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6 Economia

Florianópolis, junho de 2009 Edição: Rodolfo Espínola

Grupos promovem compras coletivas


Cooperação é feita para desenvolver uma rede econômica mais sustentável e consumir produtos orgânicos
Divulgação
A busca por alimentos orgânicos,
ecologicamente corretos, produzidos
de acordo com os princípios da sus-
tentabilidade, faz com que pessoas
se unam para adquirir produtos sem
agrotóxicos. Os grupos informais se-
lecionam pequenos produtores, asso-
ciações e cooperativas e fazem o que
chamam de compra coletiva.
Em Florianópolis, os responsáveis
por uma iniciativa desse tipo é o casal
Krisna e Mahesh – nomes espirituais
pelo qual são conhecidos – que estu-
da na Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) e organiza um sis-
tema de compras junto a produtores
rurais. Grupos como os coordenados Mahesh (à direita) organiza as divisões das compras coletivas mensalmente na UFSC, em Florianópolis. Os produtos adquiridos pelo grupo são de seis fornecedores catarinenses
por eles podem ser encontrados em
cidades como Cascavel (PR), Campi-
nas (SP) e Porto Alegre (RS) e inte-
ambiente e na sustentabilidade. Além de
buscar uma mudança no atual padrão
plorar os outros, sem levar vantagens e
sem destruir o meio ambiente. Dados sobre empreendimentos solidários
gram uma atividade conhecida como de consumo da sociedade. “As pessoas São considerados empreendimentos
economia solidária. que participam são as que optam por de economia solidária uma associação de
O gráfico ilustra a quantidade de empreendimentos de economia solidária no Brasil e
As listas de compras não são as comprar não o mais fácil, mas, sim, o produtores orgânicos ou agroecológicos, em Santa Catarina que tiveram início em determinada década.
mesmas para todos os grupos. Entre correto, o saudável e sustentável”, afir- uma cooperativa de costureiras, catadores
os produtos mais comuns estão fari- mam os organizadores da compra na ca- de lixo ou barqueiros, uma feira de bair-
nha, cereais, grãos, açúcar mascavo pital, Krisna e Mahesh. O primeiro passo ro, um grupo de compras ou trocas. Basta
e queijos. Todos orgânicos. Pasta de é selecionar os produtos em uma lista e que funcionem com a decisão de todos, 10000
dente e sabonete ecológico – feitos fazer o pagamento prévio. Depois de feito cooperação, sem hierarquia nem patrões
com substâncias que não agridem o o pedido, marca-se a partilha e cada um e sejam solidários na comercialização e 5000
meio ambiente – também estão entre busca seus itens. Em Florianópolis e Cas- consumo, além de ter autogestão.
os itens que podem ser adquiridos em cavel, a compra é mensal. Em Campinas, Diante do leque de empreendimentos 2000
Santa Catarina. “Compro pela quali- semanal e Porto Alegre, quinzenal. e atividades desenvolvidos, compreender

il
as
dade dos produtos, pelos preços mais As compras coletivas se inserem no o conceito da prática não é uma tare-
Br
1000
baixos que os do mercado e por favo- contexto de economia solidária. Segun- fa fácil. “Hoje há uma dificuldade em
recer o fortalecimento de uma econo- do a Secretaria Nacional de Economia entender o que é a economia solidária. 500
mia que foge da tradicional”, justifica Solidária (Senaes), criada em 2003 e vin- Tem muitos grupos que a praticam e não tarin a
Gopi Kanta. Ela é uma das consumi- culada ao Ministério do Trabalho e Em- sabem que aquele modo de organização, an ta Ca
100 S
doras pioneiras a integrar o grupo ca- prego (MTE), a prática é definida como comércio e consumo trata-se de uma ini-
tarinense que conta, em média, com o conjunto de atividades econômicas ciativa desse tipo”, afirma Erika Sagae,
25 pessoas. – produção, consumo, finanças e crédito representante do Fórum Catarinense de 1951 a 1970 1971 a 1980 1981 a 1990 1991 a 2000 2001 a 2007
O objetivo comum é consumir pro- – organizadas e realizadas solidariamen- Economia Solidária (FCES). Fonte: Relatório Sies (2005/2007) - Senaes
dutos orgânicos, agroecológicos, apoiar te por trabalhadores de forma coletiva. Fonte: Relatório Sies (2005/ 2007) –SENAES
os pequenos produtores, pensar no meio Além disso, deve ter autogestão, sem ex- Thaís Goes O que é mais produzido
Santa Catarina Brasil

Falta regulamentação para modelos de 1º Leite Milho

economia solidária em Santa Catarina


2º Mel Feijão

3º Hortigranjeiros Arroz
O estado não possui uma lei ou se- o Atlas e o Sistema Nacional de In- espalhado e, muitas vezes, não se co-
Confecções Farinha de
cretaria própria para promover a po- formação em Economia Solidária municam”, completa Lisboa. 4º
mandioca
lítica pública dos empreendimentos. (Sies)”, explica Liliana Copetti, coor- Estabelecer um novo canal de
Minas Gerais, por exemplo, instituiu denadora da Sessão na SRTE/SC. acesso ao mercado para os produto- 5º Artigos de cama,
Confecções
uma lei que define diretrizes da Polí- De acordo com o último Atlas, res urbanos e rurais é uma maneira mesa e banho
Fonte: Relatório Sies (2005/2007) - Senaes
tica Estadual de Fomento à Economia divulgado em 2007, Santa Catarina de fortalecer as iniciativas e potencia- Fonte: Relatório Sies (2005/ 2007) –SENAES
Popular Solidária em 2004. possui 690 empreendimentos registra- lizar suas produções. “Não visamos Comparativo do custo de produtos
A Superintendência Regional do dos de economia solidária – 3,15% do nenhum lucro, mesmo porque esta Mercado (valor médio) Compra coletiva
Trabalho e do Emprego (SRTE/SC) total nacional. Chapecó é a cidade que ideia seria contraditória em relação Açúcar mascavo
R$10,20- 1kg R$3,60 - 1kg
se envolve com o tema desde 2003, registra o maior número: são 45. às nossas convicções. Os preços vi- orgânico
quando foi criada a Secretaria Nacional O doutor em sociologia econômi- sam apenas pagar os produtores e as Arroz cateto R$7,80 - 1kg R$3,90 - 1kg
de Economia Solidária (Senaes). Po- ca, pesquisador na área de economia despesas correntes da Cooperativa. As
rém, somente em fevereiro de 2009 foi solidária e professor da UFSC, Arman- pessoas que auxiliam no funciona-
Produto

Farinha de Trigo
criada uma Sessão de Economia Soli- do Lisboa, aponta que os compradores mento são cooperadas e seu trabalho R$6,29 - 1kg R$2,15 - 1kg
Fina
dária. “Nosso papel é de supervisionar coletivos não estão organizados em é voluntário”, explica Marialice Per-
Arte: Felipe Franke

Feijão Azuki R$5,75 - 500g R$2,45 - 500g


as entidades, articular com o governo grandes associações ou ONGs, como roud, que ajuda nas entregas dos pro-
e fazer o mapeamento e cadastramen- acontece em alguns países da Europa. dutos e nos controles administrativos
Hamburguer de
to dos empreendimentos, repassando “No Brasil, o movimento ainda é fra- e financeiros da Cooperativa GiraSol, soja
R$5,80 - 280g R$6,50 - 250g
para a Senaes os dados que compõem co. Não tem volume de mercado, está em Porto Alegre. (T.G.) Dados coletados em Florianópolis Dados coletados em Florianópolis

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