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I
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
RELATÓRIO:
Cuida-se de análise do Convênio FDE nO032/93, celebrado entre a Secretaria do Planejamento do Estado
da Paraíba representada pelo ex-titular da pasta, Fernandes Rodrigues Catão, e a Prefeitura Municipal de
Sumé, representado pelo ex-Prefeito Genival Paulino de Sousa, objetivando a construção do Hotel de Sumé,
na sede do município.
1 Art. 45. Observado o disposto no § 52 do art. 52, a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos
os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
PROCESSO TC- 05899/97 f1s.2
o Ministério Público mediante Parecer oral pugnou pelo provimento total do recurso, no sentido de julgar
regular a presente prestação de contas e desconstituir a multa aplicada.
O processo foi agendado para a presente sessão, com as notificações de praxe.
VOTO DO RELATOR:
O presente recurso de revisão atende aos aspectos de tempestividade e legalidade, tendo o impetrante
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obedecido aos requisitos regimentos com relação ao artigo 192 do Regimento Interno do TCE/PB, haja
vista a apresentação de documento que inicialmente não constava nos autos.
O convênio em análise foi firmado entre a Secretaria de Planejamento do Estado e a Prefeitura Municipal de
Sumé, com o objetivo de construir o Hotel Municipal de Sumé, no valor total de Cr$ 1.800.000.000,00 (um
bilhão e oitocentos milhões de cruzeiros), firmado em 23/07/1993. Os valores foram liberados em duas
parcelas: 18 parcela no valor de CR$ 800.000,00, liberada em 23/09/1993 e 28 parcela no valor de CR$
1.000.000,00, liberada em 14/12/1993.
A então Divisão de Convênio deste Tribunal emitiu relatório às fls. 153/154, após realizar uma Auditoria
Técnica das obras e serviços de engenharia, inclusive com vistoria das obras, concluindo por afirmar que as
despesas apresentadas estão compatíveis com a execução das obras, não apontando nenhum excesso de
gastos. É de se destacar que foram realizados os trabalhos de fundação, estrutura de elevação em concreto
e alvenaria, cobertura em madeira e telha canal e revestimento, apenas com a etapa de chapisco, não
sendo concluída a obra que permaneceu praticamente abandonada, tendo em vista a mudança da gestão
municipal.
Ante os fatos apontados pelo Órqão de Instrução, verificamos que os recursos liberados foram devidamente
aplicados no respectivo objeto do convênio e que os valores estão compatíveis com as obras realizadas, não
havendo excesso algum. A única irregularidade remanescente segundo a Auditoria, paralisação da obra, se
deu em face da insuficiência de recursos repassados pelo Ente Convenete, que no meu entender foge à
responsabilidade do gestor. Desta feita, o fato descrito não tem condão para macular a prestação de contas
em apreço.
Diante do exposto, outro não poderia ser meu posicionamento em votar, nos termos que seguem:
1. pelo conhecimento do presente recurso, por considerar cabível e estarem configurados os
pressupostos da tempestividade e legitimidade;
2. quanto ao mérito, pelo seu provimento para julgar regular a presente prestação de contas do
Convênio FDE nO032/1993;
3. desconstituir a multa aplicada através do Acórdão AC1 TC N° 420/2005.
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Procuradora
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eral do Ministério Público junto ao TCE-Pb
3 Art. 192. De decisão definitiva, proferida nos processos sujeitos a julgamento pelo Tribunal de Contas, cabe Recurso de Revisão para o Tribunal Pleno,
sem efeito suspensivo, interposto por escrito, uma s6 vez, dentro do prazo de cinco anos, contado na forma prevista neste Regimento, tendo como funda-
mentos um ou mais dos seguintes fatos:
I - erro de cálculo nas contas;
11 - falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha fundamentado a decisão recorrida;
11I - superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova produzida.