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Processo Te n° 02547/07

Prestação de Contas da Prefeitura


Municipal de Campina Grande. exercício
de 2006, de responsabilidade do Senhor
Veneziano Vital do Rego Segundo Neto.
Declaração de atendimento parcial às
exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal
tendo em vista a incompatibilidade de
informações entre os demonstrativos fiscais e
aPCA.
Omissão da administração na
disponibilização de informações à comissão
de inspeção ou envio posterior ao Tribunal.
A falta de disponibilização financeira
para pagamento das obrigações de curto
prazo só configura a irregularidade prevista
no artigo 42 da LRF quando ocorrente nos
dois últimos quadrimestres do mandato. .
Aplicação de multa. Recomendações.

ACÓRDÃO APL - TC cfL{ '[12009

Vistos, relatados e discutidos, os presentes autos do Processo TC N° 02547/07,


referente à Prestação de Contas Senhor Veneziano Vital do Rego Segundo Neto, Prefeito do
Município de Campina Grande, relativa ao exercício de 2006, ACORDAM os integrantes do
Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, por unanimidade, em consonância com o pronunciamento
oral do Ministério Público Especial, em sessão plenária realizada hoje, em: a) declarar o
atendimento às exigências da LRF, por parte do Poder Executivo do Município de Campina
Grande, com exceção; b) fixar o prazo de 30 (trinta) dias para que o Gestor comprove medidas,
visando a sanear as irregularidades ocorridas no Demonstrativo da Dívida Flutuante Consolidada
no que se refere aos saldos da Câmara Municipal, na Demonstração das Variações Patrimoniais e
no Balanço Financeiro no que trata das transferências financeiras entre receitas extra-
orçamentárias conforme relatório da Auditoria; c) aplicar ao Gestor a multa de R$ 5.610,20, nos
termos do que dispõem os incisos I, II e VI do art. 56 da LOTCE; d) assinar-lhe o prazo de 60
(sessenta) dias para efetuar o recolhimento da multa, ao Tesouro Estadual, à conta do Fundo de
Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, cabendo ação a ser impetrada pela
Procuradoria Geral do Estado, em caso do não recolhimento voluntário, devendo-se dar a
intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do § 4° do art. 71
da Constituição Estadual; e) recomendar ao gestor a observância das normas legais, adotando
medidas com vistas a não repetir as falhas verificadas no presente processo, principalmente no
que tange ao parecer PN- TC-5212004, a Lei 4.320/64; f) determinar a formalização de
processo apartado com vistas a análise da matéria re ionada ao preenchimento de cargos
comissionados acima das vagas existentes legalment . . I \
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ProcessoTe n° 02547/07

Assim decidem tendo em vista a ocorrência de algumas situações que, embora assinaladas nos
autos, não se constituíram em irregularidades capazes de levar o Tribunal à emissão de parecer contrário.
Apesar da melhoria histórica do déficit financeiro, houve aumento na indisponibilidade
de recursos para saldar compromissos de curto prazo, tendo o resultado do exercício em análise,
continuado deficitário, no montante de R$ 17.038.302,33. No exercício, segundo a Auditoria,
quando considerada a execução consolidada existe superávit financeiro. No caso, além de outras,
foram consideradas as disponibilidades do Instituto de Previdência Municipal, cujos recursos em
seu poder somam, segundo o balanço Patrimonial, R$ 17.114.664,75. Porém, não se deve
considerar tais recursos com vistas à apuração de resultados, vez que a legislação e o próprio
compromisso atuarial do Instituto, não permitem que este valor seja utilizado para objetivos que
não os da Previdência Municipal. É de se ponderar as dificuldades enfrentadas pelo
administrador em decorrência das dívidas históricas que assolam o município de Campina
Grande, devendo, por isso, o Gestor cuidar para que se busque o equilíbrio financeiro exigido
legalmente, através da contenção de gastos desnecessários e, principalmente, do incremento da
arrecadação, seja através de novas fontes de recursos, seja realizando as receitas já existentes e
que de alguma forma deixaram de ser cumpridas. Todavia, por não se tratar do ultimo exercício
do mandato não se pode falar em descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal nesse
aspecto, vez que o artigo 42 da referida Lei apena contrair obrigação de despesa sem que haja
disponibilidade de caixa para honrá-la somente nos últimos dois quadrimestres do mandato, o
que não é o caso,
Diversos dados dos demonstrativos apresentados na Prestação de Contas e enviados para
abastecer o SAGRES estão incompatíveis com os contidos nos demonstrativos fiscais.
Examinando o relatório da auditoria vê-se que tais divergências não se resumem apenas à gestão
fiscal. Vários foram os aspectos levantados pelo órgão de instrução, onde as informações
contidas na PCA diferem daquelas demonstradas em outros documentos contábeis. Noutros
casos não existia qualquer informação sobre alguns dados necessários ao cálculo das despesas
condicionadas e dos gastos relativos à Previdência, os quais, mesmo solicitados in loco, não
foram disponibilizados à comissão de inspeção ou enviados posteriormente ao Tribunal. Tal fato
compromete a transparência exigida para uma boa administração e demanda um maior trabalho
da fiscalização para colher os dados reais e assim prestar as informações corretas nos relatórios.
Cabe determinação ao Gestor para que adote as medidas cabíveis no sentido de prevenir a
repetição de tais ocorrências, capacitando sua equipe de trabalho para que sejam corretamente
prestadas as informações nos demonstrativos fiscais e contábeis e ainda que sejam
disponibilizadas as informações e os documentos necessários ao trabalho da Auditoria.
A licitação objeto de observações da Auditoria e da denúncia anexada aos autos foi
considerada regular pela Primeira Câmara deste Tribunal quando da apreciação do processo TC
n° 01281/06. A ausência do Termo de Cessão Parcial de contrato de limpeza urbana objeto da
Concorrência constante do Processo TC n° 05813/05 foi suprida quando da inspeção in loco por
parte da auditoria. Por outro lado, as conclusões relativas às licitações que estão sendo analisadas
em processos próprios, serão consolidadas nas Prestações de Contas das Secretarias Municipais
respectivas e eventuais responsabilidades caberão, evidentemente, aos respectivos titulares.
Para informar que houve pagamento de salários abaixo do mínimo, a Auditoria
considerou a folha de pagamento referente ao décimo terceiro salário pago a 212 servidores
efetivos e comissionados. Em documentos envi os pelo interessado por solicitação da
Assessoria do Gabinete ficou comprovado que de pagamentos proporcionais aos meses
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trabalhados, ou seja, alguns servidores foram admitidos no decorrer do exercício e outros foram
exonerados também durante o período, daí os pagamentos proporcionais, que se situaram abaixo
do salário mínimo, em atendimento a essa proporcionalidade.· Na planilha acostada pelo
interessado consta a data da admissão ou afastamento dos servidores, comprovando que nos
demais meses o pagamento ocorreu dentro da legalidade e que o pagamento do décimo terceiro
salário relativo aos servidores indicados foi, pelos mesmos motivos, proporcional.
Há efetivamente a comprovação de que 8 (oito) pensionistas receberam proventos abaixo
do salário mínimo. Todavia, se referem a herdeiros de aposentados ou pensionistas que recebem
a partilha dos proventos. No caso dos Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Vigilância
Ambiental e de Saúde Mental os pagamentos abaixo do mínimo se deram em virtude da
contratação ou afastamento em determinado mês e o pagamento ser referente à proporção dos
dias trabalhados naquele mês da contratação ou desligamento. Daí, em alguns meses do ano
alguns servidores recebiam salário abaixo do mínimo, em outros meses aqueles servidores não
constavam na lista, mas outros nomes dela faziam parte. Portanto vê-se que não era comum o
pagamento de salários abaixo do mínimo, ou seja, somente em situações pontuais, devidamente
justificadas, e não sistematicamente, ocorreu a prática denunciada pela Auditoria.
A questão do recebimento de honorários advocatícios está sendo apreciada no Processo
da Prestação de Contas da Procuradoria Geral do Município referente ao exercício sob análise.
Sobre a contratação de comissionados além dos cargos previstos deve ser apurada em processo
apartado formalizado para este fim, consoante sugestão da douta Procuradoria.
Finalmente, é inteiramente cabível a multa haja vista a omissão da administração na
disponibilização imediata de documentos e informações a este Tribunal e as repetidas
divergências entre demonstrativos contábeis, inadmissíveis em um Município do porte de
Campina Grande

Publique-se, registre-se e cumpra-se.


TC - PLENÁRIO JOÃO AGRIPINO, em de de 2009

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( , Terêsa Nóbrega I~

Procuradora Geral

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