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1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 1
2 - FINALIDADES ................................................................................................................................................... 2
3 – OBJECTIVOS GERAIS .................................................................................................................................... 3
4 – CONTEÚDOS .................................................................................................................................................... 5
Comunicação ...................................................................................................................................................... 5
Energia ................................................................................................................................................................. 5
Espaço ................................................................................................................................................................... 6
Estrutura.............................................................................................................................................................. 6
Forma .................................................................................................................................................................... 6
Geometria ............................................................................................................................................................ 7
Luz/cor ................................................................................................................................................................. 8
Material ................................................................................................................................................................ 8
Medida .................................................................................................................................................................. 9
Movimento .......................................................................................................................................................... 9
Trabalho .............................................................................................................................................................10
5 – ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA ............................................................................................................10
6 – AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................12
VOLUME II..............................................................................................................................................................14
GESTÃO DO PROGRAMA ..................................................................................................................................15
ORGANIZAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM .......................................................................................16
1 - INTRODUÇÃO
Tudo isto se vai desenvolver essencialmente a partir da acção onde fantasia e a liberdade
de expressão, tão importantes nesta fase etária, estão sempre presentes.
A Educação Visual e Tecnológica é, portanto, uma disciplina inteiramente nova, que parte
da realidade prática para o conhecimento teórico, numa perspectiva de integração do
trabalho manual e do trabalho intelectual, e que não pretende fazer formação artística
nem formação técnica, porque se situa deliberadamente na intersecção desses dois
campos da actividade humana.
2 - FINALIDADES
Desenvolver:
• A percepção.
• A sensibilidade estética.
• A criatividade.
• A capacidade de comunicação.
• O sentido crítico.
• Aptidões técnicas e manuais.
• O entendimento do mundo tecnológico.
• O sentido social.
• A capacidade de intervenção.
• A capacidade de resolver problemas.
3 – OBJECTIVOS GERAIS
4 – CONTEÚDOS
COMUNICAÇÃO
O que deve caracterizar um
Construir o hábito de escuta do outro, para tomar em conta as
regime de comunicação Problemática suas razões quando justificadas;
democrático é, do sentido
essencialmente, a abertura Utilizar expressivamente os diversos elementos visuais.
aos outros.
Utilizar diversos códigos visuais (esboço, vistas, mapas,
A expressão mais elevada da Codificações esquemas, cores simbólicas);
capacidade de comunicação Reconhecer a importância da qualidade de expressão plástica
reside, talvez, em ser capaz para que a comunicação se estabeleça.
de construir consensos (o
meu «senso» com o teu Tomar consciência que a imagem é um produto fabricado em
«senso»).
ordem a determinada intenção e não um equivalente do real;
O que está em causa nesta
Tomar consciência dos mecanismos de manipulação da opinião
ficha não é tanto a utilização
Imagem na pública através dos meios de comunicação de massa;
das redes e meios
comunicação Verificar que o estereótipo, na mesma medida em que facilita a
audiovisuais como o próprio comunicação, empobrece-a porque empobrece a percepção, a
fenómeno da comunicação expressão e a criação.
em si.
ENERGIA
Pretende-se que o aluno
Comportar-se conscientemente relativamente à necessidade de
esteja atento a diversos Fontes de economia de recursos energéticos;
fenómenos relacionados energia -
com a energia que ocorrem Utilizar algumas fontes de energia renováveis;
recursos
à sua volta, tomando Conhecer as principais fontes de energia e o seu contributo para
energéticos
consciência da sua o desenvolvimento das actividades humanas.
importância e dos seus
efeitos. Ter em conta fenómenos de transformação de energia:
Formas de mecânica, luminosa, electroquímica, electromagnética;
Não se propõe um estudo energia
teórico sobre a energia, Identificar desperdícios de energia no envolvimento.
mas sim um recolocar
constante dos Transformação Compreender que a energia existe em tudo o que nos rodeia e
de energia em nós mesmos;
seus problemas nos
trabalhos desenvolvidos. Compreender diversos fenómenos relacionados com a energia.
ESPAÇO
A partir da observação
Utilizar correctamente, tanto na linguagem verbal como na
directa do envolvimento, o Relatividade da linguagem gráfica, os conceitos: vertical, horizontal, oblíquo;
aluno procurará exprimir, posição dos
verbal e graficamente, as Exprimir graficamente a relatividade das posições dos objectos e
objectos no
relações que vai do seu próprio corpo;
espaço
estabelecendo entre os Conhecer a origem dos materiais com que trabalha.
elementos num dado
espaço. Organizar, quanto a funcionalidade visual, espaços bi e
tridimensionais: pág de monografias, arrumação da sala de
Particularmente neste
aula...
conteúdo, deverá ter-se em Organização do
atenção o estádio de Ter consciência da interacção dos diversos factores que afectam
espaço
desenvolvimento do aluno, a leitura do espaço (espaço aberto/espaço fechado,)
não forçando formas de Ter exigências de funcionalidade e de equilíbrio visual, quer na
representação para as criação quer na apreciação de espaços bi e tridimensionais.
quais ele não está ainda
preparado. Exprimir as relações entre os elementos integrados num dado
Representação espaço, tanto gráfica como verbalmente.
do espaço Utilizar conscientemente, na representação do espaço, a
dimensão, a transparência/opacidade; a luz/cor.
ESTRUTURA
Pretende-se que os alunos
Compreender que a estrutura pode ser encarada como suporte
entendam como as
ou como organização dos elementos de uma forma natural ou
estruturas estão
criada pelo homem.
organizadas e verifiquem
as relações das partes com Registar graficamente as formas que observa, partindo do
o todo, quer através da entendimento das suas estruturas.
observação e do registo da Estrutura das Entender o módulo como elemento gerador de uma estrutura
estrutura de elementos
formas (padrão).
naturais ou criados pelo
homem, quer através da Compreender que a estrutura de um material, de um objecto ou
exploração dos materiais. de um ser vivo, está intimamente ligado à sua forma e ao seu
modo de existir.
O trabalho conjunto com as
Compreender princípios físicos do funcionamento das
restantes disciplinas
estruturas.
ajudará a ampliar o
conceito de estrutura.
Relacionar a estrutura dos materiais com o seu comportamento
Estrutura dos (resistência, flexibilidade, condutibilidade, absorção. etc.)
materiais Constituir formas tridimensionais, tendo em conta a sua
estrutura.
FORMA
Pretende-se que o aluno
Elementos da Identificar os elementos que definem ou caracterizam uma
desenvolva um trabalho de forma forma: luz/cor, linha, superfície, volume, textura.
pesquisa, quer através da
Relacionar as partes com o todo e entre si (proporções).
observação e do registo
das formas no Considerar a influência da luz na percepção da forma e dos seus
envolvimento, quer através elementos.
da criação de formas, de Compreender que a forma aparente dos objectos pode variar
maneira a apreciar o seu com o ponto de vista.
valor estético e as suas
relações com o Compreender a relação entre a forma e as suas funções.
envolvimento, com os
materiais e com as funções Compreender a relação entre a forma das coisas e os materiais e
Relação entre as técnicas utilizadas na sua produção.
que vão desempenhar.
formas e os
Compreender que a forma, o peso, o material, das coisas que
factores que as
condicionam cria ou escolhe para o servir, deve adequar-se à medida e À
forma do corpo e à maneira de as utilizar.
GEOMETRIA
A geometria, entendida
Formas e Entender"geometria" como organização da forma
como organização da
estruturas
forma, está sempre
geométricas no
presente no envolvimento.
O aluno encontrará os
envolvimento
mesmos princípios de
Formas e Entender a geometria como princípio de economia que se
economia nas formas
naturais e nos fabricos
relações traduz, por exemplo, na normalização de fabricos.
normalizados. geométricas
puras
O professor deverá estar
atento à oportunidade de Operações Identificar formas geométricas no envolvimento natural ou
aprendizagem dos traçados constantes na criado pelo homem.
geométricos para a resolução de Utilizar traçados geométricos simples na resolução de
resolução de problemas diferentes problemas práticos.
concretos, habituando os problemas:
alunos a servirem-se, então traçado de Compreender a utilização de instrumentos na execução de
e só então, dos paralelas e desenhos técnicos.
instrumentos adequados. perpendiculares; Utilizar o material de desenho geométrico com preocupações de
construção de rigor.
Importante será, também,
rectângulos;
a verificação da constância
divisão do
de certas operações (ex.:
determinação de um ponto
segmento de
equidistante de outros recta em partes
dois) na resolução de iguais; divisão da
diferentes problemas circunferência
geométricos. em partes iguais
2, 3, 4 e 6
LUZ/COR
Não se propõe no 2.º ciclo
Reconhecer a influência da luz, da textura ou da dimensão, na
um estudo teórico da cor,
percepção da cor.
mas sim a sua observação
no envolvimento, com vista Utilizar conscientemente a mistura de certas cores para
à sensibilização da sua obtenção de outras cores e tonalidades.
importância na apreciação Natureza da cor Discriminar diversos tons da mesma cor.
e valorização da qualidade
visual do ambiente. Exprimir-se livremente através da cor.
Organizar os conhecimentos e experiências adquiridos sobre a
Não se pretende, por cor.
exemplo, uma
sistematização de tons ou Fazer registos cromáticos.
cores (círculo cromático,
cubo de Itten, etc.), mas
Tomar consciência da influência da cor na percepção da forma e
uma sensibilização à sua do espaço.
variedade: o aluno Cor no Considerar a influência de uma cor na percepção das cores
constatará que expressões envolvimento contíguas (ex.relação figura/fundo).
como «pintado de verde»
Conhecer a influência da cor no comportamento das pessoas.
não dizem nada, porque há
centenas de verdes Compreender o poder expressivo da cor (a cor individualizando
diferentes. uma casa, caracterizando um cartaz, etc.).
MATERIAL
As unidades de trabalho
Conhecer propriedade dos materiais.
envolvem realizações em
que o aluno terá Caracterizar os materiais a partir da percepção das suas
forçosamente de escolher, propriedades físicas (cor, brilho, cheiro, textura, etc.).
entre a enorme variedade Utilizar processos de medição relacionados com a natureza dos
de materiais existentes materiais e objectos a medir.
(argilas, madeiras, papéis,
plásticos, fios têxteis, Origem e Utilizar formas expeditas de medição (passo, pé, palmo, bitola).
metais, etc.), os mais propriedades Efectuar ensaios para determinar propriedades mecânicas como
apropriados para a a dureza, maleabilidade,
resolução do problema.
Conhecer modificações das propriedades dos materiais sob o
O conhecimento das suas efeito de alguns agentes.
características é Relacionar as propriedades dos materiais com as suas
fundamental, não só nesse utilizações.
sentido como também para
poder trabalhar com eles e Conhecer formas de transformação de matérias-primas em
compreender o materiais.
desenvolvimento das
Transformação Considerar, na sua utilização, o custo dos materiais.
técnicas.
de matérias- Considerar as características e propriedades dos materiais para
O aluno terá de reconhecer primas o seu armazenamento.
as suas propriedades, quer
Conhecer as formas de apresentação dos materiais no mercado
através da sua manipulação
(normalização).
e experimentação, quer
Reconhecer a importância do impacte ambiental provocado pela
através da observação e
extracção de matérias-primas.
avaliação dos seus Impacte
comportamentos físicos e ambiental Aproveitar e reciclar materiais
mecânicos.
MEDIDA
Pretende-se que o aluno se
Utilizar instrumentos de medida (metro, transferidor, balança,
vá familiarizando com Métodos de dinamómetro, relógio, pirómetro).
vários métodos e medição
instrumentos de mediação, Utilizar formas expeditas de medição (passo, pé, palmo, bitola).
com vista à tomada de
consciência da sua Unidades de Utilizar instrumentos de medida (metro, transferidor, balança,
importância, quer na medida dinamómetro, relógio, pirómetro).
recolha das informações
mais variadas, quer no Escolher os instrumentos de medição em função das grandezas
controlo de qualidade e que pretende determinar.
aperfeiçoamento dos
objectos produzidos no
Instrumentos de Reconhecer a conveniência das medições rigorosas, quer na
medida recolha de informação, quer na execução dos trabalhos.
decorrer das unidades de
trabalho. Compreender as relações entre qualidade e medida.
MOVIMENTO
No decorrer das unidades
Compreender o movimento como mudança de posição no
de trabalho o aluno
espaço.
alargará a compreensão e a
capacidade de Compreender que conceitos como subir/descer, avançar/recuar,
representação do depressa/devagar, móvel/imóvel, implicam sempre a relação
movimento nas suas com qualquer coisa (referencial).
diversas naturezas, formas Tipos de Compreender que o movimento, tal como a imobilidade,
e utilizações: movimento resultam de um "jogo de forças".
• pela análise das variações Compreender que os diversos tipos de movimento se podem
da relação entre o objecto transformar uns nos outros (o movimento periódico do pêndulo
observado e os de um relógio transforma-se no movimento contínuo dos
referenciais; ponteiros; o movimento rectilíneo da corda transforma-se no
movimento curvilíneo, pendular do sino).
• pela leitura ou execução
de representações de Escolher e utilizar forças naturais de forma adequada aos
movimentos (signos movimentos que pretende produzir (gravidade, vento, água em
cinéticos, representações Produção de movimento, etc.).
icónicas); movimento
Revelar criatividade na resolução dos problemas de
• pela observação e transmissão/conservação do movimento (inventar mecanismos).
realização de diversos
mecanismos. Utilizar conscientemente a representação do movimento como
elemento valorizador da expressão quer na recepção quer na
Representação
produção de mensagens visuais, (ex.: modificação dos objectos
do movimento
por acção do movimento (cabelos, roupas, plantas); signos
visuais.
TRABALHO
Pretende-se que o aluno se
Considerar a relação entre as características dos materiais e as
vá familiarizando com o
técnicas para a sua transformação.
mundo do trabalho, quer
através do contacto com as Relação Relacionar as necessidades do homem com a descoberta das
várias actividades técnicas/materia técnicas.
económicas regionais - is Considerar as alternativas para a economia de esforços e
artesanais e industriais -, recursos.
quer através das
experiências vividas na Distinguir actividade artesanal e actividade industrial.
própria aula.
Colaborar na planificação das diversas fases de estruturação de
um trabalho.
Preparar as condições necessárias ao trabalho a realizar
Produção e
(ferramentas e utensílios adequados, materiais, local de
organização
trabalho).
Executar operações concertadas tendo em vista a obtenção do
produto final.
5 – ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA
A situação inicial dará a estes conteúdos e actividades um sentido real, integrador das
novas aquisições, num saber colectivamente construído e individualmente integrado.
O mesmo problema pode ser tratado de diversos modos pelos vários grupos de uma
turma, ou pelas várias turmas de um mesmo professor, por forma a que essas múltiplas
abordagens proporcionem uma visão mais ampla e profunda da situação, uma solução
mais rica do problema. Ter-se-á sempre presente que o maior contributo que a escola
poderá dar à formação dos alunos – pelo menos neste grau de ensino – é, talvez,
proporcionar-lhes a experiência do mundo que os envolve.
Ela deverá, antes, estabelecer uma estrutura a revestir gradualmente, à medida que o
trabalho se vai desenrolando.
Para organizar essa estrutura, o professor deverá ter em conta os seguintes factores:
• o nível etário dos alunos, quer quanto aos conhecimentos prévios que podem
mobilizar, quer quanto à sua capacidade de sustentar o interesse por um mesmo
assunto;
• os objectivos gerais relativamente a atitudes, valores, aptidões e conhecimentos;
• as áreas de exploração;
• as circunstancias e recursos existentes na escola, ou fora dela, e que possam ser
utilizados.
• os objectivos do trabalho;
• os conteúdos a desenvolver;
• os recursos a utilizar.
Uma situação ou determinados factos podem revelar problemas. Um problema que motive
os alunos faz despoletar a actividade para o resolver.
Realizamo-la e testamos os resultados (que, por sua vez, poderão levantar novos
problemas). Os alunos mais novos, envolvidos na resolução de um problema, interessam-
se, sobretudo, pela solução, pelo produto final. Só a pouco e pouco, conforme vão
amadurecendo, irão tomando consciência do processo. E só mais tarde ainda conseguirão
dissocia-lo do produto para analisar o processo isoladamente.
O professor deve acompanhar esta evolução para ajudar os alunos a ascender a sucessivos
níveis de desenvolvimento, sem forçar nunca uma análise antes que esse nível de
desenvolvimento o permita.
no 6º ano - unidades em que algumas fases serão mais desenvolvidas, implicando não só o
conhecimento de novos materiais e técnicas mas, também, o seu aperfeiçoamento e o
aprofundamento das suas razões científicas.
6 – AVALIAÇÃO
• domínio da técnica;
• utilização expressiva da técnica.
6.2 -Conceitos:
6.3 -Processo:
6.4 -Percepção:
6.6- Expressão:
VOLUME II
INTRODUÇÃO
Trata-se dos princípios básicos do programa e, pela sua natureza prescritiva, devem
pautar obrigatoriamente o trabalho do professor.
1. O seu carácter integrador, dado que foi concebida corno ponte entre «as explorações
plásticas e técnicas difusas através das experiências globalizantes do 1.º ciclo, e uma
Educação Visual com preocupações marcadamente estéticas, ou uma
2. O seu carácter eminentemente prático, não devendo entender-se esta prática limitada
ao desenvolvimento de manualidades, mas centrada na integração do trabalho manual e
do trabalho intelectual, em que o exercício pensamento/ acção aplicado aos problemas
visuais e técnicos do envolvimento conduza à construção de uma atitude simultaneamente
tecnológica e estética.
GESTÃO DO PROGRAMA
No entanto, considerando o nível etário dos alunos do 2.º ciclo, tomou-se aceitável uma
organização em duas sessões de dois tempos e uma sessão de um tempo.
Esta orientação, única coerente com a natureza da disciplina, é reforçada pela natureza do
currículo e pelo próprio sistema de avaliação estabelecido, por cicio.
Os «resultados pretendidos» que são propostos, definem apenas o que se tem em vista
para cada conteúdo abordado, sem que isso implique a obrigatoriedade dessa abordagem.
Mais uma vez se acentua que o importante é a diversificação das experiências dos alunos e
a integração das aprendizagens na vida vivida por eles.
Sugerem-se dois tipos de ficha: uma geral, por turma, para registo de todas as abordagens
feitas ao longo do ano, e outra, por aluno e por unidade de trabalho, para registo dos
aspectos focados e das aprendizagens feitas no desenvolvimento dessa unidade.
A primeira será incluída no «dossier de turma»; as segundas, a preencher por cada aluno
como apoio à auto-avaliação inserida no processo de avaliação contínua, constituirão
dossier próprio, organizado à semelhança da caderneta de turma.
Estas fichas proporcionarão ao professor, no 6.º ano, uma visão do percurso efectuado
pelos alunos no ano anterior, permitindo-lhe definir os desenvolvimentos a fazer com
vista à obtenção de um «perfil de saída real» tão completo quanto possível.
Uma terceira ficha, idêntica à segunda mas por turma, poderá auxiliar o professor na
planificação de cada unidade trabalho.
ORGANIZAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM
A natureza da disciplina e dos caminhos pelos quais se fazem as aprendizagens que ela
propõe, conduziram a uma organização não sequencial dos CONTEÚDOS nem das ÁREAS
DE EXPLORAÇÃO ou dos assuntos tratados nas unidades de trabalho.
Joga-se, sobretudo, com conhecimentos que, tal como as capacidades, se vão alargando e
aprofundando pela sua própria aplicação.
A pretendida estruturação do saber num todo coerente só poderá ser alcançada através
dessa articulação. Articulação, aliás, também proposta pela «Área-Escola», mas em termos
que visam mais o enriquecimento da experiência dos alunos do que a estruturação
sistemática de saberes, que terá de ser procurada no quadro das disciplinas curriculares.
O que será, SEMPRE, indispensável é a articulação das diversas aprendizagens num saber
concebido como um todo, em que o raciocinar sobre os fenómenos observados ou as
operações executadas é indissociável dessa observação e dessa acção.
Por exemplo:
Certa ansiedade pela simplificação dos processos tem levado, com demasiada frequência, a
uma rigidez esquemática, que seria particularmente perigosa ao nível do 2.º cicio:
Um esquema deste tipo atrai pela sua clareza, mas é uma interpretação artificial.
Aplicado incorrectamente, não só se torna artificial como, mesmo, inibidor para os alunos,
ao exigir comportamentos previstos em momentos determinados.
A preocupação do professor deverá centrar-se, não no percorrer obrigatório das fases de
um processo, mas na criação condições que permitam que o aluno construa e
consciencialize progressivamente o seu método de trabalho pessoal.
Isto não obsta a que o professor, numa perspectiva metodológica, forneça aos alunos as
etapas a que a resolução de problemas obedece.
SITUAÇÃO
ENUNCIADO
Os alunos deverão enunciar claramente os problemas que detectaram e que pensam poder
resolver ou estudar em ordem à proposta de soluções. Exemplo: organizar a sala de
convívio da escola, criar jogos para a creche vizinha, valorizar a estação de caminho-de-
ferro local, etc.
INVESTIGAÇÃO
Pretende-se a máxima liberdade, tanto relativamente aos interesses dos alunos como às
formas de registo, de exploração das respostas e de apresentação das ideias, no sentido de
permitir o máximo desenvolvimento da criatividade. Ao professor caberá essencialmente
estimular a procura do maior número possível de respostas, animar a recolha de dados,
promover a reflexão sobre as técnicas e os meios adequados, sua inventariação e
exploração, apoiar, quando necessário, o regresso ao começo para tentar novo percurso
mais ajustado, prever e organizar contactos dentro e fora da escola.
PROJECTO(S)
REALIZAÇÃO
AVALIAÇÃO/TESTAGEM
No final da unidade, professores e alunos deverão criticar todo o trabalho feito, para testar
em que medida e com que qualidade o produto final responde ao(s) problema(s)
enunciado(s).
Especificam-se agora esses campos, não para que sejam tomados como «conteúdos
obrigatórios», mas como apoio ao professor:
• AMBIENTE
Natureza - Rios, mar, animais, plantas, matérias-primas, estações do ano, etc. Poluição e
defesa do ambiente - Problemas criados pela intervenção do homem (indústrias, estradas,
turismo, recreio, etc.). Parques e jardins - Conservação e organização.
• COMUNIDADE
Alimentação - O que se come, de onde vem, como se faz, o que se deve comer, novos
métodos de produção de alimentos em pequenas unidades agrícolas.
• EQUIPAMENTO
Pessoal - Vestuário, utensílios, móveis, equipamento doméstico, protecção, moda,
brinquedos, etc.