Antigamente, muita gente acreditava que a mulher não podia lavar Andar de bicicleta: pode, desde que sejam
e sejam trajetos curtos.
a cabeça nos 40 dias após o parto, ou que só devia tomar canja de
galinha durante este período. Que estava livre para comer e
engordar o quanto quisesse, mas transar, nem pensar. Até se
descobrir os malefícios do cigarro, algumas fumavam
despreocupadamente, mas não podiam carregar peso ou dirigir.
Todo mundo tem sempre algo a dizer sobre gravidez e muitos
palpites não passam de mitos repetidos à exaustão. A verdade é que
tudo é relativo, garante a ginecologista e obstetra Lilian Takeda. “O
que é problema para algumas mulheres, pode não ser para outras.
Cada caso é diferente e depende de como vem sendo conduzida a
gravidez”.
Veja o que é mito e o que é verdade nesta história:
Sexo: O ato sexual durante a gestação é liberado e extremamente
saudável se tudo estiver em ordem e a mulher se sentir relaxada.
“Mas se for um estresse para ela ou houver sangramento, cólica ou
dilatação, precisa ser evitado”.
Esporte: “Pode praticar esportes desde que esteja acostumada. Para
a sedentária, o melhor é caminhar”.
Carregar peso: pode desde que não seja em excesso e a mulher não
esteja com sangramento ou cólica. “Não se deve levantar peso,
nem o filho de 1 ano. O melhor é sentar-se e pedir a alguém que o
coloque no seu colo”.
Dirigir: Até o sétimo mês é permitido, mas é bom evitar. “Em caso
de acidente, pode haver trauma e interferir na gravidez”.
Viajar de avião: deve ser evitado no primeiro e último trimestres.
“A despressurização pode causar aborto ou parto prematuro”.
Andar de salto alto: é um risco. “A gravidez deixa as articulações
mais frágeis, interferindo na estabilidade”.
Tinturas de cabelo: a ginecologista e obstetra Lilian recomenda não
usar: “Mesmo as que não têm amônia possuem metais pesados, que
podem dar alterações fetais, especialmente se foram utilizadas no
primeiro trimestre”. Mas as indicações variam de acordo com cada
médico. Em caso de dúvida, consulte o seu!
Estrias: “Mulheres sedentárias e que não hidratam a pele têm mais
riscos de ter estrias ao ganhar e perder peso rapidamente”.
Manchas: os cloasmas da gravidez são manchas causadas pela
exposição solar e muito difíceis de serem retiradas. “Para prevenir
é preciso usar filtro solar no dia-a-dia e evitar sol em excesso”.
Enjôo: é normal, explica a médica. “Isso acontece porque há
aumento nos níveis de hormônios, importantes para que haja boa
implantação do óvulo no útero. Mas pode ocorrer também quando
a mulher tem hipoglicemia devido a um jejum prolongado ou
devido a fatores emocionais”.
Hemorróidas: geralmente surge em mulheres que já têm propensão,
mas as que sempre deixam a ida ao banheiro para depois têm maior
tendência para desenvolver o problema.
Hipertensão e diabetes: dependem de fatores genéticos, mas podem
ser evitadas com uma alimentação saudável e controle da ingestão
de gordura e açúcar.

Bebidas alcoólicas: assim como a cafeína, em excesso é

prejudicial. “O que maioria dos médicos permite é uma taça de
vinho de vez em quando. Um dos riscos do consumo de álcool é a
criança nascer com síndrome de abstinência”.

Comer por dois: “A mulher precisa comer bem, mas sem excessos.
Como o metabolismo fica mais lento, é aconselhável ingerir pouca
quantidade de alimentos de fácil digestão várias vezes ao dia”.

Desejos: “Estão relacionados a fatores emocionais e às

necessidades de ingestão de alimentos doces, salgados ou azedos.
As mudanças hormonais e a carência de vitaminas, sais minerais e
proteínas podem contribuir para despertar o interesse por
determinado tipo de comida”.

Idade da mãe: “Não é regra, mas a gravidez após os 40 anos pode

exigir mais cuidados. Os maiores riscos de anomalias para o feto
são em mulheres nesta faixa etária que têm a primeira gestação”.

Consultoria: Lilian Takeda, ginecologista e obstetra.