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ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 1
2 - FINALIDADES ................................................................................................................................................... 2
3 – OBJECTIVOS GERAIS .................................................................................................................................... 3
4 – CONTEÚDOS .................................................................................................................................................... 5
Comunicação ...................................................................................................................................................... 5
Energia ................................................................................................................................................................. 5
Espaço ................................................................................................................................................................... 6
Estrutura.............................................................................................................................................................. 6
Forma .................................................................................................................................................................... 6
Geometria ............................................................................................................................................................ 7
Luz/cor ................................................................................................................................................................. 8
Material ................................................................................................................................................................ 8
Medida .................................................................................................................................................................. 9
Movimento .......................................................................................................................................................... 9
Trabalho .............................................................................................................................................................10
5 – ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA ............................................................................................................10
6 – AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................12
VOLUME II..............................................................................................................................................................14
GESTÃO DO PROGRAMA ..................................................................................................................................15
ORGANIZAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM .......................................................................................16

1 - INTRODUÇÃO

A abordagem integrada dos aspectos visuais e tecnológicos dentro de uma área


pluridisciplinar de educação artística e tecnológica é, de acordo com a Lei de Bases do
Sistema Educativo, a solução apresentada pela Proposta de Reorganização dos Planos
Curriculares para a formação estética e tecnológica ao nível do 2º Ciclo do ensino básico.
Situada como ponte entre os 1º e 3º ciclos do ensino básico, cabe à Educação Visual e
Tecnológica estabelecer a transição entre os valores e as atitudes que se pretende
promover ao longo de toda a escolaridade obrigatória.

Assim, entre as explorações plásticas e técnicas difusas, através das experiências


globalizantes do 1º ciclo e uma Educação Visual com preocupações marcadamente
estéticas, ou uma Educação Tecnológica com preocupações marcadamente científicas e
técnicas no 3º ciclo. Cabe à Educação Visual e Tecnológica promover a exploração
integrada de problemas estéticos, científicos e técnicos com vista ao desenvolvimento de
competências para a fruição, a criação e a intervenção nos aspectos visuais e tecnológicos
do envolvimento.

A Educação Visual e Tecnológica promoverá, pois, a articulação dos aspectos históricos,


físicos, sociais, económicos, de cada situação estudada, com a compreensão, a criação e a
intervenção nos domínios da tecnologia. E da estética através de um processo integrado
em que a reflexão sobre as operações e a compreensão dos fenómenos são motores da
criatividade.

Tudo isto se vai desenvolver essencialmente a partir da acção onde fantasia e a liberdade
de expressão, tão importantes nesta fase etária, estão sempre presentes.

Nesta perspectiva, a EDUCAÇÃO VISUAL E TECNOLÓGICA contribuirá, conjuntamente com


as outras disciplinas e áreas curriculares, para:

no plano da formação pessoal,

A INTEGRAÇÃO DA SENSIBILIDADE, DO PENSAMENTO E DA ACÇÃO NUMA MESMA


ATITUDE CRIADORA E CRITICA COMO BASE DE VERDADEIRA AUTONOMIA,

e no plano da formação social,

A ESTRUTURAÇAO DOS VALORES, DOS INTERESSES, DOS COMPORTAMENTOS


INDIVIDUAIS, EM FUNÇÃO: DE UMA ATITUDE DE ABERTURA CRITICA, COMPREENSIVA E
INTERVENIENTE, E DE UMA SOCIEDADE QUE DEMOCRATICAMENTE CONSTRÓI O
FUTURO, PREZANDO, SIMULTANEAMENTE, AS EXPRESSÕES DO SEU PASSADO E AS DOS
OUTROS POVOS, COMO MANIFESTAÇÕES DO PODER CRIADOR DA HUMANIDADE.

A Educação Visual e Tecnológica é, portanto, uma disciplina inteiramente nova, que parte
da realidade prática para o conhecimento teórico, numa perspectiva de integração do
trabalho manual e do trabalho intelectual, e que não pretende fazer formação artística
nem formação técnica, porque se situa deliberadamente na intersecção desses dois
campos da actividade humana.

Nessa intersecção, explora a expressão, a resolução de problemas e a relação dialéctica


indivíduo/sociedade, em termos de avaliar e decidir para criar e fruir.

2 - FINALIDADES

Desenvolver:

• A percepção.
• A sensibilidade estética.
• A criatividade.
• A capacidade de comunicação.
• O sentido crítico.
• Aptidões técnicas e manuais.
• O entendimento do mundo tecnológico.
• O sentido social.
• A capacidade de intervenção.
• A capacidade de resolver problemas.

3 – OBJECTIVOS GERAIS

FINALIDADES OBJECTIVOS GERAIS


Ser sensível às qualidades do envolvimento, dos
objectos e dos materiais (qualidades formais,
qualidades expressivas e qualidades físicas),
Desenvolver a percepção mobilizando para isso todos os sentidos.

Relacionar as formas visuais com as características


dos materiais e as funções a que estão associadas.
Analisar as reacções pessoais às qualidades
expressivas percepcionadas.
Desenvolver a
sensibilidade estética Analisar a adequação dos meios à ideia ou
intenção expressiva.
Materializar o desenvolvimento de uma ideia a
partir do estabelecimento de novas relações, ou da
organização em novas bases.
Desenvolver a
criatividade Utilizar intencionalmente os elementos visuais e
as suas interacções, para o enriquecimento da
expressão e da recepção de mensagens visuais.
Interpretar e executar objectos de comunicação
visual, utilizando diferentes sistemas de
informação/representação.

Desenvolver a capacidade Ter em conta as opiniões dos outros, quando


de comunicação justificadas, numa atitude de construção de
consenso como forma de aprendizagem em
comum.

Empregar adequadamente vocabulário específico.


Definir as suas posições perante o mundo e formas
de nele intervir, confrontando com ele os seus
próprios valores, saberes e objectivos.

Estruturar uma posição de receptor consciente e


Desenvolver o sentido crítico no sistema de comunicação em que está
crítico inserido, designadamente perante solicitações
visuais da publicidade.

Emitir opiniões e discutir posições com base na


sensibilidade, na experiência e nos conhecimentos
adquiridos nos domínios visual e tecnológico.
Integrar conhecimentos e aptidões manuais.

Executar projectos aplicando os materiais e


técnicas escolhidas, tendo em conta as suas
características.
Desenvolver aptidões
técnicas e manuais Executar operações técnicas com preocupação de
rigor, segurança, economia, eficácia e higiene.

Usar utensílios, ferramentas e equipamentos em


função dos fins para que foram concebidos e
fabricados.
Relacionar os aspectos positivos e negativos das
implicações do progresso tecnológico.

Compreender aspectos históricos, sociais,


Desenvolver o económicos e culturais, ligados ao trabalho
produtivo.
entendimento do mundo
tecnológico Relacionar conhecimentos científicos com as
operações necessárias à resolução de problemas
tecnológicos correntes.

Identificar avanços tecnológicos significativos.


Apreciar os produtos de expressão e de tecnologia
de outras civilizações (arquitectura, escultura,
pintura, design, artesanato, etc.), como
manifestações culturais apenas diferentes, nem
mais nem menos válidas, daquelas a que está
habituado.

Desenvolver o sentido Participar com empenhamento e competência nas


social tarefas produtivas do grupo, assumindo os seus
saberes, opiniões e valores perante os dos outros,
com abertura e sentido crítico.

Respeitar normas democraticamente


estabelecidas para a gestão colectiva de espaços de
trabalho, de materiais e de equipamento de uso
individual.
Identificar indicadores visuais e tecnológicos de
qualidade de vida, designadamente no âmbito da
defesa do ambiente, da defesa do património
cultural (erudito e popular) e da defesa do
Desenvolver a capacidade
consumidor.
de intervenção
Intervir em iniciativas para a defesa do ambiente,
do património cultural e do consumidor, no
sentido da melhoria da qualidade de vida.
Aplicar uma sequência lógica na resolução de
problemas, avaliando constantemente situações e
Desenvolver a capacidade
ideias, quer na organização do trabalho, quer na
de resolver problemas organização de espaços, na recolha de informação
ou na operacionalização dos projectos.
INDICAÇÕES METODOLÓGICAS ESPECÍFICAS

4 – CONTEÚDOS

Conteúdos Resultados pretendidos

COMUNICAÇÃO
O que deve caracterizar um
Construir o hábito de escuta do outro, para tomar em conta as
regime de comunicação Problemática suas razões quando justificadas;
democrático é, do sentido
essencialmente, a abertura Utilizar expressivamente os diversos elementos visuais.
aos outros.
Utilizar diversos códigos visuais (esboço, vistas, mapas,
A expressão mais elevada da Codificações esquemas, cores simbólicas);
capacidade de comunicação Reconhecer a importância da qualidade de expressão plástica
reside, talvez, em ser capaz para que a comunicação se estabeleça.
de construir consensos (o
meu «senso» com o teu Tomar consciência que a imagem é um produto fabricado em
«senso»).
ordem a determinada intenção e não um equivalente do real;
O que está em causa nesta
Tomar consciência dos mecanismos de manipulação da opinião
ficha não é tanto a utilização
Imagem na pública através dos meios de comunicação de massa;
das redes e meios
comunicação Verificar que o estereótipo, na mesma medida em que facilita a
audiovisuais como o próprio comunicação, empobrece-a porque empobrece a percepção, a
fenómeno da comunicação expressão e a criação.
em si.

ENERGIA
Pretende-se que o aluno
Comportar-se conscientemente relativamente à necessidade de
esteja atento a diversos Fontes de economia de recursos energéticos;
fenómenos relacionados energia -
com a energia que ocorrem Utilizar algumas fontes de energia renováveis;
recursos
à sua volta, tomando Conhecer as principais fontes de energia e o seu contributo para
energéticos
consciência da sua o desenvolvimento das actividades humanas.
importância e dos seus
efeitos. Ter em conta fenómenos de transformação de energia:
Formas de mecânica, luminosa, electroquímica, electromagnética;
Não se propõe um estudo energia
teórico sobre a energia, Identificar desperdícios de energia no envolvimento.
mas sim um recolocar
constante dos Transformação Compreender que a energia existe em tudo o que nos rodeia e
de energia em nós mesmos;
seus problemas nos
trabalhos desenvolvidos. Compreender diversos fenómenos relacionados com a energia.

ESPAÇO
A partir da observação
Utilizar correctamente, tanto na linguagem verbal como na
directa do envolvimento, o Relatividade da linguagem gráfica, os conceitos: vertical, horizontal, oblíquo;
aluno procurará exprimir, posição dos
verbal e graficamente, as Exprimir graficamente a relatividade das posições dos objectos e
objectos no
relações que vai do seu próprio corpo;
espaço
estabelecendo entre os Conhecer a origem dos materiais com que trabalha.
elementos num dado
espaço. Organizar, quanto a funcionalidade visual, espaços bi e
tridimensionais: pág de monografias, arrumação da sala de
Particularmente neste
aula...
conteúdo, deverá ter-se em Organização do
atenção o estádio de Ter consciência da interacção dos diversos factores que afectam
espaço
desenvolvimento do aluno, a leitura do espaço (espaço aberto/espaço fechado,)
não forçando formas de Ter exigências de funcionalidade e de equilíbrio visual, quer na
representação para as criação quer na apreciação de espaços bi e tridimensionais.
quais ele não está ainda
preparado. Exprimir as relações entre os elementos integrados num dado
Representação espaço, tanto gráfica como verbalmente.
do espaço Utilizar conscientemente, na representação do espaço, a
dimensão, a transparência/opacidade; a luz/cor.

ESTRUTURA
Pretende-se que os alunos
Compreender que a estrutura pode ser encarada como suporte
entendam como as
ou como organização dos elementos de uma forma natural ou
estruturas estão
criada pelo homem.
organizadas e verifiquem
as relações das partes com Registar graficamente as formas que observa, partindo do
o todo, quer através da entendimento das suas estruturas.
observação e do registo da Estrutura das Entender o módulo como elemento gerador de uma estrutura
estrutura de elementos
formas (padrão).
naturais ou criados pelo
homem, quer através da Compreender que a estrutura de um material, de um objecto ou
exploração dos materiais. de um ser vivo, está intimamente ligado à sua forma e ao seu
modo de existir.
O trabalho conjunto com as
Compreender princípios físicos do funcionamento das
restantes disciplinas
estruturas.
ajudará a ampliar o
conceito de estrutura.
Relacionar a estrutura dos materiais com o seu comportamento
Estrutura dos (resistência, flexibilidade, condutibilidade, absorção. etc.)
materiais Constituir formas tridimensionais, tendo em conta a sua
estrutura.

FORMA
Pretende-se que o aluno
Elementos da Identificar os elementos que definem ou caracterizam uma
desenvolva um trabalho de forma forma: luz/cor, linha, superfície, volume, textura.
pesquisa, quer através da
Relacionar as partes com o todo e entre si (proporções).
observação e do registo
das formas no Considerar a influência da luz na percepção da forma e dos seus
envolvimento, quer através elementos.
da criação de formas, de Compreender que a forma aparente dos objectos pode variar
maneira a apreciar o seu com o ponto de vista.
valor estético e as suas
relações com o Compreender a relação entre a forma e as suas funções.
envolvimento, com os
materiais e com as funções Compreender a relação entre a forma das coisas e os materiais e
Relação entre as técnicas utilizadas na sua produção.
que vão desempenhar.
formas e os
Compreender que a forma, o peso, o material, das coisas que
factores que as
condicionam cria ou escolhe para o servir, deve adequar-se à medida e À
forma do corpo e à maneira de as utilizar.

Apreciar a qualidade das formas que o rodeiam, isoladamente


ou nas relações entre elas, tendo em conta os factores que as
Valores estéticos condicionam.
da forma Ser capaz de intervir para a melhoria da qualidade do
envolvimento, criando formas, modificando-as ou
estabelecendo entre elas novas relações.

GEOMETRIA
A geometria, entendida
Formas e Entender"geometria" como organização da forma
como organização da
estruturas
forma, está sempre
geométricas no
presente no envolvimento.
O aluno encontrará os
envolvimento
mesmos princípios de
Formas e Entender a geometria como princípio de economia que se
economia nas formas
naturais e nos fabricos
relações traduz, por exemplo, na normalização de fabricos.
normalizados. geométricas
puras
O professor deverá estar
atento à oportunidade de Operações Identificar formas geométricas no envolvimento natural ou
aprendizagem dos traçados constantes na criado pelo homem.
geométricos para a resolução de Utilizar traçados geométricos simples na resolução de
resolução de problemas diferentes problemas práticos.
concretos, habituando os problemas:
alunos a servirem-se, então traçado de Compreender a utilização de instrumentos na execução de
e só então, dos paralelas e desenhos técnicos.
instrumentos adequados. perpendiculares; Utilizar o material de desenho geométrico com preocupações de
construção de rigor.
Importante será, também,
rectângulos;
a verificação da constância
divisão do
de certas operações (ex.:
determinação de um ponto
segmento de
equidistante de outros recta em partes
dois) na resolução de iguais; divisão da
diferentes problemas circunferência
geométricos. em partes iguais
2, 3, 4 e 6
LUZ/COR
Não se propõe no 2.º ciclo
Reconhecer a influência da luz, da textura ou da dimensão, na
um estudo teórico da cor,
percepção da cor.
mas sim a sua observação
no envolvimento, com vista Utilizar conscientemente a mistura de certas cores para
à sensibilização da sua obtenção de outras cores e tonalidades.
importância na apreciação Natureza da cor Discriminar diversos tons da mesma cor.
e valorização da qualidade
visual do ambiente. Exprimir-se livremente através da cor.
Organizar os conhecimentos e experiências adquiridos sobre a
Não se pretende, por cor.
exemplo, uma
sistematização de tons ou Fazer registos cromáticos.
cores (círculo cromático,
cubo de Itten, etc.), mas
Tomar consciência da influência da cor na percepção da forma e
uma sensibilização à sua do espaço.
variedade: o aluno Cor no Considerar a influência de uma cor na percepção das cores
constatará que expressões envolvimento contíguas (ex.relação figura/fundo).
como «pintado de verde»
Conhecer a influência da cor no comportamento das pessoas.
não dizem nada, porque há
centenas de verdes Compreender o poder expressivo da cor (a cor individualizando
diferentes. uma casa, caracterizando um cartaz, etc.).

Conhecer valores simbólicos da cor (sinais de transito, normas


Simbologia da industriais,)
cor
Considera a cor na construção do sentido das mensagens.

MATERIAL
As unidades de trabalho
Conhecer propriedade dos materiais.
envolvem realizações em
que o aluno terá Caracterizar os materiais a partir da percepção das suas
forçosamente de escolher, propriedades físicas (cor, brilho, cheiro, textura, etc.).
entre a enorme variedade Utilizar processos de medição relacionados com a natureza dos
de materiais existentes materiais e objectos a medir.
(argilas, madeiras, papéis,
plásticos, fios têxteis, Origem e Utilizar formas expeditas de medição (passo, pé, palmo, bitola).
metais, etc.), os mais propriedades Efectuar ensaios para determinar propriedades mecânicas como
apropriados para a a dureza, maleabilidade,
resolução do problema.
Conhecer modificações das propriedades dos materiais sob o
O conhecimento das suas efeito de alguns agentes.
características é Relacionar as propriedades dos materiais com as suas
fundamental, não só nesse utilizações.
sentido como também para
poder trabalhar com eles e Conhecer formas de transformação de matérias-primas em
compreender o materiais.
desenvolvimento das
Transformação Considerar, na sua utilização, o custo dos materiais.
técnicas.
de matérias- Considerar as características e propriedades dos materiais para
O aluno terá de reconhecer primas o seu armazenamento.
as suas propriedades, quer
Conhecer as formas de apresentação dos materiais no mercado
através da sua manipulação
(normalização).
e experimentação, quer
Reconhecer a importância do impacte ambiental provocado pela
através da observação e
extracção de matérias-primas.
avaliação dos seus Impacte
comportamentos físicos e ambiental Aproveitar e reciclar materiais
mecânicos.

MEDIDA
Pretende-se que o aluno se
Utilizar instrumentos de medida (metro, transferidor, balança,
vá familiarizando com Métodos de dinamómetro, relógio, pirómetro).
vários métodos e medição
instrumentos de mediação, Utilizar formas expeditas de medição (passo, pé, palmo, bitola).
com vista à tomada de
consciência da sua Unidades de Utilizar instrumentos de medida (metro, transferidor, balança,
importância, quer na medida dinamómetro, relógio, pirómetro).
recolha das informações
mais variadas, quer no Escolher os instrumentos de medição em função das grandezas
controlo de qualidade e que pretende determinar.
aperfeiçoamento dos
objectos produzidos no
Instrumentos de Reconhecer a conveniência das medições rigorosas, quer na
medida recolha de informação, quer na execução dos trabalhos.
decorrer das unidades de
trabalho. Compreender as relações entre qualidade e medida.

MOVIMENTO
No decorrer das unidades
Compreender o movimento como mudança de posição no
de trabalho o aluno
espaço.
alargará a compreensão e a
capacidade de Compreender que conceitos como subir/descer, avançar/recuar,
representação do depressa/devagar, móvel/imóvel, implicam sempre a relação
movimento nas suas com qualquer coisa (referencial).
diversas naturezas, formas Tipos de Compreender que o movimento, tal como a imobilidade,
e utilizações: movimento resultam de um "jogo de forças".
• pela análise das variações Compreender que os diversos tipos de movimento se podem
da relação entre o objecto transformar uns nos outros (o movimento periódico do pêndulo
observado e os de um relógio transforma-se no movimento contínuo dos
referenciais; ponteiros; o movimento rectilíneo da corda transforma-se no
movimento curvilíneo, pendular do sino).
• pela leitura ou execução
de representações de Escolher e utilizar forças naturais de forma adequada aos
movimentos (signos movimentos que pretende produzir (gravidade, vento, água em
cinéticos, representações Produção de movimento, etc.).
icónicas); movimento
Revelar criatividade na resolução dos problemas de
• pela observação e transmissão/conservação do movimento (inventar mecanismos).
realização de diversos
mecanismos. Utilizar conscientemente a representação do movimento como
elemento valorizador da expressão quer na recepção quer na
Representação
produção de mensagens visuais, (ex.: modificação dos objectos
do movimento
por acção do movimento (cabelos, roupas, plantas); signos
visuais.
TRABALHO
Pretende-se que o aluno se
Considerar a relação entre as características dos materiais e as
vá familiarizando com o
técnicas para a sua transformação.
mundo do trabalho, quer
através do contacto com as Relação Relacionar as necessidades do homem com a descoberta das
várias actividades técnicas/materia técnicas.
económicas regionais - is Considerar as alternativas para a economia de esforços e
artesanais e industriais -, recursos.
quer através das
experiências vividas na Distinguir actividade artesanal e actividade industrial.
própria aula.
Colaborar na planificação das diversas fases de estruturação de
um trabalho.
Preparar as condições necessárias ao trabalho a realizar
Produção e
(ferramentas e utensílios adequados, materiais, local de
organização
trabalho).
Executar operações concertadas tendo em vista a obtenção do
produto final.

Reduzir os perigos de acidente (correcta utilização das máquinas


e ferramentas, manutenção do local de trabalho limpo e
Higiene e arrumado, etc.
segurança
Posicionar correctamente o corpo na execução das operações
técnicas.

5 – ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA

Os objectivos propostos e a aceleração das transformações que se operam na nossa


sociedade levam a preferir uma pedagogia centrada nas atitudes a uma pedagogia
excessivamente preocupada com os conteúdos, sem esquecer nem a importância
formativa destes nem a unidade que deve existir entre a acção formativa e o material
informativo.

Estando em causa a formação de cidadãos actuantes no seu envolvimento, a base de


trabalho adequada a Educação Visual e Tecnológica será a PROSPECÇÃO DO MEIO.

A prospecção do meio presta-se especialmente ao desenvolvimento de unidades de


trabalho centradas em assuntos e problemas bem definidos e cujo poder motivador Ihes
advém de fazerem parte do campo de interesses dos alunos e da sua experiência
quotidiana.
Em torno das situações-problema detectadas pelos alunos, ou por eles sentida como
relevante, desenvolver-se-á um conjunto de actividades conducentes à resolução dos
problemas enunciados ao nível a que os alunos podem tratá-los, através de um processo
solicitador da aquisição dos conteúdos a dominar.

A situação inicial dará a estes conteúdos e actividades um sentido real, integrador das
novas aquisições, num saber colectivamente construído e individualmente integrado.

O mesmo problema pode ser tratado de diversos modos pelos vários grupos de uma
turma, ou pelas várias turmas de um mesmo professor, por forma a que essas múltiplas
abordagens proporcionem uma visão mais ampla e profunda da situação, uma solução
mais rica do problema. Ter-se-á sempre presente que o maior contributo que a escola
poderá dar à formação dos alunos – pelo menos neste grau de ensino – é, talvez,
proporcionar-lhes a experiência do mundo que os envolve.

Por isso, para garantir um leque de experiências suficientemente aberto e enriquecedor do


repertório vivencial dos alunos, propõe-se que, ao longo de cada ano, sejam desenvolvidas
unidades de trabalho distribuídas por três grandes campos: AMBIENTE, COMUNIDADE e
EQUIPAMENTO.

A PLANIFICAÇÃO de unidades de trabalho, como as que se propõem, não pode constituir


um quadro rígido, definido à partida, para toda a acção a desenvolver.

Ela deverá, antes, estabelecer uma estrutura a revestir gradualmente, à medida que o
trabalho se vai desenrolando.

Para organizar essa estrutura, o professor deverá ter em conta os seguintes factores:

• o nível etário dos alunos, quer quanto aos conhecimentos prévios que podem
mobilizar, quer quanto à sua capacidade de sustentar o interesse por um mesmo
assunto;
• os objectivos gerais relativamente a atitudes, valores, aptidões e conhecimentos;
• as áreas de exploração;
• as circunstancias e recursos existentes na escola, ou fora dela, e que possam ser
utilizados.

À medida que os problemas práticos a resolver se colocam e os interesses dos alunos se


polarizam, definir-se-ão, claramente, numa corresponsabilização de professores e alunos:

• os objectivos do trabalho;
• os conteúdos a desenvolver;
• os recursos a utilizar.

O tempo a atribuir a unidade de trabalho e a organização dos grupos de alunos terá em


conta todos estes factores e ainda os ritmos próprios de cada criança e o seu estádio de
desenvolvimento.

Para cada unidade de trabalho o devera considerar-se um número reduzido de objectivos


e conteúdos, susceptível de enriquecimento por uma franja de outras contribuições que o
próprio desenrolar da acção eventualmente suscitará.

Em esquema, trata-se de uma planificação cujo rigor de organização permita a


flexibilidade necessária à correcta inserção de conteúdos em função dos problemas a
resolver.
Mais do que acumular conhecimentos, interessa que o aluno compreenda a forma de
chegar a estes conhecimentos; mais do que conhecer soluções para vários problemas,
interessa o aluno interiorizar processos que lhe permitam resolver problemas.

E é nesse sentido que se orientam as práticas actuais em educação: a autoformação futura


do aluno e a sua independência na resolução dos problemas.

Assim, a própria natureza da disciplina define a sua metodologia, centrada no processo de


resolução de problemas.

Reflectindo sobre as actividades em que nos envolvemos para resolver um problema,


podemos verificar que elas se desenrolam por fases, com determinada sequência.

Uma situação ou determinados factos podem revelar problemas. Um problema que motive
os alunos faz despoletar a actividade para o resolver.

Começamos por tentar definir melhor o problema, investigando as limitações e os


recursos para a sua solução. Imaginamos soluções alternativas entre as quais
seleccionamos, avaliamos, tendo como referência para essa avaliação os dados recolhidos.

Desenvolvermos a solução escolhida e planeamos a forma de a realizar.

Realizamo-la e testamos os resultados (que, por sua vez, poderão levantar novos
problemas). Os alunos mais novos, envolvidos na resolução de um problema, interessam-
se, sobretudo, pela solução, pelo produto final. Só a pouco e pouco, conforme vão
amadurecendo, irão tomando consciência do processo. E só mais tarde ainda conseguirão
dissocia-lo do produto para analisar o processo isoladamente.

O professor deve acompanhar esta evolução para ajudar os alunos a ascender a sucessivos
níveis de desenvolvimento, sem forçar nunca uma análise antes que esse nível de
desenvolvimento o permita.

As etapas do processo serão encaradas, porém, a qualquer nível de desenvolvimento,


como referências de um percurso útil e nunca como passos obrigatórios.

Daqui pode resultar:

no 5º ano - unidades em que as várias fases são pouco desenvolvidas, levando


rapidamente as soluções, através de um processo em que os conteúdos são abordados de
forma genérica;

no 6º ano - unidades em que algumas fases serão mais desenvolvidas, implicando não só o
conhecimento de novos materiais e técnicas mas, também, o seu aperfeiçoamento e o
aprofundamento das suas razões científicas.

6 – AVALIAÇÃO

A AVALIAÇÃO em Educação Visual e Tecnológica é contínua, feita com base no desenrolar


dos trabalhos e não em provas criadas exclusivamente para esse efeito.

Tem como referência as FINALIDADES e os OBJECTIVOS da disciplina e define-se segundo


PARÁMETROS que seguidamente se apresentam por ordem crescente da dificuldade de
aplicação:
6.1 - Técnicas:

São objecto de avaliação as técnicas utilizadas no desenvolvimento das unidades de


trabalho e só essas.

Neste campo, a avaliação é feita em ordem a:

• domínio da técnica;
• utilização expressiva da técnica.

6.2 -Conceitos:

São objecto de avaliação os conceitos aplicados no desenvolvimento das unidades de


trabalho e só esses.

Neste campo avalia-se:

• o processo de formação e de alargamento de conceitos;


• a eficácia dos conceitos aplicados;
• a expressão verbal de conceitos na apreciação de objectos e do envolvimento.

6.3 -Processo:

O processo criativo é avaliado tendo em conta:

• análise das situações;


• sensibilidade aos problemas;
• clareza na definição dos problemas;
• relevância e quantidade dos dados recolhidos;
• eficácia na comunicação visual das ideias;
• diversidade de propostas alternativas;
• integração do pensamento e da acção;
• fundamentação na escolha entre alternativas.

6.4 -Percepção:

Neste campo, avalia-se a sensibilidade, as qualidades do envolvimento, dos objectos e dos


materiais:

• qualidades formais (interacções linha/cor/forma/textura/etc.);


• qualidades expressivas;
• qualidades físicas.

A sensibilidade é observada através da realização (representações visuais, novos objectos)


e da verbalização crítica fundamentada.

6.5- Valores e atitudes:

Os valores relevantes para a Educação Visual e Tecnológica exprimem-se através de


atitudes de:

• superação das obstáculos na realização de um projecto;


• respeito pelas diferenças individuais;
• cuidado com segurança e a higiene no trabalho;
• organização do plano de trabalho;
• contribuição para o trabalho de grupo;
• intervenção na melhoria do envolvimento;
• autonomia no trabalho individual.
• reflexão sobre sentimentos, situações e fenómenos.

6.6- Expressão:

Neste campo só tem lugar a AVALIAÇÃO FORMATIVA.

• Avalia-se a relação entre a intenção do sujeito que exprime e o produto de


expressão.

De acordo com o já referido na ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA, haverá incidências


especiais:

5º ano - expressão, representação, alargamento da experiência (dos materiais, das


técnicas, do mundo vivido dos alunos), relacionamento entre causas e efeitos;

6º ano – conhecimento de novos materiais, aperfeiçoamento das técnicas e


aprofundamento das suas razões científicas e metodológicas.

O LEVANTAMENTO DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO far-se-á através de:

• produtos técnicos e de expressão (bi e tridimensionais);


• todos os materiais arquivados ao longo do processo: enunciados, dados (esboços.
fotografias, esquemas, amostras, elementos verbais, etc.), alternativas, projectos;
• observação directa das operações técnicas;
• fichas de auto-avaliação.

A CLASSIFICAÇÃO assentará, igualmente, neste conjunto de elementos, valorizando o


processo e não apenas os produtos finais.

VOLUME II

INTRODUÇÃO

O programa da disciplina do Educação Visual e Tecnológica para o 2.º ciclo do ensino


básico foi publicado no volume I - «Organização Curricular e Programas». Aí se reúnem as
suas componentes fundamentais, nomeadamente finalidades em objectivos, enunciado de
conteúdos, linha metodológica geral e critérios de avaliação.

Trata-se dos princípios básicos do programa e, pela sua natureza prescritiva, devem
pautar obrigatoriamente o trabalho do professor.

O presente volume, constituído pelo Plano de organização do ensinoaprendizagem e por


um conjunto de sugestões bibliográficas, tem uma natureza e uma função diferentes.

Dado o carácter de relativa abertura do programa, considerou-se útil complementá-lo com


um conjunto de propostas de trabalho, que, embora sem função normativa, esclarecessem
o professor sobre a articulação das várias componentes curriculares e lhe facilitassem as
tarefas de planificação, quer a longo, quer a médio, quer mesmo a curto prazos. Tal não
significa, obviamente, que se coarcte a liberdade do professor, a quem fica aberto, no que
se refere à selecção das aprendizagens, um largo campo de decisão, em interacção com os
alunos e de acordo com as situações pedagógicas concretas.

O professor entenderá o Plano de organização do ensino-aprendizagem como um conjunto


de sugestões de trabalho e utilizá-lo-á com a necessária flexibilidade, respeitando embora
as suas linhas gerais, na medida em que nestas se concretizam muitas das intenções
básicas do programa.

Na especificidade destas novas disciplinas há a salientar:

1. O seu carácter integrador, dado que foi concebida corno ponte entre «as explorações
plásticas e técnicas difusas através das experiências globalizantes do 1.º ciclo, e uma
Educação Visual com preocupações marcadamente estéticas, ou uma

Educação Tecnológica com preocupações marcadamente científicas e técnicas no 3.º


ciclo».

É, portanto, «a exploração integrada de problemas estéticos, científicos e técnicos com


vista ao desenvolvimento de competências para a fruição, a criação e a intervenção nos
aspectos visuais e tecnológicos do envolvimento».

2. O seu carácter eminentemente prático, não devendo entender-se esta prática limitada
ao desenvolvimento de manualidades, mas centrada na integração do trabalho manual e
do trabalho intelectual, em que o exercício pensamento/ acção aplicado aos problemas
visuais e técnicos do envolvimento conduza à construção de uma atitude simultaneamente
tecnológica e estética.

GESTÃO DO PROGRAMA

A natureza eminentemente prática da disciplina aconselharia a organização dos cinco


tempos semanais em duas sessões, uma de dois tempos e outra de três tempos.

No entanto, considerando o nível etário dos alunos do 2.º ciclo, tomou-se aceitável uma
organização em duas sessões de dois tempos e uma sessão de um tempo.

Como ficou dito na «Orientação Metodológica» (volume I), seria pedagogicamente


incorrecto, além de irrelevante, fazer uma separação entre áreas de exploração e
conteúdos para o 5.º e 6.º ano.

Esta orientação, única coerente com a natureza da disciplina, é reforçada pela natureza do
currículo e pelo próprio sistema de avaliação estabelecido, por cicio.

Em termos de gestão do programa, portanto, qualquer das áreas de exploração ou dos


conteúdos referidos pode ser abordado ao longo do 2.º ciclo, tendo em conta as
recomendações feitas e os níveis a que o diferente desenvolvimento dos, alunos permitir
tais abordagens.
Quanto à listagem feita no mapa de conteúdos, trata-se, como se disse, de uma previsão
dos aspectos mais provavelmente evidenciados no desenvolvimento das unidades de
trabalho, não estando de modo algum em causa o tratamento de todos eles.

Os «resultados pretendidos» que são propostos, definem apenas o que se tem em vista
para cada conteúdo abordado, sem que isso implique a obrigatoriedade dessa abordagem.

Mais uma vez se acentua que o importante é a diversificação das experiências dos alunos e
a integração das aprendizagens na vida vivida por eles.

O controlo dessas experiências e aprendizagens, necessário para evitar sobreposições


inúteis ou lacunas prejudiciais entre os 5.º e 6.º anos, será feito através de fichas
estruturadas a partir do mapa de conteúdos.

Sugerem-se dois tipos de ficha: uma geral, por turma, para registo de todas as abordagens
feitas ao longo do ano, e outra, por aluno e por unidade de trabalho, para registo dos
aspectos focados e das aprendizagens feitas no desenvolvimento dessa unidade.

A primeira será incluída no «dossier de turma»; as segundas, a preencher por cada aluno
como apoio à auto-avaliação inserida no processo de avaliação contínua, constituirão
dossier próprio, organizado à semelhança da caderneta de turma.

Estas fichas proporcionarão ao professor, no 6.º ano, uma visão do percurso efectuado
pelos alunos no ano anterior, permitindo-lhe definir os desenvolvimentos a fazer com
vista à obtenção de um «perfil de saída real» tão completo quanto possível.

Uma terceira ficha, idêntica à segunda mas por turma, poderá auxiliar o professor na
planificação de cada unidade trabalho.

ORGANIZAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM

A natureza da disciplina e dos caminhos pelos quais se fazem as aprendizagens que ela
propõe, conduziram a uma organização não sequencial dos CONTEÚDOS nem das ÁREAS
DE EXPLORAÇÃO ou dos assuntos tratados nas unidades de trabalho.

Joga-se, sobretudo, com conhecimentos que, tal como as capacidades, se vão alargando e
aprofundando pela sua própria aplicação.

Por isso se não definiu uma «sequência de ensino-aprendizagem», com o que


simultaneamente se reforçou a capacidade de participação da Educação Visual e

Tecnológica com as outras disciplinas, em trabalhos e situações interdisciplinares, sem


constrangimentos de temas ou de conteúdos.

A disciplina de Educação Visual e Tecnológica deverá ser desenvolvida na maior


colaboração possível com as outras disciplinas, envolvendo-se com elas em projectos
comuns. Isto torna muito importante que cada professor conheça os programas das outras
disciplinas e que os conselhos de turma se ocupem metodicamente da planificação desses
projectos..

A pretendida estruturação do saber num todo coerente só poderá ser alcançada através
dessa articulação. Articulação, aliás, também proposta pela «Área-Escola», mas em termos
que visam mais o enriquecimento da experiência dos alunos do que a estruturação
sistemática de saberes, que terá de ser procurada no quadro das disciplinas curriculares.
O que será, SEMPRE, indispensável é a articulação das diversas aprendizagens num saber
concebido como um todo, em que o raciocinar sobre os fenómenos observados ou as
operações executadas é indissociável dessa observação e dessa acção.

Observação e acção em que se tomará sistematicamente como referencial o «repertório»


do aluno - conjunto de conhecimentos, atitudes e valores -, cuja estrutura deverá integrar
as novas aprendizagens, enriquecendo-se com elas, ou ser posta em causa por elas, num
processo de construção de novos níveis de equilíbrio cognitivo, afectivo ou psicomotor.

As unidades de trabalho desenvolvem-se, normalmente, em torno da resolução de


problemas.

São conhecidos vários esquemas com que se procura visualizar os modelos de


desenvolvimento do processo resolver problemas.

Por exemplo:

Certa ansiedade pela simplificação dos processos tem levado, com demasiada frequência, a
uma rigidez esquemática, que seria particularmente perigosa ao nível do 2.º cicio:

Um esquema deste tipo atrai pela sua clareza, mas é uma interpretação artificial.

Na prática, há dificuldade em encontrar nele, aquilo que os alunos fazem quando se


envolvem num projecto.

Aplicado incorrectamente, não só se torna artificial como, mesmo, inibidor para os alunos,
ao exigir comportamentos previstos em momentos determinados.
A preocupação do professor deverá centrar-se, não no percorrer obrigatório das fases de
um processo, mas na criação condições que permitam que o aluno construa e
consciencialize progressivamente o seu método de trabalho pessoal.

Isto não obsta a que o professor, numa perspectiva metodológica, forneça aos alunos as
etapas a que a resolução de problemas obedece.

SITUAÇÃO

Detecção de problemas através da análise de uma situação identificada na prospecção do


envolvimento (bairro, escola, sala de aula, as pessoas, o trabalho, etc.).

ENUNCIADO

Os alunos deverão enunciar claramente os problemas que detectaram e que pensam poder
resolver ou estudar em ordem à proposta de soluções. Exemplo: organizar a sala de
convívio da escola, criar jogos para a creche vizinha, valorizar a estação de caminho-de-
ferro local, etc.

INVESTIGAÇÃO

Orientada para a autonomia dos alunos e a criação de hábitos de pesquisa.

Pretende-se a máxima liberdade, tanto relativamente aos interesses dos alunos como às
formas de registo, de exploração das respostas e de apresentação das ideias, no sentido de
permitir o máximo desenvolvimento da criatividade. Ao professor caberá essencialmente
estimular a procura do maior número possível de respostas, animar a recolha de dados,
promover a reflexão sobre as técnicas e os meios adequados, sua inventariação e
exploração, apoiar, quando necessário, o regresso ao começo para tentar novo percurso
mais ajustado, prever e organizar contactos dentro e fora da escola.

É também a fase de arrumação de ideias para escolher a resposta mais adequada, ou


combinar partes de diferentes respostas numa síntese ou, ainda, seleccionar várias
respostas possíveis, tendo em vista a função, os materiais, a execução, o aspecto estético, o
tempo de execução, o custo, etc.

PROJECTO(S)

Desenvolvimento da ou das soluções escolhidas. Em termos de comunicação, a


apresentação poderá ser particularmente importante nos casos em que não for viável
passar imediatamente à fase seguinte, como sucede, por exemplo, com trabalhos que
transitam de um ano para o outro.

REALIZAÇÃO

É a fase de execução, de construção daquilo que se projectou. Não se trata de um trabalho


meramente manual pois, por exemplo, a mudança de escala ou o trabalho colectivo criam
novas oportunidades de intervenção, e a utilização de novos materiais condiciona as
formas de expressão ou exige novas reflexões e aprendizagens.

AVALIAÇÃO/TESTAGEM

A avaliação entendida como processo a desenvolver continuadamente ao longo de toda a


unidade de trabalho, proporciona a introdução de rectificações, aprofundamentos, ou
mesmo o abandono de uma via que se reconheça inadequada, sem que isto signifique
aceitação do diletantismo, desistência perante as dificuldades ou irresponsabilidade
quanto aos prazos.

O mais importante é, em cada momento, a escolha das hipóteses a desenvolver.

No final da unidade, professores e alunos deverão criticar todo o trabalho feito, para testar
em que medida e com que qualidade o produto final responde ao(s) problema(s)
enunciado(s).

Os três grandes campos referidos no volume I (Ambiente, Comunidade, Equipamento), tal


como as áreas de exploração e os conteúdos, servem, não só, como enquadramento para
uma planificação que pretende ser o mais aberta possível, mas também para promover a
diversificação da experiência do mundo vivido pelos alunos.

Especificam-se agora esses campos, não para que sejam tomados como «conteúdos
obrigatórios», mas como apoio ao professor:

• AMBIENTE

Natureza - Rios, mar, animais, plantas, matérias-primas, estações do ano, etc. Poluição e
defesa do ambiente - Problemas criados pela intervenção do homem (indústrias, estradas,
turismo, recreio, etc.). Parques e jardins - Conservação e organização.

Arquitectura - Habitações, escola, oficinas, edifícios agrícolas, museus, pontes, etc.

Urbanismo - Problemas locais referidos a necessidades colectivas (actividades lúdicas em


centros urbanos, sinalização, etc.).

Património artístico - Edifícios e monumentos locais: artes populares.

Recursos energéticos - Alternativas de aproveitamento de energias naturais

(solar, eólica, hidráulica, da biomassa, geotérmica, dos combustíveis naturais).

• COMUNIDADE

Trabalho - Actividades artesanais e industriais, tecnologias tradicionais e novas, comércio,


serviços (domésticos e outros).

Saúde - Higiene e segurança (individual e colectiva), hospitais, etc.

Alimentação - O que se come, de onde vem, como se faz, o que se deve comer, novos
métodos de produção de alimentos em pequenas unidades agrícolas.

Circulação - Transportes colectivos e individuais, do passado e para as necessidades que


sentimos; segurança, economia; benefícios e problemas criados pelos automóveis.
Circulação e sinalização para deficientes e 3.ª Idade.

Cultura e recreio - Feiras, teatro, bandas de música, festividades locais e comemorações


relevantes (Natal, 25 de Abril, etc.).

Publicidade - Defesa do consumidor, publicidade para a educação cívica e a saúde.

• EQUIPAMENTO
Pessoal - Vestuário, utensílios, móveis, equipamento doméstico, protecção, moda,
brinquedos, etc.

Escolar - Para o estudo (criação de material didáctico: instrumentos musicais, montagem


de experiências científicas, modelos matemáticos, etc.), a manutenção e o recreio; de apoio
às escolas primárias e infantis da zona (alfabetização, jogos, brinquedos, etc.).

Urbano - Parques e recintos desportivos, de recreio e de cultura, miradouros, abrigos,


quiosques, coretos, fontes.

As estratégias a utilizar compreenderão visitas de estudo, recolha de dados, consulta de


documentos, experimentação e exploração, debates, utilização de diapositivos, vídeos,
experiência técnica, etc.

Como complemento desta «Organização do Ensino-Aprendizagem», seguem-se dois


conjuntos de fichas: um, para tratamento dos conteúdos (âmbito de abordagem,
desmontagem e indicação dos resultados pretendidos); outro, para apoio metodológico à
abordagem das áreas de exploração.

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