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Lista de Figuras 8
Resumo 9
Abstract 10
1 Introdução 11
2 Introdução ao eletromagnetismo 14
2.1 Ação para a partı́cula livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2 Interação partı́cula-campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.3 Quadri-corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4 Equações de movimento de uma carga em um campo . . . . . . . 19
2.5 Equações de Maxwell . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.6 Transformação de calibre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5 Condição de quantização 60
7 Conclusão 83
A Notação 85
Bibliografia 103
Lista de Figuras
Resumo
Abstract
Introdução
Introdução ao eletromagnetismo
Z τb p
S = −mc Uα U α dτ , (2.1)
τa
p
dxα dxα = ds
ds = cdτ .
dxα dxα
Uα = =
ds cdτ
Z bp Z b
S = −mc dxα dxα = −mc U α dxα (2.2)
a a
Z b Z b
α α dU α
δS = −mc U dδxα = −mcU δxα |ba +mc δxα dτ (2.3)
a a dτ
dU α d2 xα
m = 0; m = 0.
dτ dτ 2
Z b³ ´
e
S= −mcds − Aµ dxµ . (2.4)
a c
O quadri-vetor Aµ é decomposto em duas partes, uma parte temporal,
para µ = 0 usualmente chamada de potencial escalar φ e em uma outra parte,
~
para µ = 1, 2, 3 chamada de vetor potencial do campo A.
³ ´
~ .
Aµ = φ, A (2.5)
Z b³ ´
e~
S= −mcds + A · d~r − eφdt . (2.6)
a c
Com o vetor velocidade da partı́cula ~v e o tempo próprio para este ob-
jeto, é possı́vel reescrever a ação para esta partı́cula sobre influência do campo
eletromagnético.
µ ¶ 21
d~r v2
= ~v e ds = cdt 1 − 2 ,
dt c
Z " µ ¶1 #
t2
v2 2 e ~
2
S= −mc 1 − 2 + A · ~v − eφ dt (2.7)
t1 c c
O integrando é a lagrangiana para uma carga em um campo eletro-
magnético:
17
µ ¶ 12
2 v2
e~
L = −mc 1− 2
+ A · ~v − eφ. (2.8)
c
c
· ³ ´1 ¸
2 v2 2
Esta função difere da lagrangiana para uma partı́cula livre L = −mc 1 − c2
~ · ~v − eφ.
pelo termo ec A
Com a lagrangiana já pronta, escreveremos a hamiltoniana H para este
sistema em questão.
A derivada ∂L
∂~v
é o momento generalizado da partı́cula, denotada por P~ ,
tal que:
m~v e~ e~
P~ = ¡ ¢ 1 + A = p~ + A. (2.9)
2
1 − vc2 2 c c
∂L
H = ~v · −L
∂~v
µ ¶2 ³
H − eφ e ~ ´2
= m2 c2 + P~ − A . (2.10)
c c
Para baixas velocidades, isto é, para a mecânica clássica não relativı́stica,
a lagrangiana (2.8) reduz-se a
mv 2 e ~
L= + A · ~v − eφ. (2.11)
2 c
Nesta aproximação, p~ = m~v = P~ −eA,
~ e encontra-se para a hamiltoniana:
1 ³ ~ e ~ ´2
H= P − A + eφ, (2.12)
2m c
que é a hamiltoniana da interação carga-campo.
Na próxima seção mostraremos a corrente escrita no espaço-tempo quadri-
dimensional, com sua parte temporal e sua parte espacial.
18
2.3 Quadri-corrente
Considerando uma distribuição contı́nua de carga por todo o espaço, tem-se que
um elemento de volume dV possui uma quantidade de carga ea .
A densidade de carga ρ pode ser expressada através de funções delta δ
da seguinte forma:
X
ρ= ea δ (~r − ~ra ) (2.13)
a
onde vê-se que a densidade de carga é nula em quase todo lugar que se olhe,
mesmo somando sobre todas as cargas, exceto nos pontos em que ~r = ~ra . Tem-
se que ~ra é o raio vetor da quantidade invariante que é a carga ea . A carga é
invariante porque não depende do sistema de referência.
Em geral, a densidade de carga varia conforme a escolha do sistema
de referência. Mas a carga contida no volume dV dada pelo produto, é uma
quantidade invariante. Dessa forma, tem-se que
dxµ
de dxµ = ρ dV dxµ = ρ dV dt . (2.14)
dt
Como de é um escalar e dxµ é um quadri-vetor, o lado direito de (2.14)
também precisa ser um quadri-vetor, dessa forma, a quantidade deve ser um
quadri-vetor corrente Jeµ , já que dV dt é um escalar.
dxµ
Jeµ = ρ (2.15)
dt
que pode ser separada em componentes temporal e espacial. A componente tem-
poral J 0 é a própria densidade de carga, e a componente espacial ~j é o vetor
densidade de corrente ρ~v , sendo que ~v é a velocidade da carga em um dado pon-
to.
³ ´
Jeµ = cρ, ~j . (2.16)
Z Z Z
1 0 1
ρdV = J dV = Jeµ dSµ (2.17)
c c
A integral é tomada sobre todo o hiperplano quadri-dimensional perpendicular
ao eixo t.
Agora, colocaremos uma carga na presença de um campo, e estudaremos
como as equações de movimento para este sistema carga-campo são escritas.
µ ¶
d ∂L ∂L
= , (2.18)
dt ∂~v ∂~r
³ ´ 21
onde L = −mc2 1 − v2 ~ v −eφ,
+ ec A·~ ∂L
é o momento generalizado da partı́cula
c2 ∂~v
e
∂L ³ ´
~ = e∇
= ∇L ~ A~ · ~v − e∇φ
~
∂~r c
³ ´
~ A
Aplicando a fórmula da análise vetorial para ∇ ~ · ~v , encontra-se
∂L e³ ~´ ~ e ~ ×A
~ − e∇φ.
~
= ~v · ∇ A + ~v × ∇
∂~r c c
Dessa forma, a equação de Euler-Lagrange toma a forma:
d ³ e ~´ e ³ ~ ´ ~ e ~ ×A
~ − e∇φ,
~
p~ + A = ~v · ∇ A + ~v × ∇ (2.19)
dt c c c
20
~
dA ~
∂A
mas a diferencial total dt
dt consiste de duas partes: ∂t
dt do potencial vetor
com o tempo em um ponto fixo no espaço e a carga devido ao movimento de um
ponto no espaço para outro em uma distância d~r. Esta segunda parte é igual a
³ ´
~ A.
d~r · ∇ ~
~
dA ~ ³
∂A ´
= ~
+ ~v · ∇ A.~
dt ∂t
d~p ~
e ∂A e ³ ´
=− ~ ~ ~
− e∇ φ + ~v × ∇× A . (2.20)
dt c ∂t c
Esta equação descreve o movimento de uma partı́cula sob a ação de um
campo eletromagnético. Ela mostra a taxa de variação do momento da partı́cula
com o tempo, e que em um campo eletromagnético, a carga está sob a ação
de uma força composta de duas quantidades independentes da velocidade da
~ e de uma quantidade
partı́cula, uma chamada de intensidade de campo elétrico E
que depende da velocidade da partı́cula, sendo perpendicular a ela, denotada de
~
intensidade de campo magnético B.
~
~ = − 1 ∂A − ∇
E ~ φe ; (2.21)
c ∂t
~ = ∇×
B ~ A.
~ (2.22)
d~p ~ + e ~v × B.
~
= eE (2.23)
dt c
A força que o campo elétrico exerce sobre a carga é independente da
velocidade da carga tendo a direção do campo elétrico e a força exercida pelo
21
µ ¶
d~v ~
v ~ .
~ + ×B
m =e E (2.24)
dt c
Ao achar a variação da energia cinética K da partı́cula com relação ao
tempo, encontra-se uma igualdade
dK dP~
= ~v · ,
dt dt
m~v
p~ = ¡ ¢ 21 (2.25)
v2
1− c2
d~p m d~v
~v · =¡ ¢ 3 ~
v· . (2.26)
dt 2
1 − vc2 2 dt
dK d~
p
Portanto, tem-se a igualdade dt
= ~v · dt
.
³ ´
Trocando d~
p ~
de (2.23) e lembrando que ~v × B · ~v = 0, tem-se que
dt
dK ~ · ~v .
= eE (2.27)
dt
A variação da energia cinética com o tempo, descrita como uma função
do produto da velocidade da partı́cula pela força elétrica, é o trabalho realizado
pelo campo elétrico sobre a partı́cula a cada instante de tempo. E durante um
~ · d~r. O trabalho
certo deslocamento d~r da carga, este trabalho é dado por eE
realizado sobre a carga se dá em função da ação do campo elétrico sobre a carga
22
~
~ ·E
∇ ~ = ρe , ∇ ~ = ∂ E + J~e ,
~ ×B (2.28)
∂t
e duas equações homogêneas
~
~ ·B
∇ ~ = 0, ∇ ~ + ∂ B = 0.
~ ×E (2.29)
∂t
→
As equações de campo para o vácuo, em que ρe = 0 e J e = 0, evidenciam
~ →B
uma simetria ao se fazer a transformação dual de E ~ eB ~ → −E, ~ em que
as duas equações de cima (2.28) se transformam nas duas de baixo (2.29) e vice-
versa. Este tipo de simetria se chama simetria dual do eletromagnetismo.
Os campos elétrico e magnético podem ser escritos em função dos poten-
³ ´
~
ciais φe , A , sendo dados pelas equações (2.21) e (2.22), devido à divergência do
rotacional e do rotacional do gradiente serem iguais a zero.
A fonte obedece a uma equação da conservação, conhecida como equação
da continuidade:
∂ρe ~ ~
+ ∇.Je = 0. (2.30)
∂t
A equação da conservação da corrente pode ser escrita como:
∂µ Jeµ = 0 (2.31)
Fµν = ∂µ Aν − ∂ν Aµ .
1
F̃µν = εµνρσ F ρσ
2
onde εµνρσ é o tensor antissimétrico de ordem quatro, com εµνρσ = −εµνρσ .
+1 para µ = 0, ν = 1, ρ = 2, σ = 3,
e qualquer permutação par
µνρσ
ε =
−1 para qualquer permutação ı́mpar
0 se dois ı́ndices forem iguais
e o dual
0 −Bx −By −Bz
Bx 0 Ez −Ey
F̃µν =
.
(2.33)
By −Ez 0 Ex
Bz Ey Bx 0
Podemos derivar as equações de Maxwell escrevendo a densidade de la-
grangiana
1 1 ³ ~ 2 ~ 2´
L = − Fµν F µν = E −B . (2.34)
4 2
É possı́vel mostrar que a hamiltoniana para o campo magnético livre,
sendo a soma da energia elétrica e magnética é dada por
1 ³ ~ 2 ~ 2´
H= E +B . (2.35)
2
24
∂ µ F̃µν = 0, (2.37)
∂ρm →
~ Jm
= −∇· (2.39)
∂t
Assim, as equações de Maxwell com fontes (2.38) são invariantes sob as
rotações duais:
E~ →E~ cos θ + Bsenθ
~
(2.40)
B
~ → −Esenθ
~ +B ~ cos θ
ρ → ρ cos θ + ρ senθ
e e m
(2.41)
ρ → −ρ senθ + ρ cos θ
m e m
→ → →
J e → J e cos θ+ J m senθ
→ → → , (2.42)
J
m → − J e senθ+ J m cos θ
³ ´
~
neste caso, não há como implementar a rotação dual para os potenciais φe , A .
25
~ → −B;
E ~ ~ → E;
B ~ ρe → −ρm ;
∂µ F µν = J ν (2.43)
∼ µν
ν
∂µ F = Jm . (2.44)
·
→
³ ´
~ →
M u= g B− ~
u ×E (2.45)
·µ
m v = eF µν vν (2.46)
∼ µν
M u̇µ = g F uν (2.47)
nas quais o ponto se refere à diferencial com respeito ao tempo próprio. Quando
as cargas e e g atuam como fontes de um campo, fica evidenciada a conexão entre
as equações para as partı́culas e as equações para os campos assim como Rohrlich
apresenta em seu trabalho [8].
Fizemos algumas tentativas de inserir fontes em lagrangianas escritas em
função dos campos elétrico e magnético, sem muito sucesso, pois numa tentativa
perdemos as duas leis de Gauss com fontes, noutra tentativa, tı́nhamos uma
densidade de lagrangiana que era invariante sob transformação de calibre, mas não
fornecia as equações de campo corretamente e numa terceira tentativa, seguindo
a sugestão de Sudbery [19], conseguimos uma lagrangiana que fornecesse as equaç
ões de Maxwell corretamente, mas com quebra da identidade de Bianchi. Estas
tentativas estão comentadas no Apêndice B.
Mas ao se introduzir as cargas magnéticas, surgem quantidades mal
~ deverá possuir algum tipo de singularidade. Pois se
definidas. O potencial vetor A
analisarmos o fluxo magnético através de uma esfera S 2 que contorna o monopo-
R R ³ ´
lo com carga magnética g, teremos S 2 B.d~ S~ = 2 ∇ ~ ×A ~ .dS~ = 0, embora,
S
Z · q ¸
1
S=− Fµν F µν + m α
g αβ uα uβ + euα A ds (2.48)
4
sendo uα a quadri-velocidade da carga e m sua massa.
A seguir, veremos que os campos elétrico (2.21) e magnético (2.22) per-
~
manecem invariantes ao se fazer uma transformação nos potenciais φ e A.
27
∂χ
A0µ = Aµ − . (2.49)
∂xµ
∂χ µ
e dx = d(eχ). (2.50)
dxµ
Esta é uma diferencial total e não faz efeito sobre as equações de movimento.
Escrevendo (2.49) na forma
~0 = A
~+∇
~ χ ∂χ
A e φ0 = φ − , (2.51)
∂t
Dessa forma, os campos não são alterados pela transformação dos potenciais, e
os potenciais não são definidos de forma unı́voca.
~ de (2.51) difere de A
O potencial A ~ 0 por uma transformação de cali-
~ = g ~r
B (3.1)
r3
29
função de uma delta expressa por −e δ 3 (~r) tem-se que as equações de Maxwell
podem ser generalizadas a fim de se incluir um divergente do campo magnético:
∇.E = eδ (~r)
~ ~ 3
(3.2)
~ B
∇. ~ = gδ 3 (~r)
Z I
~ S
B.d ~= ~ ~l.
A.d (3.4)
é tal que a sua variação nessa superfı́cie se dá de acordo com a variação do
ângulo θ representado na referida figura. Como Φ (r, θ) para r > 0, é igual ao
fluxo magnético através de uma superfı́cie esférica, área hachurada da figura
(3.1), contornada por uma curva, ou seja, Φ (r, θ) = 12 4πg(1 − cos θ). Para θ =
0, Φ (r, 0) = 0. À medida em que o ângulo θ vai aumentando, o fluxo que atravessa
a superfı́cie hachurada também vai aumentando, até que para θ = π, Φ (r, π) =
4πg. Mas, para θ = π, o contorno retoma novamente a forma de um ponto.
Contudo, Φ (r, π) = 0.
Resultando assim na exigência de vı́nculos finitos relacionados ao fluxo
~ é singular em θ = π.
Φ (r, θ) . Com essas considerações, o potencial vetor A
spectivas, tal que seus rotacionais são iguais ao campo magnético, e que estão
relacionados por uma transformação de calibre na região de contorno. As regiões
de contorno podem ser:
π
R+ : 0 ≤ θ < r > 0, 0 ≤ φ < 2π, ∀ t (3.7)
2+δ
π
R− : <θ≤π r > 0, 0 ≤ φ < 2π, ∀ t (3.8)
2−δ
π π
sendo que a região de contorno se extende por 2−δ
<θ < 2+δ
. Assumindo que
0 < δ ≤ π2 .
Incluindo os dois semi-hemisférios tem-se que
~+ − A
A ~− = ∇
~ (2gφ) = ∇χ
~ (3.10)
Note que desde que φ seja um ângulo, a função χ não é contı́nua, pois
se ela fosse contı́nua, não haveria fluxo. De fato, se f denota a esfera unitária no
R3 , com f ± os hemisférios superior e inferior respectivamente e Eq o equador, o
fluxo pode ser dado por
Z Z ³ ´ Z ³ ´
~ S
B.d ~= ~ ~ ~
∇ × A+ .dS + ~ ×A
∇ ~ − .dS
~
f f+ f−
Z Z Z
= ~ + .d~l −
A ~ − .d~l =
A ~
∇χ.d~l = 4πg.
Eq Eq Eq
µ ¶
~ x) = −d M
~ ×∇
~ 1
dA(~ (3.11)
|~x−~x0 |
Para uma linha de dipolos ou solenóide cuja loclização é dada pela corda L o
vetor potencial é
Z µ ¶
1
~ L (~x) = −g
A d ~l×∇
~ (3.12)
L |~x−~x0 |
Exceto sobre a corda, esse vetor potencial possui um rotacional dirigido radial-
mente para fora no final da corda, varia com o inverso do quadrado da distância,
~ do monopolo
com fluxo total da ordem de g, como já esperado para o campo B
g. Na corda, o vetor potencial é singular. Esse comportamento singular é equi-
~ 0 dentro do solenóide e ocasionando uma contribuição de
valente a um campo B
retorno de fluxo (−g) ao longo da corda para cancelar o fluxo do polo para fora.
~ monopolo = ∇
B ~ ×A
~−B
~0
que fornecerá I µ ¶
1
= −g d ~l0 ×∇
~
C |~x−~x0 |
0
em que C é o contorno de L + L , resultando em
I µ ¶
~0 ~x−~x0
= −g dl× . (3.13)
C |~x−~x0 |3
~ L0 (~x) =A
A ~ L (~x) +g ∇Ω
~ C (~x) (3.14)
vb
Fy = evBx = eg 3 . (3.15)
(b2 + v 2 t2 ) 2
Considerando a deflexão instantânea de uma carga elétrica por um monopolo
muito pesado situado na origem,
36
Z ∞
dt 2eg
4py = egvb 3 = . (3.16)
−∞ (b2 + v 2 t2 ) 2 b
Como o impulso é na direção do eixo y, a partı́cula é defletida para fora do
plano da (figura (3.6)). Na deflexão, o momento angular da partı́cula é alterado,
ficando independente do parâmetro de impacto b e da velocidade v da partı́cula
carregada
eg = n(~/2). (3.18)
0
~ = g ~n
B (3.19)
r02
~ = e ~n
E (3.20)
r2
¯ ¯
¯ ~¯ ~ e ~n é o
em que r0 = ¯~x−R ¯ , r = |~x|, ~n0 é o vetor unitário na direção de ~x−R,
vetor unitário na direção de ~x.
O momento angular é dado pela integral
Z ³ ´
~ em =
L ~ ~
~x× E×B d3 x (3.21)
onde a segunda integral é sobre uma superfı́cie S no infinito e ~ns é a normal exte-
~ da equação (3.19), esta integral de superfı́cie
rior àquela superfı́cie. Tomando B
R
se reduz a g ~ndΩ = 0, desde que ~n tenha direção radial e valor médio angular
zero. Desde que B ~ seja causado por um monopolo pontual localizado em ~x=~r,
³ ´
~ B=g
seu divergente será ∇· ~ ~ . Portanto, o momento angular do campo é
δ ~x−R
38
~
~ em = −eg ¯R¯ ,
L (3.22)
¯~¯
¯R¯
que é a solução encontrada por Thomson [1]. A direção é da linha que vai da carga
elétrica para a carga magnética, com magnitude igual ao produto das cargas.
Este resultado é usado para tirar a condição de quantização de Dirac
entre cargas elétrica e magnética por argumentos semi-clássicos. Requerendo que
o momento angular do campo na equação (3.22) seja um múltiplo inteiro de ~/2,
tira-se a condição de quantização de Dirac
eg = n(~/2). (3.23)
ψ → ψ 0 = ψeieχ/~
~2 ~ 2 ∂ψ
− ∇ ψ = i~
2m ∂t
39
ψ → ψ 0 = ψeiegΩC /~ (3.24)
n~
eg = , (n = 0, ±1, ±2, ±3, ...) (3.25)
2
que é a condição de quantização de Dirac. Ela vem da necessidade geral da
invariância de calibre e da estimativa da função de onda, independente da local-
ização da corda do monopolo.
A condição de quantização de Dirac tem a seginte imperpretação fı́sica:
Classicamente, não há muita diferença entre um monopolo magnético e
um solenóide muito longo e fino. O campo dentro do solenoide é diferente, mas
no limite em que o solenoide se torna infinitamente longo e infinitamente fino,
de tal forma que dentro do solenóide não seja possı́vel realizar um experimento
clássico, o campo no final do solenoide é indistinguı́vel do campo de um monopolo
magnético.
Quanticamente, pode-se a princı́pio detectar o solenóide por um modelo
de interferência quântica predita pelo efeito Aharanov-Bohm. A condição para a
ausência da interferência é a condição de quantização de Dirac.
Até aqui, estudamos alguns aspectos do eletromagnetismo clássico, es-
crevemos as equações de Maxwell, vimos que podemos escrever algumas formas
para os potenciais que descrevem os campos, a questão da singularidade do vetor
potencial. Estudamos também algumas abordagens para a quantização semi-
clássica. Agora vamos introduzir em nossa formulação um segundo potencial e
40
³ →´
φm , C e redefine-se o tensor de intensidade de campo como
e o seu dual
1
F̃µν = ²µναβ F αβ .
2
Note que neste caso, a rotação dual também pode ser introduzida para os poten-
ciais
que é compatı́vel com a rotação. O mesmo procedimento pode ser feito para as
cargas e para as correntes.
Espressando as novas definições para os campos em função destes novos
potenciais
~
~ e − ∂ A − ∇×
→
~ = −∇φ
E ~ C, (4.4)
∂t
B ~ m− ∂ C +∇
~ = −∇φ ~ × A.
~ (4.5)
∂t
→
Note que φm se comporta como um pseudo-escalar e C é um pseudo-vetor.
A técnica de duplicação de potenciais de Cabibbo e Ferrari [6], permite
a eliminação da singularidade nos potenciais. E Fµν dado por ( 4.1) é invariante
sob as transformações
Aµ → Aµ + ∂µ Λ (4.6)
Cµ → Cµ + ∂µ Γ (4.7)
Aµ → Aµ + A0µ (4.8)
44
Cµ → Cµ + Cµ0 (4.9)
∂µ ∂ µ Aν = Jeν (4.11)
e que
∂µ ∂ µ C ν = Jm
ν
(4.12)
1 µ
LM = − Fµν F µν − Jeµ Aµ + Jm Cµ . (4.13)
4
Uma das vantagens deste formalismo é que devido à invariância de ca-
libre na duplicação de potenciais é que podemos introduzir um potencial escalar
magnético para o monopolo magnético estático. Neste caso temos
~ ×B
∇ ~ =0 (4.14)
45
~ ·B
∇ ~ = ρm = gδ 3 (~r) (4.15)
ou seja
~ = g r̂.
B (4.16)
r2
Lembrando das identidades vetoriais apropriadas, temos que o campo de um
monopolo estático pode ser escrito como
~ = −∇φ
B ~ m (4.17)
onde
g
φm = (4.18)
r
o que elimina a singularidade do potencial.
Após a integração por partes, a densidade de lagrangiana fica
1
L= [Aµ (2g µν − ∂ µ ∂ ν ) Aν − Cµ (2g µν − ∂ µ ∂ ν ) Cν ] − Jeν Aν + Jm
ν
Cν (4.19)
2
sendo que a lagrangiana da interação é
Lint = −Jeν Aν − Jm
ν
Cν . (4.20)
d~p h ³ ´i
~ ~ ~ ~
= e −∇φe − ∂t A + ~v × ∇ × A
dt
→
~ C
se comparamos com (4.4) e (4.5) vemos que está faltando a expressão −∇×
³ →´
~ m − ∂t C dentro do colchetes. Um termo (J µ Cµ ) não geraria os
+~v × −∇φ e
d~p h ³ ´ ³ ´i
~ e − ∇N
= e −∇φ ~ 0 − ∂t A
~ − ∂t N
~ + ~v × ∇~ ×A
~ + ~v × ∇~ ×N
~
dt
→
~ 0 + ∂t N
∇N ~ = ∇×
~ C
→
~ ×N
∇ ~ = −∇φ
~ m − ∂t C
ou seja
1
∂µ Nν = − ²µναβ ∂ α C β . (4.21)
2
Se tomarmos (4.19) como ponto de partida para construir a lagrangiana
para esta partı́cula na presença de um campo eletromagnético, terı́amos
µ ¶
1 2
→
L=− M~vm − gφm + g~v · C .
2
47
d~pm h → ³ →´i
~ m − ∂t C +~vm × ∇×
= g −∇φ ~ C
dt
faltando a expressão
³ ´
~ ~ ~ ×A
~v × ∇φe + ∂t A + ∇ ~
d~pm h → → ³ → → ´i
~ m − ∇H
= g −∇φ ~ 0 − ∂t C −∂t H +~v × ∇×
~ C +∇×
~ H .
dt
Se admitirmos que Hµ está relacionado a Aµ através da equação
1
∂µ Hν = ²µναβ ∂ α Aβ , (4.22)
2
obtemos (2.47).
Se introduzirmos ambos os termos de interação na lagrangiana obtemos
1
L = − Fµν F µν − Jeµ (Aµ + Nµ ) − Jmµ
(Cµ + Hµ ) + (4.23)
4
+ termos cinéticos para as cargas
Jeµ = Jm
µ
= 0.
∂ µ C ν − ∂ ν C µ = ²µναβ ∂α Nβ , (4.24)
48
conseqüentemente
∂µ (∂ µ C ν − ∂ ν C µ ) = (2g µν − ∂ µ ∂ ν ) Cµ = 0,
dEe ~
= e~ve · E. (4.25)
dt
A força de Lorentz pela qual a partı́cula está sujeita é
d~pe ³ ´
=e E~ + ~ve × B
~ . (4.26)
dt
Combinando estas duas equações em uma forma covariante, tem-se que
dpµe dU µ
=m
dτ dτ
dxµ
em que U µ é a quadri-velocidade da partı́cula dτ
dU µ
m = eF µν Uν (4.27)
dτ
e τ é o tempo próprio da partı́cula.
As equações de Lorentz generalizadas podem satisfazer à simetria dual
das equações para os campos ou para os potenciais. Por isso, e pelas equações
49
(4.25) − (4.27). chega-se às equações de Lorentz para uma partı́cula carregada
magneticamente. Pela rotação dual, em que θ = 900 tal que E → B, B → −E,
Jeµ → Jm
µ
ou seja e → g e e~ve → g~vm . Dessa forma, a variação da energia e a
força de Lorentz se tornam
dpµm
= g F̃ µν Uν . (4.28)
dτ
Levando em consideração as densidades de corrente, tem-se que
Z
e~ve → J~e d3 x
e
Z
g~vm → J~m d3 x.
Z ³ ´
dK
= J~e · E
~ + J~m · B
~ d3 x. (4.29)
dt
~ e magnético
Das equações de Maxwell em função dos campos elétrico (E)
~ fazendo a substituição de J~e e J~m , observando que daqui para frente, os
(B),
~ eB
campos E ~ não são campos externos,
~
J~e = ∇ ~ − ∂E
~ ×B
∂t
~
J~m = −∇ ~ − ∂B
~ ×E
∂t
³ ´
³ ´ ~
∂ B·B ~
J~m · B
~ =− ∇~ ×E
~ ·B~− .
∂t
50
Z
dK ∂ 1 ³ ~ 2 ~ 2´ 3
=− E + B d x− (4.30)
dt ∂t 2
Z ³ ´
− ~ · E
∇ ~ ×B
~ d3 x.
1
T 00 = −F 0i F 0 i + Fil F il
4
1 ³ ~ 2 ~ 2´
= E +B (4.31)
2
³ ´
T i0 = E~ ×B
~ (4.32)
i
1 ³ ~ 2 ~ 2´
T ij = Ei Ej + Bi Bj − δ ij E +B (4.33)
2
dessa forma, a variação da energia mecânica é reescrita em termos do tensor de
energia-momento
Z Z
dK ∂T 00 3
=− d x− ∂i T i0 d3 x (4.34)
dt ∂t
mostrando que há uma conexão evidente entre a energia mecânica das partı́culas
e as componentes do tensor de energia-momento para os campos. Movendo T 00
para o lado esquerdo da equação, ela pode ser interpretada como a densidade
de energia dos campos elétrico e magnético e T i0 como um fluxo de energia,
representando o vetor de Poynting.
Observando as componentes espaciais das equações (4.27) e (4.28) é
possı́vel obter uma equação para a conservação do momento de um sistema de
partı́culas que interage com campos externos.
Z ³ ´
d P~ ~ ~
= E × B d3 x +
dt
51
Z h ³ ´ ³ ´ ³ ´ ³ ´i
+ ~ ∇
E ~ ·E
~ −E~× ∇~ ×E
~ +B~ ∇~ ·B
~ −B~× ∇~ ×B
~ d3 x (4.35)
Z Z
dPi d i0 3 ∂Tij 3
+ T d x= dx (4.36)
dt dt ∂xj
mostrando a relação que há entre as componentes do tensor de energia-momento
para os campos e o momento mecânico das partı́culas. A equação para a conser-
vação do momento tem a mesma forma da equação da teoria com carga elétrica
somente. O tensor T 0i representa o momento transportado pelos campos. O
termo do lado direito pode ser escrito como uma integral de superfı́cie:
I
Tκξ nξ da (4.37)
00 1 ³ ~ 2 ~ 2´
T = E +B
2
³ ´
T κ0 = T 0κ = E~ ×B
~ (4.38)
κ
1 ³ ´
T κξ = Eκ Eξ + Bκ Bξ − δ κξ E~2 + B
~2
2
que possui a mesma forma do tensor de energia-momento da eletrodinâmica.
Mas a expressão covariante do tensor de energia-momento, escrito em função
dos potenciais de calibre, possui termos cruzados a mais entre os potenciais Aµ e
Cµ .
~ e B
Inserindo as definições expandidas dos campos E ~ em termos dos
1
T αβ = Fγα F γβ + g αβ Fµν F µν (4.39)
4
que é simétrica nos ı́ndices α e β. Agora, partindo da equação do tensor de
energia-momento equação (4.39) e revertendo a ordem dos argumentos, chega às
equações de Lorentz.
Tomando o quadri-divergente de Tµν e a forma covariante das equações
de Maxwell, tem-se que
Nesta seção, examinamos o momento angular dos campos produzidos pelas partı́culas
de carga elétrica e magnética, a questão da condição de quantização entre os dois
tipos de carga nesta formulação de dois fótons e do ponto de vista de Singleton
[26].
A covariancia de Lorentz para o tensor de energia-momento é mantida, o
momento angular do campo eletromagnético provém de e e g, tendo sido estudado
por Singleton. O momento angular é dado por M κξ
Z Z
ij 0ij 3
¡ 0i ¢
M = M d x= T xJ − T 0j xi d3 x (4.41)
Z ³ ´
= ~r × E~ ×B
~ d3 x. (4.42)
e−mr
φm = g (4.43)
r
em que m é a massa do fóton associado ao setor magnético. Isto é possível devido
o uso do mecanismo de Higgs.
e
φe = . (4.44)
r0
O fóton associado ao setor elétrico permanece não massivo.
A partir destes potenciais e dos campos
~ = −e ~r0 ,
E (4.45)
r3
−mr
µ ¶
~ = −g e
B
1
+ m ~r. (4.46)
r2 r
escreve-se
8πeg £ ¤
Lz = − 2 2
1 − (1 + md) e−md nz . (4.47)
md
O momento angular do sistema depende além das cargas e e g, da massa
m do fóton associado ao setor magnético e da distândia d entre as partı́culas.
Na análise usual, do sistema carga-monopolo, o momento angular independe da
distância entre as duas partı́culas.
Tomando o limite m → 0, faz-se a conexão com o momento angular usual.
2 2 3 3
Expandindo e−md até termos de segunda ordem, e−md = 1 − md + m 2d − m 6d + ...
é possı́vel perceber que a condição de quantização de Dirac usual não é única.
Parece que ela também pode depender da distância entre as partı́culas.
A magnitude da condição de quantização de Dirac
n~
eg = , (4.48)
2
comparando com (4.47), que fornece a direção do momento angular provém do
fato da função de onda de uma partı́cula na presença da corda de Dirac ser
unı́voca. Lembrando que o momento angular da configuração do campo de cargas
54
8πeg £ ¤ n~
2 2
1 − (1 + md) e−md = , (4.49)
md 2
onde n é inteiro, e comparando (4.48) com (4.49), observa-se que a magnitude da
carga magnética g, precisará ser sempre maior para a segunda condição. Pois para
o fóton magnético massivo, o campo de Yukawa da partı́cula magnética cai mais
rapidamente que o do equivalente caso Coulombiano. Assim, para a configuração
manter um momento angular de 1/2, a carga g deve ser maior.
A seguir, procuraremos por uma ação neste formalismo de dois fótons,
que nos descreva a eletrodinâmica usual.
1
L = Le0 + Lg0 − Fµν F µν − Jeµ Aµ + Jm
µ
Cµ , (4.50)
4
55
R h1 p p
S=− F F µν + m
4 µν
g αβ Uα Uβ − M g αβ Vα Vβ +
(4.51)
+eUα Aα − gVα C α ] ds
e a lagrangiana
" r r
1 duα duβ dvα dvβ
L = − Fµν F µν + m g αβ −M g αβ
4 ds ds ds ds
¸
duα α dvα α
+e A −g C (4.52)
ds ds
sendo Uα e Vα as quadri-velocidades da carga e do monopolo e m e M
suas massas. Introduz-se o tensor de campo generalizado proposto por Cabibbo-
Ferrari [6] e os potenciais não locais. Aµ e C µ são de Mello-Carneiro-Nemes [27]
Z x
1
A = A + ²µγαβ
µ µ
∂α Cβ dξ γ (4.53)
2 P
Z x
1
C = C − ²µγαβ
µ µ
∂α Aβ dξ γ (4.54)
2 ∼
P
F µν = ∂ µ Aν − ∂ ν Aµ , (4.55)
56
∼ µν
µ ν ν µ
F =∂ C −∂ C , (4.56)
d2 uα dAα duβ α β
m 2 +e −e ∂ A =0
dτ dτ dτ
d2 v α dC α dvβ α β
M − g − g ∂ C =0
dτ 2 dτ dτ
dAα duβ β α dC α dvβ β α
desde que dτ
= dτ
∂ A e dτ
= dτ
∂ C , obtemos as equações de movimento
para a carga elétrica e o monopolo magnético respectivamente
d2 uα duβ
m 2
= eF βα (4.57)
dτ dτ
e
d2 v α ∼ βα dvβ
M = g F . (4.58)
dτ 2 dτ
Variações dos potenciais locais conduzem a variações dos potenciais não
locais, e usando (4.55), (4.56) além da identidade Fµν F µν = −F̃µν F̃ µν , a con-
dição extrema para a ação sob tais variações corresponde às equações de Maxwell
generalizadas
R n1
δS = − 2
Fµν ∂ µ δAν − 21 Fµν ∂ ν δAµ − 12 F̃µν ∂ µ δC ν +
o (4.59)
+ 12 F̃µν ∂ ν δC µ + Jµ δAµ − gµ δC µ ds = 0
Z n o
=− −Fµν ∂ ν δAµ + Jµ δAµ + F̃µν ∂ ν δC µ − gµ δC µ ds
57
Z
=− (Jµ + ∂ ν Fµν ) δAµ ds + Fµν δAµ |+∞
−∞ −
Z ³ ´
− −gµ − ∂ ν F̃µν δC µ ds − F̃µν δC µ |+∞
−∞ .
∂β F αβ = −Jeα , (4.60)
∂β F̃ αβ = −Jm
α
. (4.61)
~
L = Le0 − eA0 + e ~v .A (4.62)
admite a construção de uma hamiltoniana cujo limite não relativístico é dado por
1 ³ ´2
~ + eA0
He = p~ − eA (4.63)
2m
onde
Z µ ¶ Z µ ¶
~ = A
~+ 1 ∧ ∧ 1 ∧ ∧
A ∂y k −∂z j φm dx + ∂z i −∂x k φm dy +
2 2
Z µ ∧ ¶
1 ∧
+ ∂x j −∂y i φm dz (4.64)
2
∂
em que ∂y = ∂y
. Embora não local, vamos analisar o caso da partícula na presença
de um monopolo pontual massivo (M >> m), e verificar a quantização para
~ 6= 0 e A0 = 0, ou seja
A
Z x
1
Ai (x) = ²ijk dyk ∂j φm + Ai (4.65)
2
onde φm = − gr .
A equação de Schrödinger correspondente é:
58
1 ³ ~ − eA
´2
~ ψ = Eψ.
−i~ ∇ (4.66)
2m
Definindo uma outra função de onda
R ~r
ie ~ r0
ψ̃ (~r; P ) = ψ (~r) e− ~ P A.d~
(4.67)
vemos que
· ´2 ¸ ie R ~r
~2 ~ 2 1 ³ ~ ~ ~ 0
− ∇ ψ̃ (~r; P ) = −i~ ∇ − eA ψ e− ~ P A.d~r . (4.68)
2m 2m
R ~r
ie ~ r0
ψ̃ (x : P 0 ) = ψ (~r) e− ~ P0 A.d~
. (4.69a)
H
ie ~ r0
ψ̃ (x : P 0 ) = ψ̃ (x : P ) e− ~ A.d~
R
ie ~ a0
= ψ̃ (x : P ) e− ~ S B.d~
(4.70)
onde S é uma área delimitada pelos dois camunhos P e P 0 . Qualquer que seja a
área delimitada entre os dois caminhos ψ̃ (x : P 0 ) deve ser o mesmo.
R R
− ie ~ a0 − ie ~ a0
ψ̃ (x : P ) e ~ S1 B.d~
= ψ̃ (x : P ) e ~ S2 B.d~
.
H
ie ~ a0
e− ~ S B.d~
=1 (4.71)
ie
− (4πg) = −i (2πn) n∈Z
~
n~
eg = (4.72)
2
que é a condição de quantização de Dirac.
Nesta seção, vimos que a ação que encontramos para o formalismo de
dois potenciais, não somente fornece as equações para a eletrodinâmica usual,
quanto as equações de Maxwell generalizadas.
A seguir, procuramos obter uma condição de quantização que não levasse
em conta a forma do potencial vetor.
Capı́tulo 5
Condição de quantização
1 2
H= Π, Πi = pi − eAi . (5.1)
2m i
Utilizando as relações de comutação
e a relação
[Πi , Πj ] = ieFij (5.3)
temos
. i Π
ri = − [ri , H] = i (5.4)
~ m
. i e
Πi = − [Πi , H] = Fij Πj (5.5)
~ µ
[Fij , Πj ] = 0 (5.6)
rk
Fij = gεijk (5.7)
r3
temos que
.
.. Π
ri = i
m
.. e
m ri = Fij Πj (5.9)
µ
dΠ2 i£ ¤
= − Π2 , H = 0
dt ~
.
tendo-se que Πi e Πi são perpendiculares entre si, e que o escalar χ(t) é igual ao
produto escalar x.Π, sendo
Π2
χ(t) = t + χ0 . (5.11)
m
O operador momento angular mecânico da partı́cula de carga elétrica
movendo-se no campo de um monopolo magnético é dado por
Li = εijk rj Πk (5.12)
que com isso, determina-se o valor do torque sobre o sistema formado pela
partı́cula carregada em movimento no campo de um monopolo magnético.
i
L̇i = − [Li , H]
~
i~e e e
L̇i = Bi + rBΠi − Bi χ. (5.13)
m m m
ri
Como a ordem de derivação dos fatores do vetor unitário r
pode influir
no resultado da derivada, tivemos que usar a seguinte propriedade:
µ ¶
. d ³ ri ´ 1 d 1 1
r̂i = = ri + ri
dt r 2 dt r r
a qual simplifica o cálculo das relações de comutação entre o operador de posição
da partı́cula r e o operador hamiltoniano H.
. i ¡£ −1 ¤ £ ¤¢ 1 ¡ −1 ¢
r̂i = − r , H ri + ri r−1 , H + r Πi + Πi r−1 (5.14)
2~ 2m
i~ −3 1 1 ri
= r ri + Πi − χ. (5.15)
m mr m r3
Dessa forma, é possı́vel determinar que a conservação do momento angu-
lar nesta representação é diretamente proporcional ao produto das cargas elétrica
e magnética envolvidas:
.
L̇i = eg r̂i
d
(Li − egr̂i ) = 0 (5.16)
dt
63
li = Li − egr̂i
e e .
L̇i = (r.B) Πi − Bi (χ − i~) = eg r̂i . (5.17)
m m
Além disso, o produto escalar do vetor unitário r̂i por li é uma constante de
movimento:
dr2
= ẋi xi + xi ẋi
dt
Π2 2 1
r2 (t) = t + (2χ0 − 3i~) t + r02 . (5.19)
m m
Algumas regras de comutação entre os operadores são analisados para se
verificar o fechamento da álgebra.
£ ¤
l2 , lj = li [li , lj ] + [li , lj ] li = i~ (εijk li lk − εijk li lk ) = 0 (5.25)
³ ri ri ´
l = li li = εijk rj Πk εilm rl Πm − egεijk rj Πk + rj Πk + e2 g 2
2
r r
x
lx = yΠz − zΠy − eg ,
r
y
ly = zΠx − xΠz − eg ,
r
z
lz = xΠy − yΠx − eg .
r
· ¸
∂
lz |ψ (~r)i = −i~ − er sen θ Aϕ − eg cos θ |ψ (~r)i = m~ |ψ (~r)i . (5.26)
∂ϕ
1 ∓ cos θ
Aϕ = ±g . (5.29)
r sen θ
Vimos que os componentes de ~l satisfazem à álgebra usual de momento
angular so(3) e que comuta com a hamiltoniana. Agora precisamos averiguar mais
o comportamento das componentes de ~l e do operador de Casimir da álgebra ~l2 ,
como é usualmente feito [36], [5] .
Escolhemos ~l2 e lz como dois operadores que admitem auto-funções simul-
taneamente uma vez que eles comutam e assumir que estas autofunções existem
e são não singulares em todo o domı́nio das variáveis angulares θ e ϕ é possı́vel
baseado nos estudos das referências [9] e [40].
Analisamos o problema de auto-valores de ~l2 e lz primeiramente.
Constroi-se os operadores l+ = lx + ily e l− = lx − ily .
Uma possı́vel realização de auto-funções de ~l2 e lz que pode ser sugerida
seria
Y (θ, ϕ) = ei(m ~ )ϕ χ (θ) .
eg
±
(5.30)
Desta forma
¡ ¢
nos leva a m ± eg~ ∈ Z+ explicitamente.
Mesmo não tratando da equação de autovalor
e a seguinte identidade
~l2 − l2 ± ~lz = l± l∓ (5.36)
z
onde C± (m, λ) são números que precisam ser determinados. Desta forma l±
podem ser caracterizados como operadores escada da álgebra; l+ levanta um
auto-estado de |m, λi para outro e l− abaixa para |m − 1, λi.
É possível mostrar que para um dado λ existe um valor máximo de m = l
em que
l+ |l, λi = 0 (5.40)
1
= hm, λ| (l+ l− + l− l+ ) |m, λi
2
1 ³ ´
† †
= hm, λ| l+ l+ + l+ l+ |m, λi
2
†
onde utilizamos l− = l+ .
Desde que é um operador definido positivo temos
¡ ¢
hm, λ| ~l2 − lz2 |m, λi = λ2 − m2 ~2 > 0
ou seja, existe um limite superior para (k = l). Da mesma forma pode-se provar
que existe um valor mínimo (k = l0 ) para o qual,
¯ E
¯0
l− ¯l , λ = 0 (5.41)
para um dado λ.
Além disto se aplicarmos em (5.40) temos
³ ´
~2 2
l− l+ |l, λi = l − lz − ~lz |l, λi
³ ´
= λ − ~l2 − l ~2 |l, λi = 0
68
l0 = −l. (5.44)
n~
eg = , n ∈ Z+ (5.45)
2
que é a condição de quantização de Dirac.
Com a imposição da condição mı́nima (5.27), também conseguimos tirar
as formas dos campos Ax e Ay :
z
−e (xAy − yAx ) − eg = eg
r
sendo que
g (r − z) ¡ 2 ¢
(xAy − yAx ) (r + z) r = r − z2
(r − z)
resultando na expressão
g (x2 + y 2 )
xAy − yAx =
r (r + z)
69
gx
Ay = , (5.46)
r (r + z)
gy
Ax = − . (5.47)
r (r + z)
Note que
³ ´
~ − eg n̂.~r .
n̂.~l = n̂. (~r × p~) − e n̂. ~r × A
|~r|
Supondo que
temos
= f2 ~r × n̂ + f3 r2 n̂ − f3 (~r.n̂) ~r
implicando em
³ ´ £ ¤
~ = −ef3 r2 − (n̂.~r)2
−e n̂. ~r × A
se impomos que
³ ´
~ − eg n̂.~r = 0
−e n̂. ~r × A
|~r|
temos
£ ¤ n̂.~r
f3 r2 − (n̂.~r)2 = −g
|~r|
implicando que
n̂.~r 1
f3 = −g
|~r| r2 − (n̂.~r)2
70
~=+g
A
n̂ × ~r
|~r| |~r| + (n̂.~r)
e
~=−g
A
n̂ × ~r
|~r| |~r| − (n̂.~r)
que corresponde as soluções de Schwinger, porém somente com singularidades
correndo na direção de n̂, mas semi-infinitas, as quais podem ser usadas na escolha
de n̂.~l, l2 e H como conjunto de operadores comutantes e que, com o mesmo
argumento, leva à quantização de Dirac.
Ainda estamos investigando a possibilidade de obter a forma do potencial
da equação (4.53) como conseqüência da condição de quantização. Talvez também
tenhamos que lançar mão da representação não unitária do operador de rotação.
Esta última abordagem também foram consideradas em [9] e [40].
Uma outra forma para o potencial, a saber
g
Ar = 0; Aθ = − φ sen θ; Aφ = 0 (5.49)
r
foi sugerido recentemente na literatura [41], nós o descartamos pois, como argu-
mentam os autores, numa abordagem semi-clássica a fase adquirida pela função
de onda deve ser quantizada, ou seja
71
H
i ~
e ~ eg d ~
r.A
= ein2π (5.50)
descrito por uma nova teoria dual à eletrodinâmica usual, chamada de magne-
→ →
todinâmica clássica com campos elétrico E 0 e magnético B 0 diferentes dos campos
~ eB
E ~ do mundo real. Entre a antiga e a nova teoria, haveria uma ligação, uma
em que os campos não satisfazem às mesmas equações que aparecem na teoria
clássica da eletrodinâmica usual.
Os campos dessa nova formulação podem ser escritos em função dos
potenciais, utilizando os mesmos argumentos do caso usual, um potencial vetor
~ e um potencial magnético φ0m pseudo-escalar
elétrico C
~0 = ∇
E ~ ×C
~
(6.2)
~ 0 = −∇φ
B ~ m− ~
∂C
∂t
que são uma parte das equações (4.4) e (4.5) da formulação de 2 potenciais.
74
Z ³ 0 ´
1
d3 x B 2 − E 2 − ρm φm − J~m · C
~
0 0 0 0
L{B , E } = (6.3)
2
na forma covariante quadri-dimensional, essa lagrangiana envolveria um tensor
Gµν anti-simétrico de segunda ordem, cujas componentes espaciais seriam as com-
~ e as componentes temporais G0k seriam as componentes de B
ponentes de E ~0 e
³ ´
Cµ = φm , −C~ .
Gµν = ∂µ Cν − ∂ν Cµ
1
L = − Gµν Gµν − Jm
µ
Cµ
4
Fazendo agora uma transformação de dualidade correspondente para os
campos e para as fontes,
~ → −B
E ~ 0, ~ →E
B ~ 0, ρm → ρe ,
tem-se Z
1 ¡ ¢
L{E, B} = d3 x E 2 − B 2 − ρe φe − J~e · A
~
2
É possível construir uma densidade de lagrangiana tanto para a eletro-
dinâmica usual quanto para a magnetodinâmica.
1 1
L = − F µν Fµν − Gµν Gµν − Jeµ Aµ − Jm µ 0
Cµ +
4 4
+ (termos de fixação de calibre) (6.5)
. (6.7)
~ =E
B ~ cos θ
~ 0 senθ − B
Esta rotação dual comparando com a obtida em (2.40), permite fazer a ponte
entre a antiga e a nova teoria.
As propriedades fı́sicas do sistema dual tratado acima, precisam ser
ampliadas corretamente se quisermos preservar a localidade e a invariança de
Lorentz.
A seguir, veremos que fazendo uma redução dimensional das equações de
Maxwell em dimensões 3 + 1 D para 2 + 1 D, utilizando a formulação de dois
potenciais estaremos estudando um caso particular da realização da dualidade
em 2 + 1 D proposta por Galvão e Mignaco.
com
1
F µ̂ν̂ = ∂ µ̂ Aν̂ − ∂ ν̂ Aµ̂ − εµ̂ν̂ α̂β̂ ∂α̂ Cβ̂ e F̃ µ̂ν̂ = εµ̂ν̂ κ̂λ̂ Fκ̂λ̂ . (6.9)
2
³ ´ ³ ´
Aµ̂ → Aµ , A3̂ ≡ S ; C µ̂ → C µ , C 3̂ ≡ V (6.10)
³ ´ ³ ´
Jeµ̂ → Jeµ , Je3̂ ≡ λ ; µ̂
Jm µ
→ Jm 3̂
, Jm ≡χ . (6.11)
³ ´
F µ̂ν̂ → F µν ; F µ̂3̂ ≡ f˜µ (6.12)
³ ´
F̃ µ̂ν̂ → F̃ µν ≡ f µν ; F̃ µ̂3̂ = F̃ µ (6.13)
F µν = ∂ µ Aν − ∂ ν Aµ − εµνα ∂α V ,
∼µ
µνk µ
F = ε ∂ν Ak − ∂ V
f µν = εµνα ∂α S + ∂ µ C ν − ∂ ν C µ (6.14)
¡ ¢
F µν F 01 = −Ex , F 02 = −Ey , F 12 = −B
³ ´
µ 0 1 2
F̃ F̃ = −B, F̃ = −Ey , F̃ = Ex .
e
78
³ ´
f˜µ F̃ 0 = −e, f˜1 = by , f˜2 = −bx (6.16)
∂µ F µν = Jeν e ∂µ Feµ = χ,
E i = −∂ i φe − ∂t Ai (6.18)
B = ²ij ∂ i Aj
E i = −∂ i φe − ∂t Ai -²ij ∂ j V (6.19)
B = ²ij ∂ i Aj − ∂t V
segundo setor está definido a partir das componentes de f˜µ com as seguintes
equações
∂µ f µν = Jm
ν
, (6.20)
∂µ f˜µ = λ. (6.21)
~b = −∂t C
~ − ∇φ
~ − εij ∂ j S (6.23)
0 bx by
f µν = −bx 0 −e . (6.25)
−by e 0
Verifica-se que por uma transformação de dualidade, as equações de um
setor se tornam as equações do outro setor.
Uma tentativa de densidade de lagrangiana geral para os dois setores
pode ser escrita como uma soma das lagrangianas de cada setor, mas deve-se
tomar cuidado com o fato que esta não fornece as equações de Maxwell não
homogêneas para cada setor
1 1
L = − Fµν F µν − fµν f µν − Jeµ Aµ − Jm
µ
Cµ . (6.26)
4 4
∂ µ F̃µ = ∂t B + ²ij ∂ i E j = χ.
Como não há lei de Gauss para o campo magnético, não há o monoplo
magnético do tipo encontrado em 3+1 dimensões.
81
∂µ F µν = j ν + mF̃ ν , (6.27)
que fornece
~ = ρ + mB
∇·E
e
²ij ∂ i B = ∂t E j + Jej + m²ij E i .
Se agora, introduzirmos objetos tipo Dirac, ∂ µ F̃µ = χ, então a corrente não será
conservada,
∂ν ∂µ F µν = m χ , (6.28)
ν
JM = −mF̃ ν , (6.29)
∂µ F µν = J ν + mF̃ ν (6.30)
e agora é conservada
∂ν ∂µ F µν = ∂ν J ν + m∂ν F̃ ν = 0 , (6.31)
ν
onde J ν = Jeν + jM é a corrente elétrica total (usual mais a topologicamente
induzida) como é tratada por Pisarski [21].
82
∂µ f µν + mf˜ν = Jm
ν
(6.32)
∂ν ∂µ f µν + m∂ν f˜ν = ∂ν Jm
ν
,
Z · ¸
1 m
S= d x − fµν f µν + εµνλ Cµ ∂ν Cλ + Jm
3 µ
Cµ − m∂ µ SCµ (6.33)
4 2
com
∂L m
∂µ = ∂µ f µν − ενµα ∂µ Cα (6.34)
∂ (∂µ Cν ) 2
e
∂L µ
= Jm − mεµνλ ∂ν Cλ − m∂ µ S (6.35)
∂Cµ
Este formalismo ainda está sendo estudado.
Para a densidade de lagrangiana reproduzir corretamente as equações
de movimento propostas pelo formalismo em estudo, sem a necesidade de se
introduzir condições subsidiárias, talvez tenhamos que utilizar a formulação não
local como proposto no trabalho de Cardoso de Mello, Carneiro e Nemes [27].
Capı́tulo 7
Conclusão
Notação
Quantidades tri-dimensionais
Elemento de comprimento: dx
Elemento de área: d2 x
Elemento de volume: d3 x
~
Potencial vetor: B
~
Intensidade de campo elétrico: E
Densidade de carga: J~
Momento: p~
Energia: E
Hamiltoniana: H
Potencial elétrico escalar: φe
Potencial magnético pseudo-escalar: φm
~
Intensidade de campo magnético: B
Densidade de corrente: ρ
ı́ndices tensoriais: µ, ν, ... = 0, 1, 2
Métrica diag η µν = (+, −, −)
Tensor unitário antissimétrico de ordem três: ²012 = ²012 = +1
86
B.1 Definição
Utilizando o formalismo tipo férmion, fizemos uma tentativa de inserir fontes na
lagrangiana. Partindo pela inserção de termos em função das correntes e dos
~ e ~jm .B.
campos elétrico e magnético do tipo ~je .E ~
~ ~jm e B
A densidade de lagrangiana L escrita em termos de ~je , E, ~ fica:
· . . ³ ´ ³ ´
~† E
L = α iE ~ +iB
~† B
~ −E
~ † ~s.∇
~ B ~ +B
~ † ~s.∇
~ E+~ (B.1)
i
+i J~e E
~ † + i J~e E
~ + J~m iB
~ † + J~m iB
~
∂L ∂L ∂L
− ∂t − ∂j =0
∂Ei ∂ Ėi ∂ (∂j Ei )
sendo
∂E~† 1 ³ ~ ´ ~†
−i = ~s.∇ iB − i J~e (B.2)
∂t i
e
88
∂L ∂L ∂L
− ∂t − ∂j =0
∂Bi ∂ Ḃi ∂ (∂j Bi )
sendo
~†
1 ∂iB 1 ³ ~ ´ ~† 1 ~
− = ~s.∇ E − i Jm . (B.3)
i ∂t i i
As equações de movimento para E~ eB
~ provém de
∂L ~ ³
∂E ´
=i ~
− ~s.∇ B ~ + i J~e = 0
~†
∂E ∂t
e de
∂L ~ ³
∂B ´
=i ~ E
+ ~s.∇ ~ + i J~m = 0
~†
∂B ∂t
dando
~
∇ ~ = ∂ E + J~e
~ ×B (B.4)
∂t
~
∇ ~ = − ∂ B − J~m
~ ×E (B.5)
∂t
Esta lagrangiana não nos fornece as duas leis de Gauss com fontes
~ E
∇. ~ = ρe (B.6)
~ B
∇. ~ = ρm (B.7)
ψ → eiθ(x) ψ (B.8)
Jµ → Jµ + ∂µ θ
ψ → eiα(x)Γ5 ψ. (B.11a)
Jµ → Jµ + ∂µ α.
I 0 0 s 0 I
Γ0 = , ~Γ = , Γ5 = (B.13)
0 −I −s 0 I 0
e
0 s
~=
S (B.14)
s 0
onde I é a matriz identidade 3 × 3.
A função de onda para o fóton ψ é do tipo
90
~
E ³ ´
ψ= e ψ̄ = ~ † iB
E ~† . (B.15)
~
iB
Para o primeiro caso, as equações para os campos saem de
∂L
= (iΓµ ∂µ ) ψ + gΓµ Jµ ψ = 0 (B.16)
∂ ψ̄
em que
∂t − (si )jk ∂j Ek
i +
jk
(si ) ∂J −∂t iBk
J0 − (si )jk Jj −Ek 0
+g = .
jk
(si ) Jj −J0 iBk 0
De onde tiramos as equações
~
∇ ~ − ∂ E = −igJ0 E
~ ×B ~ + ig J~ × B
~ (B.17)
∂t
e
~
∇ ~ + ∂ B = igJ0 B
~ ×E ~ + ig J~ × E.
~ (B.18)
∂t
Para o segundo caso, o procedimento é o mesmo. Da densidade de la-
grangiana (B.12) , tira-se as equações.
~
∇ ~ − ∂ E = gJ0 B
~ ×B ~ + g J~ × E
~ (B.19)
∂t
e
~
∇ ~ + ∂ B = igJ0 E
~ ×E ~ − g J~ × B.
~ (B.20)
∂t
Em seu artigo, Sudbery [19], encontrou uma densidade de lagrangiana
para as equações de Maxwell sem fontes magnéticas: ∂µ .F µν = J ν , ∂µ .F̃ µν = 0.
O que fizemos foi introduzir a fonte magnética na lagrangiana, obtendo como
conseqüência a quebra da identidade de Bianchi.
Escrevemos a densidade de lagrangiana como
91
³ ´ ³ ´ ³ ´ ³ ´
~ = E
L ~× ∇~ ×B
~ −B~× ∇~ ×E
~ + ∇.~ E
~ B ~ − ∇.
~ B
~ E ~−
~
∂B ~
~×
−B ~ × ∂ E + J~e × E
−E ~ + J~m × B
~ − ρe B ~ + ρm E
~ (B.21)
∂t ∂t
µ ¶ ³ ´
∂Ek ~ ~
εijk + Jke + ∂j Bi − ∂i Bj + ∇.B − ρm δ ij = 0; (B.22)
∂t
µ ¶ ³ ´
∂Bk m ~ ~
εijk + Jk + ∂i Ej − ∂j Bi − ∇.E − ρe δ ij = 0; (B.23)
∂t
~ = m ~r × ~v
L (C.1)
~τ = ~r × F~ (C.2)
F~ = e ~v × B
~ (C.3)
e ~
~a = ~v × B (C.4)
m
~ é dado em função da carga do monopolo:
em que o campo magnético B
~ = g ~r .
B (C.5)
r3
A substituição das equações (C.3) e (C.5) na expressão do torque (C.2)
implica em
eg £ 2 ¤
~τ = r ~
v − (~
r .~
v ) ~
r . (C.6)
r3
³ ´
A partı́cula será livre ~τ = 0 e F~ = 0 se ~v0 = v0 r̂. O torque também pode ser
escrito como
. .
~ m ~r× ~v
~τ =L=
com
. .
~v =~r= ṙ r̂ + r r̂
. .
~ eg r̂
L= (C.7)
ou seja
d ³~ ´
L − e g r̂ = 0 (C.8)
dt
o momento angular total do sistema ~l é formado pelo momento angular orbital L
~
~l = L
~ − e g r̂. (C.9)
1
K = mv 2
2
dK
= m ~v . ~a.
dt
¡ ¢
l2 = m2 r2 v 2 − r2 ṙ2 + e2 g 2 (C.10)
1 1 ¡2 ¢
K = m ṙ2 + l − e 2 2
g (C.11)
2 2mr2
em que a energia eficaz Uef resulta em
1 ¡2 2 2
¢
Uef = l − e g (C.12)
2mr2
a qual implica na inexistência de órbitas fechadas para a partı́cula, pois como
K > 0 somente poderı́amos ter o movimento sob ~l2 > e2 g 2 . De fato
~l2 − e2 g 2 = L
~ 2 > 0.
~a . ~r = 0 (C.13)
com
d ³ .´
~r . ~r = ~v 2
dt
e
.
~r . ~r= ~v 2 t + (~r . ~v )0 (C.14)
l2 = m2 r2 v02 sen2 γ + e2 g 2
sendo que
l2 − e2 g 2
sen2 γ = , (C.16)
m2 v02 [v02 t2 + 2 (~r . ~v )0 t + r02 ]
com (γ 0 6= 0) .
Das equações (C.14) e (C.15) tem-se uma expressão para o cosseno de
γ:
v0 t + r0 cos γ 0
cos γ = p ,
v02 t2 + 2r0 v0 cos γ 0 t + r02
~ = 0
L
r(t) = r0 ± v0 t. (C.17)
¯¯
¯¯
É importante notar também que o produto escalar r̂.~l = − eg implica ¯~l¯ cos α =
− eg, ou seja, o ângulo formado entre o vetor posição e ~l é constante.
eg
cos α = − ¯¯ ¯¯ = (π − θ) ,
¯~l¯
para ~l = −l k̂.
l
ϕ̇ = , (C.18)
m r2
fazendo a integração em função de t :
Z t
l £ ¤−1
ϕ= v 2 t2 + 2 (~r . ~v )0 t + r02 dt, (C.19)
m 0
ou
l [v02 t + (~r . ~v )0 ]
ϕ= arctan + ϕ0 , (C.20)
m v0 r0 sen γ 0 v0 r0 sen γ 0
que é válida para os valores de (γ 0 6= 0, π), pois para (γ 0 = 0, π) temos ϕ = ϕ0
onde foi utilizada a equação (C.14). Isso implica que:
97
l [v 2 t + (~r . ~v )0 ] m
ϕ = ϕ0 + ¯¯ ¯¯ arctan 0 ¯ ¯
¯~ ¯ .
~
L
¯ ¯ L
¯ ¯
Apêndice D
Neste apêndice, fazemos com que uma carga elétrica esteja sujeita a ação de um
campo magnético produzido por um dipolo magnético. Tendo em vista a abor-
dagem proposta por Singleton, verificamos se o momento angular generalizado
fecha uma álgebra e procuramos ir além da análise de Singleton mostrando como
pode ser visto o problema comparação com aquele proposto no capı́tulo 5.
O operador hamiltoniano H formado por uma partı́cula de carga elétrica
e um campo magnético gerado por um dipolo magnético mi e descrito por um
quadri vetor potencial Ai é dado por (5.1), em que Πi = pi − eAi .
O campo do dipolo é dado por
sendo que Bk é
(rl ml ) mk
Bk = 3rk − 3. (D.2)
r5 r
Utilizando as equações (5.1) a (5.4) , as quais também são válidas aqui, encon-
tramos
· ¸
(rl ml ) mk
Π̇i = eεijk 3rk 5 − 3 ṙj . (D.3)
r r
99
Dessa forma, a força µ r̈i atuando sobre a partı́cula pode ser escrita como
i
L̇i em = − [Li em , H] ,
~
£ ¤ 1 £ −1 ¤ ΠJ £ −1 ¤
r−1 , H = r , ΠJ ΠJ + r , ΠJ ; (D.6)
2µ 2µ
£ ¤
r−1 , ΠJ = r−2 (−i~∂J r) ;
1 1
[ri , H] = [ri , ΠJ ] ΠJ + ΠJ [ri , ΠJ ] ;
2µ 2µ
[ri , ΠJ ] = i~δ ij ;
£ ¤ 1 £ −3 ¤ 1 £ ¤
r−3 , H = r , ΠJ ΠJ + ΠJ r−3 , ΠJ ;
2µ 2µ
£ ¤
r−3 , ΠJ = 3r−4 (−i~∂J r) .
em que
i e ¡ £ −1 ¤ ¢
L̇i em = − mi r , ΠJ ΠJ + mi ΠJ [ri , ΠJ ] +
~ 2µ
i e ¡
+ [ri , ΠJ ] ΠJ rk mk r−3 + ΠJ [ri , ΠJ ] rk mk r−3
~ 2µ
100
£ ¤ £ ¤¢
+ri rk mk r−3 , ΠJ ΠJ + ri rk mk ΠJ r−3 , ΠJ
dando
·
1 1 1
L̇i em = e −mi r J ṙJ − ṙ i rk m k − r i ṙk m k (D.7a)
r3 r3 r3
¸
1
+3ri rk mk 5 rJ ṙj .
r
Lmec
i = εilm rl Πm (D.8)
i
L̇mec
i = − [Lmec , H]
~ i
· ¸
1 1 (rl ṙl )
= e 2ṙi (rk mk ) 3 − 3ri (rk mk ) 5 (rl ṙl ) + mk 3
r r r
~=m
A
~ × ~r
(D.9)
r3
101
. ³ ´
~ em = e d ~r × A
L ~ , (D.10)
dt
~ e realizar as derivadas corre-
que, após fazer a substituicão do vetor potencial A
spondentes, chega-se à expressão vetorial para (D.7a) .
³. ´ ³. ´ ³. ´
. m
~ ~r . ~r ~r ~r .m
~ ~r (~r . m)
~ ~r . ~r
~ em = e −
L − + 3
r3 r3 r3
caso vetorial:
. . mc . cc
~ em + L
L ~ =L
~ (D.11)
~ mc é dado por
Sabendo que o momento angular mecânico da carga L
~ mc = ~r × p~ − e ~r × A,
L ~ (D.12)
com
. mc . .
~ = ~r × p~ + ~r× p~ −
L
³. ´ ³. ´ ³. ´
.
m
~ ~r . ~r ~r ~r .m
~ ~r (~r.m)
~ ~r (~r . m)
~ ~r . ~r
− e − − − + 3 ,
r3 r3 r3 r5
. cc
~
a equação para a conservação do momento angular canônico da carga L será
dado por
. cc
~ = d (~r × p~)
L
dt
ou seja, como ³. ´ . ³. ´
. cc ~r ~r .m
~ ~r ~r .m~
~ = −e
L − (D.13)
r3 r3
. cc em
Lx = − [x ż − z ẋ]
r3
e
. cc em
Ly = − [y ż − z ẏ]
r3
ou seja
d ³ cc ´
k̂.Lz = 0.
dt
~ cc é paralela à direção de k̂ escolhida para o dipolo magnético
A componente z de L
e o momento angular canônico da carga é conservado.
Bibliografia
[2] M. N. Saha, Indian J. Phys. 10, 141 (1936); Phys Rev. 75, 1968 (1949).
[5] E. Merzbacher, Quantum Mechanics (John Wiley and Sons. 2nd. edition,
1961).
[12] J. D. Jackson, Classical Electrodynamics (John Wiley & Sons, Inc. 2nd. Ed.
New York, 1975).
[18] L. H. Ryder, Quantum Field Theory (Cambridge University Press 2nd. Ed.,
1985).