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Processo Te nO 02357/06

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Administração Indireta Estadual. Fundação Espaço


Cultural - FUNESC Prestação de Contas Anuais.
Exercício de 2005. Falhas que não comprometem a
idoneidade das contas. Julgamento regular com
ressalvas. Recomendação de providências.

ACÓRDÃO APL TC li 3C. 12008

RELATÓRIO

Cuidam os presentes autos da Prestação de Contas Anuais da Fundação Espaço


Cultural - FUNESC relativa ao exercício de 2005, de responsabilidade do Sr. Temístocles Barbosa
Cabral.
A Unidade Técnica de instrução, ao analisar a documentação encartada nos autos deste
processo e, após análise da defesa, assinalou que a prestação de contas foi encaminhada ao
Tribunal dentro do prazo regulamentar, ressaltou os principais aspectos institucionais e legais da
entidade em comento, pondo em destaque os seguintes aspectos:

I) A prestação de contas foi entregue com todos os documentos necessários.


2) A FUNESC com personalidade jurídica de direito privado e autonomia
administrativa e financeira foi instituída pela lei n". 4.315, de 04 de dezembro de
1981 e através do Decreto 12.377, de 05 e fevereiro de 1988 e da Resolução do
Conselho Diretor n° 25/90, respectivamente foram aprovados o seu estatuto e
regimento interno.
3) A FUNESC mantém seu funcionamento com recursos advindos de dotações
orçamentárias consignadas no orçamento da União, Estados e Municípios,
autarquias, empresas públicas e sociedade de economia mista, auxílios e
subvenções, bem como das rendas provenientes da prestação de serviços e os
direitos autorais próprios ou que venham a adquirir, contratos, convênios, entre
outras compatíveis com sua atividade.

4) Quanto aos aspectos contábeis, financeiros, patrimoniais foi constatado:

4.1 A receita orçamentária Total', no exercício, teve um acréscimo de 59,23%


em relação ao exercício anterior, tendo como receitas mais relevantes a de
serviços' e outras receitas Correntes.
4.2 As despesas de Pessoal e Encargos Sociais representaram 28,63% da
Despesa Total, enquanto outras despesas correntes corresponderam
69,75% destas despesas.
4.3 Das despesas orçamentárias 98,38o/0e0rresponderam a Despesas Correntes
e 1,62% a Despesas de Capital. ~

------------

Receitatotal]
2004 - R$""ri005=RS i
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2 A Receita de serviços é derivada de serviços oriundos .

c: \Meus documentos\AssessoriaIPLENO\ACORDAOIENTIDADEIFUNESC·200S.doc
Processo Te n° 02357/06

4.4 O déficit orçamentário foi de (R$ 5.379.792,14), enquanto que o déficit


real alcançou R$ (871.836,97)3;
4.5 Os recursos liberados pelo estado" foram classificados como Receitas
Extra-orçamentárias, na conta transferências financeiras recebidas.
4.6 Em relação ao exercício anterior, a receita orçamentária e extra-
orçamentária, tiveram um acréscimo, respectivamente, de 51,65% e
49,60%.
4.7 O saldo financeiro para o exercício seguinte (R$ 96.813,13) é insuficiente
para fazer face ao saldo de restos a pagar (R$ 1.098.020,52);
4.8 Resultado patrimonial deficitário;

5. Relativamente aos aspectos operacionais, foi dado observar o seguinte:

5.1 A FUNESC é composta de diversos setores artísticos e culturais com


atividades voltadas para o público, tais como: Teatro de Arena, Praça do Povo, Teatro Paulo
Pontes, Cinema Bangüê, Auditório Verde, Arquivo Histórico, Museu José Lins do Rego, Biblioteca
Infantil, Escola de Dança, Cursos de Línguas, dentre outros.

5.2 - Ao final do exercício, o quadro de pessoal apresentou um acréscimo de


0,64% em relação ao exercício anterior, sendo composto de:

SERVIDORES
, Efetivos
lc~;issi~~~; ...j 143
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da
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FUNESC- I
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235'1
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6. A título de irregularidades, pontou a Auditoria o seguinte:

6.1 Utilização de Dispensa de licitação' para aquisição de alimentação para os


participantes do XI FENART, contrariando o art. 24 da Lei de Licitações (ReI. Auditoria, fls.
621/22, item 8 e, análise de defesa fls. 772).

6.2 A disponibilidade financeira para o exercício seguinte" é inferior ao valor da


contas Restos a pagar do Passivo Financeiro, contrariando, o que estabelece o § l° do art. l° da
LRF, no que se refere à prevenção de riscos capazes de afetar o equilíbrio das contas da entidade;

C:\Meus documentos\Assessoria\PLENO\ACORDAO\ENTIDADE\FUNESC-200S.doc
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6.3 Pagamento de em atraso de impostos, taxas, contribuições sociais contrariando


os princípios constitucionais da eficiência e economicidade provocando prejuízo ao erário em
decorrência de multas, juros e/ou encargos da ordem de R$ 11.925,23. (ReI. fls. 622, item 8.3 e
análise de defesa fls. 774)

6.4 Controle ineficiente dos bens em almoxarifado e patrimônio, infringindo o art.


106 da Lei 4320/64, bem como contrariando princípio constitucional da eficiência na administração
pública, previsto no art. 37 da CF/88. (ReI. fls. 622, item 8.4 e análise de defesa fls. 775)

6.5 Diversas irregularidades em contrato de concessão de exploração de


estacionamento", vencido desde julho de 2003, infringindo o art. 548 da Lei de Licitações,
princípios constitucionais da moralidade, eficiência e transparência pública (art. 37 da CF/88) e
afrontando o próprio contrato administrativo que regula a comentada concessão pública. (ReI. fls.
623, item 8.5 e análise de defesa fls. 775)

6.6 Pagamento irregular de R$ 569.500,00 a entidades sem fins lucrativos"


(ONG's, Associações) em desrespeito ao art. 26 da LRFIO, LDO/2005 e princípio da legalidade, já
que inexiste lei específica. (ReI. fls. 624, item 8.6 e análise de defesa fls. 776)

7 Contrato 36/99 ASJUR com a empresa José Andréa Magliano Filho (ME), vide fls. 456/460. Este foi aditado em 02 de

julho de 200 1, com vigência de 02 anos

8 Lei 8.666/93 - Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições
de direito privado.

§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que
defmam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em confonnidade com os termos da licitação e da proposta
a que se vinculam.

§ 2º Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os
autorizou e da respectiva proposta.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
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6.7 Ocorrência de passivos previdenciários, fato já constatado pela Secretaria da


Receita Previdenciária, culminando com acordo de parcelamento da dívida, cujos pagamentos vêm
se processando mensalmente. (ReI. fls. 623, item 8.7 e análise de defesa fls. 776177)

A unidade de instrução, examinando a defesa apresentada pela autoridade competente,


concluiu remanescerem todas as falhas inicialmente apontadas, ante a fragilidade da argumentação
do defendente e, especificamente, quanto à ausência de contrato no tocante à exploração do
estacionamento do Espaço Cultural, muito embora a mesma empresa continue explorando o
serviço, sugeriu fosse dado conhecimento ao Poder Executivo Municipal para diligenciar junto a
FUNESC no sentido de apurar a existência de débitos no âmbito de sua competência fiscal.

Submetido o processo ao órgão Ministerial este pugnou pelo (a):

1) Julgamento irregularidade das contas do Presidente da Fundação Espaço Cultural -


FUNESC, Sr. TemístocIes Barbosa Cabral, relativamente ao exercício de 2005.
2) Aplicação da muita prevista no art. 56, II da LOTCEJ J, ao referido gestor.
3) Imputação de débito ao Gestor em face das falhas apontadas pela Auditoria, das
quais resulte responsabilidade de ressarcimento por dano causado ao erário em virtude de juros,
multas e taxas afins pelo atraso em pagamentos.
4) Remessa de cópias ao Ministério Público Estadual para as providências relativas a
possíveis condutas puníveis na forma da legislação penal.
5) Recomendação à Prefeitura Municipal de João Pessoa, no sentido de verificar a
ocorrência de possíveis débitos no âmbito de sua competência fiscal.

É o Relatório, informando que foram expedidas as notificações de praxe.

VOTO DO CONSELHEIRO RELATOR

De um breve cotejo entre esta prestação de contas e a do exercício anterior, extrai-se que as
eivas apontadas pelo órgão de instrução são praticamente as mesmas, de maneira que passo, a
seguir, a apresentar o meu entendimento:

a) Utilização de Dispensa de licitação para aquisição de alimentação para os


participantes do XI FENART, contrariando o art. 24 da Lei de Licitações.

10 LRF. Art. 26: A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fisicas ou déficits
de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.
§ lo O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais,
exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.
§ 20 Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas
prorrogações e a composição de dividas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento
capital.
ffv
11 Art. 56. O Tribunal poderá também aplicar multa de até Cr$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de cruzeiros) aos
responsáveis por. (Portaria 050101 de 19.03.2001 atualiza o presente valor para R$1.624,60). (Portaria 051104, 15.09.04 -
atualiza emR$2.534,15 o valor da multa). (portaria 039/06,31/0512006 - atualiza em R$2.805,1O o valor da multa).
( ...)
II - infração grave a norma legal ou regulamentar de natureza contábil, fmanceira, orçamentária, operacional e
patrimonial;

C:\Meus documentosIAssessoriaIPLENOIACORDAO\ENTIDADElFUNESC-2005.doe
Processo Te nO 02357/06
I
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Não vejo qualquer irregularidade na utilização da dispensa de licitação, porquanto como


bem salientou o Presidente da FUNESC foi inicialmente realizado procedimento licitatório 12 e
nenhum interessado acudiu ao certame, não logrando, portanto, êxito.
Ademais, a própria lei de licitação prevê tal situação, senão vejamos:

Art. 24. É dispensável a licitação:


(...)
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas;

b) Pagamento de despesas com multas, juros e outros encargos totalizando RSll.925,23.

Tal como verificado no exercício anterior, não restou constatado que o atraso no
pagamento dos compromissos se deu em razão de inércia do gestor, já que como por ele dito, seus
pagamentos dependem de liberação de recursos pelo SIAFI, razão pela qual entendo que não deve
ser o mesmo responsabilizado, cabendo, todavia, recomendação.

c) Criação de cargos por decreto e não por lei.

Como ressaltado pelo eminente Relator da prestação de contas do exercício anterior, esta
irregularidade não se deu neste exercício, cabendo assinação de prazo ao atual gestor com vistas a
regularizar dita situação, articulando-se, para tanto, com os poderes Legislativo e Executivo.

d) Quanto à informação de controle ineficiente dos bens em almoxarifado e patrimônio,


aspecto também ressaltado na prestação de contas do exercício anterior, acompanho também o voto
do relator naquele exercício quando destaca ter a Auditoria reconhecido que foram adotadas
medidas saneadoras.

e) Irregularidade no contrato de concessão de exploração de estacionamento com a


empresa José Andréa Magliano Filho (ME).

Da documentação acostada aos autos observa-se que o contrato encontra-se vencido desde
julho de 2003. Segundo alegação do gestor foi posteriormente feita licitação, sendo esta
considerada deserta e que se encontra em andamento um novo edital de licitação onde consta como
um dos requisitos para exploração do estacionamento a aquisição de maquinário eletrônico
necessário à informatização do sistema de entrada e saída de veículos, possibilitando a delimitação
de uma realidade precisa quanto ao fluxo de veículos e, consequentemente, a remuneração da
FUNESC (25% do faturamento bruto).

Pois bem, em sintonia com a decisão" tomada por esta Corte na sessão do dia 21 de maio,
próximo passado, entendo que o gestor deve observar o prazo estabelecido naquela decisãol4, com ~
vistas a adotar medidas em definitivo para regularizar, na forma legal, o contrato de concessão
remunerada de uso do estacionamento do Espaço Cultural, fazendo provas das medidas adotadas a
esta Corte, sob pena de multa e julgamento irregular das prestações de contas futuras, como
naquela decisão estabelecida.

12 Convite 11105 - tipo menor preço


13 Acórdão 345/08 - Processo TC 1771/05
14
90 (noventa) dias

c:\Meus documentos\Assessoria \PLENO\ACORDAO\ENTIDADE\FUNESC-200S.doc


Processo Te nO 02357/06
I
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

f) Pagamento irregular a entidades sem fins lucrativos em desrespeito ao art. 26 da LRF e


ao princípio da legalidade.

Inexistindo nos autos informação de prejuízo ao erário ou locupletação do dinheiro público


por parte dos gestores das entidades não vejo porque considerar a despesa irregular, cabendo, pois
recomendação.

g) Relativamente ao saldo financeiro insuficiente para cobrir os Restos a pagar, entendo


que as alegações da defesa são convincentes, na medida em que afirma que a disponibilidade
financeira" alcança apenas as fontes" 70 e 90 que são disponibilizadas diretamente pela fundação,
ficando o restante do débito", resguardados pelos recursos das fontes 00 e 01, administrados pelo
Tesouro Estadual, o que demonstra nítida dependência da referida entidade junto ao erário estadual.

Com efeito, de acordo com a informação colhida do SlAF do valor inscrito em Restos a
Pagar (R$ 1.098.020,52) foram pagos (R$ 903.328,46) e cancelados (R$ 194.692,06). Assim não
vislumbro desídia do gestor quanto a este aspecto, podendo a falha ser relevada, cabendo, todavia,
recomendação.

Feitas estas considerações e, em consonância com a recente decisão desta Corte prolatada nos
autos da prestação de contas relativa ao exercício de 2004, voto no sentido de que esta Egrégia
Corte:

1) Julgue regular com ressalvas a prestação de contas da Fundação Espaço Cultural -


FUNESC relativa ao exercício de 2005, de responsabilidade do Sr. Temístocles Barbosa Cabral.

2) Assine o prazo de 120 (cento e vinte) dias ao gestor da FUNESC com vistas a
adotar medidas visando a regularização da situação dos cargos da Fundação, articulando-se, para
tanto, com os poderes Legislativo e Executivo.

3) Recomende à administração a adoção de providências com vistas a:

3.1 Dar cumprimento a determinação prolatada nos autos do processo TC 1771/05


(Acórdão APL TC 345/08) com vistas a adotar medidas em definitivo para regularizar, na forma
legal, o contrato de concessão remunerada de uso do estacionamento do Espaço Cultural, fazendo
provas das medidas adotadas a esta Corte, sob pena de multa e julgamento irregular das prestações
de contas futuras, como naquela decisão estabelecida.

3.2 Realizar um maior controle dos gastos e das datas dos vencimentos das obrigações,
implicando, se for o caso, na alteração das datas destes com vistas a evitar o pagamento de multas,
juros e outros encargos.

3.3 Observar com rigor os ditames do art. 26 da LRFI8, ao efetuar repasse de recursos a
entidades sem finalidade lucrativa.

15 RS 96.813,13 ~
16 valor total- R$ 276.966,24
17 R$ 821.054,28

18 LRF. Art. 26: A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fisicas ou déficits

de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

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Processo Te nO 02357/06
I
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

3.4 Evitar a repetição das falhas constatadas nos autos, observando com rigor os
ditames da Lei 4.320/64, às leis Federais 8.666/93 e 101100 (LRF) e, bem assim, realizar um
eficiente planejamento de seus gastos de modo a assegurar o equilíbrio das contas públicas,
evitando-se, futuramente, a aplicação de multa e outras cominações legais.

DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO

VISTOS, REIATADOS E DISCUFlDOS os presentes autos do Processo TC n°


02357/06 referente à Prestação de Contas anuais da Fundação Espaço Cultural - FUNESC relativa
ao exercício de 2005, de responsabilidade do Sr. Temístocles Barbosa Cabral, e

CONSIDERANDO que as falhas apontadas pelo órgão de instrução não se revestem de


gravidade suficiente para macular as contas prestadas, mas enseja multa e recomendações ao
gestor;

CONSIDERANDO o relatório da Auditoria, pronunciamento do órgão Ministerial, o


voto do Relator e o mais que dos autos consta,

ACORDAM OS MEMBROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA


PARAÍBA, a maioria, em harmonia com a decisão prolatada nos autos da prestação de contas
relativa ao exercício de 2004, tendo o Conselheiro Marcos Ubiratan Guedes Pereira votado pela
rejeição, em sessão plenária realizada nesta data, em:

1) Julgar regular com ressalvas a prestação de contas da Fundação Espaço Cultural -


FUNESC relativa ao exercício de 2005, de responsabilidade do Sr. Temístocles Barbosa Cabral.

2) Assinar o prazo de 120 (cento e vinte) dias ao gestor da FUNESC com vistas a
adotar medidas visando à regularização da situação dos cargos da Fundação, articulando-se, para
tanto, com os poderes legislativo e executivo.

3) Recomendar à administração a adoção de providências com vistas a:

3.1 Dar cumprimento a determinação prolatada nos autos do processo TC 1771105


(Acórdão APL TC 345/08) com vistas a adotar medidas em definitivo para regularizar, na forma
legal, o contrato de concessão remunerada de uso do estacionamento do Espaço Cultural, fazendo
provas das medidas adotadas a esta Corte, sob pena de multa e julgamento irregular das prestações
de contas futuras, como naquela decisão estabelecida.

3.2 Realizar um maior controle dos gastos e das datas dos vencimentos das obrigações,
implicando, se for o caso, na alteração das datas destes com vistas a evitar o pagamento de multas,
juros e outros encargos.

3.3 Observar com rigor os ditames do art. 26 da LRF19, ao efetuar repasse de recursos a
entidades sem finalidade lucrativa. ~

19 LRF. Art. 26: A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fisicas ou défi~

de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

C:\Meus documentosIAssessoríaIPLENOIACORDAOIENTIDADEIFUNESC-200S.doc
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te nO 02357/06
3.4 Evitar a repetição das falhas constatadas nos autos, observando com rigor os
ditames da Lei 4.320/64, às leis Federais 8.666/93 e 101/00 (LRF) e, bem assim, realizar um
eficiente planejamento de seus gastos de modo a assegurar o equilíbrio das contas públicas,
evitando-se, futuramente, a aplicação de multa e outras cominações legais.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.


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TC- PLENÁRIO MINISTRO l~O .G~PINO, /~A de junho de 2008.
Conselheiro-Amá
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Rodrigues Catão
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Terêsa Nóbrega ~ .
Procuradora-Geral

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