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Olá alunos!
1
Ex lege = de acordo com a lei.
Todo negócio jurídico é um ato lícito, mas nem todo ato lícito
será um negócio jurídico, é o que ocorre com os atos jurídicos em
sentido restrito que são apenas lícitos ou meramente lícitos.
2.Negócio
Jurídico
1.Ato jurídico
em sentido 3.Atos ilícitos
estrito
Fato
Jurídico
2
Manual de Direito Civil, vol. Único, ed. Método, 2ª ed., pg. 418.
Importante:
Ainda analisando a relação entre o direito civil e o direito penal, outra
diferenciação que devemos fazer, para um melhor entendimento da aula,
é com relação à palavra culpa.
A culpa será um dos pressupostos da responsabilidade civil. No campo
civil usa-se muito a palavra culpa em sentido lato sensu, ou seja, a
culpa em sentido amplo. Na responsabilidade civil, quando
falarmos em culpa, estamos nos referindo tanto ao dolo3 quanto a
culpa4 propriamente dita. Em sentido amplo a culpa abrange toda
espécie de comportamento contrário ao direito, seja ele intencional ou
não, bastando que seja imputável ao causador do dano.
3
No dolo o agente procura intencionalmente o resultado.
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Na culpa o fato se ocorre por negligência, imprudência ou imperícia.
1.Ação
2.Omissão
Voluntária
“Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.”
3. O estado de necessidade
Sim. Observe que nas hipóteses dos arts. 929 e 930 existem
terceiros envolvidos. Ocorre mais ou menos o seguinte:
¹Paulo lesa ²José, mas em virtude de causa provocada por
³Mário (causador do perigo). Nesta situação, ²José, não é o culpado pelo
perigo e fará jus a indenização paga por ¹Paulo que lhe causou dano.
¹Paulo, por sua vez, terá direito de ação (regressiva) contra ³Mário, este
sim o verdadeiro culpado pelo perigo.
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Existe divergência entre os doutrinadores sobre quais são os pressupostos do dever de
indenizar. Alguns acrescentam aos três – a conduta, o nexo e o dano - a culpa genérica
ou lato sensu. Nós optamos por explicar a culpa em separado, por uma questão didática,
mas vale o esclarecimento.
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Vocês também poderão encontrar estes pressupostos como elementos da
responsabilidade civil.
“art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos ¹casos especificados em lei, ou ²quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem”.
- A Culpa.
Mas atenção!
Quando ocorre culpa exclusiva da vítima não há de se falar em
indenização, porque, aqui, a outra parte não contribuiu para o evento
danoso.
E os três excludentes:
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Se no momento da prática do ato, a pessoa tinha consciência do que fazia e mesmo
assim o praticou.
8
Caio Mario da Silva Pereira, Instituições de direito Civil, volume I, 25 ed., pág. 560.
“CC Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e
danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o
dia em que executou o ato de que se devia abster.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do
devedor.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a
quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos
contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções
previstas em lei.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário,
cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
...
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos
devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que
razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos
só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e
imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.”
-O dano.
Vamos dar uma olhada em alguns artigos do Código Civil onde temos a
possibilidade da responsabilidade indireta:
- reparação do dano.
Continuando!
Em tese, apenas o lesado ou seus herdeiros teriam legitimação para
exigir a indenização do prejuízo, porém, também se tem admitido
atualmente que a indenização possa ser reclamada pelos que viviam sob
a dependência econômica da vítima.
- O nexo causal.
Devedores da indenização:
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Se o evento danoso foi resultado de caso fortuito ou força maior, deixa de existir o
elemento culpa, deixando de existir a responsabilidade. Neste caso, existem dois
elementos: um de ordem interna – que é a inevitabilidade do evento, e outro de ordem
externa – que é a ausência de culpa do agente. A alegação de caso fortuito ou força
maior cabe ao réu, ou a pessoa que está sendo acusada de ter cometido o ato.
“Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado,
se não provar culpa da vítima ou força maior”.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.”
Funda-se na obrigação geral de não colocar em risco a coletividade.
- A Coautoria e a Solidariedade.
“Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de
terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a
importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se
causou o dano (art. 188, inciso I).
...
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que
houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz”.
“art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos
casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para
o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a
pagar as custas em dobro.”
“art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem
ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado
a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no
segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição”.
O art. 941 diz: “As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão
quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo
ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que
prove ter sofrido”.
Constituição Federal.
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
...
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa;
...
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
...
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da
relação de trabalho;”
CLT.
“Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço.
...
Art. 8º ...
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do
trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais
deste.”
Código Civil.
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
...
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
...
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
...
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda
que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados
pelos terceiros ali referidos.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que
houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.”
Exemplo:
Aciona na justiça
•empregado, no exercício •a Empresa, que é o
do trabalho ou em razão sujeito passivo sobre
dele •pessoa que sofreu dano quem deve recair a
(podendo ser inclusive ação, e não o
outro empregado, empregado.
hierarquicamente
pratica o ato lesivo inferior)
a empresa responde
objetivamente
Figura 3. Exemplo de como ocorre a responsabilidade objetiva da empresa (empregador). A empresa, além disso, não
pode alegar o desconhecimento do ato, a sua responsabilidade independe de culpa.
2. Acidentes de trabalho:
.......................................................................................................
11
Bases para sua Conduta, Editora Logosófica, 13 ed., 1996.
Comentário:
A única alternativa que está errada é a “d” de acordo com o art. 942. Os
bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam
sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um
autor, todos responderão solidariamente pela reparação.
E também art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o
evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
Gabarito letra D.
Comentário:
a) Item correto. O acidente de trabalho e a responsabilidade civil
devem ser analisados da seguinte maneira: há dois tipos de
indenização, ¹a do seguro de acidentes pessoais e ²a decorrente da
responsabilidade civil do empregador. Quanto ao primeiro caso,
temos que para o pagamento da indenização pela previdência social
é suficiente a ocorrência do acidente de trabalho e os valores da
indenização pagos mediante tabelas previamente determinadas,
catalogadas pelos institutos oficiais de Previdência Social são
fixados de acordo com o tipo de infortúnio. (Isto já foi tema da
ESAF)
Gabarito letra A.
Comentário:
O importante nesta questão é verificarmos que o ato danoso ocorreu em
virtude de uma obrigação pré-existente, ou seja, contrato ou negócio
jurídico bilateral. Segundo seu fato gerador a responsabilidade pode ser
contratual ou extracontratual.
A responsabilidade contratual abrange o inadimplemento ou mora
relativos a qualquer obrigação, ainda que proveniente de negócio jurídico
unilateral – como o testamento, a procuração ou a promessa de
recompensa, ou da lei – como a obrigação de prestar alimentos. E a
responsabilidade extracontratual compreende, por seu turno, a
violação dos deveres gerais de abstenção ou omissão, como os que
correspondem aos direitos reais, aos direitos de personalidade ou aos
direitos do autor.
O caso apresentado na questão – escritor que culposamente não entrega
a obra prometida, dentro do prazo estipulado no contrato – caracteriza a
responsabilidade contratual.
Gabarito letra C.
Comentário:
O CC/2002 estabeleceu, também, a responsabilidade objetiva, aquela
que independe de culpa. Isto, por exemplo, é o que ocorre no que diz
respeito aos empregadores e comitentes pelos atos de seus empregados,
serviçais e prepostos – de acordo com o art. 932 e 933.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas
mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se
albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes,
moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a
concorrente quantia.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda
que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos
terceiros ali referidos.
Gabarito letra A.
Comentário:
Observe que a questão traz a figura da culpa indireta. Como falamos em
aula, você deve dominar alguns conceitos nas questões que envolvem a
responsabilidade indireta, quais sejam:
Há também:
Culpa in comittendo – é a que resulta de um ação do agente.
Culpa in omittendo – é a que resulta de uma omissão do agente. (Cabe
ressaltar que este último tipo de culpa só terá relevância para o direito
quando havia o dever de não se omitir).
Comentário:
Para esta questão vamos utilizar novamente o art. 932: (atente para a
importância deste artigo)
Observe que a banca mudou uma palavra e alterou o fim do inciso IV,
modificando o seu significado.
Gabarito letra D.
Comentário:
Para esta questão vamos utilizar uma decisão do STF, que diz: “A
responsabilidade do Estado, embora objetiva por força do disposto no art. 107
da Emenda Constitucional n. 01/69 (e atualmente, no §6º do artigo 37 da Carta
Magna), não dispensa, obviamente, o requisito, também objetivo, do
nexo de causalidade entre a ação ou a omissão atribuída a seus agentes e a
dano causado a terceiros. No caso, é inequívoco que o nexo da causalidade
inexiste e, portanto, não pode haver a incidência da responsabilidade prevista no
§6º da atual Constituição. Com efeito o dano decorrente do assalto por uma
quadrilha de que participava um dos evadidos da prisão não foi o efeito
necessário da omissão da autoridade pública que o acórdão recorrido teve como
causa a fuga dele, mas resultou de concausas, como a formação da quadrilha, e
o assalto ocorrido cerca de vinte e um meses após a evasão. Recurso
extraordinário conhecido e provido”.
Tendo isso em vista, a decisão baseou-se na Teoria da Interrupção do
Nexo Causal.
Gabarito letra B.
Comentário:
“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
Comentário:
Observem o parágrafo único do art. 928:
Art. 928 O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser
equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que
dele dependem.
Portanto, é admitida pela lei a redução equitativa da indenização.
Gabarito letra A.
Comentário:
Em relação ao seu fundamento – observa-se se há necessidade de
culpa (responsabilidade subjetiva) ou se não há necessidade de culpa,
baseando-se no risco (responsabilidade objetiva).
Em relação ao agente a responsabilidade pode ser direta quando o
dano é causado diretamente por aquele que tem obrigação de indenizar;
ou indireta quando o dano é causado por outra pessoa que não aquela
que irá indenizar.
Neste caso da questão a responsabilidade é objetiva, quanto ao
fundamento, e indireta, quanto ao agente.
Gabarito letra B.
Comentário:
A única alternativa que está incorreta é a alternativa A, pois segundo esta
teoria (do risco) o empregador deve responder pelo pagamento de
indenização quando o empregado sofre acidentes ou contrai enfermidade
em virtude dos riscos pertinentes à natureza do local, ou do trabalho que
executa, mesmo não tendo culpa. A alternativa “d” faz justamente a
comparação da indenização nestes casos (justiça do trabalho) e nos
casos da justiça comum, vejamos: “As indenizações relativas ao risco
profissional são pagas mediante tabelas previamente determinadas,
Comentário:
Para resolvermos esta questão, vamos lembrar dois artigos bastante
comentados em nossa aula:
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Neste artigo temos a definição legal de abuso de direito. E no artigo
seguinte temos as condutas que não constituem atos ilícitos.
b) comete ato ilícito aquele que, mesmo por omissão voluntária, cause
dano a outrem, ainda que o dano seja exclusivamente moral.
c) não comete ato ilícito aquele que exceda manifestamente os limites
impostos pelos bons costumes, desde que seja titular de um direito
e o esteja exercendo.
d) quando a destruição de coisa de outrem se der a fim de remover
perigo iminente, ainda que exceda os limites do indispensável, não
configurará ato ilícito.
e) atos praticados em legítima defesa, para o Direito Civil, constituem
ato ilícito, sendo exigível a reparação de eventuais danos
patrimoniais decorrentes.
Comentário:
Para esta questão usaremos os seguintes artigos:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de
remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites
do indispensável para a remoção do perigo.
Comentário:
Esta questão é literal do art. 188 do CC.
Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de
remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites
do indispensável para a remoção do perigo.
Gabarito letra E.
Comentário:
Vamos analisar as alternativas:
A alternativa “a” está errada tendo em vista o art. 187. Também comete
ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Comentário:
Questão literal do art. 187: Também comete ato ilícito o titular de um
direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Gabarito letra C.
Comentário:
Para a resolução desta questão vamos utilizar os artigos 187 e 188, pois
no primeiro temos o conceito de abuso de direito e no segundo temos os
atos que não são considerados atos ilícitos.
Art. 187. “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
Art. 188. “Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um
direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a
pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando
as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo
os limites do indispensável para a remoção do perigo”.
Gabarito letra C.
Comentário:
Esta questão é literal do art. 186 “Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Gabarito letra C.
Comentário:
A primeira afirmação diz que a responsabilidade do empregador em
relação a seus empregados é subjetiva. Vamos ver o art. 932, III e o art.
933.
Art. 932. “São também responsáveis pela reparação civil: III - o
empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos,
no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele”;
Art. 933. “As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente,
ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados
pelos terceiros ali referidos”.
Portanto, a responsabilidade é objetiva. Afirmativa errada.
Para a segunda afirmação vamos utilizar o art. 935. “A responsabilidade
civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas
questões se acharem decididas no juízo criminal”. Portanto a afirmativa
está correta.
A terceira afirmação diz “danos sofridos”, que está errado, pois é danos
cometidos por menores. Portanto a afirmativa está errada.
Na quarta afirmação o que está errado é a afirmação de que tanto a
responsabilidade subjetiva quanto a objetiva independem de análise de
culpa, pois somente a responsabilidade objetiva independe da análise de
culpa. Portanto afirmativa errada.
Para a quinta afirmação vamos utilizar o art. 186 “Aquele que, por ação
ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Art. 187. “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
Assim, apesar de o conceito de ato ilícito estar muito resumido na
questão, existe outro problema quando afirma que apenas os atos
ilícitos geram o dever de indenizar. Pois de acordo com o art. 929.
“Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188,
não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do
prejuízo que sofreram”. Desta forma, mesmo que o ato não seja
Comentário:
A afirmativa I está correta, tendo em vista mesmo o art. 186 do CC, e
também pode ser alargado o conceito para a possibilidade da reparação
pela perda de uma chance.
A afirmativa II está correta tendo em vista os art. 186, CC; arts. 932,
936, 937 e 938, CC; art. 942, 2ª parte, CC; art. 943, CC. Que tratam da
responsabilidade por ato próprio; responsabilidade por ato de terceiro ou
pelo fato de coisas ou animais; responsabilidade em concurso de agentes;
responsabilidade de sucessores.
A afirmativa III está correta tendo em vista o art. 944, parágrafo único:
“Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano,
poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização”.
A afirmativa IV está incorreta tendo em vista nos termos do art. 932,
inciso III, c/c art. 933, CC, porque a responsabilidade independe de culpa
do empregador.
E a afirmativa V está correta tendo em vista o art. 935, CC: “A
responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu
autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal”.
Gabarito letra E.
Comentário:
Para a resolução desta questão vamos utilizar o art. 188, II, o art. 929 e
o art. 930 de forma combinada.
Art. 188. “Não constituem atos ilícitos: II - a deterioração ou destruição
da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente”.
Art. 929. “Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do
art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à
indenização do prejuízo que sofreram”.
Art. 930. “No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa
de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a
importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de
quem se causou o dano (art. 188, inciso I)”.
Deste modo a responsabilidade civil extracontratual não é afastada no
caso de estado de necessidade, uma vez que o autor dos danos
responderá pelos prejuízos causados.
Gabarito letra B.
Comentário:
Para resolvermos está questão vamos utilizar o art. 939 “O credor que
demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a
lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o
vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e
a pagar as custas em dobro”.
Gabarito letra C.
Comentário:
Para resolvermos esta questão vamos analisar as afirmativas:
A afirmativa I está errada tendo em vista o art. 928 “O incapaz responde
pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser
equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas
que dele dependem”.
A afirmativa II e III, estão corretas, também de acordo com o art. 928.
A afirmativa IV está errada também de acordo com o art. 928, pois a
indenização deverá ser equitativa, e não proporcional.
A afirmativa V está correta, de acordo com o art. 932, I combinado com o
art. 933.
Art. 932. “São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais,
pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia”.
Art. 933. “As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente,
ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados
pelos terceiros ali referidos”.
Também podemos usar como fundamentação para esta questão, o
enunciado 41 do CJF: "41 – Art. 928: a única hipótese em que poderá
haver responsabilidade solidária do menor de 18 anos com seus pais é ter
sido emancipado nos termos do art. 5º, parágrafo único, inc. I, do novo
Código Civil”.
Art. 5º. “A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a
pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil”.
Parágrafo único. “Cessará, para os menores, a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos
completos”. Ou seja, quando a emancipação do filho é voluntária não há
exoneração da responsabilidade dos pais porque um ato de vontade não
elimina a responsabilidade que provém de Lei.
Gabarito letra C.
II. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de
meios suficientes.
III. O dono ou detentor do animal ressarcirá o dano por ele causado, se
não comprovar culpa da vítima ou força maior.
IV. Aquele que ressarcir o dano causado por seu descendente
relativamente incapaz poderá reaver o que houver pago daquele por
quem pagou.
Comentário:
Vamos para a análise das afirmativas:
A primeira alternativa está errada tendo em vista o Art. 933. “As pessoas
indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja
culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali
referidos”.
A segunda afirmativa está certa de acordo com o art. 928. “O incapaz
responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis
não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes”.
A terceira afirmativa está certa de acordo com o art. 936. “O dono, ou
detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar
culpa da vítima ou força maior”.
A quarta afirmativa está errada de acordo com o art. 934. “Aquele que
ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago
daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente
seu, absoluta ou relativamente incapaz”.
Gabarito letra D.
Comentário:
A alternativa “a” está errada tendo em vista que se a pessoa que sofreu o
dano foi também a culpada do perigo, neste caso não há que se falar em
indenização.
A alternativa “b” está correta de acordo com o art. 928 do CC/02. “O
incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de
meios suficientes”.
A alternativa “c” está errada de acordo com o art. 932. “São também
responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade
e em sua companhia;”
A alternativa “d” está errada de acordo com os arts. 929 e 930 que
autorizam a ação regressiva.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do
art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à
indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de
terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a
importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de
quem se causou o dano (art. 188, inciso I).
E a alternativa “e” está errada, pois se ficar comprovado a força maior
não há que se falar em responsabilidade. Art. 936. O dono, ou detentor,
do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da
vítima ou força maior.
Gabarito letra B.
Comentário:
De acordo com o art. 952. “Havendo usurpação ou esbulho do alheio,
além da restituição da coisa, a indenização consistirá em pagar o valor
das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; faltando a
coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado”.
Parágrafo único. “Para se restituir o equivalente, quando não exista a
própria coisa, estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição,
contanto que este não se avantaje àquele”.
Questão literal do artigo.
Gabarito letra E.
Comentário:
De acordo com o art. 939. “O credor que demandar o devedor antes de
vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a
esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro”.
Gabarito letra D.
Comentário:
A alternativa “a” está errada de acordo com o art. 934. Aquele que
ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago
daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
A alternativa “b” está errada de acordo com art. 927. Aquele que, por ato
ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A alternativa “c” está errada de acordo com o art. 943. O direito de exigir
reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
A alternativa “d” está errada de acordo com o art. 950. Se da ofensa
resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou
profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização,
além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho
para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
E por fim a alternativa “e” está correta tendo em vista o art. 945. “Se a
vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano”.
Gabarito letra E.
e) Caso o empregador, por ter agido com dolo ou culpa, for obrigado a
indenizar o empregado, está afastada a possibilidade do empregado
também receber a indenização relativa ao risco profissional.
Gabarito:
1. D 2. A 3. C 4. A 5. C 6. D 7. B 8. A 9. A 10. B
11. A 12. A 13. B 14. E 15. C 16. C 17. C 18. C 19. B 20. E
21. B 22. C 23. D 24. C 25. D 26. B 27. E 28.D 29.E