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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO 0.° 03.918/03
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DOCUMENTO 0° 06.297/05
Objeto: Recurso de Reconsideração
Órgão: Câmara Municipal de Picuí
RELATÓRIO
Senhor Presidente, Senhores Conselheiros, Douto Procurador, Senhores Auditores,
A contas de Gestão Fiscal e de Gestão Fiscal da Câmara Municipal de Picuí, relativas ao exercício
2004, sob a presidência do Vereador Moacir Henriques da Costa, foram apreciadas por este Tribunal, na
sessão realizada em 19 de abril de 2006, ocasião em que os Exmos. Srs. Conselheiros emitiram o Parecer
PGF PLM TC n09812006 declarando atendimento parcial às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal,
em virtude dos gastos do Poder Legislativo ficarem acima do percentual previsto no inciso I do art. 29-A da
Constituição Federal, além da insuficiência financeira para saldar compromissos de curto prazo, e o Acórdão
APL TC N° 24912006, julgando irregulares as referidas contas e imputando débito aos vereadores daquela
Casa Legislativa, em função do recebimento de remuneração em excesso:
Após O exame desses documentos, a equipe técnica emitiu novo relatório de fls. 2758/2761:
Ratificando o quadro com os valores do excesso apurado, uma vez que não houve a inclusão do
vereador José Luciano de Farias, omitido em virtude de informação incorreta fornecida na PCA
da Câmara;
No que diz respeito aos valores percebidos pelos vereadores, alegou o defendente que os
mesmos vinham sendo pagos desde 1997, tendo sido alterados apenas no exercício de 2003.
Alegou, ainda, que houve sucessivos aumentos/reajustes beneficiando todas as categorias da
administração municipal, conforme demonstrado pelas diversas leis anexadas, garantindo às
categorias funcionais um ganho real.
A Unidade Técnica ratifica seu posicionamento inicial, corroborado pelo Parecer do MPjTCE n''
348/06 (fi. 254/254): /
!
I
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
"... é de assentar que a Câmara fez do princípio da anterioridade da fixação dos subsídios dos Vereadores
tábula rasa. Nenhum argumento que atente explicitamente contra disposição constitucional (art. 29, inc. VI)
pode ser aceito. Ademais, não foi provada documentalmente a revisão/alteração da remuneração dos
sevidores públicos municipais a que aludem os ex-Vereadores.
Se é, por um lado, legítima a revisão dos valores há muito fixados (desde 1996, ratificados os mesmos valores
em 2001), por outro é inconstitucional, na medida em que causou a ultrapassagem do limite de 8% do
somatório da receita tributária e das transferências para os gastos legislativo, isso sem computar os subsídios
de dezembro, não pagos ... ".
Este Relator acrescenta que esses mesmos argumentos já foram apresentados quando do
exame da prestação de contas dessa Câmara, relativa ao exercício 2003.
Em virtude da não inclusão do Sr. José Luciano de Farias na relação dos vereadores com
excesso de remuneração, este Relator devolveu os autos ao Parquet para exame da possibilidade de
recurso de revisão, tendo a D. hoc. Isabella Barbosa M. Falcão se pronunciado mais uma vez,
sugerindo, destarte, o seguimento do presente processo na forma do que já resta decidido por esta
Corte e a abertura de novel procedimento para apuração da responsabilidade e oportunidade de
defesa ao Sr. José Luciano de Farias, com base nas informações somente agora obtidas.
PROPOSTA DE DECISÃO
Senhor Presidente, Senhores Co
nselheiros:
o interessado interpôs o presente recurso na forma legal, porém, com um dia de atraso.
Considerando as conclusões do Relator, bem como o parecer oferecido pela Douta
Procuradoria Geral, proponho que os Exmos. Srs. Conselheiros do E. TRIBUNAL DE CONTAS
DO ESTADO DA PARAÍBA:
É a proposta !