2008 Relatório Técnico Projeto Ação Curvelo (JUN-SET-2008)

RELATÓRIO TÉCNICO
PROJETO “AÇÃO CURVELO” - CURVELO / MG

JUNHO A SETEMBRO
2008
INTRODUÇÃO
A partir dos êxitos alcançados no ano de 2007, o projeto AÇÃO Curvelo conseguiu se reiniciar em
junho de 2008, fruto da parceria entre a empresa Plantar, o Centro Popular de Cultura e
Desenvolvimento (CPCD), a Prefeitura Municipal de Curvelo – Secretaria de Saúde e o Conselho
Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente. Neste ano, o projeto é realizado em 11
comunidades, divididas em três núcleos – Canabrava, Bananal (no entorno da Plantar) e Estiva –, onde
atende a um total de 600 famílias.
A primeira atividade do projeto foi uma Capacitação de Educador Social, que teve como objetivo
formar um time para “jogar o jogo” do projeto em favor da comunidade e do desenvolvimento social e
educacional das pessoas. A proposta é trabalhar o desenvolvimento com um novo jeito de olhar a
comunidade, um olhar que a veja não apenas como um grupo de pessoas que moram em
determinado espaço, mas como uma concentração de potenciais positivos e valiosos para a promoção
de uma educação de qualidade e de transformações significativas na saúde de todos.
Trata-se de um forma de aprender a ver e a destacar o IPDH (Índice de Potencial de Desenvolvimento

Humano), ao invés de ver e valorizar apenas o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), ou seja, o
lado vazio do copo. Utilizando IPDH, as pessoas começaram a descobrir o potencial de educação ou
de transformação social que toda a comunidade tem, fazendo disso um complemento para que o
conceito de saúde possa ser bem mais do que a ausência de doenças.
Ação Curvelo - Curvelo/MG 1

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
 Roda
A roda é uma das metodologias usadas pelo CPCD em qualquer atividade e em todas as
comunidades. Nas rodas, o grupo conversa a respeito dos problemas e das novidades, planeja, reflete
e corrige os rumos do trabalho, quando necessário.
 Escalda-pés
Na intenção de incentivar o parto natural, o Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte, desenvolveu
uma série de cuidados com as parturientes. São tratamentos à base de ingredientes naturais e ações
de cuidado com a mãe antes e após o parto, ação que se reflete positivamente nos recém-nascidos.
Também fazem parte dos cuidados com a parturiente: instrumentos que facilitam a posição escolhida
para o parto, banhos quentes para aliviar as dores, aromas aplicados nas paredes dos quartos para
acalmar e tratar outras necessidades, escalda-pés, ambiente de penumbra, música instrumental,
permissão para que mãe, bebê e um acompanhante permaneçam juntos antes, durante e após o
parto. Para as mães que não têm acompanhantes, uma mulher (Doula) atua como uma figura
materna para acompanhá-la durante os cuidados.
Para ajudar e conscientizar as pessoas sobre a importância do cuidado com os pés, principalmente os
diabéticos, as coordenações do projeto AÇÃO e do programa PACS, parceiro do projeto, foram a Belo
Horizonte conhecer o escalda-pés, técnica de cuidado que pode ser muito benéfica para grande parte
do público-alvo do projeto AÇÃO. O escalda-pés consiste em oferecer ao paciente um ambiente
propício ao relaxamento. Para iniciar, é necessário um ambiente tranqüilo, com música que propicie o
relaxamento. Depois, a pessoa deve ficar com os pés imersos em um preparado de ervas medicinais,
sais aromatizados, pétalas de flores e água bem quente, permanecendo assim, de olhos fechados,
durante todo o processo. Depois de determinado tempo, a massagem começa.
Com um creme aromatizado especialmente produzido para o escalda-pés e um mapa dos pés, onde
se encontram pontos estratégicos para que a massagem reflita em alguns órgãos do corpo humano, o
massageador vai trabalhando os pontos de cada um dos pés. Após a massagem, a paciente ingere um
chá de ervas medicinais oferecido pelo grupo do hospital.
Em uma das pessoas massageadas o resultado se mostrou de imediato. Era uma mãe curvelana, que
estava com seu recém-nascido no CTI do hospital. Por causa do desgaste físico provocado pelas

circunstâncias do parto, ela tinha as pernas e os pés muito inchados. Quando a massagem terminou,
os pés da paciente estavam sem sinal de inchaço e com melhor articulação.
É possível perceber que essa é uma técnica que recebe muito crédito entre os funcionários do hospital,
pois eles próprios são usuários dessa terapia, sempre que podem e precisam. Para aprender o
escalda-pés, o funcionário passa pelas duas experiências: a de ser massageado e a de massagear. É
possível sentir nos pés a sensação e os resultados proporcionados pela técnica, que foi repassada aos
agentes comunitários de educação, às mães-cuidadoras e aos agentes comunitários de saúde. Hoje,
essa é uma das atividades mais bem aceitas pelos adultos das comunidades onde o projeto acontece.
As atividades relatadas a seguir são destacadas por núcleo, a fim de respeitar a realidade e
diversidade de cada um deles.
Núcleo Canabrava
O Núcleo Canabrava demorou algum tempo para encontrar o perfil do trabalho na região. Por causa
da distância entre uma moradia e outra, é muito difícil reunir as pessoas para as atividades em grupo.
Também era difícil para os agentes comunitários de educação acompanhar a comunidade de casa em
casa, por causa do horário escolar. Em algumas casas, o tempo disponível daria apenas para chegar
lá, não sendo possível voltar a tempo de pegar o ônibus que os levaria à escola. Por essa razão,
somente depois de tentar várias opções, o grupo decidiu centralizar as atividades no ponto de encontro
da comunidade, que é o Posto de Saúde, atuando nos dias de visita da equipe da saúde. Além dessas
atividades no posto, o grupo aproveita as eventuais reuniões nas comunidades (reunião de associação,
missa, festas etc.) para desenvolver atividades comunitárias.
 Reunião para apresentação do projeto
Realizamos a reunião inaugural do projeto AÇÃO Curvelo na Escola Estadual Sérgio Eugênio da Silva,
na Associação de Moradores de Paiol de Baixo e na Barraquinha de Angicos, com as pessoas das
comunidades que compõem o Núcleo Canabrava. Ao todo, participaram dessas reuniões 109
pessoas, além de representantes das entidades parceiras do projeto.
Foram apresentados à comunidade nessa reunião os objetivos do projeto, algumas atividades que irão
acontecer e fotos do trabalho realizado na oficina de educador social. Também foram entregues os
certificados das pessoas que participaram da oficina. A reunião aconteceu com o objetivo de pedir às
pessoas “licença/permissão” para que o projeto possa acontecer no local onde elas vivem. As

comunidades, em geral, mostraram-se abertas a aceitar o projeto e se colocaram à disposição para o
que for necessário.
 Cinema Itinerante
Durante as sessões de cinema nas comunidades do Núcleo Canabrava, sempre servimos pipoca, que
é oferecida pela comunidade ou pela equipe do projeto. É possível perceber que as comunidades já se
apropriaram dessa atividade, pois na primeira exibição de filmes já sugeriram o próximo e pediram
para que fossem exibidos também os filmes comunitários das festas e cavalgadas realizadas na região.
Isso mostra a necessidade de dar mais oportunidades para que a comunidade possa receber o
Cinema Itinerante.
 Horta Medicinal
Para atender às necessidades do escalda-pés e futuramente montar uma pequena farmácia de

remédios naturais no Núcleo Canabrava, estão sendo montadas duas hortas de plantas medicinais
usadas para chás: uma no Posto de Saúde de Canabrava e outra na comunidade de Angicos. O
canteiro construído na horta do Posto de Saúde tem o formato de mandala. De acordo com a
permacultura, técnica usada na horta, esse é um sistema mais produtivo, pois economiza água e
energia de trabalho humano, além de ser ornamental.
Para aprender noções de permacultura, a equipe do Núcleo Canabrava e o hortelão da escola foram
conduzidos ao projeto Ser Criança em Curvelo, onde a técnica é aplicada ao cultivo de hortaliças e
plantas medicinais. Além do formato dos canteiros, a equipe foi estimulada a pensar sobre formas de
economizar e reciclar a horta. O grupo também conheceu a técnica dos canteiros permanentes, que
são cercados com garrafas descartáveis, uma estação de reciclagem de água, a técnica de
compostagem de matéria orgânica para a produção de adubo, de cobertura morta para retenção de
líquido no solo e plantio de mudas em caixas de leite vazias, copos descartáveis ou embalagens
plásticas de alimentos.
Muitas dessas técnicas estão sendo usadas nas hortas, principalmente o composto orgânico. As
comunidades ainda participam pouco das hortas, mas doam ou trocam mudas com a equipe, doando
também o esterco utilizado.

 Rifa
No Núcleo Canabrava, encontramos dificuldade para conseguir desenvolver as oficinas de produção

de remédios naturais. O Posto de Saúde, que é nosso ponto de encontro, não tem botijão de gás e as
casas da comunidade são muito distantes para reunir as pessoas. Para resolver o problema, o grupo
promoveu, juntamente com a equipe de agentes comunitários de saúde, uma rifa em prol da compra
do botijão. Foram rifadas duas tortas, uma salgada e outra doce. As tortas foram oferecidas pela irmã
de uma das mães-cuidadoras.
 Bingos beneficentes
Com o objetivo de arrecadar recursos para a festa das crianças, a equipe da comunidade Canabrava
organizou um bingo beneficente. Os prêmios foram doados pela mãe-cuidadora e pelas agentes da
comunidade. Essa foi uma atividade que conseguiu reunir um público misto de jovens, adultos e
idosos. Com ela, a equipe conseguiu um pouco mais de espaço junto à Associação de Canabrava. As
pessoas foram convidadas a organizar e realizar outro evento beneficente para a festa das crianças.
Esse tipo de ação é muito importante nessa região, que tem como opção de lazer apenas os bares.
 Oficina de brinquedos com material reciclável
Foram realizadas no Núcleo Canabrava algumas oficinas de brinquedos com material reciclável. As
primeiras oficinas aconteceram com a própria equipe, para que as pessoas pudessem ter em mãos
mais um instrumento de trabalho. Durante as oficinas, o grupo conversou muito sobre a importância
de brincar e construir brinquedos. Depois de aprender a fazer, o grupo pôde colocar em prática o
aprendizado. Algumas oficinas aconteceram nas comunidades e outras com os adultos, no Posto de
Saúde de Canabrava. É possível perceber a satisfação tanto das crianças quanto dos adultos ao
construir os brinquedos.
 Oficina de pintura com tinta de terra
A tinta de terra nesse núcleo teve ótima aceitação. Depois de pintar uma sala do Posto de Saúde, o
grupo recebeu convite para pintar uma casa da comunidade e, depois dessa primeira casa, a
demanda aumentou significativamente. A comunidade está bastante empolgada com uma técnica que,
além de bonita, é também barata.

 Roda de brincadeiras
Nas comunidades de Paiol e Canabrava, as rodas de brincadeiras não acontecem muitas vezes, tendo
em vista o horário de aula das crianças, que não coincide com o dos agentes comunitários de
educação. Mesmo assim, nos fins de semana, essa atividade acontece com as crianças que moram
mais perto da Associação. Em Angicos, a roda de brincadeiras é uma prática quase diária. Mesmo que
aconteçam outras atividades, a roda é realizada, a pedido das crianças. Muitas brincadeiras antigas
estão sendo resgatadas e brincadeiras que já tinham desaparecido do dia-a-dia das crianças da
comunidade voltaram a acontecer por causa das atividades do projeto.
 Aulas de informática
Na Escola Municipal João Batista, uma vez por semana, acontece uma aula de informática ministrada
por uma agente comunitária de educação que participou, há algum tempo, de uma formação
oferecida pela Plantar. A idéia era que os adolescentes formados repassassem os conhecimentos
adquiridos, mas essa proposta ficou um pouco perdida. Atualmente, o projeto AÇÃO, junto com a
diretora Sônia, está resgatando essa idéia.
 Rodas de leitura
As rodas de leitura acontecem principalmente na comunidade de Angicos. Pelo menos uma vez por
semana, as crianças se reúnem na escola desativada para ler e contar histórias. Com essa atividade, é
possível trabalhar alguns dos objetivos do projeto. Ao se reunir, as crianças convivem e, a partir das
conversas geradas durante a atividade, melhoram sua convivência, aprendem e melhoram sua leitura
e têm a oportunidade de receber livros de histórias, atividade pouco oferecida, mesmo na zona
urbana.
 Mutirão de limpeza
Com o intuito de praticar a consciência ambiental e conversar sobre a importância da higiene e de

cuidados com o lixo, a equipe de Angicos organiza mutirões de limpeza nas margens do rio e em
trechos de rua da comunidade. A consciência ecológica ainda não está presente no dia-a-dia da
população, mas as crianças são estimuladas a pensar a respeito.
 Plantio de jardins
Dois jardins foram plantados no Núcleo Canabrava, um em Angicos e outro em Paiol de Baixo. Os
jardins são uma forma que a equipe encontrou de deixar a comunidade mais acolhedora e bonita.

Além disso, dão margem para que o grupo discuta com as crianças noções de estética e cuidado, seja
com as plantas ou com todo o meio ambiente.
Núcleo Bananal
Em Bananal e São José das Pedras (Tapera), as reuniões aconteceram nas barraquinhas das
comunidades no mesmo dia, mas em horários diferentes. O reinício do projeto AÇÃO Curvelo foi
marcado por uma festa surpresa preparada pelas mães-cuidadoras, agente comunitária de saúde e
comunidade. Bananal foi a comunidade com o maior número de moradores presentes, reunindo um
total de 49 pessoas. Em São José das Pedras, participaram 27 pessoas.
Foram apresentados às comunidades os objetivos do projeto, fotos do trabalho realizado no ano

anterior e entregues os certificados de participação na oficina de Educador Social. Assim como nas
outras comunidades, o objetivo da reunião foi informar às pessoas sobre a volta do projeto e pedir a
elas “licença/permissão” para desenvolver as atividades também durante este ano, além de também
pedir a participação de cada um novamente.
O Cinema Itinerante é uma atividade esperada com ansiedade pela comunidade do Núcleo Bananal.
A primeira sessão foi na comunidade Bananal e nos mostrou que estilo de filmes essa região prefere. A
maior parte do público é formada por adolescentes que preferem filmes de ação e comédia. O êxito
da mudança foi sentido logo na segunda sessão, que reuniu 82 pessoas, enquanto a primeira teve
apenas 19. A sessão de cinema impressionou as pessoas que ainda não conheciam o equipamento.
Algumas não entendiam como um aparelho tão pequeno projetava imagens como uma televisão
gigante.
 Oficina de brinquedos e brincadeiras
Nos encontros com a equipe de saúde, as mães-cuidadoras desenvolvem com a comunidade oficinas
de brinquedos e brincadeiras, além das atividades desenvolvidas com as crianças. Nessas oficinas, a
boa convivência acontece de forma efetiva, pois um sempre precisa da ajuda do outro para construir
seu brinquedo ou mesmo brincar de roda. Essa atividade também gera acolhimento, uma vez que
adultos e crianças maiores se disponibilizam para confeccionar os brinquedos para as crianças
menores.

 Clube do Vídeo
O Clube do Vídeo é mais um gerador de oportunidades, pois leva aos jovens de São José das Pedras
filmes de qualidade e que nem sempre são de fácil acesso para eles. Essa atividade acontece da
seguinte forma: em uma das sessões, a mãe-cuidadora escolhe o filme e em outra os próprios
adolescentes fazem isso. Dessa forma, é possível garantir que filmes de qualidade sejam exibidos,
oferecendo ainda aos adolescentes a oportunidade de escolha. Depois de cada sessão, o grupo faz
uma roda de debates para entender melhor a mensagem do filme e compartilhar as mensagens que
são percebidas individualmente.
 Reforço Escolar e Cantinho de Leitura
Duas vezes na semana, as crianças e os adolescentes das duas comunidades desse núcleo se reúnem
para estudar e ler. Ambas as comunidades têm lugares escolhidos especialmente para essa atividade,
que oferece às crianças e aos adolescentes a oportunidade de ler, tirar dúvidas, pesquisar, fazer os
deveres escolares e levar livros para casa. Nos dois locais, muitos dos livros usados foram obtidos a
partir de doações feitas por pessoas da comunidade e de outros lugares.
 Dia da Beleza
Em São José das Pedras, aconteceu o primeiro Dia da Beleza de 2008. A atividade mobilizou várias
pessoas da comunidade: as mulheres fizeram escova nos cabelos, embelezaram as unhas e fizeram as
sobrancelhas. Até os homens, que em geral ficam meio desconfiados e observando de longe,
aderiram: cortaram os cabelos e fizeram a barba. O Dia da Beleza foi aprovado pela comunidade,
que já cobra o próximo. Esse tipo de atividade desenvolve a auto-estima comunitária, exercita o
cuidado com o próximo e com o próprio corpo, promove boa convivência e felicidade, além de gerar
oportunidade para quem não pode pagar por um tratamento de beleza.
 Dia do Idoso
Para comemorar o Dia Internacional do Idoso, o Núcleo Bananal, onde atuam duas mães-cuidadoras
e uma agente comunitária de saúde, ofereceu duas confraternizações com direito a prêmios, árvore de
mensagens, forró e comida farta. A comemoração teve como objetivo homenagear os idosos, valorizar
os saberes que eles proporcionam à comunidade e promover a inclusão, além de alcançar os objetivos
do projeto.

Núcleo Estiva
Na comunidade de Estiva, nas dependências da creche local, aconteceu a primeira reunião do projeto
AÇÃO Curvelo do ano de 2008. Dessa reunião participaram 32 pessoas das comunidades que fazem
parte do Núcleo Estiva – Tomás Gonzaga, Estiva, Poções e Várzea de Cima. Assim como na reunião
do Núcleo Canabrava, nessa reunião foram apresentados à comunidade os objetivos do projeto,
algumas atividades que continuarão a acontecer e algumas fotos do trabalho realizado, visto que
nesse núcleo as atividades já aconteciam no ano anterior. Também foram entregues os certificados das
pessoas que participaram da oficina de Educador Social e exibidas fotos do trabalho durante a oficina.
A reunião aconteceu com o objetivo de informar às pessoas da comunidade o retorno do projeto e

pedir a elas “licença/permissão” para que o trabalho voltasse a acontecer durante o ano de 2008,
além de pedir novamente a participação delas. A comunidade mostrou-se satisfeita com o trabalho
realizado no ano anterior e ansiosa para o reinício das atividades neste ano.
No Núcleo Estiva, assim como nos demais núcleos, o Cinema Itinerante foi uma opção de lazer com
qualidade. Muitas pessoas foram à primeira exibição do ano em sua comunidade para dar boas
vindas às atividades do projeto AÇÃO. As pessoas se mostraram satisfeitas com a escolha dos filmes e
também sugeriram vários outros para as próximas sessões.
A partir dos filmes exibidos, as mães-cuidadoras puderam conversar com crianças e demais moradores
a respeito das ações do ser humano no dia-a-dia que geram ou afastam as dimensões trabalhadas
pelo projeto: Acolhimento, Convivência, Aprendizagem e Oportunidades, dimensões essas que são
necessárias a qualquer ambiente, envolvido ou não pelo projeto.
 Oficina de Brincadeiras
As rodas de brincadeiras realizadas no Núcleo Estiva são uma prática quase diária. Quase toda
atividade, seja com adultos ou crianças, começa com uma brincadeira. Com as crianças, as rodas
constituem um eficiente instrumento pedagógico, proporcionando ao grupo discutir vários assuntos que
surgem durante as brincadeiras. Todo problema é resolvido na roda, que possibilita importante
aprendizado a seus integrantes. O resgate de brincadeiras antigas estimula nos participantes da roda

a valorização de sua cultura e o aprendizado, para que possam um dia repassar parte dos costumes
de sua região.
 Grupos de produção
Com as oficinas do grupo de produção, atingimos os seguintes objetivos: valorização dos saberes da
comunidade, resgate dos fazeres naturais, cuidado com as crianças e demais moradores da
comunidade, discussão a respeito dos quereres da comunidade, educação das crianças (as de casa e
as outras), higiene, potencialidades de cada um e da comunidade em geral. Durante o preparo das
receitas, as pessoas fazem experimentos e muitas vezes descobrem novas receitas a partir da primeira.
Isso aconteceu quando se descobriu que deixar o xarope contra a gripe passar do ponto permite que a
mãe ofereça às crianças balas de xarope. As descobertas passam a ser receitas do cotidiano de cada
uma das mulheres que participam do grupo.
Os ingredientes para a produção de receitas geralmente são doados pelos moradores das
comunidades. E não importa quem levou o ingrediente mais caro, pois todos levam para casa a
mesma quantidade. Para nós, esse já é um indicador de boa convivência e de solidariedade das
pessoas dessa comunidade.
 Rodas de Viola
O objetivo da Roda de Viola é mobilizar a comunidade, resgatar e valorizar as músicas e os toques

dos sertanejos, valorizar a cultura e elevar a auto-estima da comunidade, além de acolher moradores
e visitantes das comunidades. Pode-se perceber que, mesmo se o projeto acabar, a roda não deixará
de acontecer, pois é uma atividade que já foi adotada pela comunidade.
 Oficinas de Brinquedos
As oficinas de brinquedos acontecem com grande freqüência, visto que, ao construir brinquedos, a
criança ou mesmo o adulto experimenta diversos sentimentos e tem a oportunidade de aprender com
seus próprios erros ao fazer e refazer. Além disso, dá a cada um a oportunidade de ensinar o que
sabe e de aprender coisas diferentes ou várias formas diferentes de fazer a mesma coisa, o que ajuda
a elevar a auto-estima individual e coletiva.

 Visitas aos idosos
Mais precisamente em Várzea de Cima, comunidade que tem muitos idosos que perderam a
capacidade de andar, a visita é praticada pelo menos uma vez por semana. Essa atividade tem o
objetivo de elevar a auto-estima dessas pessoas e levar a elas o outro lado da saúde, que é não
apenas a ausência de doenças, mas o bem-estar mental, a alegria, o sentir-se útil. Durante a visita, a
mãe-cuidadora, além de conversar com os idosos, faz sessões de escalda-pés e cuida das unhas e pés
das pessoas.
 Cavalgada de Cavalinho de Pau
É muito forte no Núcleo Estiva a Cavalgada de Cavalinho de Pau. As mães-cuidadoras dividem essa
atividade em três etapas: a primeira é o recolhimento das garrafas descartáveis pela comunidade,
ação que trabalha a consciência ambiental e o cuidado com a higiene da comunidade; a segunda é a
confecção e ornamentação dos cavalinhos com as garrafas recolhidas, o que trabalha a convivência
das crianças e a noção de estética; na terceira etapa, acontece a cavalgada, que vai de um
determinado local à casa de um morador, que oferece um lanche, ou a outro ponto onde acontece um
lanche comunitário, isto é, um lanche onde cada morador leva um prato.
GERENCIAMENTO DO PROJETO
O projeto AÇÃO é gerenciado por uma coordenadora pedagógica e uma educadora local, que têm
como função garantir a metodologia da instituição (o CPCD), que é usada na execução das atividades
do projeto no dia-a-dia .
DESEMPENHO DOS EDUCADORES
O projeto AÇÃO conta com 21 educadores - 11 agentes comunitários de educação e 10 mães-

cuidadoras. Até o momento, as atividades do projeto foram muito bem-sucedidas. Os educadores são
muito empenhados e têm por hábito buscar alternativas coerentes com a metodologia para resolver os
problemas surgidos no dia-a-dia. Muitas pessoas desse grupo são novas no projeto, em especial as
pessoas do Núcleo Canabrava. Apesar das dificuldades encontradas no primeiro mês de trabalho, elas
estão também buscando alternativas, aprendendo a fazer e fazendo junto com a comunidade.

Algumas pessoas destoam do grupo em determinados aspectos. Embora tenham se mostrado muito
entusiasmadas com a metodologia na semana das oficinas, durante o trabalho se mostraram
incoerentes com a teoria discutida. Estamos usando as rodas de avaliação e planejamento para que
esses membros do grupo possam encontrar um equilíbrio entre a prática e a retórica. Por outro lado,
alguns participantes se mostram extremamente empolgados e participativos. Duas mães-cuidadoras
novatas, por exemplo, merecem ser destacadas pelo empenho e pela iniciativa: Efigênia, de
Canabrava, e Adriane, de Angicos.
As mães-cuidadoras dos demais núcleos são muito dinâmicas e atendem de forma diferenciada às
diferentes necessidades de suas comunidades.
ENVOLVIMENTO DAS FAMÍLIAS E COMUNIDADES
Núcleo Canabrava
No Núcleo Canabrava, o envolvimento comunitário acontece principalmente por ocasião dos

encontros com a equipe da Secretaria de Saúde. Nessas reuniões, as pessoas da comunidade
participam efetivamente das atividades, dão sugestões e incentivam o grupo, que desenvolve
atividades principalmente nas associações comunitárias, sempre que é possível. Cada comunidade
desse núcleo tem um público diferente: em Paiol, as atividades acontecem com maior freqüência
envolvendo as crianças; já em Cobu, Meleiros e Canabrava, o público é formado, em sua maioria, por
idosos e adultos.
Núcleo Estiva
No Núcleo Estiva, a solidariedade está sempre presente. As pessoas desse núcleo já se apropriaram da
maioria das ações desenvolvidas pelo projeto desde o ano passado. É possível afirmar que algumas
atividades, como as rodas de viola e as oficinas de produção, não deixarão de acontecer, mesmo que
o projeto acabe hoje. Além disso, a comunidade desse núcleo é culturalmente solidária e talvez por
isso seja incentivadora e se sinta co-responsável pelo bom andamento do projeto.
Núcleo Bananal
Os moradores das duas comunidades inseridas nesse núcleo ainda mantêm, de forma perceptível, o
jeito simples de ser. Mesmo sendo uma comunidade comum do ponto de vista financeiro, as pessoas
têm o jeito sertanejo de ser muito presente. Neste ano, a participação da comunidade nas atividades

promovidas tornou-se mais efetiva e com mais qualidade. A mãe-cuidadora de São José das Pedras
tem hoje a seu lado um grupo de adolescentes que a auxilia no desenvolvimento de várias atividades.
ENVOLVIMENTO DAS ESCOLAS
Em geral, a relação da equipe com as escolas das comunidades onde o projeto é desenvolvido é boa.
As escolas cedem os espaços e alguns equipamentos para as diferentes atividades e desenvolvem
ações junto com as mães-cuidadoras e agentes comunitários de educação. Em Canabrava, a Escola
Estadual Sérgio Eugênio é muito importante para que o trabalho aconteça na comunidade. A diretora
Denise é uma grande incentivadora dos alunos que fazem parte do AÇÃO Curvelo e é também uma
parceira e facilitadora das atividades do projeto dentro da escola.
Também desenvolvemos uma atividade na Escola Municipal João Batista, que funciona no turno da
manhã. Uma das agentes que em outra ocasião participou de um curso de informática oferecido pela
Plantar hoje repassa uma vez por semana os conhecimentos adquiridos sobre informática aos alunos
da escola municipal, com a permissão da Diretora, Sônia. Em Angicos e Poções, as escolas, mesmo as
de primeira a quarta série, foram desativadas, obrigando as crianças e os adolescentes a se
deslocarem até outras comunidades para estudar.
ENVOLVIMENTO DAS ENTIDADES LOCAIS
Nas comunidades, o projeto tem recebido apoio também das associações comunitárias. Tais
instituições oferecem o espaço de sua sede para as atividades, incentivam os educadores e até mesmo
estão planejando promover eventos em parceria com elas. No caso da Comunidade Estiva, as
educadoras podem contar também com colaboração dos coordenadores da Creche local para
desenvolver atividades conjuntas, utilizar o espaço e promover eventos, como reuniões.
AVANÇOS OBTIDOS
 Índices qualitativos
- Participação freqüente das pessoas das comunidades envolvidas.

- Melhor convivência entre as comunidades.

- Alegria das crianças que participam das atividades.
- Disseminação e exercício da leitura.
- Resgate das brincadeiras antigas.
- Geração de oportunidades de aprendizagem para educadores e comunidade.
- Boa participação das crianças nas atividades.
- Compreensão da metodologia por parte dos educadores.
- Socialização das crianças e dos adolescentes envolvidos.
- Entusiasmo das comunidades e equipes.
- Compreensão de novo conceito de saúde: as pessoas, além de não estarem doentes, devem ter
também felicidade, bem-estar, auto-estima, entre outros.
- Valorização das comunidades por parte de seus moradores.
- Descoberta dos recursos humanos existentes e disponíveis na comunidade.
- Incentivo das associações comunitárias às atividades do projeto.
- Abertura das escolas às atividades do projeto.
- Embelezamento das comunidades.
- Maior consciência ambiental.
- Menor descarte de material reciclável pelas comunidades.
 Índices quantitativos
- 600 famílias atendidas direta ou indiretamente.

- 108 adolescentes atendidos.
- 482 crianças atendidas.
- 10 comunidades atendidas diretamente e várias outras indiretamente.
- 17 sessões de cinema.
- 08 sessões do Clube do Vídeo.
- Reunião de apresentação do projeto em seis comunidades.
- 217 pessoas participaram das reuniões para apresentação do projeto.
- Participação de 227 pessoas nas reuniões de apresentação.
- 01 Dia da Beleza
- 02 comemorações do Dia da Beleza.
- 80 participantes no Dia de Beleza em São José das Pedras.
- 04 cavalgadas de cavalinho de pau.
- 173 oficinas de brinquedo com material reciclável e/ou alternativo.
- 07 mutirões de limpeza nas margens do rio e em ruas da comunidade Angicos.
- 292 oficinas de brincadeiras.

- 45 rodas de contação de história.
- 04 oficinas com tinta de terra.
- 54 oficinas de leitura.
- 15 rodas de viola.
- 18 sessões de escalda-pés realizadas com uma média de 30 pessoas por vez.
- 300 massageados em sessões de escalda-pés.
- 02 hortas de plantas medicinais usadas para chá.
- 02 jardins plantados.
DIFICULDADES ENCONTRADAS
- Atraso das bolsas nos dois primeiros meses de projeto.

- Pressão dos agentes comunitários de educação por causa do não recebimento das bolsas.
- Desinteresse de alguns membros do grupo em relação ao trabalho.
- Saída de duas agentes nos primeiros meses de projeto por motivo de doença e outros.
- Distância entre uma comunidade e outra no Núcleo Canabrava.
- Paralisação dos acompanhamentos do projeto durante o mês de julho.
- Horário em que as crianças menores do Núcleo Canabrava estudam é contrário ao que os agentes
vão para a aula.
- Falta de material no início do projeto por causa da não liberação dos recursos.
Maria Dirce da Silva Rodrigues - Coordenadora

Projeto Ação Curvelo

ANEXOS
 Depoimentos
“O projeto, para mim, é com um meio de transporte: transporte de alegria, de conhecimento, de

brincadeiras, de amizade.”
Luciana Oliveira Souza - Mãe-cuidadora
Bananal
“O apoio de cada um diante das dificuldades é o mais importante de tudo.”

Gisele Borges de Sá - ACE
Canabrava
“O projeto, aos poucos, foi me mostrando que sozinhos não conseguimos muito e que cada um é
muito importante para conseguirmos atingir os grandes objetivos.”
Cleonice Barbosa Saraiva - Mãe-cuidadora
Estiva
“Esse projeto, para mim, é uma oportunidade de ajudar a melhorar a minha comunidade usando as
coisas que eu sei.”
Júlia Danielle G. de Carvalho - ACE
Angicos
“Participar do projeto é uma oportunidade maravilhosa para mim e para a comunidade. Eu sempre
tive oportunidades boas e deixei passar, mas essa eu agarrei.”
Cinara dos Santos Freitas - ACE
Canabrava
“Acho que esse projeto vai ser bom para a comunidade, porque está dando aos jovens a chance de
ficarem por aqui, sem precisar sair para trabalhar em outro lugar. Além de trabalhar para ajudar a
melhorar as nossas comunidades, eles vão pegar experiência e aprender muita coisa que aqui não
tem. Agora, quando eles forem para a cidade, se quiserem, não vão levar só a roupa do corpo”
José Henrique
Morador de Canabrava

“A partir do aprendizado que tive como mãe-cuidadora durante o projeto AÇÃO, pude ensinar o que
sabia sobre tinta de terra para meus colegas da escola, aqui na zona urbana. Estamos pintando toda a
escola em comemoração aos 30 anos de fundação. Está ficando tudo lindo e todos os alunos querem
participar. Os professores estão muito entusiasmados com a idéia. Eu vejo que, além de ser uma
forma de acolher os alunos, é também um jeito de acolher as mães dos alunos, que também vêm
participar.”
Telma Tatiane Maciel - Mãe-cuidadora
São José das Pedras
“Estudo na Escola Irmã Clarentina, na zona urbana. Lá estão pintando a escola inteira com tinta de
terra. A escola está com uma nova cara, muito mais bonita e acolhedora. Fico feliz que o projeto esteja
ajudando fora das comunidades também.”
Luciana Oliveira de Souza - Mãe-cuidadora
Bananal
“As pessoas sempre pedem para eu voltar e ficam muito alegres quando eu vou visitá-las. Elas dão
muitas gargalhadas e a tristeza vai embora.”
Maria Aparecida - Mãe-cuidadora
Várzea de Cima

 Receitas
 Pomada para escalda-pés
Ingredientes:
- 1 kg de base Nuggets de CR Pele
- 100g de uréia
- 100ml de óleo de uva (pode ser de girassol, cravo, aloe vera ou gergelim)
- 50 ml de óleo de silicone volátil ou azeite de oliva
- 50 ml de glicerina ou vaselina
- 100 ml de óleo essencial de lavanda (ou outro que desejar)
- 1 ½ litro de água mineral ou filtrada, por serem mais puras
Modo de preparo:
Em uma vasilha esmaltada ou inoxidável, coloque a água para ferver. Em um recipiente plástico
deposite a base, depois junte a água fervida ao creme e comece a bater na batedeira por 10 minutos.
Em seguida, acrescente a uréia e os óleos, sem parar de bater (quanto mais bater, mais o creme vai
render). Quando esfriar, armazene em potes fechados. Rende, em média, dois litros e meio.
 Sal aromatizado de alecrim para escalda-pés
Ingredientes
- 1kg de sal grosso

- Gotas da essência de alecrim (ou outra de sua preferência)
- Alecrim desidratado (podem ser pétalas de rosas secas)
- Se desejar, coloque corante comestível da cor de sua preferência.
Modo de preparo:
Coloque o sal para secar ao sol durante duas semanas. Colha as ervas antes do nascer do sol e
coloque para secar na sombra. Depois que os ingredientes estiverem secos, coloque o sal em uma
garrafa plástica e misture o corante e a essência. Em um recipiente separado, corte o alecrim
desidratado em pequenos pedaços e junte ao sal já aromatizado. Misture bem e armazene em
recipiente fechado.

Outras dicas
 Para retirar calosidades dos pés, socar um comprimido de Melhoral e colocar em 100 ml de
água oxigenada. Passar essa mistura nas rachaduras e locais ásperos dos pés.
 Para aliviar o cansaço, pingar na esponja algumas gotas de azeite de oliva e esfregar no
corpo após o banho. Enxaguar em seguida.
 Para dores na coluna e juntas, fazer tintura de casca de laranja e mexerica, fazer uma
pomada com essa tintura e massagear o local.
 Também para dores nas juntas e colunas: ralar dois caroços de abacate, fazer a tintura e
massagear o local dolorido.

 Relatório Técnico
FORMAÇÃO DE EDUCADORES - MAIO/08
INTRODUÇÃO
A partir dos bons resultados colhidos no ano de 2007, o projeto AÇÃO foi reiniciado no dia 02 de
junho de 2008, fruto da parceria entre a empresa Plantar, o Centro Popular de Cultura e
Desenvolvimento (CPCD) e a Prefeitura Municipal de Curvelo – Secretaria de Saúde e Conselho
Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente.
Este ano, o projeto atenderá às comunidades Canabrava, Meleiros, Cobu, Paiol de Baixo, Paiol de
Cima e Angicos, reunidas no Núcleo Canabrava; São José das Pedras e Bananal, do Núcleo Bananal,
que junto com Canabrava estão no entorno da Plantar; e Tomás Gonzaga, Estiva, Várzea de Cima e
Poções, que estão reunidas no Núcleo Estiva.
A primeira atividade do projeto foi uma Capacitação de Educador Social que teve como objetivo a
formação de um time para “jogar o jogo” do projeto a favor da comunidade e do desenvolvimento
social e educacional das pessoas, além de trabalhar o desenvolvimento de um novo jeito de olhar para
a comunidade, um olhar que a veja não apenas como um grupo de pessoas que moram em
determinado espaço, mas como uma concentração de potenciais positivos e valiosos para a promoção
de educação de qualidade e de transformações significativas na saúde de todos.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
 Dinâmica da bolinha
A dinâmica da bolinha passando de mão em mão, seguindo a mesma ordem e cada vez em menos
tempo, foi usada para discutir e despertar nas pessoas o espírito de equipe e cooperação.
 Crachá de qualidade
Para exercitar a descoberta dos pontos luminosos em si próprios, os participantes foram instruídos a
confeccionar crachás que, além de identificá-los por seus nomes, também os identificariam por uma

qualidade que possuíssem e que começasse com a primeira letra de seu nome. Essa dinâmica deu
margem para que se discutisse sobre as qualidades que cada pessoa tem e que nem sempre são
percebidas, assim como as qualidades que podem estar escondidas em cada uma das comunidades e
que o grupo poderá descobrir e evidenciar durante o trabalho.
 Croqui da comunidade
A roda foi dividida em pequenos grupos, de acordo com a localidade em que as pessoas moravam.
Cada grupo ficou responsável por desenhar um mapa no qual pudesse localizar os pontos de luz de
cada comunidade, tanto em matéria de construções quanto em matéria de pessoas. Com essa
atividade, foi possível conhecer um pouco cada uma das comunidades e discutir sobre suas
potencialidades e possíveis ações, de forma que o projeto possa contribuir positivamente para ressaltar
ainda mais essas potencialidades e ajude a mudar o que ainda não é um ponto de luz.
 Roda complicada
Com a roda complicada, o grupo pôde experimentar formas variadas de encontrar respostas para os
questionamentos surgidos, exercitando acolhimento, convivência, aprendizado e gerando
oportunidades para que as pessoas também conseguissem se desvencilhar das complicações da
dinâmica.
 Boneco individual e coletivo
O boneco individual foi uma dinâmica usada para que os participantes exercitassem um pouco a
forma de olhar para si mesmos e para os outros. Essa dinâmica consiste em cada participante criar um
personagem, dando a ele depois sentimentos e metas, a partir de instruções determinadas pelo
coordenador. Ao final, cada participante é convidado a apresentar seu personagem para a roda. No
momento de se apresentar, quase sempre o participante se identifica com o personagem criado.
Depois, a roda foi dividida em pequenos grupos e cada grupo teve que criar um personagem
comunitário. Dessa forma, é possível sentir como são as relações das pessoas quando trabalham em
grupo e como pode ser o trabalho com a comunidade.
 Teia de aranha
Nessa dinâmica, os participantes foram estimulados a se comparar com uma planta, um animal e uma
comida. Além disso, cada participante deveria encontrar no item comparado qualidades em comum
com sua personalidade. Depois de falar, o primeiro participante deveria jogar para outra pessoa o

novelo de lã que estava segurando, sem soltar o início do fio. Em seguida, o próximo participante se
comparava e mandava o novelo, também sem soltar o fio, e assim por diante, até que todo o grupo
tivesse falado, formando assim uma teia de aranha com a lã.
Com o desenho formado pela lã, foi possível discutir sobre a importância de cada um no desenho
social de uma comunidade, cidade, país ou mesmo no mundo, além de conversar sobre como cada
pessoa se vê dentro desse desenho e como cada um faria falta se não estivesse inserido nele.
Conversou-se também sobre a possibilidade de cada um ocupar um espaço mais significativo dentro
da comunidade e como seria possível incentivar as pessoas da comunidade a se sentirem inseridas
dentro desse desenho, de tal forma que a palavra AÇÃO – Acolhimento, Convivência, Aprendizagem e
Oportunidade – aconteça de forma real e efetiva.
 Oficina de brinquedos
Para reforçar a importância e as possibilidades que podem ser aproveitadas durante o trabalho, foi
desenvolvida uma oficina de brinquedos utilizando material reciclável. Com essa atividade, pode-se
também conversar um pouco sobre o cuidado que se deve ter com o meio em que vivemos e sobre
consciência ambiental. Além disso, começou-se a conversar sobre a importância de se usar o
alternativo e de procurar sempre inovar no dia-a-dia durante os trabalhos do projeto.
 Quadro das habilidades
Esta dinâmica consiste em cada participante dar uma nota de um a dez a um grupo de dez
habilidades, compondo assim uma lista de afinidades que depois é discutida em grupo e forma as
principais habilidades de toda a equipe. Os grupos foram divididos por núcleo, para que assim
pudessem ir pensando nas atividades a serem desenvolvidas no trabalho. As seguintes habilidades são
oferecidas às pessoas para que procedam à numeração: habilidades com pessoas, habilidades com o
corpo, habilidades de comunicação, habilidades com o meio ambiente, habilidades com grupos,
habilidades com sons, habilidades com máquinas, habilidades manuais, habilidades com formas,
habilidades com cores.
 Textos
Foram trabalhados os seguintes textos: “Sobre gansos e equipes”, “Tudo que preciso realmente saber
aprendi no jardim da Infância”, “Cultura: Matéria-prima de Educação e Desenvolvimento” (esse texto é
usado sempre após a dinâmica “Teia de Aranha”) e “A águia que quase virou Galinha”. Os textos
foram usados como ferramenta para gerar discussões sobre diversos assuntos, entre eles a importância

do trabalho em equipe, as potencialidades de cada comunidade e a identificação das mesmas, bem
como a importância do incentivo e da não rotulação das comunidades e pessoas, os “saberes”,
“quereres” e “fazeres” de cada pessoa e da comunidade, entre outros.
GERENCIAMENTO DO PROJETO
A formação dos educadores e implementação do projeto Ação, é de responsabilidade do Centro

Popular de Cultura e Desenvolvimento, em parceria com a prefeitura municipal, através de sua
Secretaria de Saúde, Plantar e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
DESEMPENHO DOS EDUCADORES
Esta oficina serviu como reciclagem para as mães-cuidadoras que já eram do projeto em 2007 e como
formação de novos agentes comunitários de educação e mães-cuidadoras que seriam executores do
projeto pela primeira vez. Além da equipe que seria diretamente do projeto, participaram da oficina
algumas agentes comunitárias de saúde, reforçando dessa forma a parceria entre as instituições.
Como os participantes se mostraram muito empenhados em participar da oficina, foi muito difícil
escolher apenas alguns para desenvolver o projeto.
ENVOLVIMENTO DAS ESCOLAS ONDE ESTUDAM OS PARTICIPANTES.
A Escola Estadual Sérgio Eugênio foi muito importante para que a oficina acontecesse. A diretora
Denise foi uma das principais articuladoras da vinda dos alunos que seriam agentes, atuando como
grande incentivadora deles. Além disso, a escola liberou os alunos por uma semana inteira, de forma
que pudessem participar da oficina, sem que para isso ficassem prejudicados em suas notas.
ENVOLVIMENTO DAS ENTIDADES LOCAIS
Em 2008, o projeto AÇÃO é uma parceria entre a Plantar, o Centro Popular de Cultura e
Desenvolvimento (CPCD) e a Prefeitura municipal de Curvelo – Secretaria de Saúde e Conselho
Municipal da Criança e do Adolescente. Todas essas entidades colaboraram de forma muito
importante para que a oficina acontecesse.

AVANÇOS OBTIDOS
 Índices Qualitativos
- Boa participação nas discussões

- Compreensão da metodologia
- Socialização
- Entusiasmo
- Compreensão de que para ter saúde, mais do que não estar doente, deve-se também ter felicidade,
bem-estar, auto-estima, entre outros.
- As pessoas começaram a exercitar a medição do “lado cheio do copo”, ao invés de medir o “lado
vazio do copo”, que retrata ou reflete apenas as carências das comunidades e de seus moradores.
- Descoberta dos recursos existentes e disponíveis na comunidade.
- Participação da diretora da escola do Núcleo Canabrava em um dia de oficina.
 Índices quantitativos
- 32 participantes na oficina
- 21 pessoas selecionadas
- Representantes de 10 comunidades diferentes
- 4 textos usados
- 1 oficina de brinquedos
- 7 dinâmicas desenvolvidas
- 54 brinquedos confeccionados
DIFICULDADES ENFRENTADAS
Atraso no primeiro dia de oficinas, por causa do horário dos ônibus.

Ausência de alguns participantes em determinados dias, em razão de problemas com familiares.
Mudança de local da oficina por falta de disponibilidade da CDL, no primeiro dia da atividade.

ANEXOS
 Depoimentos Diversos
“O projeto, para mim, é como um meio de transporte: transporte de alegria, conhecimento,

brincadeiras, amizade.”
Luciana Oliveira Souza
Mãe-cuidadora - Bananal
“O apoio de cada um diante das dificuldades é o mais importante de tudo”

Gisele Borges de Sá
ACE - Canabrava
“O projeto, aos poucos, foi me mostrando que sozinhos não conseguimos muito e que cada um é
muito importante para conseguirmos atingir os grandes objetivos.”
Cleonice Barbosa Saraiva
Mãe-cuidadora - Estiva
“Este projeto, para mim, é uma oportunidade de ajudar a melhorar a minha comunidade usando as
coisas que eu sei.”
Julia Danielle G. de Carvalho
ACE - Angicos
“Participar do projeto é uma oportunidade maravilhosa para mim e para a comunidade. Eu sempre
tive oportunidades boas e deixei passar, mas essa eu agarrei.”
Cinara dos Santos Freitas
ACE - Canabrava

 Avaliações da oficina
“Quando fui convidada para fazer esse curso, achei que não ia gostar. Cheguei no primeiro dia sem
conhecer ninguém, pensei então que não ia dar certo, mas aos poucos fui conhecendo as pessoas e
aprendi a gostar de todos. Parecia que já eram velhos conhecidos. O resto da semana foi mais fácil,
pois eu já tinha me tornado amiga de todos. Aprendi muito com eles e espero que também tenham
gostado de mim e que, mesmo que seja pouco, tenham aprendido alguma coisa comigo. Gostei muito
do que eu aprendi. Espero que esse meu aprendizado possa render frutos.”
Adriane Torres Araújo
Mãe-cuidadora - Angicos
“Fizemos muitas brincadeiras, algumas que nos levaram a pensar no jeito de agirmos na comunidade
e como podemos acolher as pessoas. Pensar também em como ajudar a resolver os problemas e o
que a gente pode fazer para melhorar a comunidade, para que todos possam usufruir as belezas
culturais e naturais.”
Diogo Mendes de Lima
ACE - Paiol de Baixo
“Eu aprendi muitas coisas boas e vou levar tudo que aprendi para minha comunidade. Para mim, a
oficina foi ótima! Nós aprendemos muitas coisas que não sabíamos e refletimos sobre vários assuntos.
Eu espero que tenha outra oportunidade de participar dos encontros e das rodas. Espero que todos
tenham gostado, assim como eu. Para mim, foi uma lição e uma aprendizagem que vou levar para a
vida toda. Nessa semana, falamos o que pensávamos, o que achávamos certo ou errado e discutimos
até sobre a nossa comunidade. Falamos sobre ela e ficamos conhecendo todas as outras.”
Eunice Maria Pereira
Agente Comunitária de Saúde - Angicos
“Durante essa semana, fizemos várias brincadeiras que estimulavam nossas habilidades,
conhecimentos e principalmente o nosso trabalho em equipe. Nessa semana, aprendi um pouco mais
sobre como lidar com a comunidade. É muito bom ter a oportunidade de se expressar, dar nossas
opiniões e, o mais importante, ouvir e respeitar a opinião dos outros. Gostei muito do curso, fiz novas
amizades, perdi um pouco a timidez de falar em público, aprendi a dar importância a tudo o que nos
rodeia.”
Julia Danielle G. de Carvalho
ACE - Angicos

“Adorei conhecer e saber que ia fazer parte desse projeto, pois com ele teremos a oportunidade de
levar à comunidade a oportunidade de ser melhor e mais unida. Espero poder ser útil e colaborar ao
máximo com o projeto.”
Magna Teixeira de Freitas
Agente Comunitária de Saúde - Bananal
“Esta semana foi muito produtiva para mim. Já fui mãe-cuidadora no ano passado e fiquei mais
envolvida com o projeto. Acho que sempre podemos melhorar e ajudar ainda mais a comunidade.
Conviver com pessoas diferentes e de outras comunidades é bom. Aprendemos sempre a respeitar e a
entender que todos somos capazes.”
Telma Tatiane S. Maciel
Mãe-cuidadora - São José das Pedras
“Nessa semana, aprendi a trabalhar em equipe, a me conhecer melhor, a conhecer minha

comunidade e as comunidades dos outros participantes. Dentro de cada dinâmica, aprendi a respeitar
as opiniões, as experiências, as pessoas de um modo geral. Aprendi também sobre os potenciais e os
pontos negativos de cada comunidade. Aprendi que a união, o diálogo, a compreensão, a atenção, a
confiança nas pessoas e o respeito são coisas essenciais para o nosso viver. Desenvolvi meu
conhecimento em tudo o que pude e me diverti bastante, além de tirar muito proveito de cada
conversa para aprender.”
Regiane Maria Ribeiro de Sá
ACE - Canabrava
“Achei a semana muito proveitosa. Conheci pessoas diferentes, ouvi idéias interessantes, fiquei
sabendo dos costumes e dificuldades de outras comunidades, renovei as forças para recomeçar junto
com minha comunidade.”
Claudia de Melo Silva
Mãe-cuidadora - Poções
“No primeiro dia, eu pensei que esse seria um curso que o professor falaria enquanto eu escutava,
mas quando fizemos a roda percebi que seria diferente. Foi muito bom, é envolvente, mostra a
igualdade, não tem separação. Com as dinâmicas, desenvolvi sentimentos que estavam esquecidos.
Aprendi a respeitar o tempo do outro, a ficar mais atenta. Com a comunidade, vi que eu posso falar
diferente e ter muito mais chance de conseguir meus objetivos. Na verdade, não são eles que têm que
mudar e sim eu tentar falar diferente, ter mais paciência, tolerância.”
Efigênia Cândida de Sá Mendes
Mãe-cuidadora - Canabrava

“Aprendi que na vida existem coisas muito difíceis, mas basta lutar, trabalhar junto e acreditar que
tudo é possível e que somos capazes. Aprendi a dar valor às pequenas coisas e que elas às vezes se
tornam grandes tesouros.”
Rosiane Aparecida de Macedo
Mãe-cuidadora - Tomás Gonzaga
“Com todo que aprendi a cada dia na oficina, tive muitas idéias. Vou propor aos jovens a construção
de um jardim na frente do posto de saúde do Cobu, que se transformou em um lixão, além de semana
da beleza e todas as outras idéias que surgirem na roda.”
Andréia Pinto Borges
Agente Comunitária de Saúde - Cobu
“Tenho certeza de uma coisa: o projeto é uma luz que está brilhando no meu caminho.”
Cleonice Barbosa Saraiva
Mãe-cuidadora - Estiva

 Planejamento pedagógico - outubro/novembro - comunidade Angicos
MDI: de quantas maneiras diferentes e inovadoras podemos promover acolhimento, convivência, aprendizagem e oportunidade nas comunidades onde o
projeto AÇÃO Curvelo atua?
Perguntas Ações Tempo Responsável
Visitas aos moradores e escalda-pés em casa. 02/10 MC e ACE Angicos

Rodas de brincadeiras. 03/10 MC e ACE Angicos
Oficina de artes com materiais reciclados. 08/10 MC e ACE Angicos
Arrumação da barraquinha para a festa das
09/10 MC e ACE Angicos
crianças.
Festa das crianças. 11/10 MC e ACE Angicos
Roda de leitura. 14/10 MC e ACE Angicos
Almoço comunitário e escalda-pés. 15/10 MC e ACE Angicos
Como promover acolhimento, Oficina de brinquedos. 17/10 MC e ACE Angicos
convivência, aprendizagem e Clube do Vídeo. 18/10 MC e ACE Angicos
oportunidade aos moradores da Visitas aos moradores e escalda-pés em casa. 20/10 MC e ACE Angicos
comunidade Angicos no mês de Roda de brincadeiras. 21/10 MC e ACE Angicos
outubro? Roda de brincadeiras. 22/10 MC e ACE Angicos
Caminhada com hipertensos. 23/10 MC e ACE Angicos
Roda de brincadeiras. 28/10 MC e ACE Angicos
Roda de leitura. 29/10 MC e ACE Angicos
Roda de reflexão. 30/10 MC e ACE Angicos
Oficina de brinquedos. 31/10 MC e ACE Angicos

Clube do Vídeo. 05/11 MC e ACE Angicos
Roda de Leitura. 06/11 MC e ACE Angicos
MC e ACE Angicos MC e ACE
Reunião com a equipe de saúde e escalda-pés. 10/11
Angicos
Oficina de brinquedos para conscientização MC e ACE Angicos MC e ACE
13/11
contra a dengue. Angicos
Caminhada com hipertensos. 14/11 MC e ACE Angicos
Mutirão de limpeza no rio. 16/11 MC e ACE Angicos
Como promover acolhimento,
convivência, aprendizagem e Oficina de brinquedos para conscientização
oportunidade aos moradores da contra a dengue.
comunidade Angicos no mês de Oficina de brinquedos para conscientização
novembro? contra a dengue.
Oficina de leitura. 21/11 MC e ACE Angicos
Oficina de cavalinho de pau para cavalgada
contra a dengue.
Oficina de cartazes contra a dengue. 26/11 MC e ACE Angicos
Dia de combate à dengue. Cavalgada para
conscientização e exposição dos brinquedos 27/11 MC e ACE Angicos
confeccionados.
Oficina de enfeites de Natal. 28/11 MC e ACE Angicos

 Planejamento pedagógico - outubro/novembro - comunidades Canabrava e Paiol
Como promover acolhimento, MC e ACE das comunidades Paiol,

Dia da saúde, brincadeiras e escalda-pés. 06/10
convivência, aprendizagem e Canabrava e Meleiros.
oportunidade aos moradores da MC e ACE das comunidades Paiol,
Oficina de bonecas de palha de bananeira. 07/10
comunidade Angicos no mês de Canabrava e Meleiros.
outubro? MC e ACE das comunidades Paiol,
Canabrava e Meleiros.
MC e ACE das comunidades Paiol,
Ensaio de teatro em Canabrava. 13/10
Confecção de máscara para teatro. 14/10
Oficina de banco com garrafa PET. 15/10
Oficina de banco com garrafa PET. 16/10
17/10
Forró beneficente em Canabrava e Festa das MC e ACE das comunidades Paiol,
18/10
Crianças em Paiol. Canabrava e Meleiros.
Festa das Crianças em Canabrava. 19/10
Confecção de remédio caseiro. 22/10
Confecção de remédio caseiro.
23/10

Bingo beneficente em Paiol de Baixo e cinema MC e ACE das comunidades Paiol,
25/10
no Posto. Canabrava e Meleiros.
Fazer mais canteiros. 29/10
Futebol comunitário. 01/11
Como promover acolhimento, Canabrava e Meleiros.
convivência, aprendizagem e MC e ACE das comunidades Paiol,
Reunião em Curvelo. 03/11
oportunidade para os moradores das Canabrava e Meleiros.
comunidades Canabrava e Paiol no MC e ACE das comunidades Paiol,
mês de novembro? Fazer canteiro na horta de chás. 04/11
Dia de saúde e beleza no Posto de Saúde. 05/11
Cuidados com o jardim. 06/11
Exposição e apresentações culturais na ferinha MC e ACE das comunidades Paiol,
07/11
da Plantar. Canabrava e Meleiros.
Roda de leitura em Paiol. 10/11
Pesquisa de opinião em Paiol. 11/11
Cuidados com o jardim em Paiol. 12/11
Oficina de torta doce no Posto. 17/11
Oficina de torta salgada no Posto. 21/11
Bingo em Paiol. 24/11
Mutirão de limpeza no Posto. 25/11

Reunião e confraternização em Cobu. 26/11
Pintura de terra na comunidade. 27/11
Planejamento Pedagógico - outubro/novembro - Núcleo Bananal
Como promover acolhimento, MC das comunidades de Bananal e

Cantinho da Leitura em Bananal. 01/10
convivência, aprendizagem e São José das Pedras.
oportunidade para os moradores do MC das comunidades de Bananal e
Cantinho da Leitura e São José das Pedras. 02/10
Núcleo Bananal no mês de outubro? São José das Pedras.
MC das comunidades de Bananal e
São José das Pedras.
Clube do Vídeo em São José das Pedras. 07/10
Escalda-pés em São José das Pedras. MC das comunidades de Bananal e
08/10
Cantinho da Leitura em Bananal. São José das Pedras.
Campeonato de queimada em São José das
Pedras. 09/10
Cantinho da Leitura em Bananal.
Festa das crianças em São José das Pedras e MC das comunidades de Bananal e
12/10
Bananal. São José das Pedras.
Reforço escolar em São José das Pedras. MC das comunidades de Bananal e
14/10
Roda de saberes e fazeres em São José das MC das comunidades de Bananal e
16/10
Pedras. São José das Pedras.

Surpresa para crianças em São José das MC das comunidades de Bananal e
19/10
Cantinho da Leitura em São José das Pedras. 21/10
Cantinho da Leitura em São José das Pedras. 23/10
Roda de saberes e fazeres em Bananal. 24/10
Clube do Vídeo em São José das Pedras. MC das comunidades de Bananal e
28/10
Roda de saberes e fazeres com os idosos de MC das comunidades de Bananal e
30/10
São José das Pedras. São José das Pedras.
Campeonato de causos no ônibus de MC das comunidades de Bananal e
05
estudantes que vão para Curvelo. São José das Pedras.
Passeata contra o tabagismo em Bananal. 07/11
Mutirão de limpeza contra a dengue em MC das comunidades de Bananal e
10/11
Cantinho da leitura e reforço escolar nas duas
comunidades. 12/11
Como promover acolhimento, São José das Pedras.
convivência, aprendizagem e
Passeata contra o tabagismo em São José das MC das comunidades de Bananal e
oportunidade para os moradores do 15/11
Núcleo Bananal no mês de
novembro? Brincadeiras e oficina de brinquedos com as MC das comunidades de Bananal e
19/11
crianças nas duas comunidades. São José das Pedras.
Cantinho da Leitura nas duas comunidades. 26/11 MC das comunidades de Bananal e

Cantinho da Leitura São José das Pedras. 02/12
Clube do Vídeo em São José das Pedras. 04/12
Roda de brinquedos e brincadeiras em MC das comunidades de Bananal e
05/12
Roda dos saberes e fazeres em São José das MC das comunidades de Bananal e
09/12
Clube do Vídeo. 11/12
convivência, aprendizagem e Dia da Leitura em Bananal. 12/12
oportunidade para os moradores do
Núcleo Bananal no mês de MC das comunidades de Bananal e
Cantinho da Leitura São José das Pedras. 16/12
dezembro? São José das Pedras.
Roda de brincadeira em Bananal 1712
Campeonato de queimada. 18/12
Confraternização em São José das Pedras. 21/12
Confraternização em Bananal. 27/12

Planejamento pedagógico - outubro - Núcleo Estiva
Visita aos idosos e escalda-pés em Várzea de

01/10 MC Núcleo Estiva
Cima.
Oficina de Pipa. 02/10 MC Núcleo Estiva
Roda de brincadeiras com as crianças em
Estiva.
Brincadeiras em Tomás Gonzaga.
Clube do Vídeo em Várzea de Cima.
Reunião com as crianças em Estiva.
Clube do Vídeo com os jovens.
Roda de contação de história em Várzea de
Como promover acolhimento, Cima.
convivência, aprendizagem e Roda de contação de histórias em Várzea de
oportunidade para os moradores do Cima.
Núcleo Estiva no mês de outubro? Roda de brincadeira em Estiva.
Pintura de terra em Tomás Gonzaga. 07/10 MC Núcleo Estiva
Roda de brincadeiras em Várzea de Cima.
Escalda-pés em Estiva.
Pintura de terra em Tomás Gonzaga.
Escalda-pés em Estiva. 09/10 MC Núcleo Estiva
Roda de brincadeiras em Estiva.
Brincadeiras e escalda-pés em Tomás
Gonzaga. 10/10 MC Núcleo Estiva
Festa das crianças em Várzea de Cima.

Roda de conversa com as crianças em Estiva.
Oficina de beleza em Tomás Gonzaga.
Festa das crianças em Tomás Gonzaga. 12/10 MC núcleo Estiva
Pintura com tinta de terra em Tomás Gonzaga.
Roda de história em Tomás Gonzaga.
Encontro com a equipe da saúde e escalda-pés
em Várzea de Cima.
Oficina de pomada em Tomás Gonzaga.
Escalda-pés em Tomás Gonzaga.
Roda de leitura e brincadeiras. 17/10 MC Núcleo Estiva
Como promover acolhimento, Visita aos idosos e escalda-pés em Várzea de
convivência, aprendizagem e Cima.
oportunidade para os moradores do Roda de brincadeiras em Estiva.
Núcleo Estiva no mês de outubro? Piquenique em Tomás Gonzaga. 18/10 MC Núcleo Estiva
Passeio em Várzea de Cima.
Campeonato de pipa em Tomás Gonzaga. 19/10 MC Núcleo Estiva
Pintura de terra em Tomás Gonzaga.
Clube de Vídeo com os adolescentes de Tomás
Gonzaga.
Oficina de brinquedos em Várzea de Cima.
Roda de brincadeiras em Tomás Gonzaga.
Escalda-pés em Tomás Gonzaga. 24/10 MC Núcleo Estiva

Roda de contação de história em Estiva. 25/10 MC Núcleo Estiva
Festa das crianças em Estiva.
Roda de brincadeiras.
Escalda-pés e encontro com a equipe da saúde
em Estiva.
Clube do Vídeo em Tomás Gonzaga. 27/10 MC Núcleo Estiva
Visita aos idosos e escalda-pés em Várzea de
Cima.
convivência, aprendizagem e
Roda de brincadeira em Estiva.
oportunidade para os moradores do
Roda de brincadeiras em Tomás Gonzaga. 28/10 MC Núcleo Estiva
Núcleo Estiva no mês de outubro?
Oficina de Artes em Várzea de Cima.
Roda de leitura em Estiva.
Escalda-pés em Tomás Gonzaga. 31/10 MC Núcleo Estiva

2008 Relatório Técnico Projeto Ação Curvelo (JUN-SET-2008)

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2008 Relatório Técnico Projeto Ação Curvelo (JUN-SET-2008)

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RELATÓRIO TÉCNICO

PROJETO “AÇÃO CURVELO” - CURVELO / MG

Trata-se de um forma de aprender a ver e a destacar o IPDH (Índice de Potencial de Desenvolvimento

Ação Curvelo - Curvelo/MG 1

Ação Curvelo - Curvelo/MG 2

 Reunião para apresentação do projeto

Ação Curvelo - Curvelo/MG 3

Para atender às necessidades do escalda-pés e futuramente montar uma pequena farmácia de

Ação Curvelo - Curvelo/MG 4

No Núcleo Canabrava, encontramos dificuldade para conseguir desenvolver as oficinas de produção

 Oficina de brinquedos com material reciclável

 Oficina de pintura com tinta de terra

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Com o intuito de praticar a consciência ambiental e conversar sobre a importância da higiene e de

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 Reunião para apresentação do projeto

Foram apresentados às comunidades os objetivos do projeto, fotos do trabalho realizado no ano

 Oficina de brinquedos e brincadeiras

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 Reforço Escolar e Cantinho de Leitura

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 Reunião para apresentação do projeto

A reunião aconteceu com o objetivo de informar às pessoas da comunidade o retorno do projeto e

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O objetivo da Roda de Viola é mobilizar a comunidade, resgatar e valorizar as músicas e os toques

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 Cavalgada de Cavalinho de Pau

DESEMPENHO DOS EDUCADORES

O projeto AÇÃO conta com 21 educadores - 11 agentes comunitários de educação e 10 mães-

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ENVOLVIMENTO DAS FAMÍLIAS E COMUNIDADES

No Núcleo Canabrava, o envolvimento comunitário acontece principalmente por ocasião dos

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ENVOLVIMENTO DAS ESCOLAS

ENVOLVIMENTO DAS ENTIDADES LOCAIS

- Participação freqüente das pessoas das comunidades envolvidas.

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- 600 famílias atendidas direta ou indiretamente.

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- Atraso das bolsas nos dois primeiros meses de projeto.

Maria Dirce da Silva Rodrigues - Coordenadora

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“O projeto, para mim, é com um meio de transporte: transporte de alegria, de conhecimento, de

“O apoio de cada um diante das dificuldades é o mais importante de tudo.”

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 Pomada para escalda-pés

 Sal aromatizado de alecrim para escalda-pés

- 1kg de sal grosso

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FORMAÇÃO DE EDUCADORES - MAIO/08

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 Boneco individual e coletivo

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 Quadro das habilidades

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A formação dos educadores e implementação do projeto Ação, é de responsabilidade do Centro

DESEMPENHO DOS EDUCADORES

ENVOLVIMENTO DAS ESCOLAS ONDE ESTUDAM OS PARTICIPANTES.

ENVOLVIMENTO DAS ENTIDADES LOCAIS

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- Boa participação nas discussões

Atraso no primeiro dia de oficinas, por causa do horário dos ônibus.