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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS

FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO - FABICO


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO - DCI
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MUSEOLOGIA

PLANO DE ENSINO

CÓDIGO/DISCIPLINA
BIB 03212 – Expografia
PRÉ-REQUISITOS DOCENTE
Maria Lúcia Ricardo Souto
ETAPA ACONSELHADA CRÉDITOS/CARGA HORÁRIA
A partir do 4º semestre 04 Créditos | 60 h | 15 aulas

PERÍODO LETIVO HORÁRIO


2009/2 2134
NATUREZA
Obrigatória
SÚMULA
Elementos constituintes das exposições. Metodologias e técnicas. Teoria e prática de design
expográfico.

1. A DISCIPLINA
Esta atividade seguirá um repertório de obras de autores clássicos e contemporâneos
dedicados ao tema de design de exposições, expografia, museografia, ferramentas de
desenho bi e tri-dimensional, imagem, narrativa e memória os quais dialoguem com os
propósitos interpretativos relacionados à concepção, planejamento e representação de
exposições. A atividade busca, sobretudo, despertar o estudante de museologia para as
questões incomensuráveis relacionadas às exposições em museus. Ao longo do
semestre, o estudante deverá pesquisar um universo de imagens (fotográficas,
videográficas, sonoras, textuais, etc.) para compor coleções a serem “comunicadas” num
ambiente expográfico imaginário. A definição de tema a partir dessa pesquisa – individual
e em grupo – irá compor o chamado estágio de pré-figuração da exposição, bem como
iniciará a organização de repertório imagético e projetual do estudante. A disciplina
tomará forma de um “atelier de planejamento conceitual de exposições” e deverá
instrumentalizar teórica e metodologicamente o museólogo em formação, para operar
com a diversidade de conhecimentos, de mecanismos de educação e de agentes
envolvidos com os processos pré-figuracionais, configuracionais e refiguracionais de
exposições de diferentes especificidades, abrangência e duração. As aulas expositivas
serão acompanhadas de seminários de fundamentação teórico-metodológica, de
sensibilização a aspectos técnicos e tecnológicos, bem como de seminários de
representação conceitual, com apresentação e debate coletivo. Os conteúdos foram
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organizados de forma a contemplar a preocupação didática em desconstruir barreiras


técnicas, teóricas e metodológicas do estudante diante da temática da disciplina,
desnaturalizando suas abordagens e compreensões, priorizando o processo criativo e
reconhecendo a importância de “imaginar espaços” de vivência e interação com acervos
e coleções museológicas.

2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Preparar o museólogo em formação para atuar no planejamento e na concepção de
exposições ligadas a museus, compreendendo toda a complexidade da sua atuação, das
interfaces com os demais profissionais envolvidos com essa atividade e com os
diferentes públicos que as percorrerão.

2.2 Específicos
- Explorar os aspectos incomensuráveis das exposições, dando ênfase aos processos de
conceituação e constituição de universo de trabalho – as coleções e seus recortes
temático/conceituais;
- Propiciar a construção, por parte do estudante, de repertório e conhecimento técnico,
tecnológico e, sobretudo, teórico-metodológico para o trabalho com exposições;
- Provocar o estudante a reconhecer processos individuais e coletivos na concepção e
construção de exposições, especialmente através da experiência de um atelier;

3 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

- Refletir conceitualmente todas as etapas de planejamento de exposições, avaliando


criticamente mecanismos de sua construção e aplicabilidades;

- Manter uma visão ampla, complexa, consciente e solidária do processo de


planejamento dos projetos museológicos de comunicação de acervos, identificando
agentes e suas atribuições;

- Promover relações transdisciplinares para complementar as técnicas e os métodos


aplicados na construção de exposições, reavaliando permanentemente as estratégias de
ação adotadas em cada caso.

4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

4.1- A exposição: tipos, modos, propósitos, condicionantes e exemplos


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4.1.1- O universo expositivo a ser construído/descoberto: imagens, espaços e tempos. A


experiência temporal do museólogo, do projetista, do espectador – “jogos da memória”.
4.1.2- A exposição, as grandes exposições, contextos urbanos e culturais. Identificação
de métodos e recursos técnicos e tecnológicos. Edutainment: educação e entretenimento.
Diferentes sistemas de divisão de coleções;
4.1.3- Exposição de caráter didático, definidas quanto a sua especificidade e abrangência
(histórica, científica, étnica, de arte, decorrente de museu temático) e duração
(permanente ou temporária). Quanto à relação com espectador: sensitiva, contemplativa
e interativa. Construção de ambiente neutro e reconstrução em evocação. Exemplos e
debate coletivo. Tipos diferentes de exposição e suas instituições: exposições
permanentes; públicas e as coleções de estudo; exposições temporárias: função e
organização no museu, categoria prevista de visitantes; acessibilidade e duração;
proteção; exposições itinerantes, itinerário e duração, manutenção, embalagem,
expedição, transporte, seguro, locais de exposições didáticas fora do museu.

4.2- Pré-figurando a exposição


4.2.1- Pesquisa, sensibilização e construção do universo imagético, seleção e recorte
temático;
4.2.2- Plano preliminar de ação: organização da equipe e compreensão das funções;
4.2.3- Caráter geral da exposição: condicionantes, a instituição e sua missão (museu de
arte, museu histórico, museu temático, museu comunitário), pré-existências,
acessibilidade; interações e interatividades; considerações espaciais e temporais;
narrando a exposição, o desenho interpretativo; relações entre a forma museográfica, a
coleção e o espaço. (nexo expositivo);
4.2.4- Desenhos múltiplos: de uso conceitual e de uso interpretativo, bi e tridimensional.
Princípios de flexibilidade da instalação proposta, exercício de divisão conceitual de
espaço, possibilidades de luz artificial, proteção das obras expostas; percurso proposto.
Ampla discussão teórica, exercícios coletivos e individuais e debate. Primeiras escritas
sobre o processo expográfico e museográfico.
4.2.5 - Processo criativo: pensar e “imaginar” criativamente a exposição. Leituras sobre
criatividade artística. (seminário).

4.3. Configurando a exposição


4.3.1 – A forma, o significado e a coleção: estratégias projetuais e reavaliações
conceituais; estudos de organização e experimentação.
4.3.2 - Principais técnicas e tecnologias disponíveis (pesquisa coletiva); princípios e
métodos de instalação e apresentação relativas ao tema, ao conceito, ao conteúdo e
interação do público; tratamento do espaço; uso de iluminação e cor; utilização de
movimento e cor; adequação do material em função da natureza das coleções:
apresentação adaptada e categoria dos visitantes.
4.3.3 – Gestão e produção: equipamentos, mobiliário e objetos utilizados, vitrines, painéis
e instrumentação – palestra com profissional da área.
4.3.4 - Apresentação, mídias gráficas, mídias audiovisuais. O que os catálogos querem
informar e como o fazem. Diferentes escritas: a escrita técnica do memorial descritivo (a
memória do projeto), a escrita narrativa dos diários de visita técnica e a escrita do
material a ser exposto.

4.4. Refigurando e avaliando o processo de conceituação


4.4.1 - Debate final sobre refiguração do “universo da exposição”; experiência coletiva de
avaliação do exercício de conceituação projetual. Reavaliação dos instrumentos
utilizados, por que e como utilizar determinadas mídias, ferramentas, estratégias e
recursos. As questões da instituição e das coleções
pesquisadas/constituídas/selecionadas.
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5 Metodologia

Aulas expositivas, seminários teórico-metodológicos, painéis de apresentação do


processo conceitual (em equipe), estudos individuais, apresentação de multimídia e
recursos visuais, exercício de escritas – técnicas e narrativas.

6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Aulas Previstas para o Semestre
Período AGO SET OUT NOV
Conteúdos (08/09) (09/09) (10/09) (11/09)
A exposição: tipos, modos, propósitos, condicionantes e
exemplos. O universo expositivo a ser
construído/descoberto. A experiência temporal do
museólogo, do projetista, do espectador. Tipos diferentes
de exposição e suas instituições.
Pré-figurando a exposição: pesquisa, sensibilização e
construção do universo imagético, seleção e recorte
temático. Plano preliminar de ação. Caráter geral da
exposição. Desenhos múltiplos. Processo criativo.
Configurando a exposição: a forma, o significado e a
coleção: estratégias projetuais e reavaliações conceituais;
estudos de organização e experimentação. Principais
técnicas e tecnologias disponíveis. Gestão e produção.
Apresentação, mídias gráficas, mídias audiovisuais.
Refigurando e avaliando o processo de conceituação:
reavaliação dos instrumentos utilizados, por que e como
utilizar determinadas mídias, ferramentas, estratégias e
recursos.

7 EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM

Atividades individuais ou em grupo (equipes de trabalho), palestra de profissionais


da área, leituras e debate em seminários, exercício de conceituação projetual
apresentado em painéis e reunido em dossiê final (a ser entregue). Planejamento
de exposição da turma nas dependências da faculdade.

8 AVALIAÇÃO

O desempenho do aluno será acompanhado e avaliado mediante os seguintes:

8.1 Procedimentos

- exercício de conceituação e representação de exposição;


- escrita e avaliação de relatos do processo de conceituação e aprendizado;
- trabalhos individuais e em pequenos grupos;
- participação nas atividades em sala de aula, nos painéis intermediários e finais,
nos seminários e nas atividades de pesquisa demandadas pela disciplina;
- freqüência.

8.2
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Critérios

A- trabalhos excelentes: o aluno demonstra ter aprendido o conteúdo ministrado; usa


adequadamente os instrumentos da Área; demonstra independência na pesquisa, na
gestão e na atuação na área da museologia e da questão central do atelier; interage
com discernimento diante do diálogo inter, multi e transdisciplinar; demonstra espírito
crítico no trato com o tema e com a prática trabalhada pela disciplina; aplica com
propriedade os métodos exercitados e busca aprimorá-los; evidencia conhecimento
do referencial teórico trabalhado; contribui com a dinâmica do processo de ensino, de
formação e de aprendizagem, através de questionamentos, observações, pesquisas
extras ou outra forma de participação.

B- trabalhos muito bons: o aluno demonstra ter aprendido o conteúdo ministrado,


mas ainda evidencia dificuldades de manejo com o universo das exposições,
preconceitos relativos à sua atuação e dos demais agentes envolvidos com o
processo; manifestadas por meio de dúvidas, dependências ou incorreções em
seu desempenho, em relação: à forma de conduzir o planejamento e a
conceituação de exposições; à aplicação e compreensão da bibliografia estudada;
à utilização metodológica; contribui com a dinâmica do processo de ensino e de
aprendizagem, através de questionamentos, observações ou outra forma de
participação.

C - trabalhos regulares: o aluno demonstra ter aprendido, em parte, o conteúdo


ministrado; apresenta dificuldades de ação e interação com o tema e com o grupo
e imprecisões conceituais e metodológicas; pouco contribui com a dinâmica do
processo de ensino e de aprendizagem, através de questionamentos,
observações ou outra forma de participação.

D - trabalhos e participação insuficientes: o aluno demonstra não ter aprendido o


conteúdo ministrado; apresenta muitas falhas conceituais e metodológicas; não
contribui com a dinâmica do processo de ensino e de aprendizagem, através de
questionamentos, observações ou outra forma de participação.

CONCEITOS OBJETIVOS ALCANÇADOS QUALIDADE DE ATINGIMENTO DOS


OBJETIVOS ALCANÇADOS
A PLENAMENTE, COM AVANÇOS EXCELENTE
B PLENAMENTE SUFICIENTE
C PARCIALMENTE SUFICIENTE
D MUITO PARCIALMENTE INSUFICIENTE

8.3 Atividades de Recuperação

A atividade de recuperação da avaliação parcial de conhecimentos será realizada


sempre que o conceito obtido pelo aluno for D. Essa prova ocorrerá fora do horário
regular das aulas, em data a ser definida em comum acordo entre a professora e o aluno,
não devendo ultrapassar três semanas após a divulgação do resultado da referida
avaliação. A atividade de recuperação da avaliação final de conhecimentos será oferecida
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até setenta e duas horas após a divulgação do seu resultado, em local e horário
estabelecido de comum acordo entre a professora e o aluno. O conceito final, a ser
atribuído ao aluno, levará em consideração, além das avaliações parciais e final, os
procedimentos relacionados em 8.1.

BIBLIOGRAFIA

Textos para fundamentação e reflexão teórica - debate em seminários:

AUMONT, Jacques. A imagem. Campinas: Papirus, 1993.


BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e poder. São Paulo: Brasiliense, 1997.
ECKERT, Cornelia & ROCHA, Ana Luiza C. da. Nos jogos da memória, as curvaturas
do tempo. In: O tempo e a cidade. Coleção Academia II. Porto Alegre, Ed. da UFRGS,
2005.
ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas.
4.ed São Paulo: Perspectiva, 1986. 284 p. (digital)
FOCILLON, Henri. A vida das formas. Lisboa: Edições 70, 2000.
LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo:
Loyola, 1997.
MAFFESOLI, Michel. No fundo das aparências. Petrópolis: Vozes, 1996.
MANGUEL, Alberto. Lendo imagens: uma história de amor e ódio. São Paulo:
Companhia das Letras, 2001.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Ed. Vozes, Petrópolis, 1978.
PAÍN, Sara. Poéticas dos saberes no conhecimento. In: Revista nº5: A ruptura com o
construtivismo piagetiano. Porto Alegre: Geempa, 1997. (digital)
RICOEUR, Paul. Arquitetura e Narratividade. Urbanisme, Paris, n. 303, p. 44-51,
nov./dez. 1998. (digital)
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa – a tríplice mímese. In: Tempo e Narrativa, Vol. 1.
Campinas: Papirus: 1994.
7

Textos de aproximação técnica e temática – debate em aula e uso para conceituação:

AMATO, Pietro. Proyectar um museo: notiones fundamentales. Roma: Instituto Italo-latino


americano, 2004.
AZARA, P. E GURI, C. Arquitectos a escena/Architects on stage: escenografías y montajes de
exposición em los 90. Barcelo: Gustavo Gili, 2000.
BARKER, Emma. Contemporary Cultures of Display. Yale: The Open University, 1999.
EXHIBITION DESIGN: Arquitectura efímera. Barcelona: Monsa, 2002.
EZRATI, Jean-jacques. Manuel d´éclairage museógraphique. Office de Coopération e d
´Information Museógraphique, Dijon,1995.
FERNANDEZ, Luis A., FERNANDEZ, Isabel G. Diseño de Exposiciones: concepto,
instalación y montage. Alianza Editorial, Madrid, 1999.
GIESECKE, Frederick Ernst. Comunicação gráfica moderna. Porto Alegre: Bookman, 2002,
566 p.
GREENBERG, Reesa, FERGUSON, Bruce, NAIRNE, Sandy. Thinking about Exhibitions.
Routledge, Londres, 1996.
GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, lingüística e cultural
da simbologia das cores. São Paulo: Annablume, 2000, 147p.
LOCKARD, William Kirby. Design drawing experiences. 2000 Edition. New York: W.W. Norton
& Company, 2000.
MACDONALD, Sharon. The politics of display: museums, science, culture. London:
Routledge, 1998.
MUSEUM AND ARTS SPACES of the World. Vol. 1. Melbourne: Images Publishing Group
Ltd., 2001.
PEDROSA, Israel. O universo da cor. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2006, 160p.
RATTO, Gianni. Antitratado de cenografia: variações sobre o mesmo tema. São Paulo:
Editora SENAC, 1999.
ROCHA, Paulo Mendes da. Maquetes de Papel. SP: Cosac & Naify, 2007.
STANISZEWSKI, Mary Anne. The Power of Display: a History of Exhibition Installations at the
Museum of Modern Art.The Mit Press. New York. 1998.
STORCHI, Ceres. O espaço das exposições: o espetáculo da cultura nos museus. Publicado
na Revista Ciências & Letras, n° 31 - da Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ciências e
Letras. 2002.
VAN MENSCH, Peter. Towards a methodology of museology. PhD Thesis, University of
Zagreb, 1992.
WONG, Wucius. Fundamentos del diseño. Barcelona: Gustavo Gili, 1995.
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Textos complementares
ECKERT, Cornelia & ROCHA, Ana Luiza C. da “ A cidade, o tempo e a experiência de um
museu virtual.” In: O tempo e a cidade. Coleção Academia II. Porto Alegre, Ed. da UFRGS,
2005.
ECKERT, Cornelia & ROCHA, Ana Luiza C. da. Antropologia nas interfaces do mundo do
hipertexto. In: Cadernos de Antropologia e Imagem. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Núcleo de Antropologia e Imagem- NI. Rio de Janeiro/UREJ, NAI, vol. 22, n. 1, 2006.
ECKERT, Cornelia & ROCHA, Ana Luiza C. da. A memória como espaço fantástico”.
GUIGOU, Nicolas (org). In: Trayetos antropologicos.1a ed.Montevideo : Editorial Nordan-
Comunidad, 2007.
HOOPER-GREENHILL, Eilean. The Educational Role of the Museum. (Leicester Readers in
Museum Studies). London: Routledge, 1998.
LEÃO, Lúcia. O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço. São Paulo:
Iluminuras, 1999.
MEAD, Margaret. People and places. Cleveland, World Publishing, 1959.
RICOEUR, Paul. Teoria da interpretação. Lisboa: Edições 70, 1976.

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