em São Paulo, no dia 1º ra em cada cidade
de setembro. para encerrar o dia de
Lá fora também
Embora estivesse aberto a partici- apresentações. No Rio de Janeiro,
Seguindo uma estratégia mundial,
pantes ligados a diversas indústrias, o professor Júlio Machado falou
inclusive já adotada no mercado brasi-
leiro, a Unilever completou em agosto a o Fórum deu especial importância ao sobre qualidade de vida. Em São
migração de sua maionese Hellmann’s segmento farmacêutico, até pelas Paulo o navegador Amyr Klink ver-
dos potes de vidro para os potes de PET vocações das empresas patrocina- sou sobre administração de riscos,
nos Estados Unidos. A fornecedora dos doras – além da Box Print, Allplas usando como base a sua viagem
potes plásticos lá utilizados é a mesma (produtora de frascos plásticos), ao continente Antártico. No final,
da Unilever brasileira: a Amcor. Saint-Gobain Embalagens (fras- nas duas datas, houve um coque-
cos de vidro), OFAG (gráfica espe- tel com apresentação da Ala dos
Uma ligeira alta cializada na impressão de bulas), Compositores da Mangueira.
O setor de papelão ondulado registrou
vendas de 188 500 toneladas em agos-
to, um crescimento de 1,2% em relação Com frações, movimentações
a agosto de 2004. Até agosto de 2005 Aventada pelo governo em janeiro e obrigatório está gerando uma guerra
as vendas do setor acumularam cresci- imposta pela Anvisa já no fim de maio, de bastidores entre provedores de
mento de 1,6% no ano. “As vendas vol- a venda fracionada de medicamentos sistemas de autenticidade e segurança
taram a apresentar ligeiro crescimen- desagradou à indústria farmacêutica. para embalagens. EMBALAGEMMARCA
to devido principalmente aos setores Para os laboratórios, a resolução foi procurou duas empresas dessa área
exportadores”, diz Paulo Sérgio Peres,
feita de supetão, sem um período razo- para saber o que muda com a impo-
presidente da ABPO – Associação
ável para a adaptação ao novo modelo sição das vendas fracionadas, pois
Brasileira do Papelão Ondulado.
de vendas. Por isso, o fracionamento com elas cresce a preocupação com a
A força das nanicas segurança das embalagens primárias.
Os pequenos fabricantes de refrigeran- Essas duas empresas alegaram não
tes, que hoje já detêm quase um terço poder se pronunciar sobre o assunto.
do mercado nacional, irão organizar no Motivo: estariam negociando
início de novembro, em São Paulo, o pri- novos sistemas de proteção
meiro Confrebras – Congresso Nacional para blisters com laboratórios, que
dos Fabricantes de Refrigerantes lhes solicitaram sigilo. “Os clientes
Regionais do Brasil. Entre os temas querem adotar tecnologias anti-
a serem debatidos no evento estarão pirataria de ponta, inéditas no país”,
novidades em equipamentos de enchi-
confidenciou um executivo de uma das
mento e em embalagens.
fornecedoras.

36 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


As embalagens e o mundo em 2009 Bons ventos
Avaliado atualmente em 459 bilhões
de dólares, o mercado mundial de
recém-publicado cenário mundial
da embalagem para 2009, feito pela
na Colômbia
Um ano após estabelecer negó-
embalagens deve crescer a uma consultoria inglesa Pira em parce-
cios na Colômbia, a partir da
média de 4,2% nos próximos quatro ria com a Organização Mundial de
aquisição do controle acioná-
anos, chegando aos 556 bilhões de Embalagem (WPO). Veja algumas
rio da companhia de adesivos
dólares. A previsão faz parte de um previsões desse estudo:
PIN, a Artecola anunciou que
• O mercado asiático de emba- lagens na Europa, atingindo 18,5 irá duplicar suas instalações
lagens irá sofrer significativo bilhões de dólares em 2009 naquele país. Segundo Eduardo
crescimento, especialmente o • Papéis e papelão são os mate- Kunst, diretor-superintendente
da Artecola, as vendas da com-
chinês, do qual se espera que o riais de embalagem mais consu-
panhia na Colômbia cresceram
consumo de embalagens evolua midos globalmente, tendo movi-
39% no período. Devido ao
a taxas anuais de 8,2% nos próxi- mentado 176 bilhões de dólares
bom desempenho, os negócios,
mos anos, atingindo 51 bilhões de em 2004. Calcula-se que esse
focados inicialmente apenas
dólares em 2009 mercado crescerá a taxas médias em adesivos para a indústria
• A Índia será o mercado com anuais de 4,2% nos próximos calçadista, passam a abranger
evolução mais acelerada na Ásia, anos, chegando a 216 bilhões de também os setores de papel e
crescendo a uma média de 14,2% dólares em 2009 embalagem. Em compasso com
nos próximos exercícios até atin- • Alimentos geram a maior o bom momento, a Artecola
gir 13 bilhões de dólares daqui a demanda por embalagens no está mudando para instalações
quatro anos mundo, e prevê-se que o setor maiores e está transferindo
• A Polônia será o país europeu de embalagens específicas para para Bogotá o executivo Roque
cujo mercado de embalagens esses produtos crescerá a taxas José Klein, que respondia pela
gerência da unidade do Grupo
crescerá mais rapidamente, a médias anuais de 4,6%, atingindo
em Campina Grande (PB). Ele
taxas médias anuais de 11%, 227 bilhões de dólares em 2009.
assume a gerência comercial
alcançando 6 bilhões de dólares • No entanto, a área de emba-
na Colômbia. Os negócios em
em 2009 lagens para medicamentos terá
outros países também vão bem
• A Rússia, entretanto, continuará o maior ritmo de crescimento, a para a Artecola: cresceram 40%
sendo o maior mercado de emba- uma taxa média de 7,1% até 2009 no México e 27% na Argentina.

“Há países que Tampas 40% mais verdes


reciclam mais que o Uma das grandes produtoras de defen- pelo projeto, até então as tampas pós-
sivos agrícolas do país, com faturamen- consumo dos produtos da companhia,
Brasil, mas são sempre to anual de cerca de 190 milhões de com fábrica em Uberaba (MG), eram

territórios minúsculos dólares, a multinacional americana FMC


Agricultural Products está adotando nas
incineradas por falta de alternativa de
destinação. Agora, além de terem seu
e economias maiúscu- suas embalagens de inseticidas, herbi- impacto ambiental diminuído, as novas
cidas e fungicidas, entre outros itens, tampas também geram economia nos
las, bem o contrário tampas com 40% de material reciclável. custos de embalagem da companhia.
da nossa situação” O projeto é atendido pela Recicap, uni-
dade de reciclagem de embalagens de
Hermes Contesini, coordenador de
comunicação da Abipet – Associação agroquímicos aberta em Xerém (RJ), no
Brasileira da Indústria do PET, sobre fim de 2004, pela produtora de moldes
o anúncio, feito pela PETcore, de que e tampas plásticas Garboni, e apoia-
na Europa 31% das 2,15 milhões do pelo inPEV – Instituto Nacional de
de toneladas consumidas de PET
Processamento de Embalagens Vazias.
foram recicladas. O Brasil já recicla
Como contam Denílson Almeida e Ana
48% das 173 000 toneladas
consumidas por embalagens Cláudia Caetano, responsáveis na FMC

38 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


entrevista >>> Antonio Carlos Teixeira Álvares

“O conselho é vender
aço e comprar plástico”
A
s embalagens metálicas estiveram em voga A questão das embalagens de transporte para produtos peri-
nas últimas semanas. Primeiro, por anúncios gosos tem sido tratada pela ONU – Organização das Nações
de investimentos de porte de produtoras no Unidas há várias décadas. No caso de produtos tóxicos, como
mercado nacional (os quais podem ser conferi- os defensivos agrícolas, as empresas brasileiras já se adequa-
dos na página 52 desta edição). Em paralelo, ram às normas recomendadas pela ONU. No mercado de tin-
gerou repercussão uma polêmica em torno de alterações na tas, há uma peculiaridade: as tintas à base de água não são con-
legislação do transporte de produtos perigosos, afetando seto- sideradas como produtos perigosos. Esse segmento representa
res cuja distribuição se embasa nas latas, como o de tintas e quase 60% do volume de 1 bilhão de litros de tintas anualmente
vernizes. E, num plano maior, a preocupação da indústria em produzidos no país. Apenas as tintas à base de solventes, como
geral com a volubilidade dos preços das resinas, bafejada por esmaltes sintéticos e tintas industriais, estariam na categoria
anúncios de reajustes em série nos próximos meses, leva a de produtos perigosos. A legislação em vigor determinou, há
crer que as embalagens metálicas – e as celulósicas e de vidro algum tempo, procedimentos exigidos para o transporte.
também – poderão recuperar espaços perdidos nos últimos
anos para os plásticos em categorias do varejo cujas políticas As normas da ONU levam em conta as peculiaridades brasi-
de acondicionamento se alicerçam basicamente em preço. leiras, como a dimensão do território e problemas de infra-
Quem discute esses e outros assuntos na ordem do dia para estrutura rodoviária? Essas normas fazem sentido diante do
o setor de embalagens metálicas é Antonio Carlos Teixeira tão propalado custo Brasil ?
Álvares, presidente do Sindicato da Indústria de Estamparia O Sitivesp – Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do
de Metais do Estado de São Paulo (Siemesp) e diretor Estado de São Paulo encaminhou em junho último à ANTT
superintendente da Brasilata, um dos principais nomes em uma análise das experiências em outros países, com o apoio do
embalagens metálicas no país. Engenheiro, pós-graduado em Siemesp – Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais. O
Administração de Empresas e professor há mais de trinta anos Sitivesp solicitou adequações na Resolução 420 do Ministério
da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (SP), dos Transportes. A argumentação demonstra que alguns proce-
Teixeira vê um momento favorável às metalúrgicas. “A ten- dimentos são desnecessários, até porque não há registros impor-
dência é a recuperação da embalagem de aço”, ele afirma. tantes de acidentes com tintas. Por outro lado, não haveria via-
bilidade econômica para a produção de embalagens especiais
Recentemente a Agência Nacional de Transportes Terrestres em maior escala, a curto prazo. Alguns fabricantes de latas de
(ANTT) promoveu alterações na legislação de transporte de aço já se prepararam para atender as exigências para produtos
produtos perigosos que afetam a atual estrutura da indús- perigosos, como é o caso da Brasilata, que foi a primeira a obter
tria de tintas no que diz respeito à política de embalagens. a certificação dentro dos padrões recomendados pela ONU.
Quais delas afetam a atual estrutura da indústria de tintas Entretanto, como presidente do Siemesp, entidade que congre-
nesse campo? ga a maioria dos fabricantes de latas de aço, apoiamos o pleito

Antonio Carlos Teixeira Álvares, presidente do


Siemesp e diretor da Brasilata, fala do revigoramento
das embalagens de aço diante da alta das resinas e
de polêmicas que movimentam o setor metalúrgico
DIVULGAÇÃO

40 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


entrevista >>> Antonio Carlos Teixeira Álvares

do Sitivesp, pois a cadeia produtiva teria grande dificuldade de embalagem influenciados por preço?
em se adequar às novas exigências legais. Acreditamos numa A grande disputa se dá atualmente com o PET no mercado
solução negociada, entre empresas e governo, para atender aos de óleos comestíveis. Presentemente, a CSN – Companhia
padrões de segurança recomendados pela ONU. Siderúrgica Nacional está investindo em campanha publicitária
para sinalizar que o óleo em lata de aço dispensa o uso de con-
Os baldes plásticos têm crescido em participação como servantes químicos, ao contrário da embalagem transparente,
embalagem de tintas nos Estados Unidos, mas têm presença que deles necessita para proteger o óleo da oxidação provocada
tímida no Brasil. Trata-se de questão pela luz.
cultural ou isso se deve a fatores como “A embalagem de
escalas além das possibilidades de Os avanços de outros materiais de
atendimento dos plásticos ? embalagens sobre mercados cativos
O fato de a lata de aço ser a principal
aço não apresenta custos da lata de aço sempre geram gran-
embalagem para tintas tem forte liga- de repercussão, porém o avanço da
ção com questões culturais do mercado represados. O aço tem embalagem de aço não obtém o mesmo
brasileiro. Diferentemente dos Estados destaque. Trata-se de negligência da
Unidos, o nosso mercado exige, nas preço fixo há um ano, com mídia? A embalagem de aço também
latas de tintas, litografias vistosas que está conquistando novos mercados?
comuniquem as características dos tendência estável. A preços A História nos diz que a popularização
produtos para o consumidor. Além da embalagem ao consumidor final se
disso, a lata de aço é reconhecida pelos
lojistas como a solução mais adequada
de hoje, no mercado futuro, iniciou no século XIX com a utilização
do vidro, do aço e do papel cartão.
à armazenagem e à exposição, graças à Materiais como o alumínio, o plástico
sua robustez. Some-se a esses fatores o o conselho é vender aço e a embalagem cartonada asséptica
fato de que o aço é um insumo produzi- surgem no século XX, principalmente
do no Brasil, com custo competitivo, e e comprar plástico, ou seja, após a II Guerra Mundial. É natural,
sempre foi amplamente disponível. portanto, que tenham ocupado espaço
o preço do plástico dos materiais pioneiros. Parece haver,
As alterações promovidas pela ANTT entretanto, segmentos claramente defi-
prejudicam as embalagens de aço e pri- deve subir, enquanto o nidos no mercado, como o vidro para
vilegiam embalagens alternativas para vinhos, as latas de aço para alimentos
tintas e vernizes, como as plásticas? processados e embalagens cartonadas
Elas implicam em custos adicionais
preço do aço deve recuar” para sabão em pó. Ocasionalmente,
tanto para as latas de aço quanto para as embalagens plásticas. surgem inovações que ultrapassam fronteiras, como a lata para
sabão em pó, com fechamento Bat-plus, lançada pela Brasilata,
Falando em plásticos, nota-se apreensão das indústrias usu- que desafiou a tradicional embalagem feita de cartão.
árias de embalagem quanto aos preços futuros das resinas
termoplásticas. O setor de conversão de embalagens afirma Semanas atrás a Tetra Pak apresentou, numa feira de negócios
que trabalha com custos ainda não repassados aos clientes em São Paulo, azeites em caixinhas longa vida com tampa
– o que presumivelmente será feito nos próximos meses. O plástica. O senhor acredita que as embalagens cartonadas
aço, ou mais especificamente a embalagem de aço, também assépticas poderão ou tenderão a concorrer com as embala-
tem grandes custos represados? Como as metalúrgicas podem gens metálicas por esse e por outros segmentos de mercado?
aproveitar essa queda da atratividade de custo das resinas e Não acredito que a embalagem cartonada asséptica seja ade-
das embalagens plásticas? quada para acondicionar azeites. Os óleos são produtos de
A embalagem de aço não apresenta custos represados. O aço consumo progressivo, e a embalagem cartonada não se adapta
tem preço fixo há um ano, com tendência estável. O preço do bem a essa característica. A principal concorrência nessa cate-
plástico, ao contrário, tende a acompanhar o aumento inter- goria de produtos deverá continuar a ser a da garrafa de PET.
nacional do petróleo. A preços de hoje, no mercado futuro, o
conselho é vender aço e comprar plástico, ou seja, o preço do Que conseqüências poderão ocorrer no Brasil nos próximos
plástico deve subir, enquanto o preço do aço deve recuar. anos, e mais especificamente no negócio nacional de emba-
lagens metálicas, com o provável início das exportações de
Para embalagens de aço, quais segmentos de produtos de folhas-de-flandres por companhias chinesas que começaram
largo consumo têm se revelado mais suscetíveis às migrações a operar nos últimos anos?

42 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


entrevista >>> Antonio Carlos Teixeira Álvares

A China foi a responsável pelo aumento do preço mundial de “globalização reversa”, nos quais empresas brasileiras
do aço nos últimos três anos e também deverá determinar o produzem inovações que são compradas no exterior. É o caso
seu recuo. Com o início de produção de novas siderúrgicas, a da Rojek e da Brasilata, e certamente outros players virão se
China já é hoje responsável por 30% da produção mundial de posicionar. Há um grande potencial lá fora para as soluções de
aço, sendo que, há três anos, esse índice não alcançava 15%. A latas de aço desenvolvidas no Brasil.
concorrência mundial já estaria ocorrendo em aços não planos,
utilizados na construção civil. Futuramente, deverá ocorrer tam- Quais são os principais desafios do Sindicato da Indústria de
bém no aço plano, englobando inclusive Estamparia de Metais do Estado de
a folha de aço utilizada pela indústria de “O Brasil terá condições São Paulo, entidade cuja presidência
embalagem. Estou convencido de que o senhor assumiu há pouco mais de
o preço da folha de aço deverá baixar um ano?
no mercado internacional, em futuro
de competir com Com registros desde 1933 e carta sin-
próximo, e esse fato será altamente dical lavrada em 1941, o Siemesp con-
positivo para as indústrias de latas. vantagem, no mercado grega toda a indústria que estampa
metais, como fabricantes de latas de
As inovações em embalagem de aço internacional, em aço, de tambores de aço, de latas de
demoram para aportar no país e alumínio e de outros artefatos. Estamos
para serem adotadas pelas indústrias embalagens de aço. Já dedicados ao processo de nacionaliza-
usuárias de embalagens. Latas com ção da entidade para ampliar a repre-
perfis diferenciados para bebidas e
até para aerossóis ainda são muito
verificamos casos que sentação da categoria. Sempre parti-
cipei do Siemesp e integrei diretorias
pouco utilizadas no Brasil. É possível anteriores, e me recordo de que, no
haver maior sinergia entre produtor de
podem ser chamados de início da década de 90, nos primórdios
matéria-prima, metalúrgicas e cliente- do Mercosul, os argentinos, durante a
la para lançamento de inovações em ‘globalização reversa’, nos negociação, nos questionaram se esta-
embalagens de aço? vam tratando com o Brasil ou com o
Discordo, existe aí um erro de percep- quais empresas brasileiras Estado de São Paulo. Buscamos agora
ção. A lata de aço brasileira tem con- a representatividade nacional e também
quistado aplausos por parte do mercado produzem inovações que a inclusão de novos sócios, que forma-
internacional. Latas como a Abre-fácil, rão Núcleos Setoriais para encaminhar
da Rojek, e as latas Plus e Biplus, da com eficiência as demandas específicas
Brasilata, são reconhecidas no exterior,
são compradas no exterior” de cada cadeia produtiva. Outra medida
com patentes internacionais e negócios fechados na exportação. da atual diretoria, já aprovada e registrada em estatuto, limita
Quanto às latas com perfis diferenciados, as chamadas latas em uma única reeleição para o cargo de presidente, o que deve
“shaped”, conceito surgido na Europa em meados da década incentivar o surgimento de novas lideranças.
de 80, elas se mostram eficientes para produtos premium que
sinalizam imagem de marca, acima do volume de vendas. Além de presidente do Siemesp e diretor de uma grande pro-
Essas latas são necessariamente mais caras, porque exigem aço dutora de embalagens, o senhor integra o Departamento de
especial e processo de produção mais custoso. Portanto devem Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp. A atual
ter sempre em mente as oportunidades no segmento premium. crise política está respingando no desempenho da indústria e
Em latas shaped, a CSN tem cooperado tanto com o fabricante no negócio de embalagens?
da embalagem como também com o envasador. O mercado Aparentemente, vivemos um momento de grande desigualda-
brasileiro tem inclusive registrado lançamentos de sucesso, de: o setor exportador concentra os ganhos, enquanto quem
como a nova lata do Leite Moça. produz para o mercado interno está sofrendo bastante. O setor
produtivo está, de fato, asfixiado com o peso da alta carga
A Brasilata, da qual o senhor é diretor superintendente, vem tributária e com a política insana de juros altos. Perseguir uma
intensificando a atuação em embalagens metálicas para tin- meta de inflação de 5% com taxa nominal de juros na casa
tas em outros países, como México e Estados Unidos. Qual o dos 20% é, a meu ver, uma sandice total. Felizmente, parece
potencial de negócios para os produtores nacionais de latas surgir agora uma luz no fim do túnel com a decisão da última
de aço em mercados internacionais? ata do Copom que fala na redução gradual da taxa de juros.
Em minha opinião, o Brasil terá condições de competir com Defendemos já uma redução forte dos juros. Quanto à crise
vantagem, no mercado internacional, em embalagens de aço. política, nossa posição é de respeito integral à legalidade e que
Nesse campo já verificamos casos que podem ser chamados todas as denúncias sejam apuradas.

44 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


celulósicas >>> estojos

Rigesa
(19) 3707-4000
www.rigesa.com.br

O
ÇÃ
GA
UL
DIV
LUME – Película metalizada holográfica
leva impressão off-set em quatro cores

Faz parte do show


Estojo de DVD brilha com uso de impressão sobre hot stamping holográfico

D
iva da cena evangélica o segmento de mídia – CDs, CDs- fia, os planos de fundo da imagem
nacional, a cantora Aline ROM, DVDs – aproveita, sob a marca da capa sobressaem num efeito tridi-
Barros acaba de lançar o Digipak, o expertise da americana mensional.
registro de uma apresen- AGI Klearfold, divisão de embala- Em sua prova de fogo, a apresenta-
tação num DVD cuja embalagem, gens especiais de sua controladora, a ção ao público numa feira de negócios
perdoe-se o trocadilho, merece louvor. também americana Mead Westvaco. A do mercado gospel, ocorrida em mea-
Acontece que o estojo desse título, recém-lançada capa, no entanto, sur- dos de setembro em São Paulo, o pro-
Som de Adoradores – Aline Barros Ao preendeu até mesmo os especialistas duto roubou a cena, sempre contando
Vivo, é brandido como o primeiro a de lá. “Constatamos que a impressão com um grande número de curiosos
apresentar capa com impressão sobre sobre hot stamping holográfico em ao seu redor. “A repercussão constata-
hot stamping holográfico no mercado embalagens de mídia é incipiente no da nesse evento só ajuda a confirmar
doméstico. O efeito obtido com o uso mundo inteiro”, diz Russell. “Isso que as embalagens chamativas e com
generoso da película metalizada de valoriza o projeto nacional.” glamour têm grandes oportunidades
decoração é, literalmente, brilhante. O executivo de contas da Rigesa no mercado de mídia”, argumenta
Jason Russell, especialista de informa que do primeiro sinal de inte- Russell, aguardando consultas para
produtos para o segmento de mídia resse, passando por estudos gráficos novos projetos com o reluzente aca-
da responsável pela embalagem, a e técnicos até a aprovação final, o bamento – principalmente em esto-
Rigesa, relata que a própria cantora desenvolvimento do estojo especial jos de edições especiais de filmes e
se interessou por essa alternativa de durou quase seis meses. Importado da em box-sets de seriados televisivos,
acabamento e intercedeu para a sua Alemanha, o foil (película) metaliza- apresentações de prestígio que são
aplicação na capa de seu DVD. Na do é impresso em off-set em quatro especialidades da linha Digipak de
Rigesa, o negócio de estojos para cores. Graças à presença da hologra- embalagens.

46 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


feira >>> envase/alimentek

Mais que uma vitrine


Evento na Argentina foi propício para a busca de negócios de lado a lado
Por Wilson Palhares, enviado especial a Buenos Aires

A
nona edição da feira bienal
Envase 2005, realizada de 19 a 23
de setembro último em Buenos
Aires, pode ser vista como um
importante sinalizador para empresas bra-
sileiras e argentinas do setor interessadas
em ampliar reciprocamente suas vendas,
intercambiar equipamentos e tecnologia e,
acima de tudo, buscar complementaridades
na cadeia de embalagem. Mais do que uma
vitrine de novidades em materiais, em pro-
cessos ou em tecnologia de ponta, a Envase
2005, que transcorreu simultaneamente com
a Alimentek 2005, exposição de máquinas e
equipamentos para o processamento de ali-
mentos e bebidas, constituiu terreno propício
para a busca de negócios.

Economia ajuda
A importância da feira cresce na medida em
que as possibilidades de negócios se dão no Kamio, sairá na próxima edição). Não obs-
terreno das coisas concretas, nas relações tante isso, foi a maior de todas as edições,
empresa-empresa, especialmente enquanto tendo ocupado 26 000m² do Centro Costa
ficam no campo dos projetos as intenções de Salguero. Nesse espaço, mais de 450 expo-
consolidar o Mercosul e a mais recente novi- sitores receberam em cinco dias 43 416 visi-
dade virtual da integração latino-americana, tantes, segundo informa a entidade organiza-
a Casa – Comunidade Sul-Americana de dora, o Instituto Argentino del Envase (IAE),
Nações. Nesse quadro, a modesta presença que qualifica o evento como “a mostra mais
de expositores e mesmo de visitantes brasi- importante da indústria de embalagem na
leiros no evento chamou a atenção e parece América Latina”.
revelar alguma falta de senso de oportuni- Ali era perceptível o clima de otimismo
dade, se não de ousadia, para aproveitar o demonstrado pelo público, tanto pela quali-
bom momento da economia do país vizinho, dade da freqüência quanto pela dimensão da
ampliando trocas comerciais de lado a lado. feira, que nesta edição precisou ter dois pavi-
Releve-se, claro, que a feira argenti- lhões adicionais. Mas, independentemente do
na, onde EMBALAGEMMARCA esteve pre- que foi mostrado na Envase, certas evidências
sente com um estande, foi de certa forma que vão além do limite físico da exposição
prejudicada pela coincidência da realização chamaram a atenção. A principal e mais signi-
de outros eventos internacionais da área ficativa delas é que a economia argentina está
de embalagem no mesmo período, como a em recuperação, com previsões que chegam a
LabelExpo Europe, em Bruxelas, na Bélgica, apontar para índices de crescimento próximos
e a PackExpo, em Las Vegas, nos Estados dos dois dígitos em 2006.
Unidos (veja cobertura do enviado especial Com seu poder de compra parcialmente
Leandro Haberli a Bruxelas na página 14; recuperado depois de três anos de retroces-
a cobertura da PackExpo, por Guilherme so, a população retomou o hábito das idas

48 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


mensais ao supermercado, substituído desde
a crise de 2001/2002 pelas compras picadas, “A Masipack sempre apostou na Argentina. Desde que
do indispensável, em pequenos armazéns de começamos a expor na Envase, em 1994, partimos do
bairro. Segundo o Indec, a agência nacional princípio de que estávamos entrando no mercado argentino
de estatística, as vendas em supermercados para ficar. Entendemos que feira não serve apenas para ven-
argentinos aumentaram 8% em julho último, der, mas para marcar o nome da empresa. Costumo dizer
em comparação com o mesmo mês do ano que não vendemos máquinas, vendemos Masipack. Temos
anterior. A expectativa é de que o próximo uma filial, a Masipack Argentina, e uma história no país,
ano será ainda melhor: as grandes redes, nunca abandonamos o mercado. Estamos presentes não só
Disco e Carrefour à frente, anunciaram, na
hoje, que a economia está se recuperando, mas estivemos
mesma semana em que se realizou a Envase,
também nos momentos de crise. Graças a isso, hoje desfru-
a intenção de abrir nada menos do que qua-
tamos de muita credibilidade no mercado local. Os negócios
renta novas lojas em 2006. É o melhor dos
sempre se concentraram em Buenos Aires, mas há boas
cenários para o negócio do packaging.
oportunidades em outras regiões, por isso nos últimos doze
Crescimento de 50% meses viajei muito ao interior, com bons resultados.”
Segundo informa o IAE, este ano a produção Sidnei Schilive, diretor comercial da Masipack
acumulada da cadeia de embalagem – onde,
entre fornecedores e usuários, atuam cerca de as chamadas exportações indiretas, isto é, fei-
10 mil empresas (1,5% do PIB) – já registra tas por empresas que fabricam os produtos e
crescimento físico de produção acumulado os exportam acondicionados, sobretudo para
de 50% em relação ao ano passado, quando o Brasil e para países centro-americanos. Os
produziu 3 milhões de toneladas de reci- itens que lideram são alimentos e bebidas.
pientes de todos os tipos. Dado que parte É válido concluir que, na medida em que
de patamares prejudicados pela recessão parcela significativa das exportações de emba-
passada, não seria muito adequado comparar lagens da Argentina para cá se dá de forma
esse crescimento com o do setor no Brasil, indireta, o Brasil tem no momento boas condi-
onde a previsão da Associação Brasileira de ções de beneficiar-se da vantagem tecnológica
Embalagem (ABRE) é de um avanço de 2,5% que acumulou nos últimos anos em relação
este ano, quando foi de 2,26% em 2004. ao vizinho. Recente estudo comparativo rea-
Mas a verdade é que isso indica, sim, lizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica
aquecimento. Enquanto no ano passado a Aplicada (IPEA), órgão do Ministério do
média de ocupação do setor foi de 82%, este Planejamento, apontou expressiva superiori-
ano a indústria vem operando com 100% da dade do setor produtivo brasileiro em geral
capacidade instalada, de acordo com o IAE. sobre o do país vizinho. Uma idéia desse gap
Em outras palavras, há demanda não atendi- pode ser obtida no cotejo dos gastos dos dois
da, ainda que boa parte talvez esteja do lado países em pesquisa e desenvolvimento (P&D):
de cá da fronteira. O mesmo IAE informa que as empresas brasileiras investem cerca de 2
o impulso de crescimento do setor se deve bilhões de dólares por ano na atividade (0,7%
basicamente à demanda maior a partir do do faturamento), mais de dez vezes o que
exterior. São remessas constituídas tanto por aplicam as argentinas (U$ 186 milhões/ano,
recipientes vazios quanto pelas que compõem ou 0,2% do faturamento).

“Fiquei impressionado com o número de expositores. O espaço nos pavilhões estava bem distribuído, foi
possível andar pelos corredores sem problemas, apesar da grande movimentação de público. Os estan-
des estavam bem montados, e a sinalização facilitava a busca de uma ou outra empresa. Em todos os
estandes que visitei encontrei técnicos capazes de dar explicações satisfatórias sobre propriedades e
usos dos produtos. Não vi novidades. Acho que os expositores não estavam preocupados com isso, mas
sim em estar presentes e fazer negócios. A qualidade do público – ao menos as pessoas que visitaram
o estande da Henkel Argentina, no qual eu estava – foi muito boa. Acho que valeu o investimento.”
Carlos Colameo Motta, gerente de desenvolvimento e aplicação América do Sul/Henkel Ltda.

50 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Particularmente no setor de embalagem, a ciais entre os dois países, a recuperação
distância tecnológica ou de investimentos em da economia argentina é um acontecimento
tecnologia não está dimensionada, mas expo- que não pode ser ignorado pelas empresas
sitores brasileiros relataram ter notado busca brasileiras.
de tecnologia e de diferenciação por parte Se o fizerem, podem, de um lado, estar
de várias empresas locais e de terem boas perdendo oportunidades de ganhar espaço
perspectivas de fechar negócios (ver balões). num mercado que se agita, seja por melho-
O certo é que, não bastassem o volume e a ras de infra-estrutura seja por estar sendo
importância histórica das relações comer- soprado pelos ventos de uma inflação de
10% ao ano. De outro lado, a indiferen-
“Esta é a primeira vez que expomos ça abre chances de ganhos de merca-
na Argentina. Vim para conhecer o
do no Brasil por fornecedores argentinos,
cuja competitividade não pode ser des-
mercado, fazer contatos e, claro,
considerada. “Embora as matérias-primas
tentar iniciar negócios. Na minha
dos produtos tenham preços internacio-
opinião, a feira esteve muito boa.
nais, na Argentina a energia e a mão-de-
Notei que as empresas usuárias obra são baratas”, destaca Jorge Acevedo,
de embalagens, no caso de latas gerente geral do Instituto Argentino del
de aço, procuram soluções que não Envase, entidade organizadora da Envase/
têm no país, o que abre oportunida- Alimentek. Acrescente-se a essa constata-
des para nós.” ção o câmbio, neste momento favorável ao
Julio Pardal, gerente de exportação da peso argentino. Mais que “invasões comer-
CBL – Companhia Brasileira de Latas ciais” de lado a lado, tudo isso pode repre-
sentar oportunidades de integração.
mercado >>> materiais

Agitação no mercado de re
Setor de poliolefinas anuncia investimentos e vê estréia de nova força...

A
s últimas semanas revelaram significativas Suzano pagou, à vista, 276,8 milhões de dólares
movimentações do mercado nacional de resi- pelos 50% que a Basell detinha no empreendi-
nas termoplásticas, em que um dos propul- mento (a outra metade das ações já pertencia
sores centrais é a produção de embalagens. à Suzano). Com a transação, a Basell sai do
Uma das principais novidades do setor foi o início das negócio de resina de polipropileno, porém fica
operações comerciais próprias do Pólo Gás-Químico com o controle total do negócio de compostos
do Rio de Janeiro. Controlado pelos grupos Unipar, de PP – atualmente responsável por 10% do
Suzano, Petrobras e BNDESPar através da holding Rio faturamento da Polibrasil. O polipropileno,
Polímeros, o Pólo, mais conhecido pelo nome comercial a propósito, protagoniza outro anúncio de
Riopol, vinha trabalhando sob contratos de pré-marke- impacto feito no início de setembro.
ting desde 2002 e fora inaugurado de modo formal em A Braskem e a Petroquisa, subsidiária de
junho. As boas novas são que no último mês ele come- petroquímica da Petrobras, revelaram a forma-
çou a produzir polietileno (PE), carro-chefe em seu ção de uma joint venture voltada à construção
projeto, e a fornecer polipropileno (PP) para a unidade de uma fábrica de PP em Paulínia, no interior
fluminense da Polibrasil. de São Paulo. Segundo as companhias, a EM ALTA – Braskem
Por falar em Polibrasil, a Suzano Petroquímica planta, orçada em 240 milhões de dólares, e Petroquisa irão
construir nova plan-
anunciou a conclusão da compra da área de commo- irá produzir inicialmente 300 000 toneladas ta de polipropileno
dities da companhia junto à anglo-européia Basell. A por ano da resina, e deverá começar a operar no interior paulista

...e na cadeia das metálica


...enquanto titãs em latas de alumínio e de aço para bebidas divulgam projetos de

C
omo na plaga dos plásticos, o mercado de latas alumínio a solução em embalagem ideal para a distribuição
para bebidas apresenta ruidosas movimentações. de bebidas nesse local. “O projeto é uma continuação da
Veja-se o caso da Rexam. A multinacional euro- estratégia de intensificar a presença nesse importante mer-
péia, que detém a liderança mundial na produção cado e irá reforçar nossa vantagem competitiva na região”,
de latas de alumínio para bebidas e é a maior fabricante local comenta Lars Emilson, diretor executivo da Rexam. “É um
dessas embalagens, posto atingido com a aquisição da importante passo à frente num mercado instigante,
Latasa há cerca de dois anos, anunciou que irá cons- e irá fortalecer nossa capacidade de servir nossos
truir uma nova planta industrial no Brasil. A nova clientes sul-americanos.”
fábrica será em Cuiabá, no Mato Outro recente anúncio de impacto na seara
Grosso. Segundo um comunicado das latas para bebidas, porém produzidas com
oficial da Rexam, o investimento aço (folha-de-flandres), acaba
visa atender à crescente deman- de ser feito pela Cia. Metalic
da por essas embalagens no país, do Nordeste. A companhia,
especialmente no Centro-Oeste, maior fabricante nacional de
“região com os maiores níveis de latas de aço para bebidas e
FOTO: DIVULGAÇÃO REXAM

crescimento do PIB no Brasil e controlada pela Companhia


com uma dispersa população de Siderúrgica Nacional (CSN),
cerca de 13 milhões de pessoas”. informou a aprovação de um
Tal situação sócio-demográfica, a
CENTRO-OESTE – Mato Grosso
Rexam interpreta, faz da lata de terá planta de latas da Rexam

52 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


sinas... BRASKEM

no fim de 2007. A Braskem irá controlar


DIVULGAÇÃO

60% das ações do negócio, batizado de


Petroquímica Paulínia. Os 40% restantes
serão da Petroquisa. “O consumo de poli-
propileno evolui com maior velocidade entre
todas as resinas no mercado regional de
resinas termoplásticas”, disse José Carlos
Grubisich, presidente da Braskem, ilustrando
o motivo do projeto.
Aliás, vale dizer que o mercado de resinas
como um todo vai bem, obrigado. Segundo a
Abiquim – Associação Brasileira da Indústria
Química, as vendas no mercado interno subi-
ram 19,12% em agosto, e de janeiro a agosto o
volume de produção dessas matérias-primas de
embalagens totalizou 2,8 milhões de toneladas
– um crescimento de 4,2% se comparado ao
mesmo período de 2004.

s também
novas unidades industriais
projeto de expansão de capacidade que contempla a
construção de uma planta industrial na região Sudeste.
De acordo com a Metalic, 50 milhões de dólares serão
investidos nessa nova unidade fabril. Mais 10 milhões
de dólares serão injetados na atual planta da empresa, no
Ceará. O local da nova linha de produção, em São Paulo
ou no Rio de Janeiro, ainda não foi definido. Sabe-se
apenas que a pretensão da Metalic é que a fábrica já
esteja operando com capacidade de 1,2 bilhão de latas
por ano em 2007.
As embalagens da Metalic acondicionam 51% das
bebidas enlatadas no Nordeste. No Sudeste, porém, têm
participação de 5%. Para o presidente da Metalic, Paulo
Rochet, é possível chegar a 17% de market share na praça
mais rica do país num médio prazo. “Cremos que só neste
ano e em 2006 o mercado de latas de aço de duas peças
crescerá a uma média de 5%”, afirma o executivo. A ope-
ração no Sudeste teria logística favorável: vale lembrar
que o aço consumido pela Metalic é produzido na usina
da CSN de Volta Redonda (RJ).

outubro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 53


flexíveis >>> pet food

Uma tendência racional


Novidades em resinas prometem impulsionar a difusão do empacotamento
automático nas linhas de embalagem da indústria de alimentação animal

DIVULGAÇÃO
C
om quase 28 milhões de cães e INTEGRIDADE – Estruturas inovações em resinas. Um caso pode ser dado
plásticas avançadas
12 milhões de gatos, a população pela própria Braskem.
garantem embalagens
brasileira de animais de estimação de pet food com melhor A reboque dos recentes lançamentos do
só é menor, no mundo, que a ame- acabamento superficial Flexus, o primeiro polietileno de baixa den-
ricana. Segundo o IBGE, 59% dos domicílios sidade linear base metaloceno (PEBDLm)
nacionais possuem pelo menos um animal nacional, e do Pluris, linha de polietilenos
de companhia. Consta também que, embora quaterpolímeros, a petroquímica lançou em
o chamado mercado pet venha crescendo abril uma solução específica para emba-
à média anual de 20% desde 1990, apenas lagens de pet food. Trata-se de uma estru-
37% dos gatos e cachorros existentes no país tura laminada e coextrusada com elevadas
consomem alimentos industrializados. Nessa resistências mecânica e ao rasgo, rigidez e
medida, os aguardados aumentos de escala Somente excelente performance de solda a quente

30%
impõem um desafio às linhas de embalagem – fatores que, somados, sorriem à dita maqui-
do setor de rações: a migração do enchimento nabilidade, desempenho exigido pelas linhas
de sacaria pré-formada, fiada em pacotes de automáticas de empacotamento. A solução
grandes volumes, para linhas de empacota- das linhas de também reverte em barreiras superiores às
mento automático – mais velozes e que fazem embalagem de migrações de gorduras, preservando o sabor
FONTE: BRASKEM

todo sentido diante do cenário de segmenta- rações no país das rações e, que muitas vezes ocasionam
ção de linhas e fracionamento de embalagens. baseiam-se em prejuízos à impressão.
bobinas técnicas
“Hoje, 70% das rações nacionais são acon-
dicionadas em sacos premade e apenas 30% Sem pipocar
rodam em linhas de embalagem com bobinas “A solução também ameniza o que no jargão
técnicas”, estima José Carlos Menna Barreto, do setor é conhecido como efeito pipoca, ou
gerente de contas da Braskem. Segundo ele, a seja, as marcações dos grânulos das rações
transição para a segunda vertente “é uma ten- nas paredes das embalagens”, diz Menna
dência”, e tem sido impulsionada por certas Barreto. Ele situa que esse é um dos prin-

54 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


cipais martírios das indústrias de rações em Braskem
relação ao acabamento superficial de suas Nova geração Elite (11) 3443-9999
www.braskem.com.br
embalagens, dado aferido num trabalho de
aproximação dos elos da cadeia de valor de também é destaque Dow
(11) 5188-9000
rações conduzido pela Braskem. Recentemente a Dow anunciou uma www.dow.com
“Na verdade, a indústria de rações é novidade que também contempla
muitíssimo exigente em termos de apuro embalagens flexíveis para rações: Inplasul
(46) 3220-8000
visual para suas embalagens, e até por isso a segunda geração de sua família inplasul@inplasul.ind.br
os fornecedores do setor formam um grupo de polietilenos aprimorados Elite.
seleto”, salienta Vilmar Luiz Dagios, dire- Essas resinas igualmente vão ao
tor administrativo da paranaense Inplasul, encontro da necessidade de alto
de Pato Branco, tradicional convertedora de desempenho em máquina das linhas
sacaria para pet food e uma das parceiras de de empacotamento automático.
campo da Braskem na difusão de sua nova Elas são mais uniformes e garan-
solução. “Esses clientes já estão partindo tem, segundo a Dow, embalagens
para embalagens com no mínimo oito cores com maior resistência mecânica e
e constantemente nos pedem inovações, daí propriedades de barreira avança-
nossa percepção de que a nova estrutura das. Além de embalagens flexíveis,
plástica chega em boa hora.” O executivo da a nova geração Elite também é
Braskem informa: a nova solução já está em recomendada para a produção de
fase de validação nas linhas de vips da área de filme termoencolhível (shrink) para
pet food e suas vantagens técnicas e visuais bebidas, por ter uma capacidade de
estão na iminência de poderem ser provadas encolhimento intermediário.
nas gôndolas de ração. A conferir.

outubro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 55


De olho no Fernando Pini
O departamento de marketing da
Para provas com tinta branca
Abigraf – Associação Brasileira da
A Roland trouxe ao mercado bra- sinalizações e provas para gravu-
Indústria Gráfica teve cerca de sileiro a impressora/recorte Soljet ras. Especificamente para o equi-
2 000 inscrições para a edição deste SC-545EXW, que imprime com pamento, a Roland está lançando
ano do Prêmio Fernando Pini de tinta branca, inclusive em mídias no Brasil a linha Eco SOL de tinta
Excelência Gráfica. A cerimônia de transparentes, com resolução máxi- branca, que pode ser impressa
premiação ocorrerá em São Paulo, ma de 1440dpi. Segundo Tiziano como undercoat em substratos
no dia 22 de novembro próximo. O Mazza, profissional de marketing transparentes, aumentando a opa-
prazo de inscrições encerrou-se no da empresa, trata-se da primeira cidade e o brilho da impressão em
dia 16 de setembro. impressora ink jet eco solvente quatro cores. “É um implemento
do mercado que suporta tinta significativo para a impressora/
Festa dos números
branca. Na seara de embalagens, recorte Soljet SC-545EXW”, ava-
A Votorantim Celulose e Papel
(VCP) fechou o primeiro semestre
o equipamento pode ser utilizado lia João Batistel, gerente sênior
deste ano com lucro líquido de em provas de impressão de rótu- da Roland DG. O kit de tintas e a
356 milhões de reais, resultado los transparentes impressos com impressora foram desenvolvidos
12% superior ao de igual período tinta branca. Outras aplicações com base no software VersaWorks.
de 2004. Em relação ao primeiro incluem a impressão de pôsteres, (11) 4615-5666
trimestre deste ano, o resultado decalques, adesivos para veículos, www.rolanddg.com.br
cresceu 45,5%. O mercado inter-
no foi responsável por 48,6% da
receita da VCP nos primeiros três Competindo no custo por impresso
meses de 2005. A Sun Chemical lançou a linha de tintas custo por impresso, que se revelou bas-
de impressão WideStar, que pode ser tante competitivo”, afirma o executivo.
Reseller agreement
usada em qualquer tipo de impressora A Sun Chemical afirma deter de 30% a
A Esko-Graphics ampliou sua par-
off-set plana. A empresa divulgou inves- 40% do mercado brasileiro de tintas pla-
ceria de distribuição com a Agfa.
Voltados a gráficas especializadas timento inicial de 500 mil dólares no nas, que movimentaria 5 500 toneladas
em conversão de embalagem, soft- projeto, que demandou um ano e meio por ano. Com o lançamento, a empresa
wares como DeskPack e Plato, de de trabalho, e contou com o desenvolvi- projeta crescer entre 5% e 10% no país.
pré-impressão e gerenciamento de mento de matérias-primas locais. Entre A linha WideStar também será lançada
workflow, fazem parte da iniciati- os avanços do produto foram divulgados, na Argentina e no Chile. A expectativa
va. O acordo entre Agfa e Esko- entre outros, alto brilho, estabilidade em da empresa é que sua produção atinja
Graphics já estava em operação no máquina e alta transferência com boa entre 3 000 e 4 000 toneladas por ano na
Reino Unido e na Espanha. Com a definição de ponto. Luiz Lucietto, diretor- América Latina. O produto está sendo
ampliação da parceria, começou a
presidente da Sun Chemical do Brasil, vendido em latas e cartuchos.
ser estendido para Ásia, Austrália e
afirma que o preço do produto por quilo (11) 6462-2500
outros países da Europa.
equivale ao de outras tintas ofertadas marketing@sunchem.com.br
Acabamentos no mercado. “O principal benefício é o www.sunchemical.com
Especializada em acabamentos
gráficos especiais, a UVPack está
ampliando seus serviços. Além de Transdutor nacional, preço em conta
ter investido numa montadora de Consultor de sistemas e processos na completa, com o sistema automáti-
capa dura, a empresa agora atua no
usados na indústria de embalagens co de corte incorporado”, diz Colaneri,
mercado de laminação PET metaliza-
flexíveis, o engenheiro Décio Colaneri acrescentando que o preço de seu
do com tratamento para impressão.
desenvolveu uma opção nacional de produto não ultrapassa 60% do cobra-
Qualidade auferida transdutor fotoelétrico para máquinas do por alternativas importadas.
A Celulose Irani lançou durante a cortadeiras de embalagens flexíveis. colaneri@plugnet.com.br
Fipan 2005, feira de panificação e Destinado principalmente a aplica-
confeitaria, realizada em São Paulo
ções gráficas, o aparelho é capaz
entre os dias 26 e 29 de julho, o
selo de Qualidade Irani. Certificado de auxiliar no corte longitudinal das
pelo Instituto Adolfo Lutz, o atesta- embalagens flexíveis a partir da leitura
do foi entregue aos estabelecimen- de uma linha-guia impressa. A idéia foi
tos que utilizam embalagens celu- impulsionada pela ausência de equipa-
lósicas produzidas pela empresa na
mentos similares fabricados no Brasil.
distribuição de seus alimentos
“Os usuários não encontravam outra
opção a não ser importar uma máqui-

56 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


Como leitor assíduo da Revista EmbalagemMarca, desde a sua primeira edição em 1999,
quando ainda estava na Universidade cursando Design, utilizo a publicação como referên-
cia para minhas criações e projetos. Esta prática foi constante em minha carreira, além de
atualizar-me com o seu conteúdo editorial informativo.
A maioria das informações contidas na publicação é indispensável ao profissional do setor
por trazer sempre novidades a respeito da área de design, produção gráfica, logística
e excelentes orientações sobre melhores práticas de criação. O layout bem definido e
agradável, bem como a programação visual da EmbalagemMarca, são outros atrativos
que despertam muita atenção.
Assim como a Henkel, a revista também privilegia parcerias sólidas a fim de fortalecer
uma trajetória de sucesso e êxito. Na minha opinião, EmbalagemMarca sempre busca
aprimorar e trazer notícias que atendam às expectativas de seus qualificados leitores.
A Henkel, empresa líder mundial de adesivos e tecnologias de superfícies com 50 anos
no Brasil e com marcas consagradas, como Loctite Super Bonder, Pritt e Tenaz, também
busca inovar por meio de seus produtos de qualidade, serviços e, certamente, na diferen-
ciação de suas embalagens.
Por este motivo, estamos satisfeitos pelo fato de podermos contar com uma mídia direcio-
nada ao setor e que contribui de forma significativa com os profissionais com informação,
credibilidade e prestígio.
Digitais à mostra
Casa das Artes Gráficas propicia contato in loco com impressoras digitais

E
m voga nos últimos tempos, desde Especificamente no que diz respeito ao
que passou do âmbito dos equipa- mercado industrial, voltado a soluções para
mentos domésticos para as aplica- a impressão de embalagens e rótulos, no
ções industriais e comerciais em qual atua mais fortemente o público leitor da
larga escala, a impressão digital foi tema de revista EMBALAGEMMARCA, a impressora em
um evento no mês de setembro. Numa ação exibição que se destacava era a HP Indigo
da gigante americana em tecnologia HP, da ws4050, uma off-set digital, adquirida recen-
qual participaram os distribuidores das linhas temente pela convertedora de rótulos e etique-
de impressoras profissionais da marca no tas Asterisco, de São Paulo.
território nacional – Comprint, Alphaprint e A ws4050 imprime em até sete cores (a
Digigraf –, um show room foi montado em velocidade chega a 16 metros lineares por
um espaçoso imóvel na região central de São minuto em trabalhos com quatro cores) sobre
Paulo, de 5 a 23 de setembro. Com o nome substratos variados – inclusive PVC, material
de Casa das Artes Gráficas, o local abrigou utilizado largamente em rótulos termoencolhí-
equipamentos em funcionamento, para a visi- veis e sensível ao calor, mas que não distorce
tação de clientes, de fregueses potenciais e da no processo de impressão por ter um contato
imprensa especializada. muito rápido com a blanqueta. Com a aquisi-
A idéia do evento era mostrar aos pos- ção da ws4050, a Asterisco amplia sua linha
síveis usuários da tecnologia digital que há, de equipamentos digitais (a gráfica já pos- Asterisco
(11) 295-2200
hoje, boas oportunidades de negócios propor- sui em seu parque uma HP Indigo ws2000). www.etiquetasasterisco.com.br
cionadas pelas novas exigências do mercado “Investimos numa segunda impressora digital
– tiragens menores, maior diversidade de porque o conceito foi muito bem absorvido Comprint
(11) 3371-3371
produtos e prazos de entrega mais curtos, pela nossa área de vendas, o que nos tem gera- www.comprint.com.br
tudo a preços competitivos. “A participação do uma boa ocupação da máquina”, explica
da tecnologia digital no volume de páginas Roberto Ribeiro, diretor-presidente da empre- HP
(11) 4197-8000
impressas em todo o mundo está hoje em sa. O empresário diz ter conhecido o equipa- www.hp.com.br
cerca de 8%”, diz Edson Shiwa, vice-presi- mento na Labelexpo Chicago em 1997, mas
dente do grupo de imagem e impressão da HP só sentiu confiança para adquiri-lo em 2003.
Brasil. “Poderíamos desanimar e pensar que é “Quando a HP adquiriu a Indigo e a Comprint
pouco, mas preferimos enxergar uma grande se tornou distribuidora da marca no Brasil,
oportunidade nos 92% em que ainda podemos senti que teria mais apoio, principalmente em
crescer.” termos de assistência”, comenta Ribeiro. O
processo de adaptação ao equipamento digital AMOSTRA – Capaz de
imprimir rótulos em sete
não foi problemático. “Ocorre que sempre tra-
cores e em substratos
balhamos com pedidos personalizados, rápido variados, a ws4050 foi
atendimento e tiragens menores”, diz Ricardo uma das impressoras
Ribeiro, diretor da Asterisco. “Operávamos sob digitais mostradas no
evento. No alto, amostras
os conceitos da tecnologia digital, mas sem os de rótulos produzidos
equipamentos. Agora os temos.” pelo equipamento
FOTOS: DIVULGAÇÃO

58 >>> EmbalagemMarca >>> outubro 2005


A vez dos especiais
Santher lança papel para produção de rótulos e embalagens

E
m paralelo ao fortalecimento de seus produtos principal aplicação está atrelada a embalagens primárias
de consumo, numa estratégia que absorveu de pipoca de microondas.
mais de 12 milhões de reais apenas com
o recente lançamento do papel higiênico Unidade em alta
Personal Unique, a Santher, uma das quinze maiores pro- Atuando também com laminação, parafinação, siliconi-
dutoras de papel do mundo, com capacidade de 200 000 zação, interleaving, crepagem e conversão de sedas em
toneladas anuais, também aposta na sua Unidade de Papéis geral, a Unidade de Papéis Especiais da Santher cresceu
Especiais. Entre os principais focos da divisão está o mer- 21% em volume em 2004, passando a responder por cerca
cado de embalagens flexíveis, no qual a empresa tem se de 20% do faturamento da companhia. Sem desmerecer
pautado pelo desenvolvimento de produtos e exploração a importância da Unidade de Produtos de Consumo, em
de novas oportunidades de negócio. que somente a linha de papéis higiênicos disputa um mer-
A Santher aproveitou a Food Pack 2005, feira de emba- cado estimado em 2,3 bilhões de reais por ano, a Santher
lagens para a indústria alimentícia, que aconteceu em São está especialmente animada com o promissor negócio de
Paulo entre os últimos dias 30 de agosto e 1 de setembro, papéis especiais em geral e embalagens em particular.
para apresentar os papéis Sanlabel e fazer o lançamento “Com os atuais investimentos, estamos confiantes num
oficial da linha Sanproof. No primeiro caso, o produto crescimento considerável e consistente dos negócios da
pode ser usado como substrato de rótulos impressos em Unidade de Papéis Especiais nos próximos anos”, conclui
rotogravura, flexografia e off-set. Alexandre Tattini, diretor da Unidade de Papéis Especiais
Disponíveis em baixas gramaturas (de 35 a 50 g/m2), da Santher.
os papéis revestidos – conhecidos como coated woodfree
specialties – da linha Sanlabel também se destinam à
produção de embalagens flexíveis que entram em contato
direto com alimentos. Assim, um dos mercados-alvo do
produto é o de chicles e candies.
Também voltada ao mercado alimentício, especial-
mente o de refeições rápidas, a marca Sanproof represen-
ta uma família de papéis resistentes a gordura. Composta
por três produtos diferentes, a linha apresenta níveis
diferenciados de barreira a óleo. Voltado a sacos de fast-
foods, o papel Sanproof tem menor grau de migração da
gordura se comparado ao Sanproof Packaging, indicado
para embalagens de manteiga, e ao Sanproof Oven, cuja
CONTATO – Papéis
revestidos Sanlabel
miram o mercado
de embalagens de
chicles e candies
DIVULGAÇÃO

Santher
(11) 3030-0200
www.santher.com.br

outubro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 59


ambiente >>> certificações

A era do carimbo verde


Selos como o FSC abrem oportunidades para a cadeia de embalagem

N
o debate sobre preserva- lado da cadeia, em reconhecer essa
Luis Fernando

DIVULGAÇÃO
ção ambiental, a participa- Guedes, diretor diferenciação economicamente. O selo
ção da cadeia de embala- do Imaflora FSC é o que tem maior credibilidade
gens costuma ficar restrita no Brasil e no mundo para produtos de
à utilização de materiais de rápida origem florestal. É o único reconhecido
degradação e a ações de coleta sele- e apoiado por ONGs e movimentos
tiva e reciclagem. Pelo menos outro sociais do Brasil e do mundo. Portanto,
tema, porém, desafia as indústrias os benefícios gerais dessa certificação
usuárias e produtoras de embalagens têm variado entre uma ou mais das
em meio às discussões sobre uso sus- seguintes possibilidades: abertura de
tentável de recursos naturais. São os novos mercados, manutenção de mer-
certificados destinados a estabelecer cados que se tornaram mais exigentes,
a origem de produtos florestais. No sobre-preço do produto, mudança da
caso das embalagens celulósicas, mais imagem institucional ou acesso a novos
do que exigência de cunho ecológico, tipos de financiamentos.
esses atestados começam a se conso- nando Guedes, diretor executivo do
lidar como ferramentas de suporte à Imaflora, comenta os aspectos téc- Até o momento, nenhuma gráfica no
abertura de novos mercados. nicos e de viabilidade da adoção do Brasil é certificada pelo FSC. Por quê?
Com o objetivo de expor às indús- selo FSC não apenas por produtores Quais as mudanças de procedimentos
trias usuárias de embalagens celulósi- de papel e celulose, mas também por a que as gráficas têm de se submeter
cas os critérios e benefícios do selo gráficas e convertedores de embala- para conseguir a certificação?
FSC (Forest Stewardship Council, gens celulósicas. Principalmente porque não havia maté-
ou Conselho de Manejo Florestal), ria-prima (papel) certificada disponível
principal certificado para produtos de Nos últimos anos as certificações no mercado nacional. Havia flores-
origem florestal, o GVces - Centro de manejo florestal têm se mostrado tas certificadas, mas as indústrias de
de Estudos em Sustentabilidade da muito importantes para os produtores transformação da madeira em papel,
EAESP-FGV e o Imaflora - Instituto de papel e celulose, principalmente celulose e papelão ainda não estavam
de Manejo e Certificação Florestal e nas estratégias de exportação. Como certificadas. Com a recente certificação
Agrícola (uma das empresas autoriza- você definiria o potencial de geração de significativas áreas florestais e de
das a conceder a certificação FSC no de negócios dessas certificações no suas indústrias de transformação, pas-
Brasil) organizaram em agosto últi- mercado de embalagem? Quais bene- samos a ter matéria-prima certificada,
mo o workshop Sustentabilidade nas fícios o selo FSC pode trazer às indús- o que permitiu buscar o envolvimento
Políticas de Compras Corporativas. trias usuárias de cartuchos cartonados do setor de embalagens nesse processo,
Realizado na sede da Faculdade e gráficas produtoras desse tipo de fazendo-o beneficiar-se da certificação.
Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, embalagem? Para obter-se a certificação, as gráficas
o evento debateu temas como res- O mercado de embalagens é um dos precisarão comprar matéria-prima cer-
ponsabilidade sócio-ambiental das principais na ligação dos produtos flo- tificada e ter um sistema de controle
empresas, certificação de origem de restais com o consumidor final. Essa e separação nos estoques de matéria-
matérias-primas derivadas de flo- ligação pode não estar clara, tanto para prima e produtos e na fábrica, que
restas e benefícios de imagem que o setor, quanto para o consumidor, mas garanta que não há mistura ou contami-
podem advir de um posicionamen- é uma realidade. Portanto, a certificação nação de matéria-prima certificada com
to sócio-ambiental responsável. Pelo FSC é uma oportunidade para demons- não certificada ao longo do seu proces-
lado dos fornecedores de matérias- trar a responsabilidade do setor quanto à so produtivo. Isto é, deve-se garantir
primas, falaram representantes da origem da matéria-prima que consome. que o livro, revista ou outro produto
Klabin e da Suzano. A perspectiva do A geração de negócios depende tanto somente contenha papel certificado.
end-user foi passada pela Natura. da capacidade do setor em capitalizar
Na entrevista a seguir, Luis Fer- com a certificação quanto, do outro Em outros países o consumidor final já

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reconhece selos como o concedido pelo cobram uma taxa anual de manutenção e
Forest Stewardship Council? direito de uso da logomarca do FSC. No
O selo do FSC é o de maior reconheci- Brasil há três entidades que oferecem o
mento e credibilidade e, portanto, o que serviço de certificação do FSC. Há duas
agrega mais valor aos produtos e empre- empresas mutinacionais (SCS e SGS),
sas que o utilizam. O selo existe há mais e o Imaflora, que é uma ONG nacional,
de uma década e é reconhecido, princi- e faz parte do programa internacional
palmente, na Europa, mais especifica- SmartWood.
mente em países como Holanda, Suécia,
Suíça, Inglaterra e Alemanha. Também é Até o momento, o grande apelo do selo
um selo importante no mercado japonês FSC é certificar que a matéria-prima é
e há campanhas para aumentar seu reco- originária de florestas auditadas. Isso
nhecimento nos EUA e Canadá. ajuda nos mercados externos. Mas tem
apelo no mercado interno?
Como funciona o processo de certifica- O desenvolvimento do mercado interno
ção? Quantas (e quais) empresas estão tem sido a prioridade de várias entida-
autorizadas a fazer a certificação no des comprometidas com o sistema. Já
Brasil? existe oferta de produtos certificados
Existe a certificação da floresta, onde se no país no setor de móveis, cosméticos,
avalia aspectos de produção ecológicos materiais para construção, ferramentas,
e sociais, e há a certificação da chamada erva-mate e agora, no setor de papel e
cadeia de custódia, onde somente se celulose. Embora ainda seja um merca-
verifica a rastreabilidade da matéria- do pequeno, sabemos que o Brasil tem
prima florestal certificada ao longo da potencial para nichos de mercado inter-
cadeia de processamento e comercializa- no de primeiro mundo. Via de regra os
ção até o produtor final. A principal ati- pioneiros têm sido os mais beneficia-
vidade da certificação é a auditoria, que dos, mesmo sofrendo as dificuldades de
verifica se o sistema da empresa está em iniciar um processo inovador.
conformidade com as normas existentes.
O certificado emitido tem validade de 5 Como surgiu o Imaflora e a parceria
anos, mas a empresa recebe auditorias entre este e a FGV?
de monitoramento anualmente. Após 5 O Imaflora foi criado em 1995 para
anos o processo se repete. Além do custo contribuir com o desenvolvimento sus-
das auditorias, o FSC e o certificador tentável. O Instituto iniciou suas ati-
vidades em meio ao debate mundial
sobre a preservação das florestas tropi-
cais, quando se constituiu o Conselho
de Manejo Florestal - FSC (Forest
Stewardship Council), estabelecendo
padrões de uso econômico dos recur-
sos da floresta, pautados em critérios
sociais e ambientais que possibilitam
sua sustentabilidade a longo prazo. Hoje
a instituição ampliou o seu campo de
atuação para a área agrícola e utiliza
novas ferramentas que contribuem com
o desenvolvimento sustentável, como o
treinamento e a capacitação, o estímulo
à comercialização de produtos certifi-
cados e o apoio ao desenvolvimento de
políticas públicas. O acordo com a FGV
visa promover o consumo de produtos
florestais de origem sustentável.
CONGRAF
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Anunciante Página Telefone Site
3M 51 0800-132333 www.3m.com.br
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Arte Madeira 10 (41) 3382-9546 www.artemadeira.com.br
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Brasilata 34-35 (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br
Braskem 2ª capa (11) 3443-9999 www.braskem.com.br
Colacril 15 (44) 3518-3500 www.colacril.com.br
Comprint 17 (11) 3168-7077 www.comprint.com.br
Congraf 62-63 (11) 5563-3466 www.congraf.com.br
Fispal Nordeste 65 (11) 5694-2666 www.fispal.com
Gumtac/Pimaco 19 (21) 2450-9707 www.gumtac.com.br
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Incor 9 (11) 6143-3336 www.graficaincor.com.br
Integral Pack 7 (11) 5535-1110 www.integralpack.com.br
Itap Bemis 5 (11) 5516-2097 www.dixietoga.com.br
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M&G (Rhodia-ster) 4ª capa (11) 2111-1300 www.gruppomg.com.br
Mack Color 41 (11) 6195-4499 www.mackcolor.com.br
Maddza Máquinas 9 (35) 3722-4545 www.maddza.com
Markem 47 (11) 5641-8949 www.markem.com
Master Print 9 (41) 2109-7000 www.mprint.com.br
Metalgráfica Iguaçu 3 (11) 3078-8499 www.metaliguacu.com.br
Metalgráfica Renner 9 (51) 489-9700 www.metalgraficarenner.com.br
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Nadir Figueiredo 29 (11) 6967-8831 www.nadir.com.br
Packem 7 (11) 5588-1061 www.packem.com.br
Palmira 33 (32) 3251-3571 www.palmira.com.br
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Polo Films 13 (11) 3707-8270 www.polofilms.com.br
Poly-Vac 3ª capa (11) 5541-9988 www.poly-vac.com.br
Priscell 11 (11) 3873-2666 www.priscell.com.br
Propack 53 (11) 4785-3700 www.propack.com.br
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Wheaton 45 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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Almanaque
No início o fermento era “Cabeça Branca”
Gigante mundial no ramo de casa o produto na medida exata (em referência ao desenho do
alimentos, a Dr. Oetker foi fun- para 500g de farinha. A seqüên- farmacêutico ainda presente na
dada na Alemanha, em 1891, cia de imagens abaixo mostra a logomarca atual), a empresa
quando o farmacêutico August evolução dos rótulos alemães do passou a utilizar a marca Otker
Oetker resolveu lançar um fermento Dr. Oetker, começando – com apenas um “e” – em
fermento em pó para bolos e pela ilustração que decorava os 1984. Em 2001, num alinha-
pães acondicionado em sachês. primeiros sachês. No Brasil, onde mento com a logomarca inter-
Pouco usada à época, a emba- foi fundada na década de 1930 nacional, foi adotada no país a
lagem oferecia às donas de com o nome “Cabeça Branca” grafia Dr. Oetker.

A SOJA DO As primeiras sementes de Saquinhos plásticos, a origem das carinhas


soja introduzidas no Brasil
IMPERADOR vieram pelas mãos da
Cultivando até hoje o apelo infantil
que o consagrou a partir da década
produto até hoje.
Modernizado em 2004, quando
escritora Patrícia Galvão, de 60, o xarope de groselha Milani a groselha foi lançada em versão
a Pagu (1910-1962), tra- completou em setembro último pronta para beber (em caixinhas
zidas de uma viagem à cinqüenta anos. Criado em São da Tetra Pak), o logo ganhou fama
China. Foram presente do Paulo pelo italiano Celeste Milani, ao ser transformado em persona-
imperador Pu Yi, perso- patriarca de uma família de imi- gem de um antigo comercial de
grantes, o produto foi desenvolvido tevê. No vídeo as carinhas canta-
nagem principal do filme
com ajuda de um químico alemão. vam um marcante jingle entremea-
O Último Imperador, de
Sua missão era inventar uma do pelo grito “iarrú”. Os saudosistas
Patrícia Galvão, a Pagu Bernardo Bertolucci.
bebida adocicada e agradável ao podem ver o comercial no site
paladar brasileiro. A boa aceitação www.groselha.com.br.
do xarope de groselha impul-
VOCÊ sionou a instalação de uma
fábrica no bairro paulistano
SABIA? da Mooca. Os bons ventos
Em diferentes paí- permitiram à empresa parti-
cipar do Salão da Criança, que
ses, em média 1%
ocorria todo dia 12 de outu-
dos entrevistados,
bro no Pavilhão de Exposições
ao serem pergunta- do Anhembi. Nessas feiras o
dos, em pesquisas, produto era distribuído aos
sobre qual a primeira freqüentadores mirins diluído
marca de leite que como refresco em saquinhos
lhes vem à lembran- redondos. Tais embalagens
ça, respondem: inspiraram as famosas cari-
“De vaca”. nhas Milani, incorporadas aos
rótulos em 1965 e símbolo do

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