TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

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P R O C E S S O Te - 02.454/07
PRoe e DOC. ANEXADOS Te 00.094/06,
13.721/06 (RGFl e 03.231/07 (RGFl.
Administração direta municipal.
PRESTAÇÃODE CONTAS ANUAL da MESA
da CÂMARA MUNICIPAL de BARRA DE
SANTANA, correspondente ao exercício de
2006. Regularidade e recomendação.

RELATÓRIO

1.01. O órgão de Instrução deste Tribunal, nos autos do PROCESSO

TC-02.454/07, analisou a PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL, relativa ao
exercício de 2006/ de responsabilidade da MESA da CÂMARA de
VEREADORES do MUNICIPIO de BARRA DE SANTANA, sob a
Presidência do Vereador Sr. JOSÉ SELSO CHAGAS GOMES e emitiu o
relatório de fls. 88 a 93/ com as colocações a seguir resumidas:
1.1.01. Apresentação no prazo legal e de acordo com a RN-TC-99j97.
1.1.02. A Lei Orçamentária Anual do Município estimou os repasses ao
Poder Legislativo em R$260.000,00 e fixou as despesas em igual
valor.
1.1.03. As transferências recebidas pela Câmara foram de R$259.999/92 e a
despesa executada foi de R$259.915/67, resultando superávit de
R$84/25.
1.1.04. A despesa total do legislativo representou 7/75% da receita
tributária e transferências efetivadas no exercício anterior,
atendendo ao disposto no Art. 29-A, da Constituição Federal.
1.1.05. A despesa com pessoal da Câmara representou 3/72% da receita
corrente líquida do município, cumprindo o Art. 20 da Lei de
Responsabilidade Fiscal e correspondeu a 67/69% das transferências
recebidas, o que atende aos limites dispostos no Art. 29-A, § 10/ da
Constituição Federal.
1.1.06. A receita extra-orçamentária totalizou R$19.050/32, representada
por consignações diversas e a despesa foi de R$19.144/11 também
representada por consignações.
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PROCESSO TC - 02.454/07
1.1.07. O balanço financeiro apresenta saldo para o exercício seguinte de
R$4/65, insuficiente para pagamento dos restos a pagar no valor de
R$634/35.
1.1.08. Normalidade da remuneração dos vereadores.
1.1.09. Houve erro na elaboração dos demonstrativos da dívida fundada
interna e flutuante.
1.1.10. Os relatórios de gestão fiscal (RGF), relativos aos dois semestres
foram encaminhados a este Tribunal dentro do prazo legal; o do 2°
semestre sem conter todos os demonstrativos previstos nas
Portarias da Secretaria do Tesouro Nacional e apresentando
divergência entre as informações prestadas e as constantes da PCA
e SAGRES; não houve comprovação da publicação destes relatórios.
1.1.11. Não constam denúncias referentes ao período analisado.
1.02. Notificado, o interessado veio aos autos com defesa (fls. 98 a 100)/
analisada pelo órgão técnico que entendeu elididas as irregularidades
quanto à incorreta elaboração do Relatório de Gestão Fiscal (RGF); não
comprovação da publicação dos RGF; erro na elaboração nos demonstrativos
da dívida; permanecendo o entendimento inicial quanto aos demais itens.
1.03. O Ministério Público junto ao Tribunal, através do Parecer nO. 301/08/
observou em relação às irregularidades remanescentes: a insuficiência
financeira de R$629/70, dada seu ínfimo valor, não constitui efetivo encargo
para o gestor subseqüente nem desequilíbrio real das finanças da Câmara,
ainda que passível de recomendação e ressalva; as incompatibilidades
constantes do RGF não devem macular de forma indelével a gestão que se
apresenta equilibrada sobre os demais aspectos e, opinou pela regularidade
com ressalvas das contas e recomendação.
1.04. O processo foi agendado para esta sessão sem notificação do interessado.

VOTO DO RELATOR
A insuficiência financeira de R$629/70 não configura irregularidade para
efeito do art. 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal, pois o saldo refere-se a
obrigações financeiras de exercícios anteriores, conforme documentação às
fls. 17.
Restou tão somente, a incompatibilidade de informação entre o Relatório
de Gestão Fiscal e a Prestação de contas, cabendo recomendação ao gestor.
Feita estas observações, o Relator vota pela regularidade da prestação de
contas, exercício de 2006/ sob a responsabilidade do Vereador JOSÉ SELSO
CHAGA GOMES, recomendando-lhe evitar falha desta natureza.
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PROCESSO TC - 02.454/07
DECISÃO DO TRIBUNAL
Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO
TC-D2.454jD7, os MEMBROS do TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DA PARAÍBA (TCE-PB), à unanimidade,' com o
impedimento do Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras Nogueira,
na sessão realizada nesta data, ACORDAM em julgar regular a
prestação de contas da Câmara Municipal de BARRA DE
SANTANA, exercício de 2006, sob a responsabilidade do
Vereador JOSÉ SELSO CHAGA GOMES, recomendando-lhe
evitar falha como a aqui encionada.

Ana Terêsa Nóbrega

Procuradora Geral do Ministério Público junto ao Tribun I