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Processo TC N° 02159/06

Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento


do Estado - SUPLAN Prestação de Contas do exercício de
2005. Regularidade com ressalva. Assinação de Prazo.
Recomendações.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do processo TC n° 02159/06, referente à


Prestação de Contas da Superintendência de Obras do Plano e Desenvolvimento do Estado -
SUPLAN - exercício de 2005, de responsabilidade do Sr. Ademilson Montes Ferreira, e

CONSIDERANDO que compete ao Tribunal de Contas do Estado, nos termos das Constituições
Federal e Estadual, c/c a Lei Complementar n° 18/1993, julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos;

CONSIDERANDO o relatório da Auditoria, o parecer da douta Procuradoria, a proposta de


decisão do Auditor Relator e o mais que dos autos consta.

ACORDAM os integrantes do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, em sessão plenária hoje


realizada:
1. Por unanimidade, divergindo da proposta do Relator:
• Julgar regular com ressalva a Prestação de Contas da Superintendência de Obras do
Plano de Desenvolvimento do Estado - SUPLAN - relativa ao exercício de 2005, sob a
responsabilidade do Sr. Ademilson Montes Ferreira;

2. Por maioria:
• Aplicar multa ao Sr. Ademilson Montes Ferreira, no valor R$ 2.805, 10 (dois mil, oitocentos e
cinco reais e dez centavos), por descumprimento do Acórdão APL TC 176/05, de 16/03/2005;
• Assinar prazo de 60 dias para recolhimento da multa aos cofres do Estado, sob pena de
cobrança executiva a cargo do Ministério Público Comum;
3. E, ainda, por unanimidade:
• Recomendar a adoção de medidas no sentido de conferir estrita observância às normas
constitucionais, aos princípios administrativos, à Lei Complementar 101/2000, às Resoluções
desta Corte de Contas, bem como organizar e manter a contabilidade em estrita consonância
com as normas contábeis.

Presente ao julgamento a Exm", Sra. Procuradora Geral.


Publique-se e cu r se.
TC - Plenário M' . Jo o Agripino, em 25 de março de 2009.

IZ FILHO

AUDITOR OSCAR 1W~~y,


TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC N° 02159/06

o Processo TC n" 02159/06 trata da Prestação de Contas da Superintendência de Obras do


Plano de Desenvolvimento do Estado - SUPLAN, relativa ao exercício de 2005, sob a
responsabilidade do Sr. Ademilson Montes Ferreira.

o relatório elaborado pela Auditoria deste Tribunal, com base na documentação que compõe
os autos, destaca o seguinte:
1. A prestação de contas foi enviada a este Tribunal dentro do prazo;
2. A SUPLAN foi criada pela Lei 3.457, de 31 de dezembro de 1966, cujos objetivos principais são:
administrar e operar o Fundo Especial de Obras Públicas do Estado, executar as obras previstas
no orçamento, os reparos e demais serviços dos prédios públicos, elaborar programas e projetos
recomendados pelo Conselho do Secretariado e assessorar o Governo do Estado na fiscalização
de obras e serviços públicos;
3. A Receita Orçamentária Total Arrecadada foi de R$ 805.257,60 representado um decréscimo de
90,38% em relação ao exercício anterior;
4. A Despesa Orçamentária alcançou R$ 34.341.580,92, ocorrendo um crescimento de 35,69% em
relação ao exercício anterior;
5. O Déficit Orçamentário foi de R$ 33.536.323,32, porém, considerando as transferências
financeiras recebidas, classificadas no sistema extra-orçamentário, realizadas pelo Tesouro
Estadual no valor de R$ 21.906.688,40, esse déficit passa para R$ 10.824.377,32;
6. O Balanço financeiro apresentou um saldo para o exercício seguinte no valor de
R$ 1.037.502,25, sendo 100% representado por bancos e correspondentes;

Além desses aspectos, foram apontadas pela Auditoria as seguintes irregularidades:


1. Ausência de harmonia funcional entre o setor de convênios e o setor de contabilidade,
acarretando na falta de registro das receitas dos convênios celebrados durante o exercício, num
montante de R$ 25.259.846,99;
2. Falta de planejamento no que tange a elaboração do orçamento, tendo em vista o déficit
orçamentário apresentado;
3. Diferença não justificada entre a conta transferência financeira recebida e o total liberado
mediante convênios celebrados, no valor de R$ 3.353.158,59, devendo o Gestor ser
responsabilizado pela diferença em comento;
4. Falta de regularização do Imóvel onde funciona a Gerência de Campina Grande, em razão do
desconhecimento da origem do terreno;
5. Não atendimento ao que estabelece o art. 1°, §I° da LRF, no que se refere à prevenção de riscos
capazes de afetar o equilíbrio das contas da Entidade;
6. Aumento do quantitativo das obras paralisadas, demonstrando desperdício de recursos públicos;
7. Ausência de informação sobre a movimentação financeira no relatório de Controle Financeiro, a
respeito do Hotel Turístico de Campina Grande;
8. Obras de abastecimento d'água sem o competente Termo de Cessão de Uso com o agravante de
que não foi atendido o disposto no acórdão APL TC 176/05, datado de 06/03/2005, no qual foi
concedido um prazo de 90 dias para a formalização da cessão dos referidos termos de uso
obras de abastecimento;
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9. Pagamento de gratificações de atividades especiais - GAE - no montante de R$ 207.345,20,


sem nenhum critério em termos financeiro e quantitativo;
10. Não apresentação da relação dos servidores que perceberam horas extras durante o exercício;
11. Adiantamentos realizados apresentados ao TCE com atraso, contrariando o art. 10 da RN TC
09/97.

o responsável foi notificado, porém a defesa foi apresentada pelo então Gestor, Sr. Vicente
de Paula Holanda Matos.

A Auditoria analisou a defesa e considerou sanadas as falhas relativas à falta de registro das
receitas dos convênios celebrados e a falha relativa aos adiantamentos realizados durante o exercício
e manteve as demais irregularidades pelos seguintes motivos:
1. Com relação à falta de planejamento a Auditoria concluiu que o Gestor deixou de acompanhar a
execução das receitas e despesas de forma planejada, não tomando as medidas necessárias para
manter o equilíbrio primado no orçamento;
2. No que tange à diferença não justificada das receitas de convênios, o Órgão Técnico não alterou
o seu o entendimento por não ter sido esclarecido o registro a menor dessa receita;
3. Quanto à questão do Imóvel onde funciona a Gerência da SUPLAN, o defendente não acostou
nenhuma prova documental, no sentido de regularizar a situação do citado imóvel;
4. Concernente ao não atendimento das normas da LRF, o responsável informou que vem
otimizando os procedimentos de controle de suas contas e que o fato não implica em desvio ou
malversação dos recursos públicos. A Auditoria considerou inconsistentes esses argumentos e
reiterou o que havia apontado no relatório inicial;
5. Com relação às obras paralisadas, o defendente informou que a situação é advinda da ausência
de recursos financeiros, fruto de uma deficiência de planejamento e que as obras paralisadas
tiveram seu início na gestão anterior. O Órgão de Instrução não concordou com esses
argumentos, tomando como exemplo 04 hospitais que tiveram início de suas obras dentro da
gestão que se iniciou em 2003 e considerou que essas paralisações ferem o princípio da
continuidade, configurando desperdício de recursos públicos;
6. Quanto à falha referente ao Hotel Turístico de Campina Grande, foi alegado pela defesa que as
informações estariam inseridas no relatório de atividades suscitado pela Auditoria. Em função
dessas informações, foi analisado esse relatório e constatado que em 16/02/2005, foi firmado um
contrato entre o Governo do Estado e a BRA Transportes Aéreos Ltda, cujo objetivo é a
concessão de Direito Real de Uso pelo prazo de 30 anos, renovável por igual período. A
Auditoria entendeu que ficou configurada a desnecessidade da Construção do referido Hotel,
solicitando que fosse cancelado o contrato firmado;
7. No que tange ao termo de cessão de uso das obras de abastecimento d'água, o Gestor
reconheceu a falha apontada, porém ressaltou que as obras tinham caráter emergencial e que se
encontravam em vias de regularização. A Auditoria, nesse caso, apenas ratificou o que foi
apontado anteriormente.
8. Quanto às gratificações de atividades especiais, o Responsável citou que a Auditoria não
apontou os casos detectados, bem como não avaliou os critérios discricionários usados para
concessão das referidas gratificações. O Órgão Técnico rebateu afirmando que em seu relatório
consta a relação dos servidores que perceberam as gratificações diferenciadas e assim manteve o
seu eutendimento inicial; ~
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9. Concernente à falta de informações dos servidores que receberam horas extras, a Defesa acostou
aos autos as folhas de pagamento, porém a Auditoria não considerou suficientes, tendo em vista
a ausência de memória de cálculo com os servidores beneficiados.

o processo seguiu para o Ministério Público que opinou pela irregularidade da prestação de
contas em apreço, pela aplicação de multa ao ex-gestor, em face da transgressão de normas legais,
com base no art. 56, da LOTCEIPB, pela assinação de prazo ao Ex-Presidente da SUPLAN para:
justificar a diferença verificada entre a conta transferências financeiras recebidas e o registro no
balanço financeiro, regularizar o problema do imóvel onde está situada a Gerência de Campina
Grande, adotar medidas no sentido de suprir a falha das obras com relação aos termos de cessão de
uso e adotar providências para regularizar os pagamentos de gratificação de atividade especiais, sob
pena de nova multa e remessa dos autos ao Ministério Público Comum, e por último, pugnou pela
recomendação à atual Administração do Órgão no sentido de conferir estrita observância às normas
constitucionais, aos princípios administrativos, à LRF, às Resoluções desta Corte de Contas, bem
como organizar e manter a Contabilidade em estrita consonância com as normas contábeis.

o Responsável foi notificado novamente e, desta feita, apresentou a sua defesa às fI. 818/835.

A Auditoria analisou a defesa e concluiu que foram sanadas as seguintes irregularidades:

• Ausência de informação sobre a movimentação financeira no relatório de Controle Financeiro,


a respeito do Hotel Turístico de Campina Grande;
• Não apresentação da relação dos servidores que perceberam horas extras durante o exercício.

As demais irregularidades foram mantidas na íntegra pelo Órgão Técnico de Instrução.

o processo seguiu novamente ao Ministério Público que, através de sua representante, opinou
que se procedesse a uma nova notificação ao Responsável, para trazer aos autos a documentação
reclamada pela Auditoria, com relação à irregularidade referente à diferença não justificada entre o
valor da receita efetivamente arrecadada, registrada na conta transferências recebidas e o total
liberado mediante convênios.

o Responsável foi notificado e apresentou a defesa, com a documentação reclamada.

A Auditoria analisou a documentação acostada e considerou sanada essa falha, mantendo as


demais sem alteração.

o processo foi ao Ministério Público, o qual ratificou o seu Parecer, com a ressalva de que a
irregularidade elidida seja desconsiderada e opinou por acrescentar àquele Parecer representação ao
Ministério Público do Estado, com remessa de cópia da documentação correlata, acerca da
irregularidade concernente ao pagamento de gratificação de atividade especial de forma ilegal,
indicando prática de ato de improbidade administrativa.

É o relatório, informando que o interessado e seu representante foram notificados da inclusão


do processo na presente sessão. ~ •
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Sobre as irregularidades remanescentes, passo a comentar:


a) A falta de planejamento acarreta desequilíbrio nas contas públicas, prejudica o cumprimento das
metas estabelecidas, definidas no orçamento, e consequentemente decorrem os déficits causados
por ações ou omissões praticadas pelo Gestor Público. No exercício analisado, ficou evidente
que as irregularidades decorreram de ações não planejadas, as quais causaram incompatibilidade
nas informações prestadas e também deixaram de atender os preceitos estabelecidos na LRF;
b) Quanto às obras paralisadas, entendo que o Órgão não cumpriu com o seu objetivo, pois deixou
de atender o art. 30, inciso II e III da Lei 4.357/66;
c) Concernente ao imóvel onde funciona a Gerência de Campina Grande e as obras de
abastecimento sem os termos de cessão de uso, sugiro que sejam adotadas medidas no sentido
de suprir as referidas falhas, sob pena de nova multa, e quanto ao pagamento das gratificações
especiais, acompanho o Parecer do Ministerial, no que tange a representação ao Ministério
Público Estadual.

Em conclusão, como as irregularidades remanescentes demonstram falta de zelo com a


administração dos bens públicos, proponho que este Tribunal:
1. Julgue irregular a Prestação de Contas da Superintendência de Obras do Plano de
Desenvolvimento do Estado - SUPLAN - relativa ao exercício de 2005, sob a
responsabilidade do Sr. Ademilson Montes Ferreira, ressalvando que essa decisão decorreu
do exame dos fatos e provas constantes dos autos, sendo suscetível de revisão se novos fatos
ou provas, inclusive mediante diligências especiais deste Tribunal, vierem a interferir de
modo fundamental nas conclusões alcançadas;
2. Assine prazo de 60 dias à atual direção para que tome as medidas necessárias para
solucionar o problema do imóvel da Gerência de Campina Grande, dos termos de cessão de
uso das obras de abastecimento d'água, sob pena de multa com base na Lei Orgânica deste
Tribunal;
3. Represente ao Ministério Público Estadual, concernente ao pagamento das gratificações de
atividades especiais pagas irregularmente, para tomar as medidas cabíveis;
4. Aplique multa ao Sr. Ademilson Montes Ferreira, no valor R$ 2.805,10 (dois mil, oitocentos
e cinco reais e dez centavos), por descumprimento do Acórdão APL TC 176/05, de
16/03/2005 ;
5. Assine prazo de 60 dias para recolhimento da multa aos cofres do Estado, sob pena de
cobrança executiva a cargo do Ministério Público Comum;
6. Recomende a adoção de medidas no sentido de conferir estrita observância às normas
constitucionais, aos princípios administrativos, à Lei Complementar 10112000, às
Resoluções desta Corte de Contas, bem como organizar e manter a contabilidade em estrita
consonância com as normas contábeis;

É a proposta, em 25 de março de 2009~ -,

AUDITOR OSCAR E ANTIAGO MELO


ATOR

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