TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC 6.087/06

Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de

Bayeux, relativa ao exercício de 2002 - Recurso de
Reconsideração - Conhecimento e Provimento
Parcial - Recurso de Revisão - Não Conhecimento.

ACÓRDÃO APL TC N° } 0;1 /08

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do Processo TC

nO 6.078/06, que trata de Recurso de Revisão interposto pela ex-Prefeita do
Município de Bayeux, senhora Sara Maria Francisca de Medeiros Cabral;

CONSIDERANDO que o Tribunal Pleno desta Corte de Contas, ao

apreciar a Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de Bayeux, exercício de
2002, de responsabilidade dos ex-Prefeitos Expedito Pereira de Sousa e Sara
Maria Francisca Medeiros Cabral emitiu o Parecer PPL TC 05/2005 que foi
favorável à aprovação das contas do ex-Prefeito Expedito Pereira de Sousa e
contrário à aprovação das contas da ex-Prefeita Sara Maria Francisca de
Medeiros Cabral; e o Acórdão APL TC 32/2005, que, entre outras determinações,
aplicou multa a ex-Prefeita Sara Maria Francisca de Medeiros Cabral, no valor de
R$ 2.534,15, em virtude de grave infração a preceitos e disposições legais e
constitucionais; bem como imputou débito àquela ex-Gestora, no valor de R$
20.451,10, referente a saldos bancários não comprovados;

CONSIDERANDO que a ex-Prefeita, irresignada com aquelas

decisões, apresentou Recurso de Reconsideração, objetivando a modificação
delas, o qual, após analisado por este Tribunal, foi conhecido e parcialmente
provido, através do Acórdão APL TC 46/2006, que determinou a exclusão
daquelas decisões do item atinente à imputação de débito no montante de R$
20.451,10, por saldos bancários não comprovados;

CONSIDERANDO que a senhora Sara Maria Francisca de Medeiros

Cabral, não se conformando mais uma vez com a decisão emitida por esta Corte,
apresentou o presente Recurso de Revisão;

CONSIDERANDO que o referido recurso objetiva a nulidade da

decisão consubstanciada no Acórdão APL TC 46/06, porquanto, segundo
recorrente, deixaram de ser observados, no decorrer da instrução processual
princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
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CONSIDERANDO que a ex-Gestora fundamenta suas pretensões

no fato de o Recurso de Reconsideração ter sido julgado antes de haver o Relator
analisado o seu pedido de prorrogação do julgamento do feito;

CONSIDERANDO que, devido à tramitação interna do documento

que pedia a prorrogação do julgamento do Recurso de Reconsideração, só
chegou ele ao gabinete do Conselheiro Substituto Umberto Silveira Porto, à
época Relator daquele recurso, após o seu julgamento pelo Tribunal Pleno;

CONSIDERANDO ter a douta Auditoria, após a análise reiterada das

razões recursais, refutado as alegações da recorrente, uma vez que a
interessada foi notificada em todas as etapas do processo, tendo sido cumprida
regimentalmente a comunicação de todos os atos processuais;

CONSIDERANDO que o Ministério Público Especial junto a esta

Corte de Contas, entendendo não haver o recurso apresentado atendido às
exigências do art. 192 do Regimento Interno desta Corte de Contas, pugnou,
preliminarmente, pelo seu não conhecimento e, no mérito, caso vencida aquela
preliminar, opinou pelo seu não provimento, porquanto não reconheceu motivos
suficientes ao deferimento do pedido de prorrogação de julgamento realizado, já
que o patrono da recorrente só habilitou-se nos autos do processo cuja data da
audiência era conflitante com a da sessão que julgou o recurso de
reconsideração por este Tribunal, após ser notificado para este último ato;

CONSIDERANDO que o Relator acompanha o parecer ministerial

no sentido de que o Recurso de Revisão apresentado não preenche os requisitos
exigidos pelo Regimento Interno deste Tribunal;

CONSIDERANDO que os Conselheiros Fernando Rodrigues Catão

e Fabio Túlio Fi/gueiras Nogueira votaram pelo conhecimento e provimento do
recurso sob análise;

CONSIDERANDO o Relatório da Auditoria, o Voto do Relator, o

pronunciamento da Procuradoria, e o mais que dos autos consta;

ACORDAM os membros integrantes do TRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO DA PARAíBA, em sessão realizada nesta data, por maioria de
votos, em NÃO CONHECER DO RECURSO DE REVISÃO apresentado pela ex-
Prefeita do Município de Bayeux, senhora Sara Maria Francisca de Medeiros
Cabral.

Presente ao julgamento a Exma. Senhora Procuradora Geral.

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PROCESSO TC 6.087/06

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

TC • PLENÁRIO MINISTRO JOÃO AGRIPINO

João Pessoa, o S de '))l(Vt yO de 2008.

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JOSÉ MARQUES MARIZ
I Conselheiro Relator
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. ANA TERESA NOBREGA
Procuradora-Geral