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CRÔNICAS RUPESTRES:
O caráter informativo / noticioso da arte parietal pré-histórica.
FEIRA DE SANTANA
Maio de 2008
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CRÔNICAS RUPESTRES:
FEIRA DE SANTANA
Maio de 2008
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CRÔNICAS RUPESTRES:
O caráter informativo/noticioso da arte parietal pré-histórica.
BANCA EXAMINADORA
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AGRADECIMENTOS
A superação de mais um desafio, aos 52 anos, não seria possível sem apoio,
amizade e ajuda de pessoas que me foram caras ao longo desses quatro anos.
...a Rodrigo Osório Pereira, pelas horas que me dedicou na ideação dessa
monografia, e pelas valiosas sugestões;
...a Thiago Britto, pela companhia e auxílio nas diversas pesquisas de campo;
... a Alex Daniel, filho e fiel parceiro de andanças pela chapada Diamantina;
...a Laize Mendes, colega e amiga querida; filha pelo coração;
... A Marly Caldas, mestra, amiga e exemplo de dignidade;
...ao professor Emmanoel Simões, inspirador dessa monografia, pelo respeito
às diferenças culturais;
... ao professor José Hermógenes por aceitar a orientação deste estudo e
conduzi-lo com serenidade, acreditando e apoiando minhas idéias;
... aos colegas que, ao longo do curso, optaram por outros caminhos, porém
deixaram suas pegadas na estrada do meu coração;
... aos colegas Maria Gislândia, Fred Abreu, Érica Martins pela tolerância e
amizade que demonstraram nestes quatro anos de co-estudos.
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(Alasdair MacIntyre)
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RESUMO
ABSTRACT
The present work monographic proposes a reflection on the paper carried out by the
paintings prehistoric rupestres, in the social life of the human groups that they were
they contemporary. To research and to analyze the parietal representations as a
manifestation that extrapolates the aesthetic and artistic concept, going for the utility
field, as an education form, historical and informative registration, is the motivation
that orientates this study. Along the research, referring subjects to prehistory
concepts, colonization and national identity, they are brought to fire for better
contextualization of the partner-historical factors that determined the disappearance
of the races that produced the pictorial panels. The semiotics was the principal it
contributes theoretical for the development of that research; a scientific tool capable
the wide and complex field of the signs and symbols that permeate the
representations rupestres to light up.
LISTA DE FOTOGRAFIAS
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Fotografia 1- Área da pesquisa de campo, em Morro do Chapéu - Bahia
Fotografia 2- Pintura rupestre que lembra mitos da cultura Ocidental 33
Fotografia 3- Cervídeo pintado em paredão 39
Fotografia 4- Painel rupestre visível à distância 41
Fotografia 5- Suporte rochoso contribui para composição da cena 44
Fotografia 6- Caçador 46
Fotografia 7- Ritual 46
Fotografia 8- Cena da árvore 47
Fotografia 9- Cena da árvore 47
Fotografia 10- Tradição Agreste 48
Fotografia 11- Palma de mão 48
Fotografia 12- Figura geométrica que sugere sensualidade 59
Fotografia 13- Cena de batalha e estupro de mulheres 54
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
1 HISTÓRIA DE CAÇADORES 15
CONCLUSÃO 57
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REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
que pálida, do meio ambiente que foi o habitat, proveu e, muitas vezes, deve ter
sido hostil a homens, mulheres, crianças que nele e dele sobreviveram.
A maioria dos sítios, alvos da presente pesquisa, não possuía ainda uma
denominação quando da viagem de reconhecimento ao local. Então, para facilitar o
referenciamento geográfico, algumas denominações foram atribuídas contando com
o auxílio da população autóctone.
Fotografia 1: Área da pesquisa, em Morro do Chapéu - Bahia. Fonte: Google Earth (2008)
1
No estudo da pré-história, Antes do Presente (AP) tem por convenção o ano de 1950; referência,
aproximada, ao período em que foi descoberta a técnica de datação conhecida como Carbono 14. Na
verdade, essa técnica foi desenvolvida em 1952.
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1 HISTÓRIA DE CAÇADORES
Até fins do Século XVIII e início do século XIX, pouco ou quase nada se sabia
sobre o homem pré-histórico, suas viagens migratórias, costumes e hábitos. Nas
Américas, África e Ásia, uma legião de violadores de tumbas, à procura de fortunas
supostamente escondidas pelos nativos, rapinou um incalculável acervo cultural e
quase levaram à total destruição importantes monumentos arquitetônicos.
2
Teoria fundamentada nas idéias do naturalista inglês Charles Robert Darwin (1809-1882), na qual
são propostos mecanismos baseados na seleção natural, para explicar a origem, a transformação e a
perpetuação das espécies ao longo do tempo.
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que existiram outrora, pode não trazer bons resultados quando se trata de pré-
história. Ele adverte que as populações remanescentes são poucas e se
modificaram demasiadamente durante os milênios que as separam dos habitantes
primevos.
A Arqueologia nada mais é que uma leitura, ainda que um tipo particular de
leitura, na medida em que o “texto” sobre o qual se debruça não é composto
de palavras, mas de objetos concretos, em geral mutilados e deslocados do
seu local de utilização original (FUNARI, 2007, p. 32).
Prous (2007) enfatiza que a linguagem dos vestígios é complexa e rica, mas,
para que respostas científicas sejam dadas, a Arqueologia depende da colaboração
de outras ciências.
Funari (2003) esclarece ainda, que a Arqueologia não deve ser vista como
uma Ciência voltada exclusivamente para o estudo dos artefatos. Ele considera de
fundamental importância o estudo do que chama “ecofatos” e “biofatos”; aqueles, se
referindo a vestígios do meio ambiente, estes, aludindo a restos de animais
associados a um agrupamento humano. Para esse autor, “a Arqueologia estuda,
diretamente, a totalidade de material apropriado pelas sociedades humanas, como
parte de uma cultura total, material e imaterial, sem limitações de caráter
cronológico” (FUNARI, 2003, p.14).
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Período pós-glacial iniciado aproximadamente há 10.000 anos e compreende os dias atuais.
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Iniciar uma investigação sobre pinturas rupestres, seu caráter simbólico, além
de um possível utilitarismo como elemento informativo e/ou noticioso, não se
apresentava como uma tarefa impossível. Atualmente, a bibliografia que versa sobre
representações rupestres não é extensa, mas relevante e substancial. Contudo, no
decorrer da pesquisa, justamente na etapa bibliográfica, é que surgiram algumas
questões inquietadoras que motivaram esse presente capítulo.
Autores como Prous (2007), Pessis (1992), Martin (2005), Funari; Noelli
(2006) e Etchevarne (2007) levantam questionamentos de tamanha importância
sócio-histórica, que seria impraticável não trazê-las a lume, nesta monografia, sem
deixar se perder a essência, a causa primeira, cujo empenho pela compreensão e
preservação da arte rupestre brasileira se justifica: o resgate histórico-cultural.
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Aquele que emigra para povoar e/ou explorar uma terra estranha (Dicionário Eletrônico Houaiss da
Língua Portuguesa, versão 2.0.- Abril – 2007).
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Funari e Noelli (2006) admitem que, por volta de um milhão de anos antes do
presente (AP), humanóides já tinham um cérebro cujo volume aproximava-se
daquele do homem moderno atual, e já haviam realizado a maior conquista da
espécie humana no decurso da pré-história: o domínio do fogo. Também já eram
capazes de fabricar utensílios. Estas duas habilidades lhes permitiram se aventurar
por lugares mais longínquos e frios. Foram denominados Homo habilis.
Para Blainey (2007), entre 500 ou 200 mil anos, em mais uma mudança
biológica, o cérebro dos humanos alcançou outro crescimento notável e a estrutura
já possuía uma área de fala. Como isso aconteceu, porém, é um grande mistério;
uma das causas prováveis foi o uso cada vez maior de carne na alimentação. É
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Segundo Funari e Noelli (2006), entre 60 e 40 mil anos AP, teriam surgido a
maioria das manifestações e habilidades humanas, tais como a arte, os enfeites do
corpo, os enterramentos dos mortos, as viagens marítimas e a linguagem falada.
Blainey (2007) denomina aquele período como o “Grande Salto” ou “Explosão
Cultural”. Diz ele: “A linguagem falada adquiria mais palavras e maior precisão. As
belas-artes surgiram juntamente com o ato de comunicar-se através da fala,
apoiando-se no uso de símbolos” (p. 14).
Ainda segundo Blainey (2007), é possível que antes de 20.000 anos AP,
nenhum grupo de 500 pessoas tenha se reunido em uma mesma localidade. Como
não cultivavam ou criavam animais, não podiam prover com alimentos uma grande
parcela populacional. Porém, esta vida errática favoreceu de modo insuspeito os
grupos pré-históricos:
Tal fenômeno, para Blainey (2007), provocou ainda o recuo das águas em
zonas litorâneas. No Brasil, por exemplo, arqueólogos calculam que as terras onde
hoje estão assentadas cidades como Salvador e Rio de Janeiro, deviam estar há
muitos quilômetros do mar, portanto, não seriam áreas costeiras.
Contudo, entre 9.000 ou 11.000 anos AP, adveio o Holoceno, que compreende
o período atual. No Holoceno ocorreu o degelo das calotas polares aumentando o
nível das águas oceânicas. Inversamente à glaciação, o novo fenômeno provocou a
inundação de grandes superfícies da terra. Entre outras conseqüências, foi fechada
a passagem por via terrestre entre Ásia e Américas, através do Estreito de Bering.
Esta visão, entretanto, não é partilhada por Funari (2003) e Martin (2005).
Ambos concordam que a tecnologia não pode determinar o grau de evolução de
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uma sociedade, pois cada grupo social possui estratégias próprias de sobrevivência
e também, concepção peculiar do mundo que o rodeia.
Para Blainey (2007), é provável que esse tipo de captura só acontecesse nos
raros momentos em que havia um grupo maior de caçadores reunidos, e estes
conseguiam encurralar a caça em alguma espécie de cânion. Há ainda a
possibilidade dos grupos arcaicos terem se alimentado das sobras deixadas por
predadores naturais.
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Características morfológicas semelhantes à das populações norte - asiáticas, como os chineses e
japoneses, observadas até hoje na população indígena brasileira.
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Até o ano de 1.500 não havia Brasil, apenas um terra livre, habitada por
descendentes dos primeiros colonos; possuidores de cultura e ideologias próprias. A
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Não hierarquizadas, inverso das sociedades complexas marcadas por forte hierarquia social. Não
confundir com primitivismo (GASPAR, 2003, p. 10).
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partir de 1500, o Brasil, ainda sem definição territorial, passou a fazer parte do
Império Luso, que se espalhava por quatro continentes (Ásia, Europa, África e
América). Com o Tratado de Madri, em 1750, entre Espanha e Portugal, os limites
territoriais viriam a ser fixados, aproximando-se do que é hoje.
O fato é que, três séculos após o descobrimento, o país já tinha ficado órfão
de quase 70% de sua população primeva. Em meados do século XVIII, o invasor
europeu já havia dizimado, a tiros ou passando pelo fio da espada, grande parte dos
grupos sociais pretéritos. Ainda de acordo com Fausto (2006) “O Brasil não foi
povoado, foi despovoado para ser em seguida repovoado por uma população
totalmente diferente daquela que existia aqui em 1500”.
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Até os anos 70 do Século XX, antropólogos como Darcy Ribeiro e órgãos governamentais como a
FUNAI, acreditavam na tese do degeneracionismo, supostamente capaz de levar os povos indígenas
à extinção (FUNARI; NOELLI, 2006, p. 33).
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Desta forma, uma pintura rupestre como a que pode ser observada na
fotografia 02 podia ser intencionalmente correlacionada, pelos indígenas, a eventos
da mitologia cristã, prestando-se, pois, à mediação religiosa e, conseqüentemente, à
reconfiguração cultural.
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Fotografia 2: Pintura rupestre que lembra mitos da cultura Ocidental. Fonte: acervo do autor.
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Sistema de idéias (crenças, tradições, princípios e mitos) interdependentes, sustentadas por um
grupo social de qualquer natureza ou dimensão, as quais refletem, racionalizam e defendem os
próprios interesses e compromissos institucionais, sejam estes morais, religiosos, políticos ou
econômicos (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, versão 2.0.- Abril – 2007).
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Para a Igreja católica e outras instituições religiosas, doutrina baseada no Gênese bíblico, segundo
a qual o mundo foi criado por Deus a partir do nada, e todos os seres vivos tiveram criação
independente e se mantêm biologicamente imutáveis (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua
Portuguesa, versão 2.0.- Abril – 2007).
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Durante quatro séculos, a arte parietal brasileira foi pouco ou mal estudada.
Mal estudada porque tinha como ponto de partida lendas de além-mar, ou o
pressuposto que se tratava de arte primitiva sem qualquer valor. Somente em
meados do século XX é que o enfoque dado ao estudo da pré-história brasileira
mudou.
Porém, ao passo que fascina bela beleza das imagens e grafismos pintados,
o simbolismo, linguagem só compreensível para quem conhece o código, se torna a
grande incógnita das pinturas rupestres. Não havendo parâmetros para descobrir o
que as inscrições significavam para seus autores e os grupos sociais que lhes foram
contemporâneos, toda apreciação é conjectural e traz, subjacente, a óptica do
analista.
De acordo com Pereira (2005, p. 29), “A mensagem pode ser definida como
ordenação ou combinação de signos visando transmitir informação”. Código é a
linguagem na qual a mensagem é transmitida. Toda mensagem é expressa numa
linguagem qualquer, ou seja, é codificada.
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A escrita é uma linguagem verbal, mas também simbólica dado que ela não
tem semelhança alguma com o seu referente. Quando escrevemos o vocábulo
“árvore”, sabemos do que se trata por convenção, pois a palavra não retrata o
referente:
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Sistema primitivo de escrita em que se exprimiam as idéias por meio de cenas figuradas ou
simbólicas (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, versão 2.0.- Abril – 2007)
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O pintor que retratou nas rochas os fatos mais relevantes da sua existência
tinha, indubitavelmente, um conceito estético do seu mundo e da sua
circunstância. A intenção prática da sua pintura podia ser diversificada,
variando desde a magia ao desejo de historiar a vida do seu grupo, porém,
de qualquer forma, o pintor certamente desejava que o desenho fosse "belo"
segundo seus próprios padrões estéticos. Ao realizar sua obra, estava
criando Arte (MARTIN, 2005, p. 240).
As palavras “arte” e “artista” têm a mesma raiz latina que é “artesão”, sendo
arte o perfeito conhecimento de regras que permitem realizar uma obra adequada a
sua finalidade. Para Gaspar (2006), Do mesmo modo que um artista
contemporâneo, seja ele um cantor, coreógrafo, escritor ou pintor, pretende que sua
arte, além de encantar os sentidos, leve uma mensagem ao público, não era outro o
objetivo final do homem que, há 9.000 anos, desenhou na pedra os sinais pictóricos.
Da mesma forma que não há duas obras de arte iguais, a não ser quando
se trata de cópia ou plágio, não há também dois painéis rupestres repetidos,
pois o que se repete são as idéias e os comportamentos, plasmados
graficamente e de forma subjetiva. (MARTIN, 2005, p. 238).
Fotografia 5: Suporte rochoso contribui para composição da cena. Fonte: Acervo do autor.
Diz Pessis (1992) que em sítios arqueológicos disseminados por quase todo o
território brasileiro, com maior ênfase na Região Nordeste, cientistas e
pesquisadores têm identificado padrões estilísticos e estéticos nas representações
rupestres. Essa similitude de estilo, pigmentação, temática; tipo, estatismo ou
movimento das figuras dentro de um painel, faz com que arqueólogos identifiquem
três classes principais de pinturas, designando-as com o termo “tradição”: Nordeste,
Agreste e Geométrica.
Fotografia 6: Caçador. Fonte: Acervo do Autor Fotografia 7: Ritual. Fonte: Acervo do autor
onde são encontrados inclui também a Bahia. São figuras cheias, ou com contornos
de traços largos nas quais se reconhecem as partes principais dos corpos: cabeças,
troncos e extremidades. Algumas são de grande tamanho. Há ainda palmas de mãos
pintadas, ou tipo carimbo.
Para Etchevarne (2007), o caráter mais recente desta tradição pode ser
comprovado através das superposições sobre a Tradição Nordeste. As fotografias 10
e 11 exemplificam essa tradição pictórica.
Fotografia 12- Figura geométrica que sugere sensualidade. Fonte: Acervo do autor
11
Texto jornalístico redigido de forma livre e pessoal, e que tem como temas fatos ou idéias da
atualidade, de teor artístico, político, esportivo, etc., ou simplesmente relativos à vida cotidiana (Novo
Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.0, 2004).
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Uma definição sobre o caráter institucional dos grafismos rupestres, que mais
parece fazer referência a uma organização jornalística, pode ser lida em Etchevarne
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(2007. p. 23): “[...] a arte rupestre fica entendida como um sistema de representação
gráfica, o que implica o reconhecimento que se trata de um veículo visual
estruturado e socializado.”
CONCLUSÃO
Até mesmo por necessidade de afirmar a posse e domínio das novas terras
além-mar, é compreensível que os europeus definissem o conceito de História do
Brasil a partir de sua chegada às terras recém ocupadas. Também é sabido que
valores religiosos e humanitários diferem com o tempo, e as etapas culturais que
dele resultam, num processo contínuo de reconfiguração social.
REFERÊNCIAS
BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do mundo. São Paulo: Editora fundamento,
2007.
CUNHA, Manuela Carneiro da. História dos Índios no Brasil. São Paulo: Cia das
Letras, 1992.
FUNARI, Pedro Paulo; NOELLI, Francisco Silva. Pré- história do Brasil. 3 ed. São
Paulo: Editora Contexto, 2006.
GASPAR, Madu. A arte rupestre no Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editora, 2006.
GUIDON, N. Métodos e técnicas para análise da arte rupestre. Piauí: UFPI, 1985.
MARCONDES, Ciro Filho. Ideologia. Coleção para entender: São Paulo: Editora
Global, 1997.
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______. O Brasil antes dos brasileiros: a pré-história do nosso país. 2 ed. rev.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2007.
SANTAELLA, Lucia. Teoria Geral dos Signos. São Paulo: Ática, 1995.
TENÓRIO, Maria Cristina. Pré-História da Terra Brasilis. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ,
1999.