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PROCESSO TC N.O 02633/06

Objeto: Recurso de Reconsideração


Relator: Auditor Renato Sérgio Santiago Melo
Impetrante: Antônio Trajano de Sousa
Procurador: Dr. André Luis de Oliveira Escorei

EMENTA: PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL - PRESTAÇÃO DE


CONTAS ANUAIS - PRESIDENTE DE CÂMARA DE VEREADORES -
ORDENADOR DE DESPESAS - CONTAS DE GESTÃO -
IRREGULARIDADE - APLICAÇÃO DE MULTA - FIXAÇÃO DE PRAZO
PARA PAGAMENTO - DETERMINAÇÃO - ENCAMINHAMENTO DE
CÓPIA DA DELIBERAÇÃO A SUBSCRITOR DE DENÚNCIA -
RECOMENDAÇÕES - REPRESENTAÇÕES - INTERPOSIÇÃO DE
RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO REMÉDIO JURÍDICO
ESTABELECIDO NO ART. 31, INCISO n.C/C O ART. 33, AMBOS DA
LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N.o 18/93 - Apresentação de
justificativas e documentos incapazes de elidir as máculas
constatadas. Conhecimento do recurso e, no mérito, pelo seu não
provimento. Remessa dos autos à Corregedoria da Corte.

Vistos, relatados e discutidos os autos do RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO interposto pelo


ex-Presidente do Poder Legislativo do Município de Serra Grande/PB, Sr. Antônio Trajano de
Sousa, em face da decisão desta Corte de Contas, consubstanciada no ACÓRDÃO
APL - TC - 361/08, de 21 de maio de 2008, publicado no Diário Oficial do Estado de 17 de
junho do mesmo ano, acordam os Conselheiros integrantes do TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DA PARAÍBA, por unanimidade, em sessão plenária realizada nesta data, na
conformidade da proposta de decisão do relator a seguir, em:

1) TOMAR conhecimento do recurso, diante da legitimidade do recorrente e da


tempestividade de sua apresentação, e, no mérito, pelo seu não provimento.

2) REMETER os autos do presente processo à Corregedoria deste Tribunal para as


providências que se fizerem necessárias.

Presente ao julgamento o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas


Publique-se, registre-se e intime-se.
TCE - Plenário Ministro João Agripino

João Pessoa, 06 de maio de 2009


TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02633/06

Conselheiro o Diniz Filho

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Represen\~ntedo Ministério Público Especial ..
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02633/06

O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, ao analisar as contas de gestão do ex-Presidente


da Câmara Municipal de Serra Grande/PB, Sr. Antônio Trajano de Sousa, relativas ao
exercício financeiro de 2005, em sessão plenária realizada em 21 de maio de 2008, mediante
o ACÓRDÃO APL - TC - 361/08, fls. 504/521, publicado no Diário Oficial do Estado de 17 de
junho do mesmo ano, fl, 522, decidiu: a) julgar irregulares as referidas contas; b) aplicar
multa no valor de R$ 2.805,10 ao ex-Chefe do Poder Legislativo; c) assinar prazo para
recolhimento da penalidade ao Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal;
d) determinar a formalização de processos específicos para análises respeitantes à gestão
pessoal; e) encaminhar cópia da deliberação a subscritor de denúncia; f) enviar
recomendações; e g) efetivar as devidas representações.

A supracitada decisão teve como base as seguintes irregularidades remanescentes: a) gastos


com folha de pagamento em dissonância com o disposto no art. 29-A, § 1°, da Constituição
Federal; b) dispêndios do Poder Legislativo acima do limite estabelecido no art. 29-A,
inciso I, da Carta Magna; c) ausência de envio e de comprovação da publicação dos
Relatórios de Gestão Fiscal - RGFs do período; d) carência de equilíbrio entre as
transferências recebidas e as despesas do Poder Legislativo; e) falta de empenhamento,
pagamento e contabilização de contribuições previdenciárias patronais devidas ao INSS;
f) imperfeições nos demonstrativos contábeis; g) contratações de profissionais para serviços
típicos da administração pública sem concurso público; h) ausência de retenção e
recolhimento das contribuições previdenciárias dos agentes políticos; i) repasse tardio aos
cofres municipais do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN retido dos
prestadores de serviços, sem os encargos devidos e sem a respectiva autenticação nos
documentos de arrecadação municipal; e j) não envio ao Poder Executivo de informações
acerca da execução orçamentária, com vistas à consolidação dos demonstrativos contábeis
do Município.

Não resignado, o Sr. Antônio Trajano de Sousa interpôs, em 02 de julho de 2008, recurso de
reconsideração, fls. 523/529, bem como juntou documentos, fls. 532/603. Nas referidas
peças processuais, o interessado alega, sumariamente, que: a) o não envio dos RGFs do
período e da comprovação das suas publicações não trouxe prejuízo à análise da gestão
fiscal, uma vez que todas as informações estão contidas nos balancetes mensais e na
prestação de contas da Câmara Municipal, devendo ser revista a multa imposta ao gestor;
b) o texto do art. 12, inciso I, alínea "j", da Lei Nacional n.o 8.212/91, que incluiu os agentes
políticos como segurados obrigatórios da previdência social, reflete exatamente o excerto
anterior declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal - STF; e c) com o
propósito de elidir a falha remanescente acerca das contribuições previdenciárias, foi
realizado um parcelamento de débito junto ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
concedido em 19 de setembro de 2007, bem antes do julgamento das contas em apreço.

Em seguida, o álbum processual foi encaminhado aos peritos da Divisão de Auditoria <,

Gestão Municipal V - DIAGM V, que, ao esquadrinharem o recurso e a documen ção '). _ o."

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC N.O 02633/06

apresentados, emitiram o relatório de fls. 605/609, onde mantiveram in totum as máculas


que ensejaram a decisão guerreada.

Instado a se pronunciar, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas emitiu parecer,


fls. 611/614, onde pugnou, em preliminar, pelo conhecimento do presente recurso de
reconsideração e, no mérito, pelo seu não provimento.

Solicitação de pauta, conforme fls. 615/617 dos autos.

É o relatório.

Recurso de reconsideração contra decisão do Tribunal de Contas é remédio


jurídico - remedium juris - que tem sua aplicação própria, indicada no art. 31, inciso lI,
c/c o art. 33, ambos da Lei Complementar Estadual n.? 18/93 - Lei Orgânica do TCE/PB -,
sendo o meio pelo qual o responsável ou interessado, ou o Ministério Público Especial,
dentro do prazo de 15 (quinze) dias, interpõe pedido, a fim de obter a reforma ou a
anulação da decisão que refuta ofensiva a seus direitos, e será apreciado por quem houver
proferido o aresto vergastado.

In timine, constata-se que o recurso interposto pelo ex-Presidente do Poder Legislativo do


Município de Serra Grande/PB, Sr. Antônio Trajano de Sousa, atende aos pressupostos
processuais de legitimidade e tempestividade, sendo, portanto, passível de conhecimento por
este ego Tribunal. Entretanto, quanto ao aspecto material, verifica-se que os argumentos
apresentados pelo interessado são incapazes de eliminar as irregularidades remanescentes,
apuradas na instrução processual.

No tocante à pena pecuniária imposta, é importante realçar que a multa, no valor de


R$ 2.805,190, foi aplicada com base no art. 56, inciso lI, da Lei Orgânica do Tribunal de
Contas do Estado (Lei Complementar Estadual n.O 18, de 13 de julho de 1993. Em verdade,
o que motivou a penalidade foi o conjunto de transgressões a dispositivos normativos
constitucionais, infraconstitucionais ou regulamentares, de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional ou patrimonial, observados na análise da contas em comento,
concorde dispõe o art. 56, inciso lI, da referida Lei Orgânica do TCE/PB - LOTCE/PB,
in verbis:

Art. 56 - O Tribunal poderá também aplicar multa de até Cr$ 50.000.000,00


(cinqüenta milhões de cruzeiros) aos responsáveis por:

I - (omissis)

II - infração grave a norma legal ou regulamentar de natureza contábll.-:>,


financeira, orçamentária, operacional e patrimonial; . ):
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC N.O 02633/06

Em relação à não retenção e ao não recolhimento das contribuições previdenciárias


incidentes sobre os subsídios dos Vereadores e devidas à Previdência Social, evidencia-se
que, de acordo com a documentação apresentada pelo recorrente, fls. 535/598, o Município
de Serra Grande/PB, através do Poder Executivo, efetuou um PEDIDO DE PARCELAMENTO
dos débitos da Comuna, relativos ao período de dezembro de 2003 a junho de 2007, fI. 536.

O citado ajuste foi requerido em 17 de setembro de 2007 e concedido no mesmo dia,


mediante o Termo de Parcelamento de Dívida Fiscal - TPDF n.o 60.397.316-7, fls. 541/546,
sendo o montante negociado de R$ 158.308,98 (R$ 125.605,12 do principal atualizado,
R$ 3.053,81 de multas e R$ 29.650,05 de juros), a ser quitado em 60 (sessenta) prestações
mensais, fls. 555/556. No entanto, todos os valores incluídos no mencionado acordo
referem-se a débitos do Executivo e não da Câmara Municipal de Serra Grande/PB como
pretendia demonstrar o recorrente.

Quanto às demais irregularidades destacadas na decisão de fls. 504/521, o postulante não


trouxe quaisquer justificativas. Portanto, as razões do recurso evidenciam o emprego de
frágeis alegações, servindo apenas para sedimentar ainda mais a configuração das máculas
constatadas.

Ante o exposto, comungando com a intervenção do Parquet Especializado, proponho que o


Tribunal de Contas do Estado da Paraíba:

1) TOME CONHECIMENTO do recurso, diante da legitimidade do recorrente e da


tempestividade de sua apresentação, e, no mérito, pelo seu não provimento.

do presente processo à Corregedoria deste Tribunal para as


em necessárias.

Éapro

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