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Terceira idade: orientações sobre saúde bucal

As projeções futuras realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) registram o aumento
expressivo da população idosa no Brasil e no mundo. Esta população muitas vezes é acometida por diversos
problemas, como a xerostomia (boca seca), cáries de raiz, problemas nas pontes/próteses totais, doenças
periodontais, lesões da mucosa bucal (candidíases, leucoplasias, etc), câncer bucal, etc. Então, esta população
precisa de cuidados e orientações específicas quanto a sua saúde bucal.
Na boca existem bactérias que ficam juntas e formam a chamada "Placa Bacteriana". A "Placa
Bacteriana" é a principal causa de cáries e doenças periodontais. A Placa Bacteriana é uma película transparente
que se forma sobre a superfície dos dentes e ao redor da linha das gengivas. Ela é composta por uma colônia de
bactérias que decompõem o açúcar e os restos alimentares acumulados, produzindo ácidos que atacam os dentes e
a gengiva.
Um fator que pode causar a cárie na terceira idade é a chamada "xerostomia" ("boca seca"). A xerostomia,
que é a diminuição da quantidade de saliva, é comum em quem toma muitos medicamentos, como por exemplo os
idosos. No caso daqueles que sofreram radioterapia anticancerígena de cabeça e pescoço, uma diminuição do
fluxo salivar ainda maior é observada e pode criar as cárie de radiação com uma exposição muito grande na região
da raiz do dente, e por isto, é importante a participação dos dentistas antes dos tratamentos oncológicos iniciarem.
A "boca seca" também pode ser a causa de um aumento dos problemas na gengiva. O idoso deve
consultar um dentista para que avalie sua condição bucal, e no caso da "boca seca", sejam recomendados produtos
que promovam bem estar, como por exemplo a saliva artificial para lubrificação da boca durante e após as
refeições. No caso seja constatado a diminuição da quantidade de saliva devido o efeito colateral dos
medicamentos, o uso de limpador de língua, uma vez por dia, ajuda a trazer “de volta” o gosto de certos alimentos
que foi perdido com a xerostomia.
Um outro fato é que com o envelhecimento, há chances de que a gengiva comece a retrair e isso faz com
que os dentes pareçam mais longos. Esse processo irá começar a expor a raiz do dente, podendo causar um maior
risco de cáries, a chamada "cárie de raiz", e pode causar uma hipersensibilidade da dentina. Neste caso, a
realização de uma higiene bucal diária perfeita, incluindo escovação e uso de fio/fita dental, mais os tratamentos
regulares com flúor, podem ajudar o idoso a ter dentes mais resistentes à cárie e podem auxiliá-lo a aliviar a dor
associada aos dentes sensíveis.
Existem três categorias de idosos: os independentes (conseguem viver por si só sem auxílio de outras
pessoas), os parcialmente dependentes (muitas vezes ou quase sempre precisam do auxílio de um cuidador) e os
totalmente dependentes (não têm iniciativa própria, seja por deficiência física, seja por problemas psíquicos e
necessitam de um cuidador).
Os idosos independentes devem observar maiores cuidados com dentaduras e pontes móveis quanto a sua
limpeza. Invariavelmente devem ser escovadas com escovas de unha e com detergente neutro, já que os cremes
dentais têm em sua composição abrasivos, que causam maior desgaste dos dentes artificiais. A periodicidade dessa
prática deve ser realizada após cada refeição e antes de dormir e ao acordar, pois placas bacterianas também se
formam sobre as próteses. E, caso as placas não sejam removidas adequadamente, podem provocar uma série de
doenças. Os dentes artificiais das dentaduras exigem uma correta higiene para evitar o risco de disseminação de
infecções que podem provocar a "endocardite" (inflamação de um tecido do coração) ou a "pneumonia por
aspiração" dos microrganismos, e que podem levar o idoso à morte. À noite, antes de se recolher, o idoso, após
promover a limpeza da prótese, deve colocá-la em um recipiente fechado com água. Mas é importante que o idoso
não durma com a prótese para proporcionar um relaxamento dos tecidos de suporte. Se o idoso tiver dentadura
mas também tiver dentes, deve-se usar uma escova para dentadura e outra escova macia ou extramacia para os
dentes naturais. Já os idosos que não têm dentes, devem promover a limpeza das mucosas e gengivas, utilizando-
se de solução de digluconato de clorexidina a 0,12% sem álcool, aplicada numa gaze. Uma atenção especial deve
ser tomada no caso de o idoso sentir dor de ouvido ou nuca. Nesses casos, possivelmente a dentadura deve ser
refeita. Após dois ou três anos de uso, o melhor a fazer é procurar um dentista para reavaliá-la e verificar a
adaptação da prótese.
Se o idoso tem algum tipo de doença como artrite, artrose e gota, devido às alterações nas articulações
que levam a movimentos dolorosos e limitados, deve-se fazer adaptações, como por exemplo, com a escova
através de um cabo engrossado com resina acrílica para facilitar os movimentos durante a higienização.
Já os idosos parcialmente e totalmente dependentes, necessitam de uma pessoa denominada "cuidador"
para auxiliá-lo em sua rotina diária e que deve receber várias orientações sobre a importância da manutenção da
saúde bucal, como por exemplo os cuidados com as próteses, a maneira correta de higienização bucal, quanto a
dieta do idoso (deve ser à base de carnes, frutas, verduras, legumes, cereais e fibras e deve-se evitar o consumo de
doces e refrigerantes), além da atenção que deve ser observada com relação a dificuldade que o idoso tem de
alimentar-se (deve-se evitar que a a alimentação seja exclusiva ou habitualmente de alimentos moles), etc. Nestes
casos, o cuidador é quem irá realizar a higiene bucal do idoso sob a orientação do dentista. Quando o idoso está
acamado, o cuidador poderá se utilizar de abridores de boca para a realização da higienização e desta forma,
poderá escovar os dentes do idoso com maior facilidade. E para o enxague da boca, poderá se utilizar de uma
seringa descartável com água, onde a cabeça do idoso é direcionada para o lado e para a frente de uma vasilha em
que a água irá sendo depositada.

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Marco Tulio Pettinato Pereira


Cirurgião-dentista com especialização em Saúde da família (UCAM), Saúde Coletiva (SL Mandic)
e Saúde Pública (UNAERP)

Fernando Luiz Brunetti Montenegro


Mestre e Doutor FOUSP, Prof. Adjunto na UnG, Coordenador Saúde Bucal CEDPES e Casa Ondina Lobo

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