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INFLU~NCIA DE CHUVA NAS MUDANÇAS AMBIENTAIS


E NA PRODUÇÃO DE AMENDOIM
Luiz Carlos Silva - EMBRAPA/CNPA, 58.100, Campina Grande-PB
José Fideles Filho - EMEPA/SAIA, Lagoa Seca-PB
T.V. Ramana Rao - DCA/CCT/UFPB, Campina Grande-PB
Abstract
The behaviour of eleven genotypes of peanuts,
planted in different ecological environments of
Paraíba and Pernambuco States, was studied with the
objective of identifying the cultivars adapted to
these conditions. The methodology developed by
Eberhart and Russel (1966) was utilized in computing
the production stability of all the genotypes in
each ambiento The favourable and unfavourable
environments for cultivating the peanuts were
analyzed by means of environrnental indices. In the
year 1989, Surubim-Pe, with the environmental index
negative, showed an unfavoarable environrnent,
where as in the year 1990, the index was positive
characterizing a favourable environment for
cultivating peanuts. Based on the results, an
agroclimatic analysis was performed, taking into
consideration the serial water balance approach,
which permited to conclude that the negative index
was due to the water deficit during the phenological
stages of flowering and fruit formation.

1. Introdução
O fenótipo de cada indivíduo de uma população
reflete as influências genéticas e não-genéticas sobre seu
crescimento e desenvolvimento. As influências não-genéticas
são determinadas pelo ambiente.
Allard & Bradshaw (1964), ao dissentirem os efeitos
da interação genótipos x ambiente, postulam que as variações
de ambiente podem ser de dois tipos: previsíveis (tipos de
solo, clima, p. ex.); e imprevisíveis, que resultam das
flutuações incontroláveis e das que são frutos do acaso
(quantidade e distribuição das chuvas, temperaturas, etc.).
Quando uma espécie é testada numa região e aparecem
grandes interações genótipos x locais, é porque a região é
dotada de ambientes diferentes.
Assim, tem sido demonstrado que alguns genótipos
possuem a capacidade de se adaptarem bem em uma gama de
diferentes condições ecológicas, enquanto outros são adaptados
às condições ecológicas mais ou menos específicas (Allard,
1961; Allard e Bradshaw, 1964; Carnacho, 1968; Vernetti et al,
1987). Essas mesmas técnicas tem-se revelado bastantes
eficientes na forma classificatória de ambientes (favoráveis e
disfavoráveis) sem, contudo, identificar qual ou quais fatores
agem positiva ou negativamente nas mudanças ambientais. Em
razão disto, objetivou-se, com este trabalho, identificar de
que forma a quantidade e a distribuição pluviométrica de uma
região afeta o ambiente.
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2. Materiais e Métodos
o experimento foi conduzido por dois anos no
municlplo de Surubim-PE, em um solo do tipo Regossol. A
cultura utilizada foi o amendoim, plantado na estação chuvosa,
num delineamento experimental de blocos ao acaso com cinco
repetições e onze tratamentos, representados por onze
variedades de amendoim. Todos os tratos culturais e
agronõmicos foram iguais nos onze tratamentos, sendo variável
apenas as quantidades e a distribuição da precipitação
pluviométrica ocorrida durante a fase de cultivo nos dois
anos.
Coletaram-se dados de produtividade os quais foram
submetidos à análise de varlancia individual por ambiente
(combinação de ano e local). Em seguida foi determinada a
estabilidade fenotípica da produtividade, usando-se a média
geral de produtividade de cada variedade, o seu coeficiente de
regressão e o seu índice ambiental, conforme o modelo
matemático:

Yij = Ui + Bi Ij
Onde: Yij, é a média da produtividade do genótipo i, no
ambiente j; Ui é a média do genótipo i nos dois ambientes; Bi,
é o coeficiente de regressão do genótipo i; e I é o índice
ambiental.
Para a determinação da influência das chuvas sobre
os ambientes, foi utilizado o modelo do balanço hídrico
modificado proposto por Braga (1982).
Para tal, dados diários de precipitação
pluviométrica dos anos estudados (1989 e 1990) foram
utilizados, bem como dados da evapotranspiração potencial,
além de considerar não apenas o teor de umidade do solo, mas
também o conceito de água livremente disponível, como função
da demanda atmosférica e da cultura.
Para iniciar o balanço hídrico, usou-se uma
capacidade de água disponível de 40mm para o primeiro dia de
janeiro de 1989.
3. Resultados e discussão
Os dados de produtividade, coeficientes de
regressao, as médias ajustadas e os índices ambientais
encontram-se na Tabela 1. Analisando-se essa tabela
verifica-se que no ano de 1989 o índice ambiental é negativo
(-213,8068) o que caracteriza ambiente desfavorável à cultura,
enquanto que no ano de 1990 o índice ambiental foi positivo
(242,9205), significando ambiente favorável ao desenvolvimento
da cultura do amendoim.
Considerando-se que todos os fatores, tais como tipo
de solo, tratos culturais, adubação, variedades, etc,
permaneceram constantes nos dois anos; apenas um fator
(chuvas) poderia explicar esta variabilidade ambiental. Deste
modo, ao se proceder a análise agroclimática, com base no
balanço hídrico seriado, verificou-se na verdade que no ano de
1989 ocorreu uma quantidade de precipitação pluviométrica
considerada baixa para a cultura (328 mm), além do que a sua
distribuição durante o ciclo desta cultura provocou déficits
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TABELA 1. Produtividade média (kg/ha), amendoim em casca e


Parâmetros de Estabilidade, e seus índices ambientais,
nos anos de 1989 e 1990

G~NOTIPOS PRODUTIVIDADE COEFICIENTES SURUBIM-PE


CASCA (kg/ha) DE REGRESSÂO 1989 1990
b

CNPA 39 AM 1337,87 1,1316 NS 556 2069


CNPA 29 AM 1285,12 0,6904 * 1312 1409
Nig. 55-4-37 1424,75 1,0724 * 1560 1392
TATU 1085,12 0,8400 NS 1020 1324
IAC POITARA 1560,37 1,2806 NS 1214 1717
CNPA 51 AM 1384,25 0,8883 NS 1000 1674
IAC TUPÂ 1647,62 1,2815 NS 1522 1472
CNPA 83 AM 1335,62 1,1655 NS 1002 1748
CNPA 75 AM 1468,62 1,0448 NS 1436 1582
CNPA 88 AM 1347,12 0,7535 NS 1376 1485
Nig. 55-4-22 977,37 0,8513 NS 494 1654

CV ( %) 7,20
I.A** -213,8068 242,9205
~DIA GERAL 1350,35

* Coeficiente de regressâo significativamente diferente de


b = 1,0, ao nível de 5% de probabilidade pelo teste T.

NS Coeficiente de regressão não significativamente diferente


de b= 1,0, ao nível de 5% de probabilidade pelo teste T.

** 1ndice Ambiental

hídricos nos estádios de desenvolvimento que mais requerem


água, ou seja, período de floração e formação dos frutos,
conforme pode ser observado na Figura ~. Para o ano de 1990,
embora a quantidade de precipitação nao tenha sido elevada
(422 mm), pode-se observar na Figura 1, que a sua distribuição
foi satisfatória, praticamente inexistindo déficits hídricos,
nos diversos estádios de crescimento e desenvolvimento do
amendoim. MUlto embora o plantio tenha ocorrido no dia 15 de
maio de cada ano, data em que verifica-se o maior déficit no
ano de 1990, comparado com o ano anterior. Ainda nessa Figura,
observa-se que durante a fase de colheita, período em que esta
operação deve ser efetuada na aus~ncia de umidade, o ano de
1989, no início do m~s de setembro apresentava-se com excesso
de umidade, enquanto que esse excesso foi reduzido já a partir
do m~s de agosto do ano de 1990; fazendo com que neste último
ano não só a quantidade mas a qualidade da produção de
amendoim tenham sido superiores às do ano anterior.
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P • Plantlo . . . Noturaçllo
I'l'l'laraçllo 1''''l'rlltlflcac;lIa
C .~alh.l~a
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2 3 2 3 2 '32132132 3
DE C EN DIOS

FIGURA 1 - Curva de deficit hídrico na cultura do amendoim. SURUBIM - PE.

"
4. conclusões

Com base nas condições que os experimentos foram


conduzidos, conclui-se que:

1 - a quantidade de precipitação pluviométrica durante o


ciclo da cultura, torna-se menos importante do que a
sua distribuição, quando se leva em consideração os
estádios fenológicos;

2 - a cultura do amendoim foi sensivelmente prejudicada


quando ocorreram déficits hídricos na fase de floração
e frutificação;

3 - a qualidade da produção foi afetada quando verificou-se


excesso de umidade durante a colheita, fato ocorrido no
ano de 1989.

5. Referências Bibliográficas

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consistency of performance in differente environments. Crop
Science, Madison v.1, n.2, p. 127 - 33, 1961.
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BRAGA, H.J. Caracterização da seca agronômica através de novo


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EBERHART, S.A.; RUSSEL, A.W. Stability Parameters of Comparing


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Grande do Sul. Pesquisa Agropecuária brasileira, Brasília,
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